A História De Elizabeth escrita por Hudson


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Ola, tudo bem com vocês? Sejam muito bem vindos a
'A história de Elizabeth - A PRINCESSA DO OESTE'. Bom, não tenho muito o que lhes falar, mas aqui esta o primeiro capitulo, é curtinha, porem espero que gostem. Até ali embaixo, boa leitura!



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1

NUNCA fui uma mulher que se contentava em receber ordens e obedecer fielmente. A simples idéia de que nasci para casar-me, procriar e receber ordens de um homem que esperava que o obedecesse como um cachorrinho, bem, isto era repugnante.

As outras garotas me olhavam como se eu fosse louca, elas iam à missa e enchiam suas cabeças com as palavras de um padre que ensinava que nós mulheres, teríamos que pagar eternamente pelo pecado de uma, pois de acordo com eles, foi por Eva que o pecado veio ao mundo.

Mas eu não ia me submeter a isso, eu era orgulhosa demais, sempre quis mais que as outras e foi assim que minha vida começou.

Agora prestem atenção vou contar-lhes minha história.

NA ÉPOCA tinha apenas quatorze anos e papai me arranjava um casamento para o final do próximo ano, sou Elizabeth, filha do Rei Leopolder do Oeste da Bretanha, não é um grande reino, mas isso não diminui sua importância, e agora ele iria casar-me com um Rei velho do norte que procurava uma Rainha que lhe trouxesse herdeiros, ao qual eu nem ao menos conhecia, isso tudo pelo desejo de poder de meu pai.

Esse era o destino das mulheres, casarem-se com o homem que o pai lhe escolhesse, não importava se ele tinha três vezes mais que a sua idade, ou se você nada sabia da vida.

Deviam ser aproximadamente meia noite, o céu estava escuro, era lua nova. O acordo já havia sido fechado eu iria casar-me dentro de doze meses, eu não queria, não podia. Falar com meu pai e implorar para que o casamento fosse desfeito em nada iria adiantar, o dote já estava sendo acertado, o casamento arranjado e tudo o mais sendo programado para a união real do Oeste e Norte.

Eu precisava achar uma solução, apenas eu.   

Meu pai nunca faria nada para evitar esse casamento, não havia forma honrosa de fazê-lo.

A união matrimonial só seria cancelada se estivesse escondendo o fato de ser leprosa ou estivesse grávida de outro o que certamente não era seu caso, e certamente também que não entregaria meu corpo a um qualquer apenas para fugir de um casamento indesejado, não era tão baixa, era mais esperta que isso.

DOIS MESES depois daquela noite em que fora tomada de pensamentos e planos mirabolantes veio-me a solução.

Estava à cozinha junto às mulheres que preparavam frutas secas, pão e mingau para o desjejum, segurava Petter seu irmão mais novo filho da terceira esposa de meu pai, enquanto ouvia a conversa das mulheres mais velhas.

 Elas falavam de uma jovem garota da aldeia que fugira semanas atrás, todas acreditavam que o motivo dessa fuga fosse uma gravidez indesejada e que a mesma não queria ser motivo de conversas, talvez fosse até morta como outras tantas mulheres antes dela o foram.

Foi como se houvesse sido plantada uma semente em seu inconsciente, uma fuga, essa era a solução.

Já havia pensado em fugir varias vezes, mas a idéia nunca me parecera real, ainda não o era, mas começava a ser.

Fugir para onde?

Talvez pudesse procurar abrigo na casa de minha irmã na Cornualha, era uma viagem longa, cansativa e sozinha talvez nunca conseguisse chegar lá, esperava que minha irmã me entendesse e a escondesse de nosso pai, porem poderia ela fazer isso? Ou simplesmente lhe daria um sermão e me mandaria novamente para meu reino para casar-se com um completo desconhecido.

Não, Isobel iria a entender. Tinha certeza.

 Deixei o garoto com as criadas e subi para meu quarto, chegando lá tranquei a porta e joguei-me sobre sua cama. Era isso mesmo que iria fazer? Teria coragem de fugir em direção ao desconhecido?

Sim, teria coragem. Precisava apenas planejar sua fuga.

Pensei e pensei, tinha de achar um dia em que o castelo estivesse com a menor proteção possível. Provavelmente no dia de todos os santos que seria dali a algumas luas.

Para fugir precisaria de um cavalo. Quando era mais nova aprendera a montar contra as ordens de seus pais, que queria manter-me longe das celas, isso não era coisa para uma moça, era o que ele dizia. Sempre gostei de cavalgar, sentir se livre como se pudesse voar e fazer qualquer coisa, o vento em tocando o rosto, os cabelos voando e indo o mais rápido que podia em direção ao horizonte.

Quando chegasse o dia de todos os santos apenas teria que afastar os criados do estábulo, talvez os mandassem fazer qualquer outra coisa e fugiria. Poderia esconder uma bolsa com mantimentos e roupas em algum lugar em meio aos fenos, onde rapidamente pudesse a pegar antes de sua fuga.

Com certeza este não era seu melhor plano, mas era o que tinha.

Faltavam dois meses e duas semanas até o dia de todos os santos, precisava estar preparada.



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Notas finais do capítulo

Bom, ai esta o primeiro capitulo ;)
Ruim, aceitável, bom?
Deixem reviews com sua opinião.
Agradecida!
Até o próximo capítulo. Beijos!