Um Fio De Esperança. escrita por Pequena Garota


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Eu comecei a trabalhar gente, deixei de ser vagal kkkk
então, como eu comecei a trabalhar, agora vai ficar ainda mais dificil de eu postar um capitulo novo aqui. Desculpeeeeeem mesmo a demora. Esse capitulo 23 deu trabalho hien? tive que escrever ele duas vezes, pq a primeira eu perdi :) não tenho a menor ideia de onde eu enfiei ele :)
ai fiquei com uma preguiça de reescrever ¬¬
mas enfim, eu criei vergonha na cara e reescrevi ele.
e ele é maior que o ultimo o
kkkkk
serio, espero que goste, e juro que vou tentar não demorar tanto assim pra postar o proximo, ahh e se eu demorar, não pensem que eu abandonei a história não e.e é que eu sou uma preguiçosa mesmo e.e
bjs, espero que gostem.



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Claudia estava escorada em seu pai no sofá. Eles assistiam alguma coisa na TV.

  –– Que carinha de abobada é essa. – Claudia perguntou.

  –– Meu bebe chutou. – disse rindo um pouco.

  No mesmo instante, Claudia se levantou e veio em minha direção.

  –– Posso sentir? Ela perguntou já com as mãos e ouvidos em minha barriga.

  –– Ele não vai mexer agora – Rubens riu da agitação de Claudia.

  –– Mas eu quero sentir. Vamos amiguinho, acorde. – disse acariciando minha barriga. – Vamos lá, eu sei que você pode me ouvir.

  –– Vai perder a melhor parte. – Rubens disse voltando a se concentrar na TV.

  Claudia e eu sentamos uma ao lado da outra. Ela ainda estava com a mão em minha barriga.

  Dona Ana estava sentada no outro sofá vendo uma revista de tricô.

  O único som, além da TV, era de nossas respirações.

  O silencio era reconfortante. Era gostoso.

  –– Vou voltar para o vôlei.

  Aquelas palavras cortaram o ar de uma forma esquisita.

  O clima ficou tenso de repente.

  –– O que? Perguntei pensando não ter escutado direito.

  –– Vou voltar para o vôlei.

  –– Não, você não vai. – Dona Ana se intrometeu.

  –– Nós já conversamos sobre isso querida. – Rubens abaixou o volume da TV.

  –– Não, nós não conversamos sobre isso. Vocês conversaram e decidiram por mim.

  –– Claudia, você não vai e ponto final. – Dona Ana usou sua voz autoritária que ela pouco usava. – Já discutimos isso.

  Claudia se levantou e começou a gritar no meio da sala.

  –– Quem discutiu? Você e o papai? Essa é a vontade de vocês e não a minha.

  –– Claudia abaixe esse tom de voz agora mesmo.

  –– Minha treinadora disse que se vocês concordarem eu posso voltar. Eu já estou bem...

  –– Bem aonde? Agora Dona Ana também estava em pé. – olhe isso. – ela fechou os dedos em volta do pulso de Claudia. – você não ganhou o peso necessário.

    –– Isso não tem nada a ver com meu peso mão. – ela puxou o braço. – Eu gosto de vôlei. Vocês não podem tirar isso de mim.

  –– Isso tem tudo a ver com seu peso Claudia. Espere até recuperar seu peso e então você volta pode fazer o que quiser.

  –– Eu já estou parada a mais de dois meses.

  –– Chega Claudia. Não quero mais ter que falar de novo.

  –– Eu odeio você – Claudia gritou.

  Eu me levantei pra tentar impedir que ela passasse, mas aquela gritaria toda acabou me deixando nervosa.

  –– Tudo bem, já chega às duas. – Rubens interveio.

  Eu cambaleei para o lado e me apoiei na parede.

  Claudia quase me derrubou quando passou por mim.

  –– Tudo bem Nanda? Rubens me ajudou a voltar para o sofá.

   Fiz que sim.

  –– Só fiquei um pouco tonta.  – disse respirando de vagar.

    Dona Ana foi para o quarto batendo a porta.

   Meus ouvidos doeram.  

  –– Beba isso. – ele me entregou um copo de água.

  Eu nem tinha percebido que ele não estava mais ali.

  –– Sente-se melhor? Perguntou depois de um minuto.

  ––Sim, obrigada. – eu ia levantar, mas ele me impediu.

  –– Fique sentada um pouco. – ele sorriu amigavelmente para mim. – feche os olhos e descanse.  – Ele também sentou.

Fiz o que ele pediu até me sentir totalmente capaz de andar sem tropeçar.

  Rubens parecia prestar atenção na TV novamente.

Me levantei e fui até o quarto onde Ana estava.

  –– Dona Ana? Eu bati na porta.

  –– Oi Nanda, pode entrar. – disse enxugando os olhos

  –– A senhora está bem? Perguntei me sentando ao seu lado.

  Ela fez que sim e deixou algumas lagrimas escorrerem.

  Eu a abracei.

