Um Fio De Esperança. escrita por Pequena Garota


Capítulo 36
Capitulo 36.


Notas iniciais do capítulo

EU NÃO MORRI GENTE.
Então, eu SEI que demorei. Mas estava com raiva, e não queria escrever essa fic. Aconteceu umas coisas ai que me deixou muito irritada a ponto de não querer mais postar essa fic. Mas enfim, ja passou. me empolguei hoje e escrevi um pouco mais do que o costumes ^^
Ah, eu achei um site muito legal, muito incrível para postar, parece um livro de verdade. É como se fosse um Ebook, e mais foda é que vem seu nome na capa *0*
e eu fiquei tããããããoooo feliz com esse site que quero postar todos os capitulos la. E para isso eu vou ter que dar uma arrumadinha nos capitulos, dar uma revisada só. Já fiz isso no primeiro capitulo, mas só vou postar quando tiver com quase todos prontos pq ai n enrolo que nem enrolei aqui ( desculpeeeem, sou uma péssima escritora) Eu adicionei algumas coisas nos primeiro capitulo. Nada que vá fazer diferença na história, são apenas uns detalhes, e para quem quiser ler a de lá tbm, manda mensagem aqui que eu mando o link ok? É só pra avisar tbm caso alguém veja, sou eu mesma quem está postando. E não alguém plagiando.
Boa leitura meus amore. Espero que gostem *-*
Eu gostei *-*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/208676/chapter/36

Acordei quando Claudia se levantou, mas estava tão cansada que voltei a dormir rapidamente. E quando acordei novamente Claudia estava terminando de se trocar. Ela estava andando de um lado para o outro, pegando uma coisa aqui e ali e jogando dentro da mochila.

–– Vai para a escola? Perguntei esfregando os olhos.

Ela fez que sim e começou a jogar as roupas sujas em cima da cama.

–– Você viu o meu diário? Perguntou depois de um minuto.

–– Não. – menti imediatamente me lembrando do diário dentro de minha gaveta.

–– Não é possível. Tenho certeza que deixei aqui. – ela começou a procurar no meio dos cadernos na escrivaninha.

–– Quer ajuda? Perguntei me sentindo meio mal por estar mentindo.

–– Não, obrigada. Eu já estou atrasada. – disse por fim e então ela veio até mim e beijou o topo de minha cabeça. – Eu não vou voltar para a casa tão cedo. Vou para a casa de uma amiga fazer trabalho.

Ergui uma sobrancelha.

Desde quando ela fazia trabalhos escolares? Ainda mais na casa de alguém?

–– Minha mãe sabe. – disse já na porta. E então parou e encarou o chão por um segundo. – eu te amo Nanda. Senti sua falta.

Me sentei, mas antes que pudesse responder ela saiu do quarto.

–– Eu também te amo. – disse para o nada.

Fiquei ali sentada na cama até sentir meu bebe chutando. Passei a mão na barriga e me levantei para escovar o dente e trocar de roupa.

O bebe estava agitado hoje, não parava de chutar.

–– O que foi meu amor? Perguntei conversando com minha barriga. – Você está inquieto hoje hein?

Peguei o diário de dentro da minha gaveta e coloquei em cima da cômoda. Parei um segundo tentando não me sentir tão culpada por ler o diário da minha melhor amiga.

Roí as unhas enquanto lutava moralmente tentando decidir que fazer. Sabia que Claudia ficaria furiosa comigo, mas aquilo estava me corroendo. Ter o diário dela em minhas mãos e não ler me deixaria frustrada mais tarde.

Peguei o diário e levei para a cozinha comigo enquanto tomava o meu café.

Era mais ou menos umas 8 da manha. Eu estava encarando o nada, buscando uma boa justificativa para o que ia fazer quando meu celular começou a tocar.

Eu não reconheci o numero.

–– Alô?

–– Oi filha. – disse meu pai do outro lado da linha.

–– O que você quer? Perguntei fechando a cara.

–– Queria me redimir com você Nanda. Eu sei que fui um péssimo pai e um marido pior ainda. Sei que não foi justo o que fiz para você quando a Sarah morreu.

Eu fiquei em silencio enquanto ele fazia seu pedido de desculpas prolongado.

–– Gostaria de me desculpar com você, e te mostrar que mudei. Mas não quero fazer isso apenas pelo telefone. Quero fazer isso pessoalmente filha. Você não gostaria de sair comigo para conversar? Podemos ir tomar um sorvete, ou comer um lanche. Por favor, só me de essa chance.

Eu respirei fundo e dei ouvidos há aquela vozinha dentro da minha cabeça.

–– Tudo bem. – disse por fim.

Ouvi um suspiro de alivio do outro lado da linha.

–– Daqui 30 minutos estou passando ai para te pegar. – ele fez uma pausa. – Te amo filha.

–– Até daqui a pouco. – respondi apenas.

