Diferentes, Mas Iguais escrita por WinnieCooper, Anny Andrade


Capítulo 11
Cative-se




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Cative-se

            E no meio das escadas de Hogwarts duas sombras podiam ser vistas, elas estavam sentadas lado a lado. As luminárias do castelo permitiam que ambos pudessem se olhar, assim como aquele que se encontrava escondido atrás de uma parede próxima. Eles não estariam ali se não fosse por ele. Se não fosse sua estranha obsessão por aquela garota. Primeiro foi o livro trouxa, depois foram todas as visitas em casas de disco de Londres, e assim ele se via envolvido com ela sem nem mesmo se aproximar. Sem nem mesmo serem amigos. Mas depois daquelas 24 horas juntos ele tinha certeza de estariam ligados de uma maneira mágica sem nem precisar dos tênis.

            Scorpius tentava fazer leitura labial enquanto eles pareciam falar sobre o passado. Algo de quando eram crianças e do quanto amavam os jogos de Quadribol. Mas ele precisava ouvir com mais precisam, e foi isso que fez ele se mover sorrateiramente para mais próximo. Pensou ter visto o ruivo muito mais alto que ele e que ela o observando, mas tinha quase certeza que seria algo impossível. Deixando a preocupação de lado, ele começou a prestar atenção nas palavras trocadas entre as duas gerações de Weasley. Era um direito. Ele enviou a carta. Ele o trouxe até ali. E agora queria saber o final de tudo aquilo.

            - Eu gostaria de está olhando em seus olhos enquanto lia aquela carta. – A voz dele era grossa, e um pouco falhada. De uma coisa todos tinham certeza, Rony Weasley nunca foi bom com palavras e sentimentos.

            - Papai... – Rose parecia frágil realmente como se fosse um flor prestes a ter todas as pétalas arrancadas. – Quem mandou a carta? Eu tinha desistido.

            - Desistido de voltar a ser minha pequena rosa? – Rony sorriu fraco.

            - Achei que o senhor não me perdoaria. – E a primeira pétala caiu em forma de lágrimas.

            - Não preciso te perdoar. – Rony respondeu sinceramente.

            - Como não? Leu a carta. Entende o quanto sou uma péssima pessoa? Entende o quanto as pessoas não gostam de mim? Entende que sou uma Rosa como todas as outras? Entende que nunca vou cativar a ninguém? – E mais pétalas se soltavam escorrendo por seu rosto enquanto seu apenas sorria tranquilamente.

            - Rose eu nunca fui tão inteligente quanto sua mãe, e nem tão corajoso quanto seu tio Harry, mas eu aprendi algo que vou te ensinar agora. – Rony limpou as lágrimas da filha, e esboçou seu sorriso mais sincero. – Não precisa cativar a ninguém. E não precisa pedir perdão.

            - Como não? O senhor não quer me perdoar? - Fazer aquela pergunta a feria, pois tudo que ela queria era ouvir que ele a perdoava e que voltariam a ser o mesmo de quando ela era apenas uma garotinha.

            - Eu te perdoei antes mesmo de receber aquela carta. Eu te amo minha pequena rosa... – Rony a puxou para um abraço. – Mas preciso te ensinar algo.

            - Me ensine. – Rose disse entre soluços, entre pétalas dilaceradas, entre o cheiro de chocolate que o pai possuía.

            - Primeiro se cative. Segundo se perdoei. – Rony parecia está voltando a um passado. – Quando eu tinha sua idade também não tinha me cativado, não acreditava em mim, não acreditava que as pessoas pudessem realmente gostar de mim. Me achava o pior de todos, o ultimo filho homem, o segundo melhor amigo do escolhido, eu não sabia o que era cativar nem a mim mesmo, como poderia cativar outra pessoa? E na guerra eu fui embora, eu abandonei as duas pessoas que faziam da minha vida algo bom. Eu não conseguia me perdoar por ter fugido, por ter deixado que os pensamentos ruins tomassem conta de mim. Eu não conseguia me perdoar por ter abandonado sua mãe.

            - Mas pai todos sabem que você foi importante na destruição de duas Horcruxes. – Rose disse tentando confortar seu pai.

