Welcome To The Hell. escrita por Butterfly


Capítulo 5
Entre grupo.




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Ordem negra.

Komui se remexia na cadeira e não, não era pelo excesso de cafeína, poderia até ser, mas o motivo foi outro... Kanda, Lavi e Marina não mantiveram contato e nem mandaram alguma notícia para saber se estavam vivos ou se acharam Stephanie.

–Nii-San para com isso tá me dando nervoso. –Lenalee reclamou. –Parece um peru.

–É que estou preocupado com aqueles três. –O mais velho respondeu. –Nenhuma noticia nem nada, eles me ignoraram... Me sinto só. –Lacrimejava fazendo drama abraçando a irmã. –LENALEE...

–Sinceramente, nii-san. –A chinesa não reagiu com cara de envergonhada como sempre.

Igreja em Louisiana.

Um padre estava na porta da igreja, um dos exorcistas traçava números na mão dele o que seria um código entre os exorcistas que se transportavam usando a arca.

–Espero encontrar eles logo. –Allen pôs uma mecha do cabelo pra trás. –E também espero que não me descubram.

Floresta nos limites da cidade.

Como o hotel não havia dado certo, Marina, Lavi e Kanda foram levados até uma tenda perto de uma floresta, mas um pouco longe da cidade para não atrair zumbis, um ou outro até poderia descobrir por acaso, mas mesmo assim é melhor não arriscar. A maioria Finders e poucos sobreviventes, uns dois ou três no máximo.

–Stephanie-Chan. –Um dos finders que estavam ali recebeu os exorcistas. –Bem vindos.

–Afinal de contas o que fazem aqui hein?-A morena perguntou.

–Resgatar você coisa inútil. –Kanda respondeu secamente e impaciente.

–Como vêem essa “coisa inútil” não precisa de ajuda. –Stephanie deu ênfase à “coisa inútil” brincando um pouco. –Eu falei pra aquela besta do Komui que não queria reforços.

–Quem disse que é reforço, você vai pra casa com a gente. –O rapaz de cabelos longos puxou a morena pela orelha. –Você aí, em que direção fica o portal mais próximo da arca?

–P-Pro leste eu acho. –Um dos finders que Kanda apontava o dedo falava meio trêmulo e foi pego pela roupa encarando o japonês que o olhava mortalmente.

–Você acha?Eu quero resposta ou eu serei obrigado a fatiar a todos se não me derem uma informação decente.

–Para com isso. –Marina deu um cascudo no irmão.

–Ora sua...

–Chega, não? –Stephanie se soltou de Kanda.

–Não é o melhor momento para brigas agora, a gente devia trocar essa roupa cheia de sangue e...

–Cale-se Baka Usagi. –Os dois olharam mortalmente pra Lavi.

–Ninguém merece. –A morena revirou o olho. –Fernanda, sabe onde tem um rio mais próximo?Com certeza eles têm roupas extras nas malas, mas acho que o Lavi realmente vai precisar lavar a calça.

–É que ele tá naqueles dias. –A finder falou, Fernanda era uma Finder loira, de óculos e pele branca, tinha muito em comum com Stephanie em relação aos gostos musicais e era uma das Finders na qual os seus colegas e os exorcistas mais simpatizavam.

–Não teve graça. –Lavi fez biquinho.

–Teve sim. –Um dos finders falou. –Tem um riacho aqui perto, a gente pode lavar essas roupas sujas de vocês enquanto se trocam.

–Quer dizer, me trocar aqui?-Marina perguntou assustada. –No meio de tanto homem?

–Todo mundo dando uma de regador e vazando. –Fernanda empurrava os Finders pra fora. –Você também Kanda.

–Tsc, não pretendo ver minha irmã nua. –O rapaz de cabelos longos realmente estava saindo da tenda ficando lá apenas Fernanda, Marina e Stephanie que também já estava saindo pra ficar de vigia, se bem que Marina tendo Kanda como irmão ninguém tentaria espiar, ou sairiam de lá sem a cabeça.

–Ué cadê o tarado?-Marina perguntou olhando pra todos os lados, sabia que Lavi não estava ali entre os Finders. –Que droga, conhecendo ele deve estar escondido espiando.

–Tem toda razão, desde quando uma toalha de mesa tem um olho?-Fernanda pegou um palito o enfiando num buraco na toalha de mesa debaixo de um vaso que foi quebrado que Lavi imediatamente se levantou tapando o olho esquerdo.

–Quer me deixar cego, mulher?

–Esse truque é muito velho, agora vaza. –Fernanda empurrava Lavi pra fora.

–O que estava fazendo lá dentro Baka Usagi?-Kanda perguntou com uma expressão mortal já empunhava sua mugen tendo uma idéia conhecendo Lavi do jeito que é.

–Lá vamos nós. –Fernanda revirou os olhos.

–Ótimo, vão os dois brigar e o cheiro de sangue atraí os zumbis e morre geral. –Stephanie resmungou. –Querem parar?

–Tsc. –Kanda retirou o sobretudo cheio de sangue entregando-o pros Finders para lava-lo.

Marina saiu de lá com uma camisa branca de mangas curtas e de botões, com alguns pequenos detalhes e uma gravata preta, calça cheia de fivelas e botas de vinil, não havia sujado a calça de sangue, apenas o sobretudo e o rosto, em seguida entrou Lavi, não iria ficar de cueca ali na frente do pessoal jogando a calça branca e o casaco pros Finders levarem pro riacho para lavá-lo, ficou com a camisa azul que usava por baixo e uma calça bege e as botas marrons, a bandana estava no pescoço deixando os cabelos ruivos caídos.

