–Isto não é um sonho, pois não? - Hermione perguntou a Draco, enquanto pressionava o seu corpo contra o dele, num longo e doce abraço!!!

– Receio bem que não!

– Onde vamos ficar? O que vamos comer? Draco... eu...

– Miss Granger deveria... MALFOY? - Snape apareceu, vindo de nenhures e escandalizou - se com aquele estranho casal.

– Nós... Você sabe quem nós somos?

– Mas é claro que sei! Isto é alguma brincadeira? Menos 5 ponto para...

– Espere! Você sabe - Draco disse interrompendo - Oh, pelos céus ajude - nos! Nós não somos daqui e nem fazemos ideia de como aqui viemos parar.

Draco levou a mão ao bolso e retirou o pequeno objeto, que tanta confusão havia causado.

– AQUI! Veja...

– Mas isto é... Isto é obra do senhor das trevas... Pensei que não fosse possível construí - lo...

– Mas foi... e nós viemos aqui parar. Como voltamos?

– Não sei... O projeto inicial, era uma viagem de apenas ida...

– Mas senhor, nós precisamos voltar… A nossa família…

– Não devíamos falar disto aqui… Venham…Vamos ao meu gabinete.

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– Eu vou tentar descobrir uma forma de vos levar de volta para casa, mas primeiro, contem – me como é o vosso mundo. Porque vocês dois juntos, é algo que vai bem além da mente de qualquer um...

– Porquê, não entendo, damo – nos assim tão mal?

– Perdoe – me Miss Granger, mas mal é algo demasiado leve para descrever a forma como vocês dois se dão.

– Bem – ela suspirou e começou a contar… - Nós somos namorados, e além disso, somos também melhores amigos desde sempre… crescemos juntos… somos ambos da sonserina, Voldemort governa o mundo… e por estranho que pareça a escola de magia só começa aos 17, a idade em que atingimos a maioridade.

– Sim, realmente estranho, mas como é que o Lord das Trevas domina o mundo?

– Bem… digamos que o aparentemente idiota professor de arte das trevas, tinha – o escondido no turbante!

– Mas e o Potter e o Weasley? O vosso trio de ouro?

– Nosso? Nós nunca fizemos nenhum trio! Eles… morreram asfixiados, por uma "Armadilha do Diabo".

Ainda lhe custava falar disso, e a Draco custava ouvir.

– Bem, se eu precisar de mais alguma informação… - e vou precisar, ele pensou – mando chamar – vos.

– Mas senhor… nós não temos um lugar para viver…

– Oh, pois… Vocês podem ficar em Hogwarts. Disseram que estavam no primeiro ano…

– Nós tivemos estudos em casa, podemos ir para um ano mais avançado…

– De acordo…para o 7º ano então! Esperemos que resulte!

– Venham, eu trato de tudo, é melhor não dizermos nada a ninguém.

– Claro… Mas em que casas?

– Bem, é melhor não darmos nas vistas, por isso devem frequentar casas diferentes. Miss Granger, você vai frequentar a Grifinória! Malfoy a Lufa – Lufa!

– O quê? Argh! Nem pensar! – Ambos se sentiram completamente desagradados! As casas mais detestáveis, na sua opinião! Era humilhante!

– Vamos lá, nada de reclamações! E é melhor usarem outros nomes…

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Nos dormitórios femininos da Grifinória ---

–Olá, parece que vou ser a vossa nova colega de quarto!

– A meio do ano? Bem, isso não importa! Olá, eu sou a Julieta. Julieta Garcia. – disse uma rapariga com enormes cabelos, lisos e cor de chocolate, uns belos olhos castanhos, uns incríveis lábios e um corpo bastante curvilíneo. Estava encostada à cama e arrumava uma vassoura de quadribol. – Também és do sexto ano?

– Não, sou do sétimo, sou a He… Delilah! Muito prazer! – Não sabia muito bem porquê, mas esse nome sempre lhe agradara.

Uma outra rapariga aproximou – se delas. Era alta, tinha uns lindos cabelos negros e lisos caindo sobre a face e ombros, os olhos extremamente azuis e a pele de um tom bastante alvo. Parecia um pouco mais nova, mas não muito.

– O prazer é nosso. Olá, eu sou a Arya! Estou no 5º ano, tenho a certeza que nos vamos dar todas muito bem!

Agora, com a proximidade, Hermione reparou que ela possuía uma beleza sobrenatural e que tinha uma voz melodiosa…

–És muito parecida com a Granger. És alguma coisa a ela? – reparou Julieta.

– Granger, quem? Não, acho que não. Se fosse, tenho a certeza que saberia.

Ela ficou bem embaraçada, mas escondeu o melhor possível.

– Olá, o meu nome é Helene. Helene Vincent Morel, sexto ano. Já conheces a escola?

Esta terceira rapariga era um pouco mais baixa do que as colegas. Tinha cabelos castanhos grandes, mas não demasiado, poder – se ia dizer que tinham um tamanho médio. Eram lisos em cima e levemente ondulados no final. Tinha também uns olhos verdes muito brilhantes.

– Não, ainda não, acabei de chegar…

É claro que já conhecia! Que resposta tão parva!

– Deixa as coisas e vem conosco!!!

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– Então? Um bom primeiro dia?

Era a primeira vez que Draco via Hermione naquele dia! É, eles realmente tinham andado ocupados.

–Péssimo. E o teu?

– Foi bom. Fiz algumas amigas. Tu não?

– Aqueles lufanos são uns idiotas! “Ui! Lufa – Lufa, a casa esforçada!” Argh! Como se isso fosse motivo de orgulho! Não são ambiciosos, inteligentes ou corajosos. São o resto, o mau e o que não interessa.

– Não sejas tão preconceituoso. Não sabemos quanto tempo aqui vamos ficar, por isso é melhor fazer um esforço e tentar ambientar – mo – nos.

– Olha só: A Lufa-Lufa é a casa que abriga os covardes, burros e idiotas. Pessoas de sucesso pertenceram à esta casa por incrível que pareça. Helga acreditava que não se devia rotular as pessoas e foi por esse motivo que escolheu ensinar a todos ou seja, ao resto de Hogwarts.

– Oh, aqui estão! Venham, preciso de vocês… - Snape disse. Como havia chegado ali, tão rápida e discretamente? Bom, acho que isso seria um mistério por resolver.

Seguiram – no de novo até ao seu gabinete. Ele sentou – se e permaneceu imóvel, no seu caldeirão. Até que por fim falou…

– É sobre este objeto. O seu nome é “anjo cristalino”. Serve para realizar viagens entre universos paralelos. Foi feito através de um vira – tempo. Mas não resultou, faltou sempre qualquer coisa…

– Mas o quê? E porque é que alguém estaria interessado em atravessar universos? – Hermione não compreendia. Como poderia?

– Ninguém soube ao certo o que falhou… Há leis, pelas quais a natureza se rege. Leis que não permitem esse tipo de viagens. O Lord queria governar, não apenas este mundo. Ele sabia que haviam outros… Queria – os para ele.

– Mas ele também governa lá! – Draco, também ele não entendia.

– Exato, só que ele não sabe. Por isso mesmo é imperativo que isto não saia daqui. Vou tentar saber mais… Entretanto, tentem conhecer melhor uma aluna, talvez ela vos possa ajudar… É do 5º ano. Chama – se Valentina White. É a artilheira da equipa de quadribol da Sonserina.

Valentina White era uma rapariga loira de olhos verdes, baixinha, com um corpo curvilíneo, e sempre com um sorriso no rosto - amigável ou sínico.