Um Fio De Esperança. escrita por Pequena Garota


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, é que a pessoa aqui salvou esse capitulo em um PC que queimou ¬¬
e ai tive que escrever tudo de novo ¬¬
Bom, espero que tenha ficado bom...
Boa leitura para vocês >.



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  –– Ai, isso dói. – disse puxando meu braço.

  –– Fica quieta. – disse Lucas segurando meu braço novamente.

  ––De graças a Deus que eu pedi para elas pararem, elas poderiam ter te matado. – disse Claudia totalmente histérica.

  –– Eu estou bem. – disse tentando acalma-la.

  –– Bem? Você tem um olho roxo e varias escoriações pelo corpo, no que estava pensando sua idiota.

  –– Claudia fica calma. – Lucas disse pegando mais uma gaze para colocar no corte em meu braço.

 –– Emília não vai esquecer disso tão cedo. Acha que ela vai deixar barato? Você quebrou o nariz dela...

 –– Claro, foi só o que eu consegui fazer ante de ser atacada por aqueles filhos sem mãe...

  –– Eu ainda acho que deveríamos levá-la a até um hospital.  – disse para Lucas.

  –– Elas não bateram na minha barriga. – disse por fim.

  Lucas sorriu para mim. Seu sorriso pareceu me acalmar um pouco.

    –– O que vai dizer a sua mãe? Perguntei depois que o ferimento em meu braço estava limpo e com um curativo.

  –– Nada, ela não te viu... Eu não quero ter que explicar. – disse  de mal humor.

  –– Mais vai ter. Não apanhei atoa. – disse brava.

  –– Nanda, você poderia ter conversado com ela. Não precisava ter dado um soco nela. – ela olhou para o outro lado do quarto. – Ela estava preocupada com você,  até perguntou se eu queria ir no hospital te ver...

  –– Oh me desculpe, mas não vou ficar com pena dela. – disse me sentindo ofendida.

 Como ela era capaz de defender aquela desgraçada?

  –– Meninas, por favor, acho que agora não é hora de brigarem.  – Lucas se colocou entre nós.

  –– Acho melhor vocês conversarem amanha.

  Peguei minha blusa e caminhei até o portão. Claudia foi atrás de mim para destranca-lo.

  –– Até amanha. – disse de mal humor.

  ––Até amanha. – respondi.

  O caminho de casa pareceu mais longo que o normal. Entrei tentando não fazer barulho. Fui pela porta da cozinha e caminhei até meu quarto em silencio.

  Toda a confusão estava fresca em minha mente. O rosto apavorado de Claudia ao me ver dando um soco certeiro  em Emília, e depois quando ela entrou na frente para me defender das outras pessoas que já estavam me batendo.

  Eu não vi quando o primeiro soco me atingiu meu rosto, mas revidei instintivamente. Aquele corte em meu braço veio logo em seguida, quando todo o meu corpo foi ao chão e eu cai em cima de cacos de vidro.

  Eu olhei pare cima e pude ver Lucas tão apavorado quanto Claudia. Eles não esperavam por uma reação assim vinda de mim. Mas eu não podia simplesmente ficar parada enquanto via Claudia voltar correndo para os braços daquela que estragou sua vida.

  Claudia havia se colocado entre mim e Emília no momento exato em que ia levar um chute na barriga. Fiquei grata por isso, mas meu sangue ferveu quando a vi verificando o estado de Emília. Ela havia levado apenas um único soco, Claudia não precisava ter ido ajuda-la.

  –– Chega, já foi o bastante. – disse Lucas me estendendo a mão.

  Meu corpo estava quente devido a adrenalina do momento, mas o de Lucas ainda estava frio. Mas não me incomodei quando ele passou o braço pela minha cintura. Foi reconfortante saber que ele estava ao meu lado.

  Me deitei na cama e dei graças a Deus que ia poder finalmente descansar. Meu corpo estava todo dolorido.

  Eu dormi quase que imediatamente.

  –– Sarah, por favor, apaga a luz. – pedi apertando os olhos.

  Senti um aperto no coração quando me lembrei que Sarah não estava ali. Encarei a cama vazia ao meu lado.

  –– Eu sinto sua falta.  – disse para o vazio.

  Me deitei novamente e fechei os olhos tentando voltar a dormir, mas meu corpo estava dolorido de mais para conseguir descansar.

