DRAMIONE - O Lado Obscuro Da Lua escrita por Fantine
Notas iniciais do capítulo
"SEI QUEM EU ERA, POSSO CONTAR-VOS QUEM PODERIA TER SIDO,
mas existo agora, apenas nesta linha de palavras que escrevo. Não sei qual é a natureza da minha existência, e espanto-me por me descobrir a escrever. Falo latim, naturalmente, mas alguma vez o aprendi a escrever? Parece pouco provável. Sem dúvida, alguém com o meu nome, Lavínia, existiu, mas ela pode ter sido tão diferente da ideia que
tenho de mim, ou da ideia que o meu poeta tem de mim, que me sinto muito confusa só de pensar nela. Tanto quanto sei, foi o meu poeta quem me deu a minha realidade. Antes de ele ter escrito, eu era a mais imprecisa das figuras, pouco mais do que um nome numa genealogia. (...) Mesmo assim, por vezes acredito que devo estar morta há muito tempo, e que estou a contar esta história em alguma parte do mundo dos mortos que desconhecíamos um lugar enganador onde pensamos que estamos vivos, onde pensamos que envelhecemos, recordando
o que éramos enquanto novos, quando as abelhas enxamearam e o meu cabelo pegou fogo, quando os Troianos chegaram. Afinal de contas, como é possível que todos falemos uns com os outros? Como é que isso pode ter acontecido? Sabemos todas as línguas? Isso só pode ser verdade para os mortos, cujas terras jazem sob todas as outras terras. Como é que me compreendeis, eu que vivi há vinte e cinco ou trinta séculos? Sabeis latim?"
Ursula K. Le Guin in Lavínia
Arya E Fred (CONTINUAÇÃO)
– Não gosto. Juro! Eu gosto de ti, se é isso que queres saber.
- Asserio?
- Sim, asserio. Pensei que já soubesses.
- Não sabia.
- Agora já sabes.
- Pois…
Arya recordou – se de todas as vezes que aquele ruivo brincalhão fizera chantagem com ela para poder ter beijos e de todos aqueles que ele simplesmente lhe roubara quando ninguém estava a olhar. E recordou sobretudo a noite anterior onde o havia beijado por iniciativa própria e do quanto havia gostado.
- O que tu fizeste ontem…- ele começou, mas ela interrompeu – o.
- Era aquilo que eu já devia ter feito há muito. Se me arrependo de algo, foi de não o ter feito mais cedo.
Ele sorriu.
- Foi o teu primeiro beijo?
- Não, claro que não! Eu já fui beijada por muitos rapazes. – Ela tentou disfarçar mas a sua consciência gritava bem alto: “Muitos? Ele vai pensar que és uma oferecida e ainda por cima nem é verdade”.
- Sim, isso até pode ser verdade. Uma rapariga como tu pode já ter sido beijada por muitos. Mas TU, já beijaste algum?
- O que queres dizer com: “UMA RAPARIGA COMO TU”? – ela bufou furiosa.
- Não sejas tontinha, não é nada disso que estás a pensar. Uma rapariga como tu: doce, calma, carinhosa, meiga e incrivelmente linda. Oh, vá lá. Tu és o sonho de qualquer rapaz. – ele disse numa voz complacente.
- Oh!
- Mas não desconverses, tu já beijaste?
- Não, tu foste o primeiro. – ela confessou bastante embaraçada.
Helene E Draco
- Estou cansada disto, Draco. – ela disse interrompendo o beijo.
- Cansada do quê?
- Disto. Que tipo de namorados somos nós?
- Do tipo reservado. – ele disse aproximando os lábios para a beijar enquanto ela soltava um longo suspiro e os tentava evitar.
- Não é isto que eu quero.
- Isto o quê?
