Can we whisper? escrita por Meggs B Haloway


Capítulo 20
Capítulo 19 — Só 17 anos.


Notas iniciais do capítulo

Bommm gente, oi. Eu sou rápida para postar, não é? Awn, isso é só porque eu já terminei CWW e fica fácil para postar já que ainda estou de férias. Isso vai diminuir um pouco por causa da escola e todas as tarefas. Enfim, ainda falta muito para isso e vamos ser positivos, ok. Comecei a postar uma nova fanfic hoje, deem uma passadinha lá https://www.fanfiction.com.br/historia/245569/Entre_Cacadores_E_Presas), leiam e comentem se vocês se interessarem. Okay, esse capítulo é dedicado a Cindy que ama o Edward tanto quanto eu n ♥ Quero agradecer também a todo mundo que comenta, cara... vocês são demais, sério ♥



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Já tinham até caixão ― ou eu achava que tinham. Tudo estava pronto, eles só estavam esperando que acontecesse para enterrar o corpo de Riley. Às vezes eu gostaria de ser tão… indiferente como eles, ou seja, Charlie e Sue, eram a respeito disso tudo, no entanto eu não conseguia quando se tratava de alguém como Riley para mim. Não era tão simples.

Eu não desabei na frente de Edward, não o dera esse gosto. Mas ele ficou esperando que eu me arrumasse para me levar até o hospital já que eu não tinha condições psicológicas para botar a mão em um volante. Era capaz, com a vontade de morrer que eu estava; que eu jogasse o carro em um precipício sem pensar duas vezes.

Era tão ruim, não tinha como explicar tudo que eu sentia no momento. Eu poderia pegar alguma coisa que me furasse, alguma coisa para, talvez, cortar meu pescoço e acabar com tudo aquilo que eu sentia, mas eu sabia que não teria coragem de fazer isso. Medo da dor — sempre covarde; esta era a digna Isabella Swan.

— Você só tem… dezessete anos, Bella. Lembre-se disso, não deve cobrar tanto de si mesma. — Edward tentou o seu melhor, eu pude perceber.

Eu assenti e passei pela porta sem o olhar, sabendo que meus olhos estavam marejados o bastante para que pudesse facilmente ver a minha fraqueza. E então os braços dele estavam em mim, puxando-me para que eu não saísse do apartamento e me abraçando como se tivesse permissão para fazê-lo. Ele sabia que não tinha, ele sabia que aquilo só me deixaria mais irritada, entretanto Edward sempre foi de confiar na sorte que ele tinha.

E ele tinha, tinha mesmo porque eu não sei o que aconteceu comigo para que tudo dentro de mim estacionasse e as lágrimas começassem a brotar de meus olhos juntamente com os soluços de agonia. Ele se encostou à parede que tinha atrás de si e apertou seus braços ao meu redor como se aquilo diminuísse toda a dor que eu estava sentindo.

Não diminuía, nem mesmo me fazia esquecer.

— Está tudo bem. — Edward não sabia o que falar, por isso apenas sussurrou a frase que eu já estava acostumada a escutar de todos.

Não estava nada bem. Riley estava morto! Como eu viveria sem ele? Eu não me imaginava em um futuro certo sem ele.

Eu solucei, e pela primeira vez, passei meus braços por suas costas, o abraçando também.

Quando eu cheguei ao hospital, não me deixaram ver o corpo de Riley, ver como ele se encontrava. Charlie, principalmente, achava que não era saudável que eu fosse, mesmo que estivesse desesperado para que eu ficasse longe de Edward por todo o tempo o qual me era possível.

Não foi preciso de muita coisa para que aquilo ocorresse, pois em poucos minutos que Edward estava lá no hospital, seu celular tocou e uma Amber irritada o chamou para casa com um tom de voz imperativo demais.

Eu não voltei a vê-lo por um longo tempo.

Três anos depois…

— Bella! Acorda! — Alice gritou, me chacoalhando. — Estamos atrasadas! O professor vai me matar! Tem prova hoje! Eu estou atrasada, Bella! Bella!

