Um Fio De Esperança. escrita por Pequena Garota


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Hahaaaa, eu tenho certeza que ninguém imagina o que acontece nesse capitulo... Mas não vou estragar a surpresa hihih
Boa leitura pra vocês meus amores.



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Meu telefone tocou insistente. Quando olhei no identificador, me surpreendi ao não encontrar o numero de Claudia e sim um privado.

–– Alô?

–– Qual o seu problema? Não eram nem 8 da manha e Claudia estava no meu portão, chorando.

–– Emília? Como conseguiu meu numero? Perguntei indignada.

–– Como eu disse, Claudia esteve na minha casa. Olha aqui Nanda, eu disse para mantê-la longe.

–– Eu não sou a babá dela Emília.

–– Olha, tudo bem, não estou a fim de discutir com você pelo telefone. Me encontre na praça de alimentação do Shopping em 30 minutos, converso com você lá. – disse antes de desligar na minha cara.

Emília queria conversar comigo? Daquela ali eu esperava qualquer coisa, menos uma conversa.

Ela estava sentada em uma mesa me esperando quando cheguei.

–– Não vai se sentar? Perguntou.

Eu a encarei.

Ela estava muito diferente da ultima vez que a tinha visto. Estava mais arrumada, até mesmo sua postura, ela estava mais... mais... Feminina?

–– Hã, o que você quer ? Perguntei ao me sentar.

–– Espero que esteja com fome, comprei uma porção de batatas... Gosta de batatas?

COMO É?

–– Qual o truque? Perguntei fitando-a intensamente.

–– Não tem truque nenhum Fernanda. – ela me ofereceu a batata.

De inicio recusei. Mas aquele cheiro de batata com cheddar me fez salivar.

Ela riu baixinho quando peguei uma.

–– Vamos comer primeiro, e depois resolvemos isso. Minha mãe sempre diz que hora de comer é a única hora que temos paz.

Concordei.

Nem por um segundo baixei a guarda, Emília só podia estar aprontando alguma. Estava sendo, gentil. Desde quando ela era gentil?

–– Liguei para a sua casa, acho que foi sua mãe quem atendeu.

Quase engasguei com o refrigerante.

–– Você? Perguntei indignada.

O fato de ter sido ela no telefone com minha mãe, me aterrorizou. Ela me odiava, e não teria problemas em contar a verdade para minha mãe.

Emília me dava arrepios, mas nunca deixei transparecer meu medo. Mas de repente, tudo pareceu ficar maior, o barulho parecia aumentar e a garota na minha frente me deixou apavorada.

–– Tudo bem com você? Perguntou.

–– O que disse a minha mãe? Perguntei ávida.

–– Perguntei se você estava, e então ela disse que estava dormindo. – ela fez uma pausa, exageradamente longa para mim, para beber um gole de seu refrigerante. – E então, inventei que tinha saído um livro novo, que você tinha me pedido para te avisar, ou algo assim. – ela deu de ombros.

Meu corpo relaxou um pouco.

–– E por que me ligou? Perguntei agora mais calma.

–– Como eu disse a você, estou com outra pessoa. Se Claudia ficar aparecendo na minha casa toda vez que discutir com você... Você não pode tirar a criança. – cuspiu as palavras pra cima de mim. – Claudia morreria se você tirasse a criança. Você não viu a dor que ela estava sentindo... Essa criança está dando força pra ela continuar. – ela girava o copo lentamente enquanto falava, ela não estava olhando diretamente para mim. – Se matar essa criança, vai estar matando sua melhor amiga. – disse erguendo a cabeça para me encarar.

Então esse era o plano brilhante dela? Fazer com que eu me sentisse culpada?

Aquilo me deixou atordoada, eu não estava nem com 3 meses completos, como Claudia podia amar tanto uma coisa que ela nunca viu ou sentiu?

–– Pensa nisso. – disse ao se levantar.

Continuei sentada na cadeira por alguns minutos, antes de me levantar e caminhar lentamente até a saída do Shopping.

Um casal estava parado perto da porta automática, de inicio não prestei atenção, mas quando me aproximei levei um tremendo susto.

Minha boca se escancarou quando Emília beijou o cara.

