Sigh escrita por Ane


Capítulo 2
Especial- Dust


Notas iniciais do capítulo

Eu fiz um especial! Boa leitura!



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 Sono hikari ga kie tekunowo

Kokodezutto nagame teita

Same teikukono kanjou de

Dokomade tobe rukana

A luz está sumindo

Eu sempre estive observando

Esses sentimentos que estão desaparecendo

Pra onde devo ir?

“Aguente firme, mãe!” chorava ao meu lado, meu filho adotivo, Rin, a minha única razão de viver.

Depois de cinquenta e dois anos, eu ficava cada vez mais fraca, não tive maridoS, nem nada, apenas adotei um filho aos meus vinte e poucos anos, que agora já era um homem.

“E…Eu estou ruim… E… Está chegando minha hora…” falei, com certa dificuldade, havia se passado muito tempo, e as doenças não ajudavam na saúde, cade vez mais tubos, mais remédios, mais visitas ao médico, mais coleta de sangue e nada da minha saúde melhorar, meu coração batia lentamente, eu não conseguia manter os olhos abertos.

“Mãe, p-por favor! N-Não vá!” chorava cada vez mais, eu não aguentava vê-lo chorando, queria ver Rin rindo. Aquele sorriso gostoso que me aconchegava.

“Sorria, e…eu q…quero morrer vendo o seu sorriso, meu q…querido”

Ele sorriu, e sei soltei um risinho também, levei uma de minha mãos ao seu rosto e o acariciei, ele chorou e agarrou minha mão.

“Eu t..te a…amo R…Rin”

“Eu também te amo, mãe…”

Apartir dali, fechei meus olhos, e dormi, dormi de uma vez, todos sabiam que eu sabia que não iria acordar mais.

Mie sui ta kibou ya yume ha

Kudake chitte tsuki sasa rukara

Taikiken no tochuu de

Hoshi ni negau nowoyameta

Boku wo wasure ta sekai de

Egai tanoha aimai na risou

Donna koe de utae ba

Todoku darou hibiku darou

Meus sonhos e esperanças estão sumindo

Falhei, pois estou confusa e cansada

Olhei para o céu

E fiz um pedido a uma estrela, mas parei

Esqueci do mundo

Pensei vagamente sobre várias coisas

Com que tipo de voz eu gostaria de cantar

Será o suficiente?”

“Mas… O quê?” olhei em volta, estava com um vestido branco. E com meus cabelos azuis soltos, era tudo branco e fofo. Olhei para o meu corpo, eu tava jovem novamente, aparentava uns dezoito anos, não menos que isso.

“Então você veio mesmo!” ouvi uma voz conhecida

“R-Romeo?” virei pra trás e vi o garoto, que agora já era uma rapaz, sorrindo. “C-Como você está grande!”

“E você está linda!” corei, mesmo o conhecendo somente à seis anos, eu me senti elogiada e envergonhada

“Venha cá.”

“Aond…” olhei para o lado e vi meu filho, ao lado de uma moça, com uma criança brincando no tapete de alguma sala.

“Bela família a deles não?” falou o garoto.

“M-Meu filho…?” perguntei, com os olhos marejados

“Ele mesmo! E aquela é sua esposa, Aya, se não me engano e aquele é o Riseki!” sorriu

“C-Como assim? Se passou tanto tempo desde que eu morri?”

“Não sua tola…” falou de um jeito brincalhão” Poucas pessoas vem pra cá… Olhe em volta, não dá mais de trinta pessoas! Elas são trazidas pela fé e esperança dos seus amigos, ou familiares… Por exemplo, eu estou aqui, por causa das preces que você fazia de noite desde que eu morri, se lembra?” explicou

“Então e…ele rezava por mim?” chorava abundantemente

“Sim!” sorriu novamente

“M-Meu filho, e-está tão grande, e já tem uma família…”

“ E todos aqui tem dezoito anos” completou

“Por que?” perguntei, interessada

“Isso eu não tenho como explicar…”

Aisa retaito nageku taiyou

Sono shoku ha utsukushi kunakutomo

Haruka tooku yure ru kodoku wo tera sudarou

Mata te wo nobashi tasono sakini

Mie ru hikari hanakutomo

Namida ga koori tsuku mae ni iko uka

Yubi sashi mitsu keta hoshi ha

Ima hadokowo mawatte iru

Sen yakanasono kidou ni

Torawa retamamade

Alguém irá me ouvir? Eu quero ser amada, mas choro

Esta cor, mesmo que não seja bonita

Irá iluminar a distante solidão

Eu chegarei lá

Mesmo que não haja luz

Minhas lágrimas já não estão congeladas, será que devo continuar?

