Um Fio De Esperança. escrita por Pequena Garota


Capítulo 34
Capitulo 34


Notas iniciais do capítulo

Espero que goste do capitulo. achei que ficou meio vago o fim dele, mas n consegui colocar mais nada.
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/208676/chapter/34

Dizem por ai que tudo acontece por uma razão e que o acaso não existe. Mas eu não acredito que seja tudo tão complexo. As coisas acontecem porque tem que acontecer e o acaso dá um empurrãozinho as vezes. Eu não acho que uma coisa posa ser tão simples como o destino e nem tão complicada quanto o acaso

Não foi o acaso que matou minha irmã, e nem o destino foi o culpado de tudo. O acaso nos colocou dentro daquele taxi, mas o destino poderia ter sido outro se não tivéssemos entrado dentro dele. Poderíamos apenas ter ficado esperando por meu pai na entrada do hospital.

O destino colocou Claudia no time de vôlei, o acaso tirou. São as circunstancias dos momentos, os pequenos detalhes que fazem a diferença de ser ou não ser. Estar ou não estar. Viver ou morrer...

As circunstancias me fizeram terminar com Lucas, e as circunstancias me deixaram mordida de ciúmes pela minha melhor amiga.

Fiquei deitada por tanto tempo que acabei pegando no sono. Tinha acordado muito cedo. Mas não dormi por muito tempo, acordei com o barulho da campainha e Claudia me chamando.

–– Nanda, você pode atender pra mim? Não posso sair assim. – ela fez uma careta e apontou para o moletom que ainda vestia.

Eu esfreguei o rosto e assenti.

Ergui uma sobrancelha quando cheguei ao portão e um grupo de meninas tagarelava.

–– Oi?

–– A Claudia está? Perguntou uma menina miúda de cabelos compridos.

–– Hm, sim. Vou chama-la. – disse.

Claudia estava na sala quando entrei.

–– Não acredito que disse que eu estava. – disse zangada.

–– Você me pediu para ir atender o portão, e não disse nada sobre mentir.

Ela bufou.

–– Diz que já estou indo. – ela olhou para o corpo. – Vou me trocar.

Eu assenti e voltei para o portão.

Dei o Recado parar as meninas e pedi para elas entrarem para esperarem lá dentro.

Uma delas me chamou de canto.

–– Você pode segurar ela por mais uns minutos? Perguntou.

Eu ergui uma sobrancelha.

–– O que vocês estão aprontando?

–– Você é a Nanda não é?

Eu fiz que sim e ela estendeu a mão.

–– Pode me chamar de Lua. – ela sorriu. – Nós ouvimos muito sobre você quando a Claudia estava no time.

–– Prazer. – eu peguei sua mão.

–– Nós viemos dar uma notícia para ela, e tenho certeza que ela vai ficar muito feliz. Por isso trouxemos algumas besteiras para comemorar – ela tirou a mochila das costas e mostrou algumas latinhas de Smirnoff. – e algumas bebidas também, porque ninguém é de ferro.

Estava prestes a ser a mãe chata, a responsável, a estraga prazeres. Mas concordei, afinal de contas não era todo dia que Claudia recebia as amigas do vôlei em casa.

–– Vou ver o que posso fazer. – eu sorri abertamente.

Claudia estava escolhendo uma roupa na montanha que fez com as roupas de seu guarda-roupa quando entrei no quarto.

–– Eu não sei o que vestir. – ela pegou uma camiseta preta. – tudo fica horrível em mim.

Eu dei risada.

–– Claudia, são suas amigas, qualquer roupa vai ficar boa. – peguei uma camiseta de alcinha cor de rosa. – Veste essa.

Ela fez uma careta.

–– Essa é muito colada Nanda. – ela pegou uma camiseta com uma estampa colorida e vestiu. – Por que eu ainda guardo essas roupas?

–– O que tem de errado com elas? Perguntei.

–– As que não ficam apertadas de mais, ficam muito largas.

–– Claro, você está usando roupas de tamanho infantil. E as que são para o seu tamanho ficam grande porque você ainda está magra demais.

Ela bufou.