— Não vou para a faculdade hoje. — Murmurei abrindo os olhos minimamente e colocando o lençol em cima do meu rosto. — Amanhã tem uma prova que eu quero estudar, e hoje tem aulas não muito importantes… por isso é mais produtivo que eu fique em casa estudando para a tal prova. — Disse rápido para que ela me deixasse em paz o mais rápido possível.

Ela bufou, e sem falar mais nada, se retirou do meu quarto batendo a porta com força. Alice sempre tinha raiva quando eu não ia para a faculdade, e mesmo sabendo que isso acontecia, eu ficava com raiva sempre. Sua raiva passava rapidamente quando eu dizia que ia para o cinema com alguém — o qual não existia — e deixá-la-ia sozinha com Jasper por alguns momentos.

Privacidade — uma coisa que eu nunca tinha por completo. Seja na casa de Charlie ou no apartamento que Alice e eu dividimos no período de faculdade. Talvez aqui eu a tivesse mais. Alice, pelo menos, não me vigiava freneticamente quando se tinha Jasper para também vigiar. Jasper fazia coisas mais interessantes que eu, merecendo assim sua vigilância redobrada.

Em vez de dormir, eu fiquei somente de olhos fechados, sentindo o quanto a minha cama estava quente comparado aos outros dias. Eu associei isso ao fato de ter ligado o aquecedor no máximo por causa da chuva torrencial que caíra na noite passada, dando-me mínimas chances de ir para a festa que ocorrera na casa de Lauren.

Não era uma festa legal, e eu não queria ir. Eu não perdera nada. Ao contrário disso, ganhei ao ficar assistindo televisão por toda a noite e bebendo guaraná feito uma desesperada. Talvez eu devesse parar com isso, fazer um regime, porém sempre que eu cogitava a ideia de me sacrificar tanto, desistia.

Os últimos três anos não foram os melhores da minha vida, nem muito menos os piores. Foram… bons, se isso era um adjetivo a altura. Bom porque eu não me envolvera em nenhum relacionamento que envolvesse amor ou essas coisas as quais eu tentava evitar devido às experiências anteriores. E também… ninguém chegava a ser bom o bastante para se comparar ao que Riley foi.

Doía; claro que doía lembrar-me dele, mas ao passar do tempo à dor foi se tornando normal. A dor nunca diminuía, estava sempre ali me acusando e me lembrando do quanto eu sempre fui… idiota com ele, o quanto eu não aproveitei enquanto ele estava ali comigo. Ela sempre remoia minhas piores lembranças, principalmente em dias que eu tinha pesadelos.

Isso tudo era horrível, e tudo que eu tinha para me apoiar era Alice. Não era eficiente… quero dizer, ela sempre ficava a maior parte do tempo em seu trabalho, na faculdade ou com seu namorado. Ela me ajudava quando eu precisava, e às vezes era o bastante. E também tinha vezes que tudo que eu tinha para me segurar era a minha sanidade que até certo ponto mostrava-se forte ao extremo.

Minha mãe continuava em Glastonbury, com Rose. Charlie continuava com Sue e esse fato não me incomodava tanto agora que eu estava longe deles e toda a frivolidade que emanava deles. Eles se mereciam.

Eu me lembro de cada detalhe daquele mês. Eu lembro o quanto foi difícil fingir normalidade, fingir que meus olhos não ficavam marejados a cada segundo o qual eu me lembrava de Riley, lembrava-me de tudo que ele costumava fazer para que eu risse. Era quase impossível ficar normal durante as primeiras semanas, era uma tortura.

Eu não gostava de lembrar, mas em um dia o qual Riley se acordara por apenas dez minutos, ele murmurara que era para seguir minha vida, ficar com alguém, casar e ter filhos. Só que isso era impraticável quando não era ele quem estava do meu lado. Eu não aceitava pensar na possibilidade.

Alice já havia dito que era para eu aproveitar mais esse momento que eu estava na faculdade, que era para eu, pelo menos, namorar alguém ou simplesmente sair sem compromisso nenhum. Ninguém era aceitável a minha vista. Todos eram infantis demais, sérios demais, o cabelo era feio ou não tinha o sorriso tão bonito quanto eu queria que fosse.