Apontei para a estrela que tinha encontrado

Pra onde estou indo?

Naquela estrela

Eu continuo presa

Então aqui é o que chamamos de céu? Este lugar bonito? Fofo e branco? Ou como o conhecemos também, paraíso?

“Seus seios cresceram Wendy-chan!”

“O-Oe! O-Olha o que fala!” exclamei, vermelha

“Estou brincando… estou brincando” disse ele rindo, enquanto eu o enchia de socos, que certamente, não doíam nele

“Estou feliz em tê-lo encontrado novamente, Romeo.” Peguei forças e falei

Ele olhou meio estático para mim, mas logo depois, me abraçou, e com o impacto forte caímos naquele amontoado de nuvens, ficamos corados.

“E-Er… então eu vou…” tentei disfarçar

“Você sempre foi enrolada não é?” Romeo chegou mais perto e selou seus lábios nos meus.

Boku ga mite ta mirai ni

Todoku hazudatta kou meki

Kuraku natta ashita wo osore te

Enjin ha sabi tsui ta

Kuchi wotsukunohaarifureta kotoba de

Akirame ta riyuu wo kakushi teiku

Iki ru imi nante mitsu karanakutatte

Bokura waratte itahazunanoninee

Aisa retaito nageku taiyou

Sono shoku ha utsukushi kunakutomo

Haruka tooku yure ru kodoku wo tera sudarou

Mata te wo nobashi tasono sakini

Mie ru hikari hanakutomo

Namida ga koori tsuku mae ni iko uka

Eu podia ver o futuro

Podia ver a chama que estava por vir

Mas temia que o amanhã seria escuro

Meu coração enferrujou

Palavras comuns, saíam da minha boca

Eu estava escondendo a razão pelo qual desisti

Mesmo que não encontremos o sentido da vida

Hey, nós devemos continuar sorrindo

Eu quero ser amada, mas choro

Esta cor, mesmo que não seja bonita

Irá iluminar a distante solidão

Eu chegarei lá

Mesmo que não haja luz

Minhas lágrimas já não estão congeladas, será que devo continuar?

Nos separamos pela falta de ar.

“Wendy… Eu te perdi uma vez, você me perdeu uma vez, e nós nos reencontramos, agora eu não vou perder você, não de novo…” Ele olhou pra mim, com os olhos cheios de luz, aqueles amanhãs escuros que eu temia, quantas vezes eu desisti, tudo, tudo foi levada por aquelas palavras.

“O que está dizend…” ele me abraçou, e eu continuava chorando

“Eu te amo. Você não entende?” falou “Eu nunca tive chances de te falar, mas agora estou aqui, você está aqui! Está aqui nos meus braços, está aqui comigo! Está sendo minha…” Eu estava com a cara enterrada no seu peito, minha estrutura não muito alta, não deixava eu ficar com você face a face. Você era maior que eu, um fato, até a eternidade.

“Ei…” Sussurrei

“O que?”

“Será que eu posso te dizer algo?” perguntei

“Claro…”

“Eu também te amo…” soltei um sorriso bobo.

Ele também sorriu, me deixando corada.

Tudo o que é bom, dura para sempre, bom, eu pelo menos gosto de acreditar nisso.

Egake sono tede

Segure a minha mão

“O que foi Rin?” me perguntou Aya

“Nada, só estou me sentindo… iluminado”

A ruiva sorriu.

“Boa sorte, meu filho…” ouvi a brisa sussurrar para mim, olhei para o céu.

“Vou estar olhando por ti, vivendo por ti, sorrindo por ti…”

“Obrigado. Mãe…”


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Notas finais do capítulo

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