  –– Eu não entendo o que eu fiz de errado. – disse entre lagrimas. – Ela é uma menina tão inteligente, como não vê que está maltratando a si mesmo?

  Deixei que ela desabafa-se.

   –– É pura física Nanda, ela sabe disso. Ela precisa de energia pra se movimentar e a comida lhe fornece energia. É simples. Por que ela não entende isso?

  –– Calma Dona Ana. – eu afaguei suas costas. – Você quer que eu pegue um copo de água com açúcar pra senhora?

  –– Não Nanda, eu só quero a minha garotinha de volta. – ela continuava chorando copiosamente em meu ombro.

  Engoli em seco.

  –– Onde eu errei Nanda? Por favor, me diga onde eu errei? Ela me encarou, seu rosto estava todo vermelho.

  –– Ana, a culpa não é sua, você entendeu? Não é sua, nem do seu marido. Ninguém aqui tem culpa. Vocês são ótimos pais, sempre deram de tudo pra Claudia, sempre deram o melhor pra ela, então não pense nem um segundo que a culpa seja sua.

  Ela fez que sim e me abraçou.

  –– Você é um anjo em nossas vidas Nanda. Essa criança tem muita sorte em ter alguém como você como mãe.

  Aquele comentário me fez sorrir abertamente.

  Ana foi lavar o rosto e então voltamos para a sala.

  Rubens estava sentado no sofá de cabeça baixa.

  –– Ele precisa de você. – disse apontando com a cabeça. – Eu vou ver como a Claudia está.

  Se algo não fosse feito, aquela família ia desmoronar.

  Claudia estava sentada na cadeira de balanço enrolada em uma manta branca.

  –– É lua cheia. – disse quando me ouviu chegando.

  –– Você tem que pedir desculpas para os seus pais Claudia. – disse parando ao seu lado.

  Ela não disse nada por alguns minutos.

  –– Claudia, eu sei que você não odeia sua mãe. Mas precisa dizer você mesma isso pra ela. – eu me sentei no chão.

  –– Eu não queria ter dito aquilo. – ela escondeu o rosto na manta.

  –– Então vá pedir desculpas.  – insisti.

  Ela suspirou.

  –– Desculpa te fazer passar por tudo isso também. – seu semblante ficou triste.

  Não disse nada, só continuei ali parada olhando para a lua, quase não dava para ver por ser dia, mas ainda assim era bonita.

  Alguns minutos se passaram quando Claudia finalmente levantou e foi falar com seus pais. Eu não fui atrás. Aquela não era uma conversa na qual eu deveria me envolver. Era um assunto deles.

  Depois de meia hora sentada no chão duro, minha bunda começou a doer.

  Tomei um banho quente e depois me deitei pra relaxar.

  Como de costume, ajudei Dona Ana a fazer o jantar e a limpar a cozinha.

  Depois de comer, liguei para Lucas. Ficamos um bom tempo conversando.

  Sentia tanto a falta dele. Queria poder sentir os braços dele me acolhendo mais uma vez. Queria sentir o aroma dele, sentir os lábios dele  nos meus.

  A maioria do tempo em que fiquei no celular com Lucas, eu estava chorando.

  Estava um pouco esgotada de tudo. Sentia falta da minha casa, e das minhas coisas. Mas não estava reclamando do lugar onde estava, de jeito nenhum. Agradecia a Deus todos os dias por Dona Ana e Rubens terem me acolhido. Se não fossem por eles eu estaria na rua hoje.

  Com 18 anos e eu estava grávida, e morando de favor na casa de minha amiga. Quando foi que as coisas começaram a dar tão errado pra mim?

Talvez tenha sido no momento em que conheci Gustavo. Ou então na fila da padaria quando acabou o pão bem na minha vez. Ou ainda quando eu era criança e não podia andar nos brinquedos por ser a mais baixa. Ou antes, quando meus pais não se preveniram e eu acabei nascendo.

 Não, com certeza foi quando fui pra cama com Gustavo.  

Ter nascido não foi tão ruim.

Eu tive uma vida razoável quando pequena, e uma adolescência boa. Não perfeita, mas boa.

É, com certeza foi quando conheci Gustavo.  Ele não tinha sido meu primeiro namorado. E ele também não tinha tirado minha virgindade.

Eu era mais cuidadosa antes dele. Eu me amava mais antes dele.

E agora, olhe para mim. Sou uma Zé ninguém, e estou grávida.

Por mais que eu amasse a criança dentro de mim, ela não merecia uma vida miserável. Não a vida que eu podia lhe dar. Ela merecia uma coisa melhor. Merecia a chance de ser alguém na vida. De crescer.

  Ela merecia nascer, com certeza.

  Será que eu posso ser uma boa mãe? Posso dar o que ela precisa? Uma criança não vive só de amor...

  Não sei que horas eram quando peguei no sono.


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Notas finais do capítulo

Bom, eu escrevi uma coisa diferente (eu acho) do que vocês tem lido nos outros capitulos.
espero que tenham gostado de verdade.
Beijinhos *-*



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