            - Eu sei disso, mas naquele momento eu não me perdoava, eu não me cativava. Mas com o tempo eu aprendi que as pessoas só se deixam se deixam cativar e só cativam quando elas mesmas são capazes disso. Que as pessoas só perdoam e são perdoadas quando entendem que o perdão começa em nós. Por isso Rose, não peça perdão a mim, ou a sua mãe. Se perdoei. – Rony parecia muito mais maduro do que sua filha se lembrava. – Porque nós te amamos e sempre nos deixaremos cativar por você, e sempre perdoaremos seus piores erros.

            - Papai... – Rose abraçou Rony com todas as forças que tinha, ela não tinha mais pétalas para serem arrancadas, e nem folhas secas. Naquele momento era de novo um pequeno botão, tentando desabrochar finalmente da maneira certa. Para receber borboletas e usar os espinhos somente em ocasiões necessárias. – Eu amo o senhor, obrigada por ser o melhor pai do mundo.

            - Sou o melhor pai do mundo? – Rony perguntou se erguendo como um pavão.

            - Sim. – Rose soltou um riso fraco.

            - Tenho minha pequena rosa de volta e fui proclamado o melhor pai do mundo. – Ele suspirou. – Excelente dia.

            - Obrigada. – Rose abaixou sua cabeça nos ombros do pai e suspirou. – Obrigada por tudo.

            - Só tem mais uma coisa.

            - Mais?

            - Eu gostei do PS. da carta, por isso pode continuar mantendo os garotos o mais longe possível de você. – Rony disse e ele olhava nitidamente para um garoto de cabelos loiros quase brancos que estava escondido sobre uma sombra projetada pela parede que supostamente o encobria.

            Scorpius olhou assustado para o ruivo. E tinha certeza que ele realmente o via, já que seus olhos estavam sobre ele. Ficou um pouco assustado. Mas se manteve em silencio e parado a tempo de ouvir a ultima parte da conversa.

            - Mas se tivesse algum garoto que fosse responsável por essa conversa, por aquela carta, pela mudança. Eu agradeceria a ele. Mesmo que ele fosse um Malfoy.

            Rose olhou para a direção dos olhos de seu pai a tempo de ver os cabelos loiros andando para longe deles, e ela quase pode ver o sorriso de satisfação estampado no rosto daquele que tinha feito com que ela fosse cativada sem querer ser.

            - Eu disse para ele não me fazer gostar dele. – Rose suspirou.

            - O que filha?

            - Queria conversar com mamãe também.

            - Precisa pedir desculpas para ela filha – e desse vez seu rosto era o mais serio que Rose havia visto na conversa até então.

            - Acha que ela vai me perdoar?

            - Sua mãe? – ele fez uma careta quase rindo – A única pessoa que ela não perdoa sou eu, sabe que a mania de discursos dela sempre é para mim. Você puxou isso dela – Rony pousou seu dedo no nariz de Rose.

            - De você puxei a mania de devorar tudo que vejo pela frente. – Rose o abraçou novamente, guardando para si aquele cheiro, e o abraço, pois eram três coisas que nunca esqueceria. O cheiro de seu pai, o abraço dele, e o ensinamento. Se cativar antes de cativar aos outros.

xx

Lily estava no meio dos jardins, mesmo na hora do jantar, não conseguia parar de pensar em todos os bilhetes que havia trocado com seu admirador nesse meio tempo.

“Posso te conhecer, mas como irei te responder essa pergunta se não sei quem é você”

“Saberá essa resposta em breve”

- Breve quando? – perguntou aos ventos sentindo eles lhe bagunçarem os cabelos.

- Sabe que esse negócio de falar sozinha faz as pessoas te taxarem de louca? – a voz risonha de seu primo Hugo a fez abrir os olhos.

- Pouco me importo com as pessoas dessa escola. Estou ficando mais louca se possível.

- Por quê? – ele perguntou parecendo preocupado.

- Esses bilhetes – e Lily entregou todos os bilhetes do qual havia se correspondido durante o meio tempo que não havia conversado com Hugo.

- Que cara babaca Lily – ele disse mal humorado jogando os papeis para longe de si depois de ler tudo – O que respondeu a ele?

- Porque o chamou de babaca? – ela perguntou quase rindo do bico que o primo tinha no rosto.

