Treinado Para Vingar-se escrita por Gabriela Alves, Anna


Capítulo 4
Capítulo Bônus - Sentimentos e Arrependimentos


Notas iniciais do capítulo

Beeeeeeeeem, desculpa a demora! mas fikem felizes, o capitulo é grande! e é bônus!
desculpem se ficou confuso
e eu não sei se vou postar amanhã, então não fikem esperançosas!!!! kkkkkkkkk
bjs, até quando eu puder postar!
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NO SPOILLERS!!!



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            Poseidon estava cavalgando em seu cavalo quando um dos guardas do calabouço correu até ele. Como o calabouço ficava muito longe, o guarda teve que apoiar-se em seus joelhos para respirar e Poseidon desceu de seu cavalo e foi até o guarda.

            O guarda corrigiu sua postura e virou-se para Poseidon.

- Senhor, o seu filho, Perseu, fugiu do calabouço.

- Como assim ele fugiu?

- Ontem á noite, alguém invadiu o local, desacordou os guardas e levou seu filho embora.

- Então ele não fugiu. – Poseidon falou irritado. – Ele foi sequestrado.

- Não, ele fugiu sim, ele estava agindo estranho o dia inteiro, ele estava inquieto. Ele sabia o que ia acontecer senhor. Ele estava esperando alguém.

- Mande os guardas do calabouço irem para o pátio central, agora. Fale que isso é uma ordem direta minha.

- Sim senhor.

- Está dispensado. – o guarda virou-se e correu em direção ao calabouço do castelo.

            Poseidon subiu em seu cavalo e foi para o castelo. Deixou o cavalo em frente ao castelo e adentrou-se no local, ele andava rápido até o pátio central. Os guardas não haviam chegado ainda, ele sentou-se em seu trono e um serviçal lhe ofereceu um copo d’água, ele aceitou, bebeu a água rapidamente e o serviçal levou o copo embora.

            Os três guardas chegaram pouco tempo depois e ajoelharam-se à frente dele. Poseidon respirou fundo antes de começar a falar.

- Não sei qual de vocês me falou que meu filho fugiu, mas quero que os três o procurem por toda a cidade. E encontrem-no, custe o que custar. – Poseidon falou irritado. – Mande outros nove guardas também. Ele não deve ter ido muito longe.

- Sim senhor! – os guardas falaram, levantaram-se e saíram.

            Poseidon já imaginava até no castigo que iria dar no garoto, o filho caçula dele sabia que iria sofrer graves consequências caso fugisse. Poseidon não gostava de imaginar Percy como seu filho, ele queria ter tido uma filha. Quando se tem uma filha, quando ela vai casar, o pai não paga nada a não ser o vestido dela, enquanto quando é o noivo, ele pagava todas as despesas.

            Nós primeiros anos, ele até queria que Percy se casasse, mas ele já teria que pagar o casamento de Tritão, mesmo que Tritão se casasse anos antes de Percy, ele não queria bancar dois casamentos, então parou de tratar Percy com carinho, obrigando Sally a fazer o mesmo. Foi mais difícil para ela, claro, mas a mesma acabou acostumando-se.

            Enquanto pensava em Percy, acabou se lembrando de um acontecimento, quando Percy terá apenas um garotinho de três anos.

            Flashback on

            Estava de noite, Poseidon estava no pátio central, sentado no chão junto aos filhos e a mulher, era uma cena um tanto incomum. O pequeno Percy brincava com algumas pedrinhas enquanto Tritão conversava com os pais, até que o pequeno, do nada, se levantou e começou a correr pelo pátio, sem motivo algum. [n/Gabriela: moleque autista! kkk].

            Tritão se levantou e correu atrás do garotinho, que começou a correr mais rápido ainda, fazendo ziguezague e passando entre as pilastras. Os pais deles riam da cena.

            Percy correu em direção aos pais e se jogou nos braços do pai, que o levantou no ar, olhando-o nos olhos, os olhos verde-mar do pequeno tinham um brilho próprio, o sorriso, mesmo meio banguela, era mais radiante que o sol. Ele deu um bocejo e coçou os olhinhos.

            Poseidon o acolheu em seus braços e o garotinho dormiu pouco tempo depois. Eles continuaram por ali por algum tempo e foram dormir. Poseidon, em vez de mandar um serviçal colocar Percy em seu quarto, ele mesmo o levou. Colocou o pequeno na cama, o cobriu, ficou observando-o por um tempo e virou-se para ir embora, mas o pequeno chamou:

- Tatai. – Poseidon foi até ele.

- Sim? – o pequeno abriu os olhos, sonolento.

- Eu te amo. – ele falou e caiu no sono, suspirando.

            Uma lágrima solitária desceu pelo rosto de Poseidon, ele passou a mão nos cabelos do garoto e falou:

- Eu também te amo, meu filho.

