Interligados escrita por Luangel


Capítulo 39
Reconstruir o caos


Notas iniciais do capítulo

Oiê! ^^ Está tudo bem com vocês, meus amados? ^-^ a titia queria feito um capítulo maior, mas é o q tem pra hj... Espero q gostem! xD o título ficou ridículo, eu sei haha



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“Orochimaru... Uma lenda, uma lenda cruel e avassaladora... um deus de tão poderoso e um demônio pela maldade. E agora, estava de volta a vida e isso ainda nos causará muitos problemas.”

Hinata Hyuuga:
Estávamos dentro do carro, eu e Neji, ele dirigia tranqüilamente enquanto eu desenhava no vidro com o dedo, aproveitando do silencio para me render as minhas brincadeiras infantis. As ruas estavam vazias, era domingo e somado ao inverno preguiçoso e procrastinador, as pessoas permaneciam dentro de suas casa, curtindo o ócio, o cobertor e a programação chata do dia.
Mas nós não, nós estávamos a caminho da casa de Sasuke, de quem, ontem recebemos uma séria e mandona mensagem de texto, praticamente os intimando para visitá-lo hoje, afim de discutirmos que tinha acontecido conosco. Confesso que até agora eu não entendo o que aconteceu ontem... Eu ainda sentia a lâmina perfurando a minha pele, minando sangue, ainda não conseguia digerir que Kiba estava morto...
Antes que o nó do luto se formasse em minha garganta, notei que o Hyuuga tinha parado o carro, nós estávamos na frente da casa do moreno. Quando entrei na casa, fui inspecionada tanto pelos olhares de Sasuke como os de Naruto, que já estava ali, sentado no sofá pequeno. Corei e abaixei a minha cabeça, não sabendo ao certo sobre o por que estar com vergonha, mas não consegui fazer muita coisa além de ficar ao lado de Neji.
—Está tudo bem?—Perguntou Naruto, sua voz soava tão suave que eu levantei a minha cabeça, encarando seus olhos azuis, fazendo com que qualquer briguinha trivial entre nós fosse distante e idiota.
—Sim, eu estou bem sim, obrigada.—Respondi e foi então que pensei em tão ruim eu devia ter ficado para que fosse alvo de tantos cuidados e preocupações.
Eu me sentei ao lado de meu primo, ainda sendo foco do olhar penetrante de Naruto.
—E a Sakura? Onde ela está?—Perguntei, tentando quebrar o silencio, onde todos pareciam ter medo de falar, como se o eco de suas palavras pudessem me destroçar como se eu fosse feita de vidro.
—A Sakura não poderá vir.—Respondeu Naruto.— Ela também foi em busca de informações e ajuda sobre... O que aconteceu.—Disse o loiro, como se fosse desconfortável para ele falar sobre o ocorrido.
Antes que alguém pudesse falar algo, Sasuke virou a cabeça para o lado, como se alguém o tivesse chamado e respondeu ao nada, como tanta convicção como se realmente tivesse alguém ao seu lado, e que nós fossemos os loucos:
—O que você quer dizer? Fale mais devagar, assim não da pra te entender...—Sasuke revirou os olhos, como se escutar tal pessoa fosse a mais enfadonha das atividades.
De súbito, o moreno se virou e disse com o mau humor de um velho centenário:
—E você, vão embora, nada de ficar bisbilhotando.
Com um suspiro cansado, Sasuke se voltou para a sala, e notou os nossos olhares confusos dizendo:
—Meu irmão quer nos ajudar... Tem certeza de que isso pode dar certo?—Perguntou o Uchiha, já se virando ao irmão.
O garoto fechou os olhos, e quando os abriu, juro que aquele já não era mais o rapaz que conhecíamos. Era o mesmo corpo, o mesmo cabelo repicado e desarrumado, mas ao mesmo tempo seus olhos pareciam estar mais maduros e quase cansados, abandonando a indiferença e mau humor rotineiro. Sua postura estava mais ereta e alinhada e quando ele falou, a voz mesmo sendo a mesma de sempre, era mais grave do que nunca.

