Diferentes, Mas Iguais escrita por WinnieCooper, Anny Andrade


Capítulo 12
Era uma vez...


Notas iniciais do capítulo

O fim...



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Era uma vez...

Estavam todos lá, era café da manhã de uma segunda-feira, não era o melhor dia. Bom tecnicamente, como diziam? Segundas-feiras eram sempre tristes, acordar cedo era difícil, era o dia que as aulas voltavam, e que as dietas começavam. Não era para ser um dia bom. Mas segundas-feiras poderiam e teriam um novo significado para ela: recomeço.

Respirando fundo, olhando todas as cabeças do salão. Sem pedir permissão a ninguém, ela subiu na mesa, surpreendendo a diretora e todos os professores que estavam comendo lá. Mas não foi impedida. Com o pedaço de pergaminho em mãos, e com a varinha apontada pra sua garganta. Começou a ler com a voz ampliada magicamente.

“Olá mamãe,

Meu nome é Rose Weasley, mais conhecida como outra pessoa. Posso dizer que vivo em dois mundos. Um é o mundo das mentiras. Nesse mundo, sou a Rose que todo mundo enxerga durante anos. Aquela que faz discursos enormes aos professores tentando convencê-los que todas suas tentativas de colocar conceitos novos em minha cabeça são totalmente em vão. Minhas filosofias é que são validas. Não acrescentam nada em mim. Sou a Rose que segura um lápis preto em sua mão, pega sua varinha e cria uma máscara do lado de fora, como se dissesse “Olhe , está vendo? Não sou nada parecida fisicamente com meus pais na época que estudavam em Hogwarts, não é pelo fato de eu ser inteligente que serei igual minha mãe”. Sou a Rose que ri maldosamente e fere as pessoas porque quer.

Ela parou sua leitura e encarou a todos pela primeira vez, todos a olhavam, inclusive o dono de uma cabeleira loira que nos últimos dias a ignorava completamente.

Lembra-se mamãe daquela garotinha inocente que sonhava? Ela gostava de fechar os olhos e imaginar que tinha asas e que podia voar, para bem longe. Podia ver o azul do céu de perto e até tocar as nuvens. Para ela, as nuvens teriam gosto de algodão doce. O chão sempre seria um amigo. Mas agora. Essa garotinha não sonha mais. Para ela, voar é perda de tempo, para que fechar os olhos? Para que tentar tocar as nuvens se o chão não é um amigo, o chão é a dura realidade que te fere com o tombo enorme que leva sempre que tenta alcançar seus sonhos. Para que fechar os olhos e ser inocente? Então eu resolvi ser assim. Num dia que jamais vou esquecer. Resolvi me cegar e viver, como a Rose descrita no começo da carta. A Rose mentirosa. Mas, como disse eu vivo em dois mundos. O outro mundo existe dentro de mim. Somente uma pessoa o conhece, irei descrevê-lo como é. Neste mundo a Rose não tem uma máscara.

Ela gosta de sorrir e não enfrenta os professores, na verdade tenta aprender cada vez mais com ele. Ela é irritante às vezes com eles. Sempre levanta a mão no ar, mas ao contrario da Rose mentirosa, não é para confrontá-los, mas sim dar respostas certas, e pedir explicações mais aprofundadas.

Os professores que até então estavam em silencio pela repentina quebra de rotina no café da manhã olharam admirados para ela, pela coragem, e pela sinceridade das palavras que saiam de sua boca.

Essa Rose, ama discutir com o irmão, mas não pelos motivos da falsa Rose, não porque ele é ele mesmo e não se importa com a opinião dos outros. Mas gosta de discutir com Hugo porque é divertido, porque gosta de ouvir a risada dele, e seus solos malucos de violão que só ele faz, além de sua obsessão por músicas aparentemente para meninas.

- Ei Rose – seu irmão gritou no meio da mesa da Lufa-Lufa, estava em pé no banco e tinha uma máquina fotográfica em mãos – Vou tirar uma foto para o papai te deserdar, você em pé na mesa dos professores, é muito para seu pobre coração.

Ela riu, e quando sentiu o flash chegar até ela, continuou a ler a carta.

Gosta de conversar com Lily, que é tão louca e transparente e sente inveja dessa transparência.

- Estou chorando muito? – Lily perguntou a Hugo que havia voltado a se sentar na mesa.

- Está transparente como sempre – ele riu e abraçou pelo ombro.

Gosta de sentir o abraço apertado da vovó Molly lhe dizendo toda vez que está magra demais. Gosta de explicar pacientemente ao vovô Arthur para que serve cada botão daquele aparelho dos Trouxas chamado Televisão, ama ver seus olhos brilhando de expectativa explorando o seu novo brinquedo. Gosta de passar uma tarde na casa dos avós Grangers e comer aqueles biscoitos sem açúcar para não estragar os dentes.