Terminei de tomar meu café sem pressa. Coloquei as coisas no lugar e lavei a pouca louça que sujei. Esse era o bom daquela casa, a louça nunca se acumulava. E o engraçado é que aqui, agora pelo menos, moravam mais pessoas do que na casa da minha mãe e lá a pia vivia cheia de louça. Mas era uma coisa simples chamada colaboração, coisa que não tinha na minha antiga casa. Quando não era minha mãe que lavava a louça era eu quem arrumava a cozinha.

Peguei o diário de cima da mesa e enfiei dentro da minha bolsa antes de começar a me arrumar.

O dia estava quente o suficiente para eu colocar um vestido mais confortável e uma rasteirinha, já que meus pés pareciam dois pães de batata de tão inchados que estavam.

Escolhi um vestido branco florido, um dos meus favoritos dos que Ana me deu quando minhas roupas começaram a ficar apertadas.

Ouvi o barulho de uma buzina na frente de casa e sai para ver quem era. Meu pai estava dentro de um Uno azul, modelo antigo. A pintura estava meio gasta e tinha um amassado na lateral.

–– o que aconteceu com o seu carro antigo? Perguntei surpresa.

–– Tive que vender. No lugar comprei esse aqui. – ele olhou para o amassado.

Ele abriu a porta para eu entrar e depois deu a volta para tomar seu lugar.

Afrouxei o cinto de segurança para poder travar a fivela.

–– Para onde nós vamos? Perguntei depois de alguns minutos.

–– Pensei em te levar para comprar algumas coisinhas para o bebe. – ele olhou para minha barriga meio abobalhado.

–– Pai, não quero que gaste seu dinheiro...

–– Não perguntei se você quer, eu sei que você precisa de algumas coisas para o bebe ainda e eu vou ajudar. – disse me interrompendo. – quando se recebe ajuda, não se nega quando se precisa Nanda.

Eu apenas assenti e fiquei olhando para o lado de fora da janela. Nós ficamos em silencio até chegarmos ao estacionamento do shopping.

Nós descemos juntos e fomos para o primeiro andar do shopping e então andamos por um tempo, passando de loja em loja comprando uma roupinha aqui. Pomadas para assaduras ali. Estava quase na hora do almoço quando paramos na praça de alimentação.

–– O que você quer comer? Perguntou.

–– Estou com vontade de comer bolinho de chuva. – disse.

Minha boca salivou só de pensar naqueles bolinhos macios, cheios de açúcar e canela.

–– Não quer nada daqui? Ele sugeriu abrindo os braços.

Fiz que não.

–– Então vamos para a casa.

–– Espera. – falei olhando para a fila do sorvete. – Quero um sorvete.

Ele sorriu e se levantou indo para a fila.

Ele me entregou uma casquinha de creme com chocolate e então pegou as sacolas para levar para o carro. Abri o porta malas para ele já que ele estava com as mãos cheias.

No caminho para a casa de minha mãe eu não falei muito, e nem meu pai. Nenhum dos dois sabia exatamente o que dizer.

Mesmo que meu pai tivesse sido o maior cretino do mundo, ele ainda era meu pai. E ter passado aquelas ultimas horas com ele me fez lembrar de momentos de quando eu era criança e meu levava Sarah e eu para o shopping e mesmo que a gente não comprasse nada das lojas, antes de sair sempre ganhávamos um sorvete de chocolate com creme.

Mandei um sms para Claudia avisando que estava na casa de minha mãe, já que não sabia a hora que ela ia chegar.

Meu pai passou no mercado para comprar ovos e canela, já que não tinha na casa da minha mãe e pouco depois já estávamos em casa.

–– Você ainda gosta de macarrão com queijo? Perguntou enquanto guardava os ovos na geladeira.

Eu gostava de macarrão com queijo sim, mas não era uma de minhas comidas preferidas. Era Sarah quem adorava macarrão com queijo. Mas eu não disse isso. Meu pai estava sendo legal comigo, e eu não queria estragar o momento falando de Sarah.

–– Sim. – disse por fim.

Ele colocou uma panela com agua para ferver e tirou uma de molho rose para esquentar.

Não demorou muito para reaquecer a comida. Ele jogou a agua quente sobre o macarrão e depois de escorrer deu uma passada na manteiga só para dar um gostinho na massa.

Meu pai despejou uma boa porção de macarrão em uma tigela de vidro e depois jogou o molho por cima. O cheiro estava delicioso.

–– Quando você aprendeu a cozinhar? perguntei curiosa.

Ele deu de ombros dando um meio sorriso para mim ele mosturou o molho e o macarrão e então serviu uma boa quantidade de macarrão para mim e depois para ele.

–– Descobri que gosto. – disse colocando uma fatia de queijo por cima do macarrão quente.

Minha boca salivou ao ver o queijo se misturando a massa.