Agora fazia sentido o motivo dela estar tão arrumada. E era por isso que ela não queria Claudia em sua casa.

Meu dia estava cada vez mais estranho.

Primeiro o pesadelo, depois Emília.... Será que ainda faltava alguma coisa pra ficar mais estranho?


Fui para a casa de Claudia, aquele discurso de Emília tinha dado certo. A sacana conseguiu fazer com que eu me sentisse culpada.

–– Nanda – os olhos de Claudia se iluminaram ao me ver entrar em sua rua. – Como você está? Pergunta me olhando com aqueles olhos cheios de preocupação.

–– Estou... – paro antes de terminar a frase, de dizer que estou bem. Porque não é verdade, não estou bem. – Estou um pouco melhor. – digo.

Ela me olha por alguns segundos e então joga os braços sobre meus ombros.

–– Eu te amo tanto. – ela diz ainda me abraçando apertado. – Não sei o que seria de mim sem você.

–– Eu também te amo. – digo.

Ela se afasta um pouco e pega minha mão.

–– Comprei uma coisa pra você. – diz me puxando para dentro de sua casa. – Espero que goste.

Mesmo não sabendo o que é, fico um tanto empolgada. Ela me leva até seu quarto e ascende a luz.

Claudia abriu seu guarda roupa e pegou um embrulho dourado.

–– O que é? Perguntou antes de receber o embrulho .

–– Abre. – ela diz.

Peguei o embrulho e o abri tentando conter a curiosidade. Era um macacãozinho.

–– É unissex – ela diz meio sem jeito.

Minha garganta de repente ficou quente, parecendo apertada. Respirei fundo, engolindo em seco tentando não chorar.

–– Se não gostou eu posso trocar... eu... Ah, não chore. – pediu coçando o braço, parecendo estar sem jeito.

Puxei Claudia e a abracei apertado.

–– Claudia... Desculpem, não quis interromper nada. – Lucas diz envergonhado.

Enxugo os olhos com as costas das mãos, me sentindo uma idiota.

–– Não, tudo bem. – digo me adiantando.

–– Não sabia que estava aqui. Tudo bem com você? pergunta parecendo um pouco preocupado.

Faço que sim com a cabeça.

–– Tem certeza? Parece meio abatida.

Claudia dá um tapinha em minhas costas me encorajando.

Sei exatamente o que tenho que fazer.

–– Posso falar com você um minuto? Perguntou torcendo a barra de minha blusa. – Na verdade pode levar bem mais que um minuto. – digo dando um meio sorriso.


Eu não sabia muito bem o que esperar, não sabia qual seria a reação de Lucas. Ele poderia simplesmente se afastar, como também poderia me xingar. Mas aquilo eu realmente não esperava, quando as palavras estou gravida saíram de minha boca, ele me abraçou.

–– E você achou que eu iria me afastar de você por causa disso? Ele coloca as mãos em meus ombros, olhando fixamente em meus olhos. – Nanda, fico muito mais aliviada em saber que você está gravida, Claudia me deixou louco, não me contava o que você tinha... Até acheguei a pensar que você estava seriamente doente.

–– Desculpa não ter contado antes...

Antes que eu pudesse continuar, Lucas segurou meu rosto e me beijou com tal intensidade que imediatamente correspondi.

E aquele podia ser considerado nosso primeiro beijo, já que o primeiro de fato tinha sido um tanto nojento...

Fiquei o resto da tarde com Claudia e Lucas, nós ficamos conversando sobre coisas não muito interessantes. Já era 20:00 quando decidi ir pra casa.

–– Você não pode dormir aqui? Claudia pergunta toda tristonha, enrolando uma mexa de cabelo. – sabe, só pra eu ter certeza de que você não vai fazer nenhuma besteira durante a noite.

Reviro os olhos.

–– Claudia eu não...

–– Por favor, só assim vou conseguir dormir tranquila. – pede segurando minha mão.

Penso um pouco, antes de ceder aos caprichos de minha melhor amiga. Ela sempre conseguia me convencer quando fazia aquela cara.



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Notas finais do capítulo

Bom, esse capitulo eu até que gostei de escrever ^^
espero que tenham gostado >.