  Fiquei me revirando na cama a noite toda. E quando o despertador finalmente tocou, eu me levantei e fui tomar um banho.

  Minha mãe se levantou logo depois de mim. Meu pai já havia saído para trabalhar.

  –– O que aconteceu com você? Perguntou quando entrei na cozinha.

  –– Nada de mais. – dei de ombros.

 Ela não disse mais nada, apenas pegou a xicara de café e foi para a mesa.

  Bebi um copo de leite e comi algumas bolachas.

  –– Seu celular está tocando. – disse minha mãe que estava em silencio até aquele minuto.

  Fui até meu quarto e atendi a ligação de um numero desconhecido.

  –– Alô?

  –– Nanda? Aqui é o Lucas. – disse.

  Meu coração se acelerou.

  –– Oi. – disse toda abobalhada. – Como você está? Perguntei.

  –– Eu estou bem. – ele riu. – Mas liguei para saber como você está.

  Eu pensei um pouco. Estava bem apesar de não ter dormido direito.

  –– Bem. – me lembrei da noite passada. – Como Claudia está?

  –– Eu não sei. – disse. – Quando acordei ela já não estava na cama.

  –– Ela saiu? Perguntei.

  A campainha tocou.

   –– Posso te ligar daqui a pouco? Perguntei indo para fora.

  –– Tudo bem. – disse.

  Desliguei.

  No portão Claudia estava encostada um pouco impaciente.

   –– O que faz aqui? Perguntei.

  –– Posso entrar? Perguntou parecendo irritada.

  Eu abri o portão, e então nós fomos conversar na sala.

    –– Seu primo acabou de me ligar. – disse sem nada melhor para falar.

  Ela olhou para a TV.

  –– O que veio fazer aqui? Perguntei mais uma vez.

  Claudia parecia perturbada com alguma coisa, ficou em silencio por um tempo.

  –– Por que está sempre se metendo em minha vida? Disse de repente.

  –– Como é?

  –– Nanda não é só porque tenho você como amiga que eu não posso ter outras amizades. Emília está muito chateada com você. Ela gosta de você e não consegue entender qual o motivo de odiá-la.

  Aquela conversa me pegou de surpresa.

  –– Ela estava até falando em fazer compras para o bebe. – ela sorriu. – Tem que pedir desculpas para ela. – disse decidida.

  –– O que? Não!

  Eu não pediria desculpas para ela nem que minha vida dependesse disso, e ainda mais que a errada da história era ela.

  –– Nanda para de ser orgulhosa...

  –– Não estou sendo orgulhosa...

  –– Então peça desculpas.

  –– Nem morta.

   Ela suspirou, e se levantou.

  –– Muito bem, então quando decidir crescer e pedir desculpas para a Emília venha falar comigo. – ela se dirigiu até a porta.

  –– Não sou eu que vou parar de falar com você por causa de outra pessoa. – disse.

  –– Eu já decidi, sabe onde nos encontrar. E se depois disso ainda quiser falar comigo, é só ir até minha casa.

    –– Claudia, pelo amor de Deus. Você não vê o que ela está fazendo? Está te jogando contra mim...

  –– Não, ela nem ao menos tocou no assunto, mas pude ver com ela estava mal quando falei com ela no telefone. Ela se sente mal por você não gostar dela. – disse. – Eu tenho que voltar pra casa, não avisei para a minha mãe que vinha para a sua casa.

  Eu a acompanhei até o portão.

  –– Ah, e eu não preciso mais que vá comigo na psiquiatra nem na nutricionista, Emília está me acompanhando – disse dando um sorriso forçado.

  Esperei que ela virasse a esquina para fechar o portão.

  Disquei o numero  de Lucas e esperei que ele atendesse.

  –– Claudia está voltando para a casa. – disse sem esperar que ele respondesse e desliguei.

Ele era o primo dela e achei certo avisa-lo.

  Me joguei na cama de meu quarto e desatei a chorar. Por que Sarah não podia estar ali comigo naquele momento? Ela sempre conseguia me acalmar.

  Claudia estava sendo muito injusta.

  Mas evitei pensar nela, estava  mesmo cansada e precisava dormir um pouco.


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Notas finais do capítulo

Ahh Espero que tenham gostado...
Bom, a Claudia está pegando pesado hein?
Está trocando uma amizade de anos por uma de pouco tempo
Bom, posto logo o próximo capitulo.