           

Essa Rose ama olhar o céu. Já notou no momento em que está prestes a escurecer? O céu ganha um tom cinza lindo que me faz sonhar. Eu amo essa cor, na verdade toda vez que a Rose verdadeira olha para a janela e vê essa cor, ela se sente feliz, se sente completa, na verdade ela entende porque gosta da cor cinza do céu. Existe uma pessoa mamãe que me fez enxergar a verdadeira Rose. Essa pessoa não se importa com os estereótipos que as pessoas colocam nela e nem que seu sobrenome significa uma coisa que ele não é. Essa pessoa tem olhos cinzas e cabelos loiros como os do pequeno príncipe. Essa pessoa não sabe, mas é a verdadeiro motivo por eu estar escrevendo essa carta de liberdade mamãe e por estar lendo ela na frente de todos.

Rose parou a leitura e olhou cúmplice a Scorpius.

- Sabia que isso ia acontecer um dia – disse Alvo ao lado do melhor amigo.

- Isso o que?

- Perceber que são tão parecidos de formas diferentes.

Preciso antes de terminar tudo te dizer duas palavras tão gigantes: Sinto Muito.

Me desculpe por todos os anos que te ignorei, que te feri, porque sentia ódio de mim mesma, na verdade eu tenho um orgulho enorme de ser a Rose verdadeira. Ser a Rose extremamente parecida com Hermione Granger aos 17 anos. Aquela Hermione que ajudou Harry Potter e Ronald Weasley a salvar o mundo bruxo quando ainda era adolescente. Sinto orgulho de ser ela, não me importo se acharem extremamente parecida com essa Hermione, na verdade vou me senti honrada. O garoto dos olhos cinzas da cor do céu quando está escurecendo, me ensinou que na verdade eu sou uma mistura. Uma mistura daquilo tudo que me moldou conforme eu crescia. Você é grande parte de mim mamãe, mas tenho coisas do meu pai, meus avós, de meus tios e até do garoto de olhos cinzas. Me desculpe?

Quero dizer, que hoje, estou me libertando oficialmente da Rose mentirosa. Eles irão me julgar no começo, mas vou permanecer com a cabeça erguida. E mostrei minha verdadeira face. As mudanças não são só do lado de fora, não é garoto dos olhos cinzas? No fim, se ainda me amar, mesmo eu acreditando que depois de te ferir tão gravemente jamais deixou de me amar mamãe, quero lhe dar um abraço que significará recomeço. Quero dizer por fim, que todos podem concertar seus erros quando querem, não importa quanto tempo passe, o importante é voltar a atrás... Portanto, quero ser uma Rosa, que cative alguém.

- Você cativou – disse Scorpius num sussurro orgulhoso.

Eu te a... ops, acho que essa parte, irei deixar para te dizer pessoalmente.

Com amor a verdadeira Rose”

Ela não sabia bem ao certo o que esperar. Talvez aplausos? Abraços de pessoas em volta dela tudo ao mesmo tempo? Não o silencio constrangedor. Não os cochichos e olhares que faziam com que a idéia não parecesse mais tão brilhante, tão certa. Mas ela estava certa, não estava? Sim ela estava e quando o viu isso ficou ainda mais claro.

Rose respirou fundo e o encarou sorrindo, ele lhe entregava o sorriso mais lindo que ela já tinha visto. Tudo era por causa dele não era? Ela achava que merecia algum agradecimento, por isso, na ponta dos pés, chegou perto dele e lhe plantou um beijo, em sua bochecha.

Ia lhe dizer algo, não sabia ao certo o que, talvez “Ei garoto dos olhos da cor cinza, adivinhe porque gosto do céu quando está escurecendo na cor cinza?” Mas seu pai estava parado há uns metros de distancia e Rose quase riu da careta que ele fazia por causa do beijo na bochecha de Scorpius.

- Como foi meu momento de liberdade pai? – ela perguntou quando quebrou a distancia entre eles.

- Podia não ter acabado com o beijo na bochecha dele – disse enciumado.

Rose sorria mais largo e sentiu suas orelhas ficarem quentes.

- O senhor sabe que não posso ser criança para sempre não é?

- Eu queria, como queria – confessou Rony erguendo um celular a altura dos olhos dela – Sua mãe quer falar com você.

Rose sentiu seu coração se acelerar e segurou o aparelho em suas mãos.

- Alô mãe?

- Oi querida.

Vendo seu pai confirmar com a cabeça, ela começou a andar para longe de todos os olhares, aquele momento devia ser somente dela, sem nenhum espectador.

- Mãe, eu me libertei – contou com sua voz parecendo feliz e um brilho verdadeiro nos olhos.

- Jura meu amor? Como foi?