- Porque ele é. Não enxerga o jogo psicológico que ele faz com você? Fica te provocando com esses bilhetinhos, como se dissesse “Ei Lily, a gente se beijou, eu já te provoquei, agora quero que me encontre de novo num beco escuro para poder abusar de você. Topa?”

Lily começou a rir descontroladamente e permaneceu por bastante tempo, ainda mais depois de ver que o primo permanecia serio e carrancudo com os braços cruzados na frente do corpo.

- Primeiro, ele jamais me chamou pra encontrar com ele num beco escuro e segundo, provavelmente eu o conheça de verdade e talvez quero acabar com esse mistério e voltar a não ficar tão maluca por conta disso.

- Está tão claro que ele vai te convidar pra um encontro as escuras nos próximos bilhetes.

Foi como um aviso prévio. Uma coruja pousou ao lado de Lily entregando a ela um bilhete na cor laranja.

- Ah – Hugo fez uma careta – Tem que mandar quando eu estou aqui.

- Estou achando que está com ciúmes Hugo Weasley – disse Lily enquanto pegava o papel pronta para ler o que havia escrito.

- Estou preocupado com você... O que ele mandou? – Hugo ergueu o rosto a fim de ler o bilhete:

“Me encontre amanhã, no final da tarde, na torre de astronomia. Vou me revelar”

- Ai, não te disse? Ele queria isso, te deixar curiosa, depois marcar um encontro, como sabe o jeito que você é, sabia que não dispensaria.

- Talvez eu não vá – respondeu Lily seriamente olhando pra baixo.

- Porque não? – Hugo perguntou visivelmente preocupado.

- Me diga um motivo pra não ir – ela perguntou o olhando seriamente – Se você me der um só motivo eu não vou.

- Já disse, ele só quer brincar com você.

- Esse não conta – Lily respondeu desviando o olhar do dele.

- Você gosta dele? – Hugo perguntou visivelmente preocupado.

- Acho que sim, e pela primeira vez, não sei sua aparência, então esse meu sentimento é sincero não é? – ela voltou a encará-lo sorrindo com os olhos.

- Como pode gostar dele. Nem sabe quem ele é?! – Hugo levantou-se do chão nervoso.

- O que deu em você?

- Eu só acho que não enxerga, que passei toda minha vida do seu lado e de repente vem um idiota qualquer, que te beija, manda bilhetinhos e você se apaixona fácil assim – ele respondeu meio que gaguejando cruzando os braços.

- Ta com ciúmes? – perguntou com os olhos brilhando – Você está com ciúmes.

Ela levantou do chão e se postou na frente dele animada.

- Não seja ridícula ok? Não estou com ciúmes.

- Me diz um motivo Hugo, me diz um único motivo que me faria não ir nesse encontro.

- Você gosta dele? – perguntou sentido – Se gosta dele devia ir.

Disse uma ultima vez saindo de perto dela.

- Merlin! Estou com ciúmes de mim mesmo? – perguntou pra si próprio abalado.

Lily suspirou tristemente e ficou olhando o bilhete recente em sua mão. Ela sabia o que faria, lógico que não gostava desse garoto dos bilhetes estava claro isso.  Ela amava Hugo e sempre amaria, sabia disso desde aquele dia...

- Lily Luna Potter se eu for ai fora te chamar novamente irá sofrer serias punições – o grito de sua mãe a chamou atenção.

Mas ela não poderia sair dali, tinha feito um trato com seu primo Hugo, ambos tinham feito uma aposta mais cedo. Qual deles alcançaria uma estrela mais perto. Estava em cima da arvore de sua casa por esse único motivo. Alcançar a estrela. De lá de cima conseguia ver seu primo e vizinho.

Ele estava na varanda de sua casa com uma luneta que havia ganho de seu avô Granger e tentava reproduzir em desenho a estrela mais brilhante que havia encontrado.

- Ei Hugo, você desenhar uma bola num pedaço de papel não significa que alcançou a estrela antes de mim! – ela gritou para ele tentando ficar em pé no galho e esticando sua mão.

- Não sabe o que eu estou... – ele dizia rindo, mas parou quando a olhou e viu que Lily não estava mais no alto da arvore, mas sim deitada no chão, como se tivesse caído.

