Narração de Britanny

 Tive uma noite maravilhosa com o Zayn. Jantamos no Petrus, o nosso restaurante preferido, depois fomos dar um passeio num parque de diversão que havia lá perto e, por fim, fomos para sua casa. A bateria do meu celular tinha acabado por volta de meia hora e achei ótimo isso, assim ninguém me incomodaria. Já era madrugada quando chegamos na casa do Zayn, mas mesmo assim abrimos uma garrafa de vinho e tomamos uma taça. Rimos muito relembrando de uma pessoa que vimos no parque - eu dizia que era homem e o Zayn jurava que era mulher.

Depois de um certo tempo ele puxou pela cintura, eu parei de rir naquele momento, deixei a minha taça em cima da mesa e fiquei olhando fixamente nos olhos dele. Era o jeito dele de dizer "eu te desejo" e o meu de responder "eu te desejo também". E então ele me beijou, foi um beijo calmo e demorado - demorado o suficiente para me deitar no sofá. A mão dele foi subindo, ele pegou nos meus seios e logo depois começou a levantar minha blusa dos Rolling Stones. Eu a tirei e logo em seguida tirei a camisa dele também. Ele me deu um beijo no pescoço e eu me arrepiei. Ele deu um sorrisinho malicioso e eu o beijei novamente.
Acordei mais cedo que ele no dia seguinte, decidi fazer um bolo para o café da manhã, escrevi um bilhete dizendo "obrigada por ontem" e deixei ao lado de sua cama. Quando cheguei em casa tentei não fazer nenhum tipo de barulho, mas tropecei e derrubei um vaso que estava em uma mesinha de madeira ao lado da porta, fazendo assim, Harry acordar.

- Não me desculpa, não foi minha culpa - Gritou ele acordando de uma espécie de pesadelo.

- Eu hein, o que tá acontecendo Harry ? - dei uma risada debochando de sua cara assustada.

- Hã, Britanny me desculpa foi sem querer, eu não tive a intenção, agora ele vai vir aqui te pegar.

- Calma Harry, vou pegar um pouco de agua então você respira fundo e tenta me explicar tudo direitinho pode ser ?! 

     Era algo sério, percebi isso pelo seu olhar. Fui até a cozinha e peguei um copo de água com açúcar para Harry. Ele tomou tremendo. Eu já estava preocupada, ele não parecia bem. Depois de se acalmar, ele me contou o que estava acontecendo e quando ele terminou a campainha tocou. Antes mesmo deu ir atender a porta é aberta.

- Oi tio Paul, como você está ?

- Para de ser sinica menina, você não presta mesmo, tentei te tratar como minha filha por amor a sua mãe, minha única irmã. Precisava fazer isso por ela, mas parece que você não estava nem um pouco agradecida quando demonstrou isso usando drogas, sabe o que vou fazer com você agora ?! Vou te internar em Holmes Chapel

- Você não pode fazer isso, não se foram o prazo de 8 meses que você havia falado, em contar que faço 18 anos daqui um mês e meio.

- Sim mais até lá quem manda em você sou eu !

   Ele me puxou pelo braço com força e começou  a me levar para fora do apartamento.

- Ei pai espera, vamos resolver isso com calma, sente-se coma alguma coisa, acalme-se!

- Não quero saber de me acalmar, disse que iria vir aqui para leva-la embora e é o que vou fazer, vamos Britanny ! - ele apertou mais ainda o meu braço que já estava doendo

- Você simplesmente não pode fazer isso. E  minhas roupas, objetos e tudo mais, como fica ?!

- Para o lugar onde você vai ficar não vai precisar dessas roupas de mulheres de programa.

     Ele me puxou ainda mais forte e me levou até o caro, me jogou no banco de traz e foi para o banco do motorista. Minha tia em todo momento gritava para que meu tio se acalmar, ela dizia para ele parar e pensar. Nas condições em que ele estava ele não conseguiria dirigir com segurança. Nada adiantou, ele ligou o carro e saiu, nem ao menos falou direito com Harry que sem encontrava em pânico. Meu tio brigou muito comigo, minha tia chorava, eu estava transtornada. Me questionei porque tudo aquilo estava acontecendo, eu estava sendo uma pessoa boa.

                                       Narração de Harry


      Não acreditei no que meu pai havia feito, pensei que ao menos ele iria parar e conversar. Mas não, chegou bravo, nervoso, transtornado e simplesmente puxou-a pelo braço e a levou para o carro. Não sabia o que fazer. Eu estava sozinho em casa. Então peguei meu telefone e liguei para Louis, em seguida para Niall e Liam. Rapidamente todos vieram para minha casa , ficamos sem saber o que fazer, passamos a manhã inteira tentando pensar em uma solução. Era 02h35 da tarde, ninguém havia comido nada até agora, a preocupação falava bem mais alto que a fome.  De repente Zayn entra em casa dizendo:

- Ei Britanny, adorei o café da manhã...- Olhando para nós com uma cara de assustado, ele completa - Pessoal o que esta acontecendo aqui, cadê a Britanny ?