- Sabe o melhor? As pessoas que realmente me amam estavam com orgulho de mim! Sei que não é grande coisa, isso de escrever uma carta particular e deixar que todos ouvissem eu lê-la no salão principal, mas achei que...

- Foi incrível... – Hermione a interrompeu.

- Você escutou?

- Eu vi...

Rose começou a olhar dos lados tentando achá-la.

- Onde está? Posso te ver? Posso te abraçar? – pedia desesperada.

- Estou nos jardins filha.

Rose começou a correr, descendo escadas, mas voltou a falar.

- Eu tenho planos mãe. Pretendo me formar em Hogwarts e quem sabe me especializar em jornalismo.

- Que ótimo – sua voz era suave, parecia meio embargada aos ouvidos de Rose.

- Não quero ser uma jornalista qualquer sabe? Não aquelas que pegam fofocas e escrevem matérias sem fundamento algum. Pretendo trabalhar em campo, quero sentir coisas na pele, quero viver cada história que contar. Entende? Não pretendo ser mais uma marionete da sociedade.

- Sei que irá conseguir minha filha – respondeu sorrindo, já visualizando ela descendo as escadas do Hall da escola.

- Acha que consigo mesmo? Nunca mais viver algo que não sou? Acha que consigo quebrar meus estereótipos? Acha que consigo ser eu mesma sem máscaras?

Rose respirava forte e corria em direção a ela ainda com o celular na mão.

- Eu tenho certeza.

Hermione respondeu pela ultima vez deixando o aparelho Trouxa que carregava em mãos cair no chão. Ato, imitado por Rose que se lançou nos braços dela chorando num abraço que significava recomeço.

- Me desculpe mãe.

- Não, me desculpe – negava Hermione com a cabeça acariciando os cabelos dela e segurando as lágrimas.

- Fui tão estúpida.

- Não, você só estava crescendo, só isso...

Antes de Hermione terminar sua frase, Rose finalmente disse:

- Eu te amo mãe.

Hermione finalmente deixou que uma lágrima escorresse de seu rosto, a apertou mais forte no abraço e disse:

- Oh filha, você não faz ideia... – Hermione preferiu que as palavras lhe faltassem. Em momentos assim palavras demais só estragam tudo. E aquele momento tinha que ser perfeito até o ultimo segundo.

xx

Ela apertava as mãos uma na outra de nervosismo, estava suando frio, suas pernas estavam bambas, seu coração batendo acelerado.

Era difícil tudo aquilo, mas como explicar para a pessoa que iria encontrá-la ali que ela não gostava dele. Que o beijo, seu primeiro beijo, na realidade não significou nada a ela. Como explicar, que ela amava seu primo e sempre amaria? Como explicar?

No alto da torre mais alta do castelo o vento brincava com seus cabelos os jogando para trás. Seus olhos castanhos estavam mais claros devido o reflexo do sol. Ela não havia se preparado pro encontro. Não havia escolhido uma roupa ideal, vestia o seu uniforme como sempre, seu cabelo só estava penteado, nada significante, nenhuma maquiagem marcava seu rosto. Era ela como ela era todos os dias. Precisava mostrar a pessoa que iria se encontrar que não podia lhe dar esperanças.

Mas a espera estava a matando.

- Tenho um recado pra você – disse Hugo as suas costas.

Lily virou seu rosto espantada pra ele.

- O que está fazendo aqui? – perguntou nervosa – Não devia estar aqui!

- Calma, me pediram pra te entregar isso – ele ergueu no ar um papel desta vez mesclado nas cores verde e laranja para ela.

- Aquele covarde não vem? Eu sabia, eu sabia! – ela dizia nervosa enquanto abria o papel com certa dificuldade.

- Porque o acha covarde? – ele perguntou apreensivo.

Lily parou de tentar abrir o papel um momento e o encarou.

- Nós iremos ser sinceros um com o outro?

- Como assim?

- Fazemos um trato, eu te conto um segredo e você me conta um segredo...

- Porque isso agora? – ele questionou intrigado tirando uma mexa do cabelo da garota de frente de seu rosto.

- Não contar um segredo do tipo: “Gosto de chocolate e odeio jiló” – Hugo começou a rir, mas Lily manteve seu rosto serio – Tem que ser um segredo enorme.

- Quer que eu faça voto perpetuo? – perguntou Hugo ainda rindo.

- Isso é serio! Vamos vai... – disse Lily colocando a mão na boca dele o fazendo se calar.

- Então você começa... – ele pediu.

Lily suspirou, começou a mexer freneticamente nos seus cabelos.

- Eu menti pra você aquele dia que me perguntou se eu gostava do cara que me mandava os bilhetes...

- Mentiu? – perguntou Hugo levantando as sobrancelhas.

- É eu não gosto dele, na verdade nunca poderia gostar, porque eu amo somente uma pessoa, uma pessoa que sempre vou amar, pelo menos até concretizar esse amor... – ela terminou olhando pra baixo envergonhada.