- LILY! – ele gritou desesperado começando a descer até os jardins e chamar ajuda.

Ele não podia suportar o fato de vê-la no chão. Imaginar nunca mais ouvir o riso dela era terrível. Seu riso era como um oasis no deserto

Depois tudo foi uma confusão. Os pais de Lily a levaram ao Hospital, sua mãe insistiu para que dessem diversas poções, mesmo se seus ossos não tivessem quebrados. A levaram para casa e deixaram ela rigidamente deitada em sua cama, sem permissão para se levantar nem para comer por duas semanas inteiras.

Hugo estava se sentindo muito culpado. Afinal a idéia de alcançar a estrela mais brilhante do céu havia sido dele, mas nenhum dos adultos o deixava visitar Lily com a desculpa de “Ela não pode ver ninguém, ordens dos Curandeiros”.

- Porque não pode me ver? – ele perguntava desesperado todos os dias ao pai de Lily assim que via que ele ia sair para ir ao trabalho com seu pai.

- É melhor assim, ela precisa repousar – era a única coisa que seu tio Harry respondia bagunçando seus cabelos.

Ela teria de ficar longe dele, afinal foi por sua causa que ela havia se ferido. Teria que ir embora, ficar em sua casa esperando até que se tornassem desconhecidos um dia. Teria de desistir.

Mas ele não desistiu. Não podia. Pegou o desenho que estava fazendo na noite que ela havia caído da arvore e devagar, começou a subir por entre os tijolos até a sacada do quarto que sabia ser dela. Erguendo seu rosto devagar a viu dormindo um sono tranquilo.

Há coisas na vida que não podem ser negadas. Hugo sabia o que seu coração acelerado significava aos onze anos de idade, havia confirmado quando a viu machucada. Lily fazia parte dele e ele fazia parte dela e enquanto vivessem sabia que não podia deixá-la ir.

Pregou o desenho que continha o rosto dela desenhado por ele de forma caricada e a frase embaixo “Minha estrela que ri tem seu nome” do lado de fora da janela e torceu para que ela visse quando acordasse.

E ela havia guardado como lembrança do dia que havia descoberto que estrelas não eram astros de luz no céu, mas podiam ser também pessoas.

- Preciso dizer ao admirador secreto a verdade de tudo! – levantou decidida do chão.

xx

Finalmente ela estava disposta a encarar a verdade. Como mesmo sua prima tinha dito? Certo, passar para o próximo estágio. Um estágio onde ela nitidamente teria que se desculpar, e ao mesmo tempo agradecer. Mas as palavras que sempre lhe foram tão úteis, que sempre fizeram parte dela estavam completamente escondidas em sentimentos fortes demais. Não tinha um discurso na ponta da língua naquele momento, tinha um sorriso meio lacrimoso. Seu pai tinha sido o que ela sempre soube que ele era, o melhor pai do mundo. Que os outros a perdoasse, mas ninguém jamais seria filha de Rony Weasley a não ser ela. E um orgulho estranho tomou conta de seu peito.

            Mesmo feliz com a conversa e principalmente com o abraço, ainda faltava alguma coisa. Na verdade faltava uma pessoa, a única pessoa com quem ela queria dividir aquela alegria. A única pessoa que saberia ao vê-la que ela finalmente era ela mesma.

            - Onde está o Malfoy? – Perguntou assim que viu o primo sentado com alguns garotos da Grifinória.

            - Não sei. Scorpius sumiu o dia todo hoje. — Alvo respondeu e antes de conseguir pensar em onde o loiro poderia está ele viu a prima se afastando com pressa. – Hei... O que quer com o Scorpius? Nada de brigas né?

            - Nada de brigas... – Rose respondeu com um grito. Ela já estava indo em direção do local que normalmente encontrava o garoto.

            Seu coração parecia bater ainda mais forte conforme a expectativa crescia. Ela não sabia como dizer o que havia acontecido a Scorpius, mas com toda certeza encontraria a maneira certa de fazê-lo. Quando finalmente chegou a biblioteca ela olhou em todos os corredores possíveis, além de ir de mesa em mesa e não obter resultado algum.

            - Oi. – Ela se aproximou do balcão.

            - Não senhorita Weasley, a biblioteca de Hogwarts ainda não pode oferecer livros trouxas.