Neji Hyuuga:
—Olá, eu sou Itachi Uchiha.—Apresentou-se o garoto e ninguém sabia como responder aquilo, era estranho demais ver alguém ser possuído, mesmo que de maneira tão natural, e mesmo com o silencio quase nada simpático, ele não pareceu se importar.
O Uchiha cravou os olhos na Hinata de uma maneira até pouco polida, a deixando desconfortável.
—Você... a coração puro.—Decretou ele, o seu tom de voz não deixava espaço para perguntas.— O fato de estar viva mostra que o ritual não deu certo.—Disse casualmente, quase com frieza.— Mas consigo sentir o cheiro de suas feridas.—Com um ar de ingenuidade, a morena olhou para suas mãos e viu que estava curada, sem entender o que Itachi dizia.
Itachi esboçou um sorriso simpático, quase maternal, o que soava um pouco estranho na face de Sasuke.
—Eu não digo sobre feridas físicas. Você vitima de um ritual, um sacrifício, coisas assim demoram para serem lavadas de sua alma.
Hinata arregalou os olhos, assustada, ficando mortalmente pálida, mas não falou nada.
—Calma, você ficará bem, isso é só questão de tempo... Enfim, aqui todos nós sabemos quem tentaram ressuscitar.
Todos nós assentimos, não precisando dizer nada, só de termos o pensamento em Orochimaru, parecia que o ambiente mudava, se tornando fúnebre e tenso, como se sua presença pudesse estar em todo lugar. Os pelos de minha nuca se arrepiaram e eu tentava controlar a estranha e infundada vontade de ficar em alerta, olhando para os lados afim de achar algum oponente. O Uchiha caminhou pelo cômodo com uma nobreza e distinção bem diferente da postura taciturna e quase invisível do dono do corpo.
—Ele é praticamente um deus... se ele voltou, logo estaremos em guerra.—Disse ele, sério, o que me fez engolir a seco.—Mas temos uma vantagem.
—E qual seria?—Perguntou Naruto, se ajeitando no sofá, querendo saber do que se tratava.
—O ritual não foi completado. Teoricamente falando, em com base em todos os sacrifícios, a... oferenda —Disse o Uchiha, tomando cuidado para escolher as palavras para não ofender Hinata.— tem de ser completamente absorvida a quem se entrega, mas como ela está viva, acredito que “ele” não passa de uma múmia.
—A múmia mais temida do mundo.—Eu disse, mal contendo o tom zombeteiro, mas o Uchiha deu de ombros, pouco se importando com a minha fala que pingava ironia, na verdade, ele não tinha motivos para temer a volta de um ser tão temível, afinal, ele estava morto.
—Mas não por muito tempo, ele ou seus capangas logo vão resolver essa situação se não tirarmos proveito disso.
—Está querendo que matemos ele?!—Disse Hinata, visivelmente perturbada, mas Itachi não pareceu ser capaz de enxergar isso, sua calma e segurança eram inabaláveis.
—O que você quer que façamos?—Perguntou Naruto, sério, encarando o Uchiha, o loiro era o único ali que não parecia achar aquela missão com um risco suicida.
O moreno suspirou e disse trocando o peso de seu corpo para uma perna:
—Nós alquimistas sabemos quem ele é, e sabemos que há um encantamento para poder destruí-lo, mas não o temos, a partir daí, eu não sei o que fazer.