- E quem seria essa pessoa? – perguntou Hugo com um sorriso bobo nos lábios.

- Não posso te dizer, um segredo de cada vez lembra? Agora é sua vez...

- Ok... – ele respondeu suspirando colocando sua mão no rosto dela... – Meu segredo é esse Lily. Não sei como não consegue ver meu segredo, mas se precisa tanto saber eu vou mostrá-lo.

- Como assim?

Ela parecia confusa, não conhecia segredos que fossem mostrados, segredos deveriam ser contados e guardados fossem na memória fosse no coração, mas como o primo poderia mostrar um segredo?

Isso foi um bom motivo para ela começar a tagarelar mentalmente e não notassem como o espaço entre eles tinha diminuído, para ela não notar como o perfume estava perto dela, para ela não notar que os dedos de Hugo permaneciam desenhando seu rosto delicadamente.

- Hugo, esse perfume...

Não precisou terminar a frase, na verdade não pode terminar.

Dizem que o primeiro beijo é inesquecível, mas para Lily o segundo beijo seria o que levaria essa fama. Porque lá estava ela, em cima de uma torre, sentindo o vento, sem precisar fingir nada. Era ela, e estava com a única pessoa que sabia cada detalhe de sua vida, cada roupa preferida, cada lágrima derramada.

Então sentir o perfume que a invadiu no dia da festa foi apenas conseqüência. Foi apenas um detalhe. E sentir o sabor dele se misturando com o dela foi algo que fez sentido, que foi completo, que fez ela pela primeira vez fechar os olhos.

E depois disso mesmo que as palavras acabassem ela não se importaria. Ela tinha a certeza, a certeza da qual corria atrás, da qual ansiava. Ela tinha certeza de que era Hugo. Que sempre fora.

E quando se separaram a frase pairou sobre eles.

- A minha estrela que ri, sempre vai ter seu nome.

- O que significa tudo isso? – perguntou ela entorpecida ainda sentindo o gosto dele em sua boca.

- Precisa ler não é? – disse Hugo lembrando do bilhete que ainda estava sem abrir na mão da garota.

Lily rasgou o lacre e leu as palavras na letras de Lysander.

"Eu finalmente resolvi me revelar, está realmente disposta a saber quem é o garoto que te beijou naquela brincadeira idiota?

Eu achei que você acabaria descobrindo mais cedo ou mais tarde, pelo visto te enlouqueci tanto que não conseguiu descobrir né?

Mas antes de você reconhecer meu rosto talvez devesse descobrir coisas sobre mim....

Coisas que talvez te ajudem a me decifrar.

Primeiro: Minha bala preferida é de doce de leite, uma especialidade trouxa...

Segundo: E meu doce preferido é o Pudim de caramelo, como resistir aquilo? Impossível.

Quer saber mais coisas sobre mim?

Bem... Eu gosto de filmes trouxas que são direcionados a meninas, eu gosto de clássicos infantis porque eles me lembram da infância onde nada me separava da garota que eu gostava.

Pois é eu acho que sou apaixonado por ela desde aquela época. Mas não fique decepcionada, ainda vou te contar coisas sobre mim.

Desses filmes o meu preferido é A bela e a fera, estranho né? Mas as músicas desse filme sempre me lembram dessa tal garota da minha infância.

E nada melhor do que assistir esse filme ao lado dela comendo pizza fria e a vendo sorrir em meio ao choro... Ela tem uma jeito único de chorar e rir ao mesmo tempo.

E algumas pessoas a acham maluca, mas no fundo ela é apenas sincera demais...

Acho que agora é a hora de falar sobre ela... Mas não fique decepcionada, em breve vai saber quem eu sou.

Ela é linda e gosta de falar sozinha em voz alta. Ela ama pirulitos de cereja que deixam a língua ainda mais vermelha, seu doce preferido é sorvete e quando vamos no beco diagonal ela não consegue sair de lá sem tomar ao menos duas taças enormes de sorvete de pistache. Suas cores preferidas são verde e laranja. E seus cabelos sempre se mechem com o vento. Ela também gosta de pizza fria e de filmes trouxas, mas na realidade sempre prefere batatas fritas e filmes de comédia. Ela diz que são os únicos filmes onde as protagonistas parecem com ela: Desastradas e malucas. Quando ela sorri ela não sorri apenas com a boca, mas sim com os olhos.

Ela detesta que usem seu nome completo, e principalmente que a comparem com o passado.

Ela grita quando está animada, e quando está sozinha fica cantando, ou melhor gritando e pulando ao som da música.

Muitos dizem que ela é a garota mais legal, muitos a acham engraçada, mas nem todos entendem que existe muito mais que beleza, que espontaneidade, mas eu sei que nela existe ainda mais coisas, que ela é tão inteligente quanto qualquer outra pessoa, que ela é bondosa e sempre cumpre uma promessa.

