Um Fio De Esperança. escrita por Pequena Garota


Capítulo 33
Capitulo 33.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Aqui está mais um capitulo para vocês meus lindos leitores.
Espero que gostem.
Eu estava com conjutivite de novo ¬¬
meu olho ainda está bem vermelho, to parecendo a Lindsay Lohan depois das drogas.
Mas eu não estou aqui para ficar falando de mim xD
Boa leitura, espero que gostem ^^



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O resto da noite não foi tão turbulenta como pensei que seria. Meu pai dormiu na sala, no sofá. Minha mãe colocou o lençol e a coberta para ele se ajeitar e foi se deitar mais cedo. Não tinha muito o que ficar conversando.

Quando fui me deitar fiz questão de trancar a porta com a chave. Não queria ter surpresa nenhuma durante a noite.

Acordei bem cedo na manha seguinte e terminei de arrumar minha mochila para ir para a casa de Claudia. Infelizmente, meu pai já estava acordado também.

–– Você já vai sair? Perguntou.

Dei de ombros.

–– Não quer comer alguma coisa antes?

Não respondi.

Vesti a blusa e coloquei a mochila nas costas. Sai para o frio da rua e em poucos minutos já estava congelando.

Estava cedo de mais para ir direto a casa de Claudia. Mas estava frio de mais para eu ficar na rua.

Liguei para Claudia.

–– Espero que alguém tenha morrido pra você ter me ligado essa hora num sábado. – resmungou do outro lado da linha.

–– Eu vou morrer de frio se você não me receber na sua casa. – disse.

–– Por que? Onde você está?

–– Estou pegando um ônibus, vai me receber agora ou não?

–– Claro que vou.

–– Bom mesmo, a gente ainda precisa conversar sobre o beijo que você me deu naquele carro.

–– Ai, esquece aquilo, não quero falar sobre isso Nanda.

–– Tudo bem, quando eu chegar ai a gente conversa.

Subi no ônibus e desliguei o celular.

Estava cansada e com um pouco de sono ainda. Coloquei os fones para ouvir musica até chegar na casa de Dona Ana.

Era 7 da manha quando toquei a campainha.

Claudia saiu vestindo um moletom cinza enorme, com o cabelo todo despenteado.

–– Estou com vontade de te matar. Pra que me tirar da cama essa hora? Disse quando entrei.

–– Desculpa, mas não podia mais ficar em casa.

–– Por que? Brigou com a sua mãe? Ela se jogou no sofá e se enfiou em baixo da coberta.

–– Não. – eu me sentei no canto do sofá, e ela colocou os pés no meu colo. – Meu pai resolveu voltar.

–– Mentira?

–– Bem que eu gostaria que fosse.

Nós ficamos em silencio por uns minutos.

–– Seus pais estão dormindo? Perguntei.

–– Minha mãe sim, meu pai já foi trabalhar. – ela suspirou. – ele tem saído cada vez mais cedo de casa. Sinto a falta dele sabia? Falta de me sentar e assistir alguma coisa ao seu lado no almoço. Eu sinto falta dele aqui dentro de casa. Já não vejo meu pai aqui. Ele chega, toma um banho, come e vai pro quarto dele.

–– Você sabe o motivo. – disse.

Ela suspirou.

–– Queria que tudo fosse diferente.

Ela ficou em silencio por um bom tempo. Tempo suficiente para pegar no sono.

Dona Ana acordou alguns minutos mais tarde, quando eu estava vendo o jornal.

–– Nanda, querida. Bom dia. – ela beijou minha testa.

–– Bom dia. – eu dei um sorriso largo para ela.

–– Você já comeu meu bem?

–– Não.

–– Então venha, eu fiz bolo ontem. – ela olhou para Claudia em meu colo. – Ela nem tocou nele. – disse dando um suspiro.

Dei um meio sorriso e me levantei de vagar para não acorda-la.

Peguei os copos e os pratos enquanto ela tirava o bolo e o suco da geladeira.

–– E o Rubens, como está? Puxei assunto.

–– Ele mal para em casa. Sempre inventa uma desculpa para não vir almoçar aqui e depois inventa uma reunião para chegar mais tarde. – ela fez uma pausa. – Sinto falta do meu marido, do cara com quem me casei que sempre dizia que nunca sairia do meu lado. Sinto falta da minha filha também. – disse dando um grande suspiro.

Eu dei a volta na mesa para abraça-la.

–– É muito bom ter você aqui Nanda. – ela sorriu um pouco e acariciou meu rosto. – Quando você está aqui eu tenho com quem conversar. Me sinto sozinha a maior parte do tempo, por isso voltei a trabalhar, para ocupar minha cabeça com outras coisas além da minha filha anoréxica. – algumas lagrimas escorreram de seu rosto quando ela disse isso.

–– Não fica assim. – disse sem saber exatamente o que dizer para conforta-la. – As coisas estão melhorando Dona Ana.

Ela é inteligente, é bonita. Queria que ela entendesse que estou fazendo tudo isso porque a amo. E gostaria que ela se esforçasse mais e parasse de pensar só no corpo dela.

Ana olhou para além de mim e secou os olhos.

