Smells like liberty

Quando era pequena, Pansy gostava de dançar, mesmo que fora do ritmo. Ela girava e girava e girava, sem rumo ou sentido, quebrando todas as regras de etiqueta que lhe foram ensinadas. Draco ria quando ela o fazia no jardim, dançando a sua frente enquanto ele assistia a seu espetáculo com ares de riso do banco.

Era a brincadeira favorita da pequena Pansy, girar até cair. Às vezes ela conseguia fazer com que Draco a acompanhasse, mas ele gostava mesmo de vê-la livre.

Quando ela parou de girar tão eloquentemente, ele quis saber o motivo. Ela falou que a mãe contratou alguém que a ensinasse ballet, porque Pansy deveria ser boa em tudo: se não era uma boa dançarina naturalmente, passaria a ter aulas até tornar-se uma boa bailarina.

Draco não gostou disso. Os movimentos antes fluidos e graciosos a sua maneira pareciam ter se tornado mais pausados, regrados, típicos de quem tem medo de errar.

"Você pode dançar como antes, Pansy."

"Não posso, Draco, daquele jeito não era bonito."

"Era bonito para mim."

E foi o bastante para que, quando estivessem sozinhos, Pansy girasse com ele sem rumo – livre – novamente.