Não acha que ela é a garota perfeita?

Talvez fique decepcionada com o fim dessa carta, mas na realidade essa garota não é perfeita...

Ela é cheia de crises, de problemas e de esquisitices só que é exatamente esses defeitos que me fazem querer abraçá-la forte, que faz com que eu sempre cante para ter sua atenção, que faz com que eu finalmente diga...

Hei Lily fui eu quem te beijou... A única pessoa que sabe tudo sobre você e que sabe que você sabe tudo sobre ela.

Assinado: Hugo Weasley. "

- Era você? – perguntou com a voz fraca.

- Merlin Lily! Quantas provas preciso te dar? – ele ria – Vem cá...

Tentava puxá-la pra outro beijo, mas a garota lhe lançava um olhar cortante e cheio de significados.

- Babaca! Hipócrita! Cretino! – pontuava cada palavra com um soco em seu ombro – Era tudo um joguinho!

- Ei Lily calma, cadê a fala do “Nossa que romântico Hugo, ninguém jamais faria isso por mim sem ser você” – ele afastou uns passos quando percebeu que o olhar dela estava mais perigoso.

- Romântico? Romântico?! – sua voz estava esganiçada – Chamo de “Ei, vamos deixar a Lily mais pirada do que ela já é com joguinhos estúpidos” Era você o tempo todo! Você! – continuava lhe pontuando com socos certeiros – Eu fui me desabafar com a Murta! COM A MURTA SEU IDIOTA!

- Esse seu lado transparente é o que eu mais...

- Hugo por quê? – ela implorou cansada com os olhos lotados de lágrimas.

- Porque te deixei mais maluca e pirada, amar te ver assim não é um bom motivo?

- Não – respondeu cansada – Isso é maldade.

Ele mordeu os lábios apreensivo pela primeira vez e contou:

- Precisava da autorização do seu pai...

- O que? – Lily levantou seu rosto na direção dele drasticamente.

- Bom, eu sabia que você gostava de mim por causa daquele jogo que eu propus aquele dia. Eu não queria te beijar no armário Lily, por isso me esquivei na primeira vez, mas ai você insistiu tanto dizendo nossa frase que eu... Bom, você sabe. Foi o melhor beijo do mundo e não queria que isso ficasse na memória, mas não podia chegar em você e dizer que havia sido eu, para depois fugirmos um do outro, esse lance de ser primos e tudo mais sabe? Isso nos afastaria. Então pedi a ajuda do Lysander e da sua amiga Jenny...

- Ahhhh! Aquela duas caras! – exclamou indignada.

- Não fique brava com ela, nos ajudou tanto, enfim. Eu marquei um jantar na sua casa...

- Você foi até em casa?! – perguntou abalada.

- É, foi só por algumas horas, meus pais autorizaram minha saída de Hogwarts e fui, seus pais, meus pais e eu no meio. Mas eu precisava fazer o que fui fazer, então contei num fôlego só que te amava e que a culpa era inteiramente deles, por ter nos criados juntos e... Bom, minha mãe desmaiou, seu pai ergueu a varinha no ar me ameaçando, mas meu pai foi mais rápido e o desarmou, e sua mãe assistia tudo dando gargalhadas. Foi uma das piores cenas presenciadas da minha vida.

- Oh meu Merlin! – ela estava tremendo – E o que aconteceu depois?

- Tive uma longa conversa com seu pai e ele concluiu que não poderia ter um genro melhor – Hugo terminou num sorriso.

- Haha, não infle seu ego Hugo!

- Ok – ele respondeu cabisbaixo – Ele me ameaçou de todas as mortes possíveis se eu te fizesse sofrer no futuro, mas no fim, no fim aceitou e... bom não temos mais desculpas para não estarmos oficialmente juntos. Que tal? – ele abriu os braços no ar – É um bom motivo para os joguinhos?

- Isso aqui foi televisionado não é? – ela olhava para cima procurando câmeras – Colocaram um exemplo perfeito de menina histérica para mostrar as outras garotas o que não se deve fazer quando se tem um admirador secreto.

            Hugo riu, mas chegou mais perto dela.

            - Ok, se quer assim, isso foi televisionado e todos estão esperando o beijo final. Que tal – ele ergueu as sobrancelhas marotamente.

            - Ei meninas – ela fingiu que dizia diretamente a alguém no nada – Aprendam a ignorar homens depois que os tem em mãos.

            Ela virou suas costas para ele e começou a andar

Hugo ficou parado sem entender muito bem. Não era o que ele esperava. Cadê o "eu também te amo", " que lindo", "oh Hugo" Lily estava simplesmente indo embora depois de tudo que ele havia feito? Quem poderia entender as garotas? Quando finalmente fugiu do dialogo mental que traçava consigo mesmo encontrou grandes olhos castanho muito próximos dos seus.