Eu segui seu olhar e vi Claudia deixando a cozinha de braços cruzados balançando a cabeça.

–– Filha. – Ana começou a ir atrás dela, mas eu segurei seu braço.

–– Deixa. Ela precisava ouvir isso de você. – falei. – E agora acho melhor deixa-la um pouco sozinha.

Ela suspirou e assentiu.

Ela se sentou de cabeça baixa na cadeira e depois de uns minutos eu comecei a colocar o suco para nós duas.

–– E como está sua mãe? Perguntou cortando uma fatia de bolo para mim e depois uma para ela.

–– Na verdade não sei como ela está. – admiti. – acho que ela está um pouco confusa.

–– Por que? Ela franziu o cenho.

–– Meu pai está em casa. – eu sacodi a cabeça.

–– Nossa. – ela disse surpresa. – Mas o que ele está fazendo lá?

–– Acho que ele quer voltar para casa.

–– Depois de tudo o que ele fez? Meu Deus, ainda bem que você veio para cá.

–– E você e o Lucas?

Eu bebi um gole do suco pensando se respondia ou não.

–– Nós terminamos. – disse por fim.

–– Ah, sinto muito.

–– Não, tudo bem.

Nós terminamos de tomar café em silencio e depois eu me ofereci para ajudar com a louça, já que ela ia se arrumar para o trabalho.

Quando terminei fui para o quarto com Claudia.

–– Oi. – sentei ao seu lado na cama.

–– Sai daqui, quero ficar sozinha. – ela virou para a parede.

–– Não vou sair.

Ela bufou.

Na parte lateral da escrivaninha tinha a palavra estupida esculpida varias vezes.

–– Minha mãe já saiu? Perguntou tirando minha atenção do móvel.

–– Acho que não. – dei de ombros.

Claudia se sentou e puxou a coberta para se cobrir. Alguma coisa metálica caiu em baixo da cama. Me curvei um pouco para ver o que era.

–– Pode deixar que depois eu pego. – Claudia disse apressada segurando meu braço.

–– Tudo bem. – disse. – O que era? Perguntei meio desconfiada.

–– Nada de mais. Era uma chave de fenda.

–– E para que você tem uma chave de fenda? Ergui uma sobrancelha.

–– O puxador da gaveta estava solto. – ela deu de ombros.

Dona Ana entrou no quarto para se despedir.

–– Até mais tarde meninas. – ela beijou minha testa. – E você, coma alguma coisa. – disse beijando a testa de Claudia. – Amo você.

–– Também te amo. – disse meio sem graça.

Me levantei parar ir ao banheiro. Minha bexiga parecia que ia explodir toda hora.

Levei um susto quando fui lavar a mão e vi o espelho quebrado.

–– O que aconteceu com o espelho?

–– Minha mãe surtou ontem e quebrou todos os espelhos da casa.

–– Por que ela fez isso? Perguntei surpresa.

–– Por que você acha?

Revirei os olhos.

–– Não sei, se soubesse não teria perguntado.

–– Ela ficou com raiva porque me pegou chorando na frente do espelho. – ela encolheu os ombros. – Agora por favor, vamos mudar de assunto.

Me deitei em minha cama e encarei o espaço vazio onde antes havia um espelho. Minha mente viajou para um momento distante e me encheu de saudades de Sarah.

–– Eu acho que ela gosta de você. – disse com aquele sorriso encantador que eu sentia tanto a falta.

–– Quem?

–– A Claudia. Dá para notar o brilho nos olhos dela quando está com você.

Olhei Claudia ajudando a colar os cartazes na parede. Ela olhou para mim sorrindo.

–– Que besteira, ela é minha amiga. Nada mais.

Sacodi a cabeça, voltando a realidade.

–– Por que você me beijou dentro daquele carro? Perguntei baixinho.

Ela bufou e bateu as mãos na perna, um pouco depois fez uma careta de dor.

Ia perguntar o que tinha acontecido, mas ela não me deu chance de falar.

–– Esquece isso, por favor. – disse zangada.

–– Claudia, você me beijou e disse coisas para mim. Como você quer que eu esqueça? Eu aumentei o tom de voz.

–– Foi um erro, está bem? Me desculpe. Eu não devia ter feito aquilo.

–– Você me disse isso da primeira vez Claudia. Você não acha que vai me beijar sem dar explicação nenhuma e vai ficar por isso mesmo, acha?

–– É complicado Nanda. – ela abaixou a cabeça e começou a mexer nas mãos.

–– Por que é complicado? Cruzei os braços na barriga.

Ela deu um suspiro resignado.

–– Por que eu estou com outra pessoa. E você também. E aquele beijo nunca devia ter acontecido.

Eu franzi o cenho.

–– Outra pessoa?

–– Você não conhece. Mas ela é incrível. – ela abriu um sorriso como não via a muito tempo. – Ela é amorosa e não merece uma pessoa como eu.

Ver Claudia falando daquela garota mexeu comigo, e não estava conseguindo esconder o ciúmes que sentia.

–– Então por favor Nanda, esquece esse beijo.

Eu respirei fundo e dei um meio sorriso.

–– Tudo bem.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado meus amores, até o próximo capitulo.



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