Durante uma semana Perseu pensou na proposta de Xena, que era muito tentadora, pois ele estava cansado dos castigos dolorosos e injustos que o irmão o fazia sofrer. Ele queria descobrir os motivos do irmão, mas ele também queria vingança.

Quando a semana passou, Percy já tinha sua resposta. De manhã, Percy levantou-se do fundo de sua cela e foi para a porta da mesma esperar por Xena. Das 8 da manhã até meio dia ele ficou andando de um lado para o outro dentro da cela. Às uma da tarde deram-lhe seu almoço, que dessa vez não era mais pão com leite, pois o pai do garoto percebeu que se o quisesse forte para realizar as tarefas rapidamente teria que lhe dar carne, vegetais, frutas e alguns cereais. Às duas da tarde, ele pegou um graveto e começou a desenhar coisas aleatórias, de deuses a objetos. Às quatro da tarde, cansado de desenhar, ele catou pedrinhas no chão e ficou jogando-as no capacete de um dos guardas que cuidava do calabouço (que ficava de costas para Percy), o guarda, irritado, virou-se para mandar pará-lo, mas acabou levando uma pedrada na cara e desistiu.

Às seis da tarde, ele deitou no chão da cela e começou a contar cada um dos riscos que ele tinha feito com carvão desde a primeira vez que entrou naquela cela, e eram mais de 300 riscos [n/a: ex.: IIII << risquinho no meio!]. Às oito horas, deram-lhe o jantar e às dez horas ele voltou a andar de um lado para o outro. Os guardas perceberam a agitação do moreno, mas resolveram não comentar nada.

À meia noite, depois de horas esperando, Percy deitou-se na cama [n/a: a cama dele é de algodão, mas sem forro.], achando que Xena tinha se esquecido da proposta que lhe fez e foi embora.

Xena, sem fazer barulho, entrou no calabouço, olhou para a cela de Percy (que era a última) e o encontrou deitado na cama fitando o teto. Chamou Gabrielle com a mão. Xena pegou a chave com o guarda que Gabrielle havia desacordado e as duas foram até a cela do garoto.

Xena colocou a chave na fechadura e abriu à porta, Percy assustou-se com o barulho da porta e acabou levantando-se tão rápido que tropeçou em si mesmo e caiu de cara no chão. Ele levantou-se, limpou as roupas inutilmente e olhou estupefato para a loira e a morena que estavam à porta de sua cela.

— Desculpe não vir mais cedo. – Xena desculpou-se. – Tive que esperar as pessoas no castelo dormirem para podermos entrar, seus pais demoraram muito.

— Tudo bem. – Percy falou. – Pelo menos você veio. – ela riu.

— Você tem uma resposta para a minha proposta? – Xena perguntou sentando-se na cama.

— Sim, eu tenho. – respondeu. – Mas antes... – ele dirigiu-se para Gabrielle. – Quem é você?

— Sou Gabrielle, amiga e ajudante de Xena. – ela respondeu e eles apertaram as mãos.

— Prazer, sou Percy. – ele virou-se para Xena. – E sobre a sua proposta. Eu aceito. – Elas sorriram. – Mas antes eu tenho que pegar minhas roupas.

— Tudo bem. Nós vamos te cobrir. – Gabrielle falou.

Sem fazerem barulho nenhum, ele foram até o último quarto da última torre do castelo. Pegaram as coisas de Perseu e saíram. Eles foram até uma Casa de Banho, banharam-se e se digiram para uma instalação na saída da cidade. Xena deu uma capa e uma máscara para Percy, pois de manhã os guardas avisariam sobre o desaparecimento do filho caçula de Poseidon.

Percy, depois de anos dormindo em uma cama desconfortável, pequena e friorenta, ele dormiu tranquilo, aconchegado e aquecido. A cama de Percy no castelo não era muito diferente da cama da cela. Percy acordou revitalizado, colocou a capa e a máscara e esperou Xena e Gabrielle se arrumarem e então eles saíram para tomar café da manhã. Quando saíram da instalação viram guardas do castelo de Poseidon procurando por Percy.

Sem serem notados, eles saíram da cidade, Xena havia dito que eles iriam a Corinto buscar outra pessoa e depois seguiriam a jornada normalmente até chegarem ao acampamento que elas haviam construído.