- E-ela foi para Holmes Chapel ... Quer dizer meu pai levou-a para um internato depois deu sem querer  contar para ele da suposta reabilitação dela, mais foi sem querer, eu não queria. 
 - Como assim ela foi para Holmes Chapel ? Como você permitiu isso ? 

- Foi tudo muito rápido, meu pai não queria conversar, chegou falou, brigou e levou-a a força para casa.

- Ele não pode fazer isso ! Vou ir busca-la agora.

        Antes que eu pudesse acalma-lo ele saiu . Louis e eu descemos para tentar faze-lo pensar antes de tomar alguma decisão ruim. Puxei-o pelo braço antes que ele pudesse entrar no carro então disse:

- Ei cara espera ai!

- Não posso, tenho que ir buscar a Britty, você vai comigo ?

  Queria poder dizer não porém Zayn precisava de alguém para ir com ele, caso contrario ele poderia fazer algo muito ruim. Fiz que sim com a cabeça e segui com ele.


                                    Narração de Anne

      Meu marido não parava de gritar com a Britanny enquanto estava dirigindo. Confesso que não fiquei feliz com a noticia dada por Harry, porém acho que aquela forma que ele encontrou para puni-la não era a certa.
        A cada par de palavras que Paul falava ele acelerava o carro. Eu já estava preocupada, Britanny não facilitava a cada sermão que recebia ela retrucava. Até que teve um momento em que ela o xingou e então dirigindo ainda ele virou-se e começou a xinga-la também . Foi quando eu vi que estávamos indo em direção a obras que estavam sendo feitas no lado esquerdo da pista. Gritei para que Paul pudesse desviar e em coisa de segundos ele virou o volante bruscamente para o lado direito fazendo assim o carro cair em uma ribanceira. Foi muito rápido, o carro girou duas vezes no ar e caiu com o teto no chão.
      Entrei em pânico. Por sorte eu não tinha me machucado, estava de cinto o tempo todo. De cabeça para baixo tentei me acalmar e tirar o cinto. Gritei por Paul e por Britanny, nenhum me respondeu. Quando consegui sair do veiculo um policial se aproximou.

- A senhora está bem ?

- Eu estou, mais meu marido e minha sobrinha não respondem aos chamados ...

    Eu comecei a entrar em pânico e não tinha nenhuma outra reação a não ser ficar parada em frente ao carro observando tudo aquilo, sentindo meus olhos se encherem de lágrimas que caíam sem parar.

- Não se preocupe senhora, eu chamei duas ambulâncias...
 
     Felizmente Paul tinha acordado e estava apenas com algumas escoriações, então enquanto os paramédicos o ajudavam a sair do carro fiquei gritando pela Britanny que não respondeu em momento algum.
O resgate do Paul durou menos de 10 minutos, fiquei feliz pela rapidez, pois, Britanny ainda estava no veiculo e inconsciente. Quando as ambulâncias chegaram dois paramédicos vieram em minha direção e então eu lhes disse:

- E-eu estou bem, por favor olhem minha sobrinha, ela não esta respondendo e ainda está lá dentro.

       Então eles foram até o carro e enquanto isso mais outros dois paramédicos vieram cuidar de mim e de Paul. Nosso acidente tinha gerado uma aglomeração muito grande, muitos curiosos pararam para ver o que havia acontecido.


                                          Narração de Harry

 Zayn estava completamente atordoado. Aquela situação era bizarra, nunca pensei que meu pai faria uma coisa dessas.

- Ei cara qual rodovia eu preciso pegar ? – Zayn me perguntou completamente concentrado na direção.

- Vira a direita na próxima rua, depois á esquerda, vamos sair em uma rodovia que dá pra cortar caminho .

- ótimo, o quão antes chegarmos lá é melhor !

    Ele acelerou o carro e por um instante me segurei na porta com medo. De repente avisto uma longa fila de carros, parece que não tínhamos dado sorte. O caminho que eu havia pego estava com um transito imenso. Demoramos um pouco para andar alguns quilômetros e então zayn não aguentava mais, estava muito impaciente, colocou a cara para fora e por curiosidade fiz o mesmo. Havia um carro de cabeça para baixo no meio da pista. Percebi que aquele veiculo era muito parecido com a do meu pai, não me segurei e disse:

- Ei, esse carro parece a do meu pai ...