- Brincadeirinha... - Lily disse juntando seus lábios tão fortemente que ambos acabaram no chão.

Sorrisos. Eram as expressões em seus rostos quando se afastaram. Sorrisos que poderiam iluminar o mundo inteiro. Mostrando que a frase deles era perfeita.

xx

Sabe aquele momento em que você olha para o lado e percebe que fez tudo certo e merece uma recompensa?  Ela tinha sido uma ótima amiga e tinha ajudado não só uma, mas duas pessoas. Lily parecia muito menos perturbada desde que descobriu que quem tinha lhe beijado e estava mandando os bilhetes era seu primo, assim como Hugo parecia muito menos propenso a tocar para todas as garotas que ficavam suspirando por ele pelos cantos da escola.

E isso tudo graças a quem? Sim a ela. E Jenny achava que merecia no mínimo o que a moveu a fazer tudo aquilo.

E lá estava ele.

Sua recompensa.

Exatamente como ela esperava.

- Senhorita Collins agora que meu acordo com Hugo acabou eu acho que não precisamos mais... – Ele começou a falar, mas suas palavras foram interrompidas.

Jenny tinha sido bem rápida, na verdade era a primeira vez que ela fazia aquilo na vida. Agarrar alguém sem avisos? Não era o estilo dela, mas mesmo que tentasse dizer que gostava de Lysander ele parecia não entender absolutamente nada que ela dizia, e as vezes ela também não o entendia. Não importava. Ela gostava dele e deveria poder sentir ao menos uma vez o gosto do beijo do garoto.

Então enquanto ela o empurrava contra o chão do suposto escritório juntou suas bocas, dividiu suas salivas, e suas línguas pareciam ter uma conexão bastante boa. Não que ela duvidasse disso, mas achou que o beijo estava sendo incrível. Primeiro porque tinha gosto de menta, e ela jamais esperaria aquilo dele. Talvez um gosto estranho e exótico, mas definitivamente não um gosto de menta. Segundo porque depois de uns segundos ela sentiu as mãos do garoto sobre suas costas fazendo com ela continuasse mantendo o beijo e, além disso, o aprofundasse.

Depois de longos minutos e de uma ausência obvia de oxigênio eles se separaram deixando que a frase de Lysander fosse terminada.

- Manter relações. – Ele disse enquanto a garota corava.

- Eu... – Ela se levantou constrangida. Talvez pudesse se esconder entre aqueles lençóis pavorosos que ele deixava pendurados pela sala. Estava pronta para se fugir dali quando sentiu seu braço sendo puxado na direção contraria.

- Nós trocamos saliva? – Lysander questionou parecendo muito perturbado.

- Eu...

- Nitidamente trocamos saliva. – Ele falou tocando lentamente nos lábios dela.

- Lysander...

- Sua saliva é boa. – Ele disse desenhando a boca da garota com o dedo. – Muito boa. Tem gosto de morango.

- É de um outro pirulito que Lily me deu. – Jenny falou.

- Uma ótima saliva. – Lysander não estava a escutando, porque naquele momento estava se aproximando para poder fazer com que suas bocas voltassem a se tocar.

O beijo durou mais vários minutos antes de voltarem a se afastar.

- Todas as salivas são boas assim? – Ele questionou sem folego.

- Na verdade...

- Isso seria uma ótima base de pesquisa. – Lysander sorriu. – Os perigos do doce sabor da saliva. Preciso obviamente pesquisar mais sobre isso.

- O que? Não...

O loiro saiu da sala e Jenny foi atrás dele a tempo de vê-lo questionando uma garota da Grifinória sobre saliva, ela parecia meio atordoada, mas no segundo seguinte entendeu do que se tratava porque o garoto tinha lhe beijado profundamente.

- Meu Merlin criei um monstro. – Jenny disse no instante em que Lysander largou a menina.

- Sua saliva não é boa, tem gosto de nada. – Ele disse visivelmente magoado. – Troquei germes atoa com você. Deveria chupar pirulitos como a Jenny faz.

- O que? – A garota olhou confusa para Jenny.

- Tudo bem...

- Vou arrumar outro jeito de pesquisar sobre isso, algumas salivas são horríveis. – Lysander disse voltando para o escritório. – Sua saliva é boa, mas eu preciso escrever algumas anotações.

- Lysander... Eu...

- Marque hora para que eu possa me aprofundar na pesquisa. – Ele sorriu e fechou a porta na cara da garota.

- Marcar hora? – Jenny demorou um pouco para entender. – Isso seria um tipo muito estranho de namoro? Pelo menos minha saliva é boa, e eu preciso contar isso para Lily.