–– Tudo bem, chega, não estou a fim de falar sobre isso agora. – ela colocou uma camiseta branca com uns desenhos e guardou o resto das roupas tudo de qualquer jeito dentro do guarda-roupa.

Espiei pela porta em quanto ela pegava um shorts.

–– Você pode me dar licença?

–– Como? Perguntei confusa.

–– Pode deixar que eu me troco no banheiro.

–– O que? Por que?

–– Só não quero que você me veja. – ela deu de ombros.

–– Você sempre se trocou na minha frente Claudia, qual o problema de fazer isso agora?

–– Eu vi o jeito que você me olha. Com pena e indignação ao mesmo tempo. – ela me deu as coisas e bateu a porta.

***

Depois de algum tempo sentada ouvindo a conversa delas, decidi me levantar para fazer alguma coisa. Aquela conversa toda sobre vôlei estava me dando tedio.

–– Onde você vai? Claudia me perguntou quando viu que eu estava saindo.

–– Vou deixar vocês um pouco sozinhas.

–– Tudo bem. – ela deu um meio sorriso.

Fui para o quarto arrumar minhas coisas. Minhas roupas ainda estavam dentro da mochila.

Terminei de guardar tudo dentro da gaveta em poucos minutos. E então já estava sem o que fazer de novo.

Peguei umas roupas que estavam no chão e levei para o cesto no banheiro, foi quando comecei a dar uma arrumada na bagunça que estava espalhada por ali. No meio de tudo achei o diário de Claudia. Coloquei em cima da escrivaninha ao lado de sua cama e continuei limpando. Colocando os livros no lugar, tirando o lixo do lado da cama.

Encarei o diário e pensei por um segundo se seria pior se eu ignorasse ou se eu desse uma espiada nela.

Que mal faria se eu desse uma olhada?

Estava com o diário na mão quando Claudia abriu a porta.

–– Nós vamos ver um filme. Por que não vê com a gente?

Coloquei o diário no meio de minhas roupas, dentro da gaveta antes de me virar para ela e concordar.

Uma das meninas me deu espaço no sofá e se sentou no chão junto com Claudia e as outras garotas.

Lua veio da cozinha com um pote enorme de pipoca e Mari vinha com os copos descartáveis e o refrigerante.

–– Posso colocar o filme? Alguém perguntou.

Mari falou que sim enquanto terminava de servir o refrigerante.

–– Posso me sentar aqui? Lua perguntou. Vendo que n tinha mais espaço no chão.

–– Claro que sim.

Passamos o resto da tarde assistindo a uma comedia romântica e depois as meninas se despediram e foram embora,

Claudia acompanhou todas até o portão e eu fui junto.

–– Claudinha, isso aqui é da treinadora para a sua mãe. – Lua tirou uma carta de dentro da mochila. – Vê se não dá uma de curiosa e abre.

–– Vê se volta logo, sentimos sua falta. – Mari disso.

Claudia lhe abraçou apertado e se despediu de todas elas com abraços e beijos.

–– Nanda, você acha que a minha treinadora está me querendo isso por pena? Perguntou encarando o envelope. – ou culpa?

–– Porque ela sentiria culpa? Perguntei pegando o envelope de sua mão.

–– Não sei, foi o que a Mari disse.

–– E por que ela acha isso? Perguntei segundo Claudia até a cozinha.

–– Não sei, ela só disse que depois que eu pedi para voltar, a treinadora ficou estranha e que faltou a um dos treinos e depois disso fez uma reunião com as meninas e só ai decidiu me chamar de volta.

–– Não acho que ela tenha sentido culpa, nem pena de você. Só acho que ela viu que isso pode te fazer bem.

Comecei a tirar as coisas da mesa e Claudia começou a lavar a louça que elas sujaram.

O difícil seria convencer Dona Ana e Rubens que isso seria uma coisa boa para Claudia. Estava torcendo para que naquela carta estivesse escrito algo muito convincente.

Agora era só esperar até que eles chegassem para lhes contar a novidade e ver como as coisas corriam.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e até o próximo capitulo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um Fio De Esperança." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.