Nem houve necessidade dos exorcistas irem com os Finders até o riacho, enquanto eles trocavam de roupa um deles lhe trouxe água e panos.

–É um alívio ficar sem aquele uniforme pesado. –Marina mergulhou o pano na bacia de água o passando no rosto. –Minha maquiagem se foi.

–Quem em sã consciência pensaria em maquiagem numa hora dessas?-O japonês perguntou friamente.

–Ainda bem que sempre trago um estojo. –Marina foi até sua mala no canto da tenda vasculhando até pegar seu estojo de maquiagem.

–Pessoal, ficaremos aqui hoje, eu ficarei de vigia como sempre e o resto de vocês podem descansar. –Stephanie avisou ao pessoal ali no local. –Eu sei que esses últimos dias tem sido difíceis, mas vamos fazer o possível para evitar mais mortes.

–Stephanie você ficou de vigia nos últimos dias. –Um dos Finders falou. –Nem tem dormido direito.

–Tsc, eu fico. –Kanda sem esperar resposta ficou do lado de fora da tenda se sentando e cruzando as pernas.

–Tá né. –Stephanie falou assustada.

–Ih melhor deixar, quando ele mete uma coisa na cabeça nem paulada tira. –A jovem de cabelos negros falou enquanto guardava o estojo. –Já que daqui a pouco eu pego no sono mesmo não preciso de maquiagem.

–Você realmente não precisa de maquiagem. –O ruivo comentou.

–O que, Lavi?–A garota perguntou, não tinha ouvido o comentario do ruivo.

–Você é gostosinha de qualquer jeito. –O exorcista ruivo falou naturalmente que foi ao chão sem ao menos ninguém encostar nele, a innocence de Marina que pisava nas costas dele.

–Repete se tiver coragem. –Marina o olhava de cima seriamente pisando com mais força nas costas do ruivo.

-Aí ja é sacanagem, qual é... -Lavi brincou um pouco com a situação. -Tá tenso aqui. -Apontou pro ombro brincando com a garota fazendo uma comparação a aquelas massagens japonesas feita com os pés.

-Baka Usagi.

Kanda ouvia tudo aquilo, as risadas e as brincadeiras que os rapazes faziam com Lavi que não conseguia tirar o pé da garota de suas costas, aquilo realmente irritava o japonês e o que mais dava motivos era Marina rindo de leve com aquilo, achava certa graça, mas não ria muito quanto os outros. Só quando via uma coisa engraçada que lhe desse realmente algum motivo pra rir.

–Tsc, idiotas quem riria numa situação dessas? –Estalou a língua resmungando pra si mesmo.

–E aí tranqüilo?Sem frio?-Stephanie saiu da barraca com uma tigela de espaguete com molho de tomate e queijo ralado. –Aqui, não tínhamos muita coisa, então...

–Isso já está bom, não se preocupe. –O rapaz de cabelos longos manteve o tom frio pegando a tigela. –Stephanie, por que não voltou usando a arca?

–Não consegui. –A garota de olho escarlate se sentou ao lado de Kanda. –Depois que me transportei da arca pra Louisiana não consegui mais abrir o portal da arca, tentei voltar de trem, mas com esse apocalipse de zumbis e como eu não sou maquinista e ninguém aqui é, não preciso falar mais nada.

–Então estamos presos aqui... –A risada dos Finders ficou um pouco alta. –Tsc, merda, por que tanta risada?Não vejo motivos para rir.

–Acho ótimo em minha opinião, em meio a tudo isso rir nem que seja pelo menos um pouco. –Stephanie fitou a barraca com um ar preocupado. –Nem sorrir eu consigo mais.

–Qual é o problema?-Kanda perguntou tentando manter o tom frio notando a preocupação no rosto da morena.

–Kanda você não sabe o que essas pessoas passaram. –A garota de cabelos brancos respondeu. –Perderam a única família que tinha conseguido sobreviver, há poucos dias estávamos com vinte pessoas, agora estamos com dez, mais e mais Finders são mandados pra cá para nos ajudar e poucos sobrevivem.

–É uma guerra, é lutar ou morrer.

Kanda levantou a mão como se fosse bater na morena, mas fez muito pelo contrário, acariciou a cabeça da garota como se fosse uma criança fofa.

–Você é muito doce, Stephanie. -O japonês continuou a acariciar a cabeça dela. -Isso me irrita um pouco, mas você sabe o que faz.

–Eu sei, só que há diferenças, você tem sua irmã e ela tem a você. –A morena se levantou. –O Lavi tem o avô dele...

–E que diabos de diferença você vê em tudo isso?-O japonês perguntou.

–Todos têm alguém por quem lutar, e eu já não tenho mais nada a perder, por isso eu tenho tudo pra lutar.

Kanda não falou nada, mas tinha percebido certo pesar no olhar da morena, e não só ali mas também quando falou um tom entristecido disfarçado ali, o japonês não era burro, mas resolveu não se intrometer.

Em meio a cidade.

Allen Walker com sua Crown Clown atravessou o pescoço de um zumbi lançando a cabeça pro alto, pulando pro lado quando percebeu que estava sendo atacado por trás chutou as costas dele pegando a cabeça dele com a innocence torcendo a cabeça dele.

–Quanto tempo isso vai durar?-Allen reclamou entre si invocando sua espada e avançando pra cima dos mortos vivos, se continuasse a lutar demoraria um bom tempo pra sair dali.



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