Can we whisper? escrita por Meggs B Haloway


Capítulo 5
Capítulo 04 — Inesperado.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/207763/chapter/5

Durante os dias em que eu fiquei no hospital, Renée só havia vindo uma vez em todos eles. Eu não sabia como ela não tinha vergonha de ser uma mãe daquele jeito, no entanto a ausência dela fez-me perceber o que durante esses anos todos estava em minha cara e eu não havia percebido: Ela só se importava com Rose, e era como se a mesma fosse um tesouro para ela.

Eu tentei não me importar tanto com isso, eu tentei não sentir a tristeza parar perto de mim, e eu tentei também fazer Edward ficar longe enquanto eu tinha minhas crises de raiva. Eram em vão todas as minhas tentativas, eu sempre sentia doer depois, quando estava brevemente no banheiro, e eu sabia que se não fosse por meu pai, eu não estaria resistindo à vontade de vomitar.

Riley tinha razão, eu não vomitava porque eu me achava gorda, eu vomitava por… ser uma forma muito estranha de abstrair minha dor. Era estranho isso, mas ao passar do tempo foi se tornando realmente uma Bulimia. Não era para menos, afinal. Ser chamada de gorda freqüentemente não fez muito bem a minha cabeça.

— Você disse que… a mamãe estava se sentindo culpada, sendo que ela não está… Edward. — Eu acusei, olhando-lhe de lado enquanto pegava minha bolsa arrumada. — Isso foi uma mentira muito mal articulada, se quer saber.

— Eu sei. — Baixou os olhos.

— E então eu te pergunto de novo, pelo décimo dia… o que você está fazendo aqui? — Indaguei, calçando minha sapatilha. — Porque sabe… eu não estou acostumada com amigos de meu pai vindo me pegar no hospital. Aliás, como você e meu pai viraram amigos? Isso é meio… não, é completamente impossível — Disparei.

Ele sorriu tortamente, encostando-se a uma parede qualquer.

— Na verdade, não é impossível. Eu não me esforcei em nada para que isso acontecesse, Bella, é engraçado o quanto você pensa mal de mim, sinceramente.

Ergui minhas sobrancelhas, incrédula, e ele desistiu de provar para mim, pegando uma cartela de remédios, destacando um e me entregando junto com o copo de água. Eu hesitei antes de pegar e tomá-lo, lembrando-me de Charlie e o quanto ele se importava comigo, diferentemente de minha mãe que estava pouco ligando. Talvez só fosse isso que eu precisasse para resistir: saber que alguém se importava.

— Como se sente? — Edward indagou.

— Me sinto bem, obrigada. — Sorri para ele antes de jogar o copo de plástico no lixo, pegando minha bolsa que estava em cima da cama. — Acho que já podemos ir agora, não é? Não que eu esteja ansiosa para chegar a casa, eu não estou… eu só… não quero dar problemas para você, sabe como é.

— Esqueça o que eu falei sobre ser preso. — Ele disse. — É meio impossível, já que seu pai é o chefe de policia. Bom, pelo menos eu espero que seja.

Eu assenti, dando de ombros. Eu continuava com sono, talvez pelas noites mal dormidas aqui no hospital, ou talvez pelos dias de noite que eu ficara sozinha nesse quarto, insone. Não se dava para dizer com certeza quais fatores estava me levando a ter esse sono, e eu, por mais que não quisesse dormir, gostava de estar com sono. Assim eu não teria que ter a paciência para minha mãe por muito tempo.

Eu fui encolhida no banco da frente, sem ter nada de interessante para falar. Edward era sutil quando queria, ele não falou nada durante toda a pequena e curta viagem no seu carro, nem me olhou mais do que deveria. Gostei disso. Ele percebia o quanto eu ficava desconfortável com seus olhares que eu ainda não havia conseguido sondar.

Eu estava calada e com a mente embaçada, mas conseguia distinguir alguns pensamentos os quais persistiam em me atazanar. Eram todos sobre Edward — o porquê de ele me achar interessante e não ser uma coisa boa. Eu não era interessante, eu era entediante para falar a verdade, e nem queria que ninguém me achasse interessante. Não agora, e não Edward.

Ele era… proibido.

— Obrigada pela carona. — Lhe sorri levemente quando ele parou o carro de frente a minha casa. — Mesmo, eu… estaria vindo a pé se você não estivesse lá.

— Tenho um favor a te pedir. — Edward murmurou. — E você fará, é claro.

— Não estou prometendo nada.

Ele me ignorou enquanto virava seu rosto para mim, cauteloso. Ele deve ter percebido que eu oscilei, pondo minha mão na maçaneta pronta para fugir dele na primeira oportunidade que tivesse. Um riso sarcástico saiu de seus lábios, enquanto ele voltava a me olhar de maneira divertida, quase aprovando meu medo súbito.