Alice dizia que eu não poderia querer arranjar alguém perfeito porque, no final de tudo, eu iria terminar com alguém imperfeito. Ela dizia que perfeição não era uma coisa que se encontrasse com facilidade em garotos, principalmente eles estando na faculdade. Mas eu ainda a queria. Ou pelo menos alguém que chegasse perto.

Com toda a preguiça que eu possuía dentro de mim, levantei-me da cama e a arrumei. Eu só abri as janelas por causa do sol que brilhava de modo mínimo em Bristol e eu sorri por isso. Era raro que isso acontecesse, quase tanto quanto lá em Glastonbury, aqui só fazia sol em um mês determinado.

A cozinha estava limpa quando eu fui catar alguma coisa para comer lá, sinal que Alice passara por ali. Morar com ela era bom por causa disso, ela nunca deixava nada fora do lugar ou sujo, pois tinha agonia a qualquer coisa que estivesse fora do lugar e se estivesse, ela arrumava sem reclamar.

Eu agradecia por estar perto das férias e essas provas às quais eu estudava serem as últimas do período. Não aguentava mais um momento dentro daquela sala infernal, com aquelas pessoas e com aqueles professores. Eles faziam de tudo para ferrar minha vida, colocavam as piores provas para mim, perguntavam coisas quando eu estava distraída. Eles não gostavam de mim por eu ser a mais calada da turma afobada.

Eu estudei até serem três horas da tarde e depois me vesti com alguma coisa que fosse confortável e desci até o estacionamento para pegar meu carro e ir arranjar algum lugar para almoçar. Ainda bem que estava tudo vazio por já ter passado do horário normal de almoço, mas mesmo assim eu fui para o lugar que eu sempre costumava ir.

Eu deveria estar me alimentando bem, como Renée dissera para eu fazer, entretanto tudo que eu não queria comer nesse momento era salada.

Assim que me sentei, o garçom — Erick, se bem me lembrava — que sempre me atendia veio até onde eu estava com um sorriso em seu rosto. Eu sorri por cortesia e pedi rapidamente somente para não ter que sorrir quando não queria e suspirei passando os dedos por meu cabelo, soltando-o do rabo-de-cavalo que estava antes.

— Você só tinha 17 anos quando vi você pela última vez. — Uma voz desconhecida falou e eu me virei para ver quem estava me tirando à paciência por essa simples frase. — Bom… você… cresceu e está loira!

Edward. Eu tive que me esforçar para saber se era ele mesmo porque, pela sua voz, não parecia ser o mesmo, o irmão de Alice o qual eu não via por um bom tempo. Assim que me virei completamente, me surpreendi com o quanto ele estava igual ao que três anos atrás era; mesmo com o jaleco de médico em seus braços e o sorriso cauteloso demais.

Olhei para baixo. Eu não sabia se ainda conseguia reviver a raiva que eu tinha antigamente dentro de mim, mas essa atitude me pareceu infantil demais, por isso apenas virei-me para frente com as bochechas quentes.

— Todos crescem — Finalmente murmurei.

— Posso…? — Perguntou, indicando para a cadeira que tinha a minha frente.

Era sério isso? Ele queria mesmo sentar-se comigo depois de tudo? A minha memória continuava intacta, apesar da raiva ter se esvaído com o tempo.

Eu dei de ombros, olhando pra baixo e mordendo meus lábios por estar desconfortável demais com Edward sentado a minha frente como se fossemos velhos amigos que estavam se reencontrado depois de muitos anos separados. Não éramos amigos e não havia deleite nenhum em o ver na minha frente.

— O que está fazendo aqui? — Perguntei, disparando meus olhos para os dele e rapidamente os desviando. — Que eu lembre-me você… trabalhava em Glastonbury, não aqui.

Ele sorriu com a minha falta de educação.

— Fui transferido. Cheguei ontem.

— Ah… deve ter sido uma mudança muito… difícil para