A garota saiu sorrindo. Finalmente uma recompensa por ser uma amiga tão legal.

xx

Várias horas haviam se passado do café da manhã, Rose estava deitada na grama dos jardins de Hogwarts admirando o céu, se sentindo livre pela primeira vez, conseguia respirar enfim. Tinha feito as “pazes” com sua mãe, seu pai de certa forma estava amadurecido e criança, como sempre foi, sua prima havia sumido, sabia que tinha relação com seu irmão, devido o seu sumiço também, deviam estar vivendo pela primeira vez em muito tempo. E sua segunda-feira havia acontecido como queria. Foi um recomeço. Sim. Tudo havia acabado e começado novamente, ninguém ficou muito feliz com isso, os julgaram um pouco, viriam muito mais julgamentos nos próximos dias, mas ela estava lá, firme e forte e disposta a ser a verdadeira Rose para sempre.

- Se me perguntassem a minha cor favorita, eu diria azul.

Ele estava lá, em pé a olhando de cima, com seus olhos cinzas, como a cor do céu como estava naquele momento.

- Isso não é romântico – ela desdenhou sorrindo – Eu te disse primeiro que gostava de cinza porque era a cor de seus olhos.

Ele sorriu sincero e resolveu deitar com ela na grama. Só que seu corpo estava na posição contraria, apenas suas cabeças alinhadas.

- Acho que é agora não é? – começou Rose, ainda admirando o céu – As palavras finais...

- Se você quiser assim... – Scorpius sorriu.

‎- Posso falar uma coisa, que na verdade é uma das coisas que te torna tão especial pra mim?

- Claro, estou curioso...

- Gosto de você e de falar com você porque eu me sinto burro perto de você, você me faz pensar antes de falar, me faz pensar muito antes de agir, porque acho você tão inteligente, que tenho medo de falar bobeira e isso é muito bom pra mim. Porque conheço tanta gente sem graça, sem conteúdo, que eu tenho até preguiça de falar com elas, mas quando falo com você me faz tão bem...

- Engraçado, nunca ninguém gostou de mim por estes motivos... – Ele riu. – Na verdade a maioria das pessoas se afastam de mim por conta disso. Tão engraçada essa nossa relação. Noto de forma clara, clara como nunca antes o quanto somos complementares.

- Como assim complementares?

- Oras... Você vê em mim um cérebro que não se vê por ai, eu vejo em ti alguém com bom coração que eu não vejo por aqui, inclusive... Estava difícil acreditar na bondade das pessoas antes de te conhecer, estava difícil de ver sentimento até mesmo em mim!

- Sério?!

- Sim, mas o melhor disso tudo é que eu sei que você não é burro e você sabe que eu não sou uma pessoa fria, nós apenas sentimos falta disso nos outros. E veja só: a gente se encontrou.

- Sim, Nos encontramos e espero não desencontrar.

- Eu também, eu também...

- Então nós falamos difícil, discutimos, e quase nunca concordamos... E ainda assim nos completamos, o que vem agora? – Rose perguntou olhando novamente para o céu.

- O beijo final – ele completou rindo.

- Não quero te beijar – Rose virou seu rosto para ele seria.

- Como assim? – perguntou abalado, será que ela continuaria a ser teimosa para sempre? – Todos estão esperando por isso, pergunte a sua prima.

Rose mordeu seus lábios, mas prosseguiu no seu pensamento, tentando criar argumentos validos.

- Você sabe que Lily sofre de uma síndrome muito séria né?

- Sofre? – Scorpius perguntou parecendo preocupado.

- Síndrome de filmes adolescentes. Eu sei. Isso é tão horrível, e previsível. E infelizmente a culpa é toda da minha mãe, ela sempre disse que precisávamos ser garotas normais sem esse drama de bruxas. Mas realmente não deu certo, Lily se tornou dependente dos clichês tão mal elaborados por diretores visivelmente transtornados.  – Rose tentava achar muito mais argumentos e seu cérebro trabalha rápido para isso. – Infelizmente ela não serve para comparação nenhuma. Você sabe, sofrer de “filmes adolescentes” é algo extremamente grave e perigoso.

- Pergunte para seu primo Alvo. – Scorpius disse sabendo que para ele a garota não teria argumentos.

- Têm certeza? Pelo que eu sei primos e irmãos podem ser muito ciumentos. Com certeza Alvo diria que um beijo está fora de questão.  – Rose sorriu vitoriosa. – Seus argumentos e testemunhas são fracos.

- Se eu te desse um argumento incontestável? – Scorpius olhava para ela.

Suas cabeças de lado.

Frente a frente.

Tão próximos.

- Estou esperando. – Rose disse se virando para olhar o céu que começava a escurecer lentamente.

- Talvez seja o que eu quero fazer. – Scorpius respondeu.

- Talvez? – Rose perguntou.

- Você precisa ser assim? Tão teimosa e chata?

- Primeiro você fala demais e não estou teimando. Estou sendo eu mesma. – Rose suspirou.

- Por que não quer me beijar Weasley? – Scorpius disse começando a sentir raiva.

- Bem... Eu...

- Não tem argumentos. Isso é ótimo. — Scorpius riu.

Rose estava começando a entrar em pânico. Ela queria beijá-lo. Como ela queria. Mas ela queria os argumentos daquela noite, queria o clima, aceitaria até mesmo a chuva. Não queria simplesmente beijar ele por ser o que todos esperavam.

- Rose?

- É simples seus lábios não são lá muito atraentes, estão secos e certamente você acabaria me machucando ao tocar os meus lábios muito bem cuidados. – Rose suspirou aliviada, certamente esse era o argumento perfeito.

- Lábios secos? — Scorpius parecia indignado. – Que seja.

Ela sentiu o leve impulso de quem estava pronto para se levantar. E então ela desistiu dos argumentos perfeitos, da chuva, e certamente da síndrome que ela sofria e não a prima. Então sem pensar se virou puxando a gravata que tinha voltado a ser alinhada. As cores de Grifinória reluziam com os poucos raios de sol que saiam por entre as nuvens baixas. E ela tomou a iniciativa. Sua mente gritava as palavras que sua mãe sempre repetia “se quer bem feito, faça por si mesmo” e ela fez.

Ainda de lado com somente as cabeças alinhadas seus lábios se tocaram. E a explicação da sensação seria tão dispensável que Rose esqueceu dos argumentos, esqueceu de que provavelmente vários alunos estavam os observando. Se espera tanto de um primeiro beijo. O sabor. O aroma. O toque. Se espera fechar os olhos e erguer um dos pés. Se espera música ao fundo e flores caindo em cascatas. Algumas pessoas até mesmo esperam a chuva. Rose esperava apenas uma coisa. Ela não esperava o “viveram felizes para sempre”, esperar o “era uma vez”. O começo.

E quando o ar lhes faltou ela soube o que dizer.

- Prazer... Rose Weasley. – Ela sorriu e encarou os olhos cinzas.  Viu sua cor favorita.

- Prazer... Scorpius Malfoy.

E quando duas pessoas são tão diferentes acabam sendo iguais nos detalhes escondidos pelos medos e dúvidas. É preciso só um pouco de coragem, uma pitada de má criação e 24 horas juntos para que se descubra que todos são diferentes, mas iguais. 


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Notas finais do capítulo

Notas Anny: Notas finais não são algo em que eu seja boa, na verdade detesto fins, mas tudo na vida tem um final e infelizmente chegou a hora de dizer tchau para Diferentes, mas Iguais e para essas leitoras tão lindas que comentaram com tanta vontade, nos deixando cada dia mais feliz e com mais vontade de postar.
Normalmente no fim tudo se resolve seja para bem ou para o mal, espero que o final seja suficientemente bom e alcance as expectativas de vocês. Lágrimas são bem vindas, assim como comentários dramáticos (amo um drama, na verdade sou a rainha deles Hahaha)
Só posso agradecer, primeiramente a Winnie Cooper por aceitar essa parceria, a fic não seria nem metade do que é caso escrevesse ela sozinha. Obrigada por todas as parcerias e essa foi de longe a melhor, mais divertida, e mais legal de escrever. Obrigada mesmo.
E agora eu agradeço essas leitoras lindas, fofas, sempre tão presentes deixando claro que sempre vão existir aqueles que continuaram buscando novas histórias ligadas a HP. Obrigada, sem vocês a fic não seria nada, desculpem a demora para responder os reviews e assim que possível todos serão respondidos. Vocês são incríveis.
Dizer adeus é difícil, mas necessário...
Então...
Beijos e Obrigada...
Nota Winnie: Primeiro agradecer a Anny por topar essa ideia de parceria comigo, por achar a foto dos tênis grudados e começarmos a bolar a ideia da fic juntas. Foi tão fácil e prazeroso escrever isso daqui, vocês não faze ideia o quanto me dói terminar
Vocês pedem epilogo e continuação sempre, mas eu sou da teoria de que as coisas terminam onde devem terminar e esse foi o final de DMI, espero sinceramente que tenha atingido as suas expectativas...
Eu quero agradecer cada palavrinha aqui, cada riso com Lily e Lysander, cada choro com Rose, cada grito de raiva por a gente demorar tantooooooo para colocar os beijos. Mas o melhor no fim, certo?
E ai, gostaram?
O beijo melhor do mundo para Lysander e Jenny, quem vota? Aplausos para a escrita da Anny ok?
Ei não sei mais o que dizer... Bom, só para agradecer mesmo pelos comentários que nos fazem viver nesses tempos e que as fics estão ficando cada vez com menos qualidade e que leitores estão sumindo...
OBRIGADA