Naruto Uzumaki:
Aquilo caiu sobre nós como um balde de água fria e ficamos em silencio por alguns momentos. Me coloquei a pensar, forçando o meu cérebro a traçar estratégias, mas nada em todos os meus anos de vida, seria útil ou páreo em uma batalha contra Orochimaru. Eu jamais encarara um inimigo como ele, e o fato dele ser uma lenda que assombrou o mundo desde que o Sol queima no céu... bem, isso não ajuda muita coisa. Mas apesar de saber o quão longe e difícil seria alcançar e derrotá-lo, algo dentro de mim não me deixava ter medo, não me deixava pensar em desistir. Eu sabia que ele precisava ser detido, e por mais que pareça arrogância, sinto-me responsável por isso, responsável por vingar Kiba e responsável para salvar o que ele deixou...
Olhei para Hinata, a morena parecia absorta em seus pensamentos, olhando fixamente para nenhum ponto especifico e graças a isso, eu pude observá-la sem me preocupar. Agora a Hyuuga estava bem, estava com as bochechas coradas de saúde ao contrário de ontem, onde ela quase se camuflava com a neve. Olhei para seus pulsos delicados e me peguei encantado com os contornos de seus dedos finos, procurando algum sinal de dor e sangue de ontem. Me sentia patético, eu confiava no dom de Sakura, sabia que a Hyuuga estava bem, mas nada tirava do meu peito a vontade de acolhê-la junto ao meu peito.
De súbito, a mesma levantou a cabeça, os olhos claros brilhando com uma ideia em sua mente. Ela parecia uma criança, iluminando o ambiente com sua esperança quase surreal.
—Acho que posso ajudar.—Disse a garota, atraindo a atenção dos outros dois.
—Como?—Perguntou Itachi, se sentando no sofá ao meu lado com uma elegância digna de um lorde.
—Meu clã possui uma vasta biblioteca, cheia de tesouros do conhecimento que são milenares.
—E secretos.—Resmungou Neji, não parecendo muito feliz com o que a prima falava.
—Francamente, Neji!—Disparou ela, se virando para ele já pronta para discutir se preciso fosse e eu derreti por dentro ao ver aqueles olhos tão seguros de si.— Acho que já passamos pela parte em que queremos matar uns aos outros. Temos um inimigo maior que exige bem mais atenção do que apenas um capricho seu...—Decretou fechando os olhos enquanto cruzava os braços com convicção.
—Certo.—Disse o Hyuuga, parecendo estar mais flexível diante da ideia de Hinata.—Mas você sabe quem encontraremos, né?
Foi notável o esforço que a morena fez para manter-se firme, mas havia algo naquela fala do moreno que deixava subentendido algo terrível. A garota respirou profundamente e algo em sua feição determinada e firme ganhou um ar opaco e cansado, como um problema antigo que se desenrola do passado como uma bola de neve.
—Outro oponente?—Perguntou Itachi e quando ela levantou os olhos, eles pareciam gélidos e doloridos.
—Digamos que sim.—Respondeu colocando uma mecha de cabelo por detrás da orelha.—É o meu pai.
Apesar da minha curiosidade, eu não questionei nada, sabia que aquele assunto a machucava.

Sakura Haruno:
Eu abri as portas da sala, o ambiente parecia ser quase o mesmo, e até era, mas a situação era diferente. Quando entrei, Onoki, Gaara, Tsunade, Killer Bee e Mei já me esperavam. Do lado de Onoki, quieto e inconveniente como um fantasma, estava Sasori, que sorriu cinicamente para mim quando o fuzilei com os olhos.
—Sasori, saia daqui, é uma audiência minha e com os Kages.—Decretei, usando o meu melhor tom de desprezo para ele, mas Onoki tomou as dores do mesmo argumentando:
—Sasori é o seu futuro marido, minha imperatriz, acredito que ele tenha o direito de saber também o que está acontecendo no império.
Tentei não ranger os dentes de frustração, e por mais que a minha ira fosse tamanha a ponto de dar um soco em alguém, eu respirei profundamente, tentando me acalmar para não causar mais conflitos, afinal, eu precisava do voto do infeliz do Onoki.
—O que a traz aqui, minha senhora?—Indagou Mei, ajeitando a sua franja impecável.
—Agradeço por vocês estarem aqui, e venho lhes contar que graças aos seus votos, eu pude fazer grandes descobertas sobre o que estava acontecendo em Konoha. O problema que antes parecia simples acabou se desenrolando em algo muito pior... Acabamos por descobrir que tudo foi uma espécie de armadilha para ressuscitar... Orochimaru.—Eu disse, falando com certo receio a ultima palavra, temendo quase que infantilmente, que ele se materializasse na minha frente.


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Notas finais do capítulo

E aí? o/ Mereço comentários ;-)? Recomendações ;-D? Ou tomates T.T? O que vocês acham q a Saky foi falar c os kages?
:*



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