- Para de ser tão vago, tu sabes muito bem do que eu estou falando. Eu quero estar contigo. Só contigo. Não quero passar a maior parte do tempo longe de ti e só estar contigo uma vez por mês quando mais ninguém estiver a ver. Eu sei que tu tens quantas queres, mas eu não sou assim. Eu penso em ti quando tu estás e quando tu não estás, desde que acordo até adormecer. E sinto… oh Draco… eu sinto a tua falta. Dos teus beijos, da tua pele contra a minha, dos abraços, das caricias, do teu cheiro e sobretudo dessa voz que é calma, baixa e doce quando estamos juntos… - ela disse enquanto tentava controlar as lágrimas que lhe inundavam os olhos e escorriam pelas faces.
Ele olhou bem para os seus olhos. Gostava de lhe poder dizer exatamente o que sentia, de não precisar de esconder, mas ele sabia que só a deixaria mais confusa pois nunca fora bom a falar ou a expressar sentimentos, por isso atacou na parte menos importante daquilo que ela lhe dissera.
- Eu não tenho as que quero.
Ela olhou para ele. Que podia fazer? Ele era realmente impossível!
- Chega! Foi a única coisa a que tomaste atenção? Depois de tudo o que eu disse? Eu não te entendo. Gostava de poder dizer que sim, mas não posso!
- Tenta. Nós somos de mundos diferentes.
- Sim, Grifinória e Sonserina. – ela disse sarcástica.
- Pode parecer estupidez…
- Não parece, é! – ela interrompeu.
- Deixa – me terminar. Pode parecer estupidez, mas eu sou um Malfoy, as coisas não são da mesma maneira. Eu não posso estar com uma Grifinória, o que diriam os rapazes da minha casa?
- O mesmo que diriam os da minha. Tu és um Malfoy e eu deveria sentir o quê? Vergonha? Tal como tu sentes em relação a mim!
- O quê? Não sejas ridícula! Eu não tenho vergonha de ti!
- Oh! Então o problema sou eu? Tu é que és ridículo! E não tens vergonhas? Então porque, por Merlin, não assumes isto de uma vez por todas?
- Não posso…
- Porquês? Gostas de mim?
- Já te disse.
- Gostas? Responde!
- Sabes que sim.
- Queres namorar comigo?
- Quero.
- Então se gostas de mim e queres namorar comigo porque não assumes de uma vez por todas? – Ela quase gritou enquanto deixava que as lágrimas rolassem pela sua cara sem nem ao menos as tentar controlar.
- Eu preciso de pensar.
- Pensar no quê? Tu tens vergonha de mim! Eu sei disso! Tu sabes disso.
- Preciso de pensar. Não te consigo responder agora.
- Pensar? A tua resposta vai ser não. Sempre foi. Eu deveria ter entendido.
Ela saiu, batendo a porta. Deixando – o ali, sozinho. Se queria pensar, tinha agora a sua oportunidade. No seu interior ele já sabia, embora se recusasse a admitir que sempre soubera. Ela tinha razão, ele era demasiado orgulhoso para namorar com uma grifinória.
Ele saiu para respirar e esbarrou com alguém exatamente igual a ele. Um pouco mais velho, apenas.
- Eu sei que sou um ídolo, mas não admito que inferiores, sobretudo lufanos, me tentem imitar.
- Que queres tu, rapazinho impertinente, o meu pé no teu traseiro?
Hermione
Hermione tinha ido verificar se era verdade o que se dizia, uma rapariga igual a ela tinha entrado para a sua casa e fazia furor entre os professores e alunos. Segundo os mexericos chamava - se Delilah.
Ela olhou bem, era impossivel alguém com quem não tinha qualquer grau de parentesco ser assim tão semelhante a si.
- Ela não é igual a mim, ela sou eu! - Hermione concluiu. - Mas como?
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Olá, pessoal. Desculpem mas tenho andado muito ocupada e muito triste, mas finalmente novo cap. Nem acredito que pensei desistir. Ainda bem que não o fiz. Espero que gostem, sobretudo as meninas que entraram. Esta é a 3º Parte, vai haver mais uma.
Comentem, senão eu choro.
Beijos ♥
PS: Carollina Chase vê a resposta à tua candidatura e porfavor escreve um comentário ou manda MP. =)