— Você tem medo de mim, Bella? — Indagou.

Tentei relaxar meus ombros e soltar minha mão da maçaneta, não conseguindo. Mesmo assim, neguei com o rosto, baixando meus olhos logo em seguida, com vergonha o bastante para olhar nos olhos de Edward. Inacreditavelmente, senti seus dedos levantando de maneira gentil meu rosto, avaliando-o enquanto desfazia seu sorriso divertido.

Eu lhe olhei, não entendendo aquele clima súbito que havia tomado conta do carro. Hesitei, protelando sobre a sair do carro agora ou não, no entanto quando eu fui fazê-lo, todos meus membros travaram, deixando-me estatelada lá, olhando os olhos verdes de Edward de uma forma desejosa. Eu não estava acostumada com aquilo, não estava acostumada exatamente com o olhar dele.

— Não sei se devo… — Sussurrou, movendo sua mão por minha bochecha até estar presa em minha nuca.

Edward continuou me fitando como se estivesse enfrentando um grande conflito dentro de si mesmo, mas agora ele dividia olhares entre meus lábios e meu rosto, fazendo-me corar toda vez que seus olhos desciam para meus lábios. Eu queria falar algo, deixar claro que aquilo era errado e que eu tinha que ir agora. Mas eu não falei, eu não me movi. Eu queria.

E então, só para fazer meu coração surtar mais ainda dentro de meu peito, ele se inclinou para frente, mantendo sua mão firme em minha nuca. Eu nunca o tinha visto hesitar tanto como estava fazendo nesse momento, porém ele hesitou de novo, com os lábios a centímetros dos meus, olhando-me como se estivesse testando-me para ver como seria recebido.

Nossos lábios se encostaram levemente, somente roçando. Mesmo com esse contato simples e singelo, eu estremeci e me arrepiei — uma reação exagerada demais, eu presumia. Aquilo era diferente de tudo que eu já havia provado, tinha algo ali que me enlouquecia. Era Edward, claro. Ele acariciou minha cintura e se empurrou para frente, colando nossos lábios ainda mais.

Não resisti ao impulso de entrelaçar minha mão em seus cabelos e imprensar mais ainda uns contra os outros nossos lábios. Aquilo era errado, mas Edward fez questão de me fazer esquecer ao aprofundar o beijo, tocando sua língua com a minha, como se eu fosse feita de um vidro extremamente sensível.

Era… perfeito o quanto aquilo era desconhecido a mim. Eu não sentia vontade de me afastar nunca, tudo que eu sentia era vontade de me juntar mais a ele e nunca mais soltar, mesmo sendo irremediavelmente uma coisa impossível. Seus lábios pareciam se encaixar nos meus, mesmo quando ele estava chupando o inferior ou superior, eles sempre se encaixavam de um modo único. Sua língua se entrelaçava com a minha, acariciando-a de leve, ou simplesmente tocando-a.

À medida que o ar ia se tornando escasso, o beijo ia novamente se tornando calmo, chegando a ser inocente. Quando nossos lábios se separaram, Edward ainda manteve sua mão em minha nuca, com a testa encostada na minha e o hálito doce batendo levemente em meu rosto. Meus olhos ainda estavam fechados, enquanto eu pensava em tirar minhas mãos do cabelo dele.

— Faz tanto tempo que eu queria fazer isso. — Admitiu. Eu abri meus olhos, percebendo que nossos rostos ainda estavam próximos o bastante para que quando ele falasse meus lábios também se mexessem. — Mas isso é um erro, Bella.

— Eu sei. — Sussurrei. — Você vai ser preso.

Ele sorriu divertidamente.

— Não duvido nada que seu pai me prenda depois disso. — Seu sorriso ficou por mais algum tempo em seu rosto, até ele ir se desfazendo e ficar sério. — Não conte a ninguém, por favor, está bem?

— Não sou tão retardada a ponto de contar isso a alguém, não sei que merda você pensa que eu tenho na cabeça, Edward, sinceramente. — Revirei meus olhos, soltando minhas mãos de seu cabelo. — Bom, eu acho que… tenho que ir agora. Obrigada pela carona. — Lhe sorri de maneira tímida antes de abrir a porta do carro.

— Espere. Faça um favor para mim? — Eu esperei que ele continuasse a falar, sem que demonstrasse se iria executar seu pedido ou não, afinal nunca se sabe o que se tem na cabeça de Edward. Se fosse uma coisa ruim e impossível, eu não faria. Ele sorriu diante minha hesitação — Tente não… miar hoje.

Eu sorri. Seria fácil — pelo menos eu esperava que fosse — cumprir isso.

— Faz 10 dias que eu estou… você sabe.

— Sim. — Ele sorriu.