Meu pai colocou dois copos a mesa com suco de morango.

–– Bom apetite. – disse depois de se sentar a cadeira na minha frente.

Saboreei o macarrão admirando a habilidade de meu pai. Nunca tinha provado nada feito por ele.

Dava para sentir o gosto amanteigado da massa, e o cheiro verde com cogumelos davam um toque especial ao molho. O queijo por cima era só algo a mais, que esticava sempre que pegava uma garfada.

–– O que achou? Perguntou meu pai com um sorriso no canto da boca.

–– Está uma delicia. - disse limpando a boca onde escorreu molho. - Com quem você aprendeu a cozinhar assim em tão pouco tempo?

–– Conheci um cara, amigo da Rosana, ele era chef de cozinha e ele me deu um emprego no restaurante dele como faxineiro. Logo no primeiro dia, quando abri minha marmita ele tirou da minha mão e a jogou fora. Fiquei morrendo de raiva na hora, afinal de contas era meu almoço. E então ele me levou até cozinha e disse que eu podia escolher o que quisesse. Depois de provar a comida dele eu não podia voltar a comer as gororobas da Rosana. Comecei pedindo algumas dicas para o Paulo e acabei falando que a Rosana era uma negação na cozinha e uns meses depois ele me colocou na cozinha junto com ele como sub-chef.

Minha boca se escancarou. Meu pai cozinhando já era surpresa e tanto, agora ele trabalhando em um restaurante, na cozinha, como ajudante de um Chef era inimaginável.

–– Uau. – foi tudo o que consegui dizer.

Meu pai sempre trabalhou como ajudante de pedreiro, carpinteiro, eletricista... Do que me lembro, meu pai nunca teve um emprego fixo por muito tempo. Ele trabalhava aqui e ali, era como se ele fosse uma espécie de faz tudo. Um "marido de aluguel"

" Eu não sou o tipo de pessoa que trabalha em escritório ou fica por 10 anos na mesma empresa. Gosto de conhecer pessoas e lugares diferente." Sempre ouvia esse pequeno discurso quando minha mãe reclamava no fim do mês que estávamos sem dinheiro.

Nunca passamos fome e nem nos faltou nada. Mas não éramos ricos. E a reclamação de minha mãe era apenas para garantir um futuro para as filhas, e não deixar que nada no faltasse como aconteceu com ela quando criança. Por causa de seu pai alcoólatra.

Eu não cheguei a conhecer meu avô. Ele morreu de cirrose quando minha mãe tinha 17 anos.

Meu pai deu uma risadinha sem graça e voltou a comer. Eu fiz o mesmo, e então nós dois comemos em silêncio.

–– Você quer mais? Perguntou pouco antes de se levantar para retirar os pratos.

–– Não, obrigada. Já estou satisfeita. – eu lhe entreguei meu prato.

–– Quer o bolinho de chuva agora? Perguntou.

Olhei para o relógio e vi que já eram quase duas da tarde.

–– Sim. – disse.

Fiquei sentada enquanto via meu pai preparar tudo. Abri minha bolsa e tirei o diário de Claudia de dentro.

Folheei algumas paginas sem ler palavra alguma, vi alguns desenhos de mulheres de meninas extremamente magras mas não parei para ler. A culpa estava pesando sobre meus ombros.

Parei em uma pagina com um coração colado como se tivesse portinhas e a palavra i love you escrita em todo o resto da folha. Abri as partes dobradas do coração e comecei a ler as letras miúdas.

“Talvez eu nunca te faça o bem que você me faz, eu apenas gostaria de dizer que te amo”

Fechei o coração e então virei a pagina. No verso pude ler meu nome escrito varias vezes e de varias cores. Não pude deixar de sorrir.

Claudia era uma menina muito meiga, dava para ver isso claramente ao folhear as paginas de seu diário, todas cheias de detalhezinhos e textos do tipo romântico. Tinha bastante coisa ruim ali também, que me deixou preocupada. Mas eram coisas antigas, então tentei não dar muita atenção.

Passei mais para o fim do diário. No momento não me interessava como ela tinha se sentido há meses atrás, queria saber como ela estava atualmente. Passei pagina por pagina até chegar à ultima coisa escrita.

Meu coração ficou apertado quando comecei a ler.

Não sabia bem se estava frustrada, ou zangada. Frustrada por ser tão idiota ou zangada por Claudia ter mentido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?
olha, esse capitulo eu fiz pensando em vocês u.u
Tinha duas maneiras de acabar a fic. uma não ia ter esse capitulo, ia acontecer direto o que acontece no proximo capitulo e ia pular direto pro fim, pq como disse antes eu estava mal e sem vontade de escrever, mas parei, pensei e resolvi escrever.
E por causa disso vocês ganharam mais alguns capitulos u.u
Espero que tenham gostado. até o próximo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um Fio De Esperança." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.