            - Não é isso, a senhora viu o Malfoy por aqui? – Rose corou ao fazer a pergunta.

   - O senhor Malfoy não esteve aqui hoje.

            - Sério? – Rose pareceu frustrada, aonde mais ele poderia está? – Obrigada.

            Ela se afastou deixando à senhora olhando para ela completamente confusa, a garota nunca tinha sido tão educada em todos seus anos estudando ali. E aquilo era uma surpresa muito agradável.

            Rose não sabia por que, mas talvez o garoto ainda estivesse fugindo dela. A ultima conversa deles tinha sido tão quanto as primeiras, e o pior é que a culpa sempre era dela. Talvez ela devesse procurar por ele depois que finalmente todos percebessem quem realmente ela era. Sem os estereótipos que eles amavam dar a todos. Talvez ela devesse realmente ser ela mesma. E sabia exatamente por onde começar.

            Depois de correr para seu quarto e pegar um pergaminho e uma pena. As palavras voltaram a fluir como água. E ela estava escrevendo mais um discurso, talvez o melhor discurso de sua vida.

            xx

Quando Alvo entrou na sala comunal da Grifinória encontrou Scorpius sentado em uma das poltronas perto da lareira, ele lia um livro estranho com um desenho de um garotinho loiro na capa, se aproximou mais e conseguiu ler o titulo “O pequeno príncipe”.

- Conheço esse livro. – sentou-se na poltrona ao lado de Scorpius. – por isso minha prima estava te procurando? Roubou o livro preferido dela? Ou melhor, confiscou... Monitores confiscam e não roubam.

- O termo confiscar está certo, mas a resposta é não. Não confisquei nada da sua prima esse livro é meu.

- Você têm um livro de garotas? – Alvo perguntou rindo.

- É um livro para todos, deveria tentar ler.

- Por favor, não diga...

- O que?

- Não diga... – Alvo implorou.

- Alvo Potter não sei porque vê graça em um livro que faz com que muitas crianças cresçam como pessoas muito melhores. É um livro cheio de aprendizados...

- Em uma leitura fácil que até mesmo você pode entender. – Alvo falou junto com o loiro.

- O que foi isso?

- Eu pedi para não dizer o mesmo discurso que Rose usa. Estão passando tanto tempo juntos que não sei como ainda não perceberam.

- Perceber o que?

- Que não são tão diferentes quanto pensam. – Alvo disse rindo. – E não sei o que você fez, mas Rose estava te procurando pela escola toda.

- Não quero falar com ela agora, chega de discursos e brigas. – Scorpius suspirou cansado.

- Não creio que ela quisesse brigar. – Alvo deu de ombros. – mas você é quem sabe... Preciso ir.

- Onde vai? Sabe que sou monitor e que não pode mentir para mim?

- Uma frase que aprendi com o tio Jorge, não faça perguntas que não lhe direi mentiras. – Alvo sorriu.

- Se perguntar como seu amigo?

- Eu tenho uma vida social, algo que você também deveria ter. Boa Sorte.

- Com o que?

- Com a leitura, já que vai ficar pensando o que Rose quer com você. – Quando o moreno desapareceu das vistas de Scorpius a afirmação ficou ali rondando a mente do loiro.

Depois de mil tentativas o loiro acabou fechando o livro e desistindo de tentar fazer qualquer outra coisa, seus pensamentos gritavam mil questões sobre os motivos de Rose querer vê-lo. Poderia querer mata-lo pelo fato de ter me metido na vida dela. Poderia cobrar o motivo por está a espionando enquanto conversa com o pai, isso se ela realmente o tivesse visto como ele sentia que sim. As perguntar eram tantas que em determinado momento o cérebro simplesmente se desligou o fazendo dormir.

Scorpius suspirou algo que lembrava “menina mal criada” e mergulhou em um descanso sem saber que no café da manhã teria uma surpresa e que não estava ligada a deliciosa comida de Hogwarts.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo é infinitamente menor que o último, que é o próximo...
Ei esperamos que tenham gostado do Rony, fofo e pai protetor lindo, fala serio e de Rose no fim... O que será que acontecerá no café da manhã?
É gente essa fic está mesmo acabando...
Comentem e nos digam se querem o final...
beijosss