Saí do carro antes que começassem a estranhar o porquê de eu ter demorado tanto a sair, sendo que fazia tempo que ele havia estacionado o carro de frente a minha casa. Não estava chovendo, no entanto também não estava fazendo sol. Estava nublado, como sempre — isso estava começando a me entediar, tendo em vista que eu queria voltar para a Califórnia, Los Angeles. Lá quase sempre fazia sol, me dando oportunidade de ir para a praia.

Ainda dei uma olhada para o carro de Edward que continuava parado de frente ao portão da minha casa, com parte do vidro escuro abaixado, fitando-me e me confundindo de novo. Entrei na minha casa, corada e com o lábio inferior preso entre os dentes — estava tudo escuro quando eu cheguei, por isso saí acendendo as luzes ao passar pelos cômodos.

Estranhei não ter ninguém em casa, mas apenas suspirei, deixando as luzes todas acesas e subindo para o meu quarto. A vontade de me jogar em cima da cama e dormir pelo resto do dia me assaltaram de maneira rápida, mas eu não podia. Não podia mesmo. Tinha que tirar essa roupa; tinha que me lavar e tirar aquele cheiro de hospital — o qual apenas eu sentia e tinha nojo — de mim.

Mordi meus lábios ao entrar no banheiro. Estava tudo tão… tentador. A pia, a bacia, e até mesmo o Box que escondia o pequeno chuveiro pareciam serem perfeitos para eu executar o desejo de tantos dias atrás. E eu também tinha comido tanto, aquilo parecia pesar em minha consciência toda vez que eu passava de frente a um espelho.

Respirei fundo, tentando parar com aquilo. Era… não para o meu bem, era para o bem do meu pai, pelo menos, e por mais que custasse admitir era para também cumprir a promessa que eu havia feito a Edward menos de vinte minutos atrás. E, aliás, se eu pensasse que não era difícil, não seria — era tudo vindo da mente, assim como o psicólogo me falara ontem.

Tomei banho, e vestida com uma calça qualquer e uma blusa, desci até a cozinha para tomar um dos vários remédios que eu ainda tinha que ingerir naquele dia. Eu não podia dizer que aquilo não era desgastante, pois era; até demais até, porém eu tentava me lembrar de como Charlie estava angustiado nos dias que eu estava internada. Eu estava desidratada o bastante para que tivesse que ficar naquele inferno por 10 dias — sentindo-me mais idiota do que quando caí enquanto atravessava uma rua.

Ainda sem sinais de Rose e minha mãe. Ótimo, eu adorava ficar em casa sozinha mesmo. Lembro-me que quando minha mãe e Rose estavam viajando, e eu havia ficado com Charlie, minha vida e meu humor melhoraram em 200% — eu normalmente ficava mais bem humorada quando não tinha que escutar a futilidade que elas conversavam.

Por cima disso tudo, Renée continuava sendo minha mãe e Rose minha irmã.

Suspirei, passando minha mão esquerda por meu cabelo, penteando e desembaraçando o mesmo. A partir do dia em que eu havia parado de vomitar diariamente, meus cabelos começaram a ter um brilho a mais, a ficarem melhores — e por uma parte, mínima, isso serviu para me animar. Mas eu sabia que se acaso eu perdesse por um mísero segundo minha motivação, esses dias não haveriam servido para nada.

Hold on, what the rush? What the rush? — Cantarolei baixinho enquanto fitava a chave do carro que ainda estava em cima da geladeira. — Can we be wrong tonight? — Pulei uma parte enorme da música só para cantar a parte que eu gostava.

O que eu estava cantando? — Indaguei-me mentalmente, estranhando o fato dessa música ter saído de meus lábios. Eu não era a pessoa mais romântica do mundo, nem fã de músicas desse tipo, e eu só sabia cantar isso porque Rose escutava nas alturas em seu quarto, mesmo eu pedindo para ela comprar um fone e parar de me fazer escutar aquilo. Eu não gostava; músicas assim só serviam para me deprimir, por isso tudo que eu escutava era algo que não tivesse intenção romântica.

Can we be wrong tonight? — Cantei baixo de novo, fechando a geladeira e esbarrando na mesa. Revirei meus olhos por isso, e suspirei, encostando-me na mesma, pensando no que faria a seguir. — Catch you and make you stay.

Eram exatas duas horas da tarde, eu ainda não almoçara porque não tinha ninguém em casa para preparar meu almoço, e se eu ousasse fazer algo, tinha certeza que desistiria na primeira oportunidade. Peguei a chave do meu carro, e quando estava formulando a idéia, alguém bateu na porta dos fundos que tinha exatamente atrás de mim.

Hesitei, gelando. Quem entraria pelos fundos sem ser um ladrão? — Pensei, mordendo meus lábios.