            Ele levantou-se, sorrindo, e foi embora.

            Flashback off

            Depois dos quatro anos, depois do 1º castigo do garoto, o brilho em seus olhos tinha sumido, assim como o sorriso radiante. O garoto nunca sorria, e quando sorria, era por poucos segundos.

            Uma lágrima desceu pelo rosto de Poseidon, ele sentia falta dos sorrisos, das risadas, das brincadeiras e do brilho nos olhos do filho, mas não queria admitir. Ele quase não via o filho e quando via, o garoto estava trabalhando, trabalhando pesado, suado, cansado, triste e machucado.

            Ele não queria admitir, mas queria o filho dele ali, ao seu lado, sorrindo radiantemente, mas não fazia nada para merecer isso. Ele também torcia para que encontrassem seu filho.

            Ao longo do dia, ele não recebeu nenhuma informação e à noite, sentado em seu trono, os mesmos três guardas apareceram no pátio para dar as notícias, no fundo, no fundo mesmo, Poseidon tinha a esperança de que haviam encontrado seu filho.

- E então? Encontram-no? – perguntou.

- Senhor, nós procuramos por toda a cidade e arredores, perguntamos para muitas pessoas, mas nenhum de nós conseguiu encontra-lo. – o guarda que estava a frente falou.

            Poseidon respirou fundo e afundou-se no trono “Será que ele está bem?” perguntou-se.

- Tudo bem. Estão dispensados, mas amanhã quero guardas espalhados pela cidade. Entendido?

- Sim senhor. – os guardas saíram e Poseidon foi até o quarto do filho mais novo.

            O lugar era pequeno, a cama era desconfortável e o guarda-roupa não tinha roupa em bom estado. Pelo jeito ele tinha pegado suas melhores roupas antes de fugir. Poseidon sentou-se na cama, segurando uma camiseta do filho, seus olhos estavam lacrimejados.

            Sally apareceu à porta, olhando-o tristemente. Quando ela soube que o filho havia fugido, ela desabou a chorar e passou o dia em seu quarto.

- Eu erre com ele Sally. – ele falou chorando. – Eu não devia ter o tratado tão mal.

- Eu te falei isso há alguns anos atrás, quando ele ainda era uma criança. – ela sentou-se ao lado do marido. – Nós todos agimos errado com ele. Ele era nosso filho, não nosso escravo.

            Poseidon assentiu e os dois foram para o quarto deles.

- Será que ele está bem? – ele perguntou ao deitar-se.

- Não sei, mas espero que sim. – Sally respondeu e fechou os olhos.

            Pouco tempo depois s dois dormiram, mas Poseidon acordou várias vezes durante a noite, inquieto por não saber o estado do filho caçula, que quase não deu atenção grande parte do tempo.

            Do outro lado do castelo, Tritão não sabia o que estava sentindo, ele nunca gostou do irmão mais novo, achava que por causa da diferença de idade, os pais não ligariam mais para ele, e para impedir que tal fato acontecesse, ele fazia coisas com qual se orgulhava e jogava a culpa no irmão. No começo, ele achava que não ia funcionar, mas acabou funcionando, e, desde então, sempre que se achava ameaçado, fazia alguma coisa errada e falava que tinha sido o irmão.

            Mas agora que o irmão havia fugido, as atenções seriam voltadas para ele, bem, pelo menos, era isso que ele achava. Poseidon nunca mais seria o mesmo depois do desaparecimento de seu filho caçula, pois se sentia culpado, quando, na verdade, a culpa era de Tritão.

            Tritão achava que Percy não sabia que era ele que o fez sofrer tanto, mas estava enganado. Assim como estava enganado ao achar que Percy o perdoaria caso descobrisse. Tritão podia ser símbolo de beleza, mas não era símbolo de inteligência e sensatez.

            Ele não sentia arrependimento sobre o que havia feito, ele havia ganhado o que queria: atenção. Ele queria atenção, custasse o que custasse, ele não se importava com os outros, nem mesmo com os mais próximos dele. Não importava quem era, fosse quem fosse ele mataria se fosse necessário para ganhar o que queria.

            O melhor espadachim da cidade, além de narcisista, era arrogante, impetulante, grosseiro, mimado e falso, mas a sua falsidade conseguia esconder, e muito bem, todos os seus defeitos, de tão convincente que ele era.

            Mesmo com o desaparecimento do irmão, ele dormiu feliz naquela noite, pois achava que seria o centro das atenções do pai e da mãe, mas principalmente do pai. Pena que ele não sabia o quanto estava enganado.


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Notas finais do capítulo

Ficou muito ruim? ou vocês gostaram? kkkkkkkk
beijos amores! vj vcs nos reviews!!!
qualquer confusão no capitulo, coloquem nos reviews e eu respondo