— Sou eu. — Merda, não era para me ser tão conhecida a voz de Edward.

— Que bostas você está fazendo aqui? — Indaguei de modo raivoso ao me virar, e andar até a porta em passos rápidos. Joguei a chave do meu carro em cima da mesa antes de abrir todos os três ferrolhos pratas que a porta de vidro e madeira possuía. — Espero que não esteja querendo se mandar para a cadeia.

Ele sorriu torto, empurrando a porta quando eu já tinha terminado de abri-la, andando rapidamente até o outro lado da cozinha. Eu poderia mesmo parecer que estava assustada com a sua presença aqui, tão perto, mas era ao contrario. Só… tinha medo que acabasse o agarrando e fazendo alguma besteira.

— Na verdade, sua irmã está na cadeia. — Ele disse. — Alguma coisa parecida com drogas… alguma coisa assim, Carlisle estava apressado quando me falou. Então… — De novo, me lançou aquele maldito sorriso torto, colocando as mãos dentro dos bolsos. — Eu vim aqui te dizer isso, e, claro, perguntar tentando não te deixar assustada se você não quer ir até lá.

Drogas? Rosalie — certinha como era — nunca se envolveria com drogas, afinal… ela não gostava, eu lembrava-me de um dia que ela havia me dito isso e acrescentado que se eu me envolvesse com tais iria me bater. Estremeci e tornei minha expressão chocada em dura, completamente ressentida.

— Não. Eu não vou. Tenho nojo de cadeia. — Minha voz se tornou sarcástica na medida em que a ira ia crescendo dentro de mim. Quando eu estou doente, internada em um hospital, ninguém a não ser meu pai, foi me visitar. Agora quando a princesinha da família estava presa, todo mundo tinha que ir para ver qual foi o engano cometido.

— Bella…

— Se foi só isso que veio me dizer, pode ir embora porque eu estou indo para a casa da vovó. — Disse, me socando por dentro. Eu estava tão na defensiva com ele, não deveria ser normal agir assim, pelo menos para mim. Mas era o que eu fazia de melhor, tratava mal quem eu achava que gostava.

— Onde fica?

— Eu vou ligar para ela agora para saber. Não deve ser tão longe daqui, e sim, eu vou avisar ao papai que eu vou antes que ele surte. Aliás, ele deverá gostar de saber que eu vou para a casa de sua mãe, afinal ela não pode ficar tanto tempo sozinha só com aqueles animais todos dentro de casa. — Tagarelei.

Como não estava fazendo tanto frio, Edward vestia um casaco marrom claro — limpo, ele provavelmente já deveria ter tomado banho —, leve para o que eu estava acostumada a ver por aqui. Estava com todos os botões desatacados, mostrando a camisa preta que ele vestia por dentro, destacando seu peitoral.

Foquei meus olhos no chão, não querendo parecer mais boba do que estava parecendo.

— Eu vou. — Edward disse, de repente.

— Você vai, vai ser preso. — Eu disse em um tom petulante, mesmo sabendo que ele não seria, e que, provavelmente ninguém estava prestando atenção no quanto eu e Edward estávamos próximos demais para pessoas que se conheceram a 12 ou 11 dias atrás.

Parecia uma coisa boba, mas eu tentava lembrar a mim mesma que ele tinha 23 anos e eu tinha somente 16, daqui a oito meses 17. Que problemas tinham em sermos somente amigos? Simples: algo incontrolável dentro de mim parecia querer algo mais do que amizade. Isso era tolo, inconseqüente, insensato, mas ele — quem deveria estar restringindo isso — não fazia nada de bom para que eu me colocasse em meu lugar.

Eu queria, eu queria me afastar. Mas Edward era… não tinha nada bom o bastante para que eu pudesse descrever o quanto ele me agoniava ao executar o simples ato de me olhar. E quando ele me beijou foi como se… eu não pudesse me afastar; como se estivesse vetadas a mim as palavras que eu deveria dizer para argumentar que aquilo era errado.

“Eu não quero ter nada com você” — certamente se eu o falasse isso, ele iria embora. Homem algum resistia à rejeição — não homens como Edward que poderiam ter quem quisesse apenas lançando um sorriso torto e desajeitado — sendo que eu não podia mentir para ele; eu não queria.

Edward havia dito que era errado, eu me lembrava disso. O problema era que, merda, ele não fazia nada para se afastar. Ele continuava lá, instigando-me a estar perto dele, instigando-me a começar a achar que ele era essencial para mim — e Deus sabia o quanto eu não queria que alguém fosse essencial para mim. Eu tinha medo que ele fosse embora ou mudasse — o que seria bem pior.

Para me causar algum problema na mente, ele sorriu torto de novo.

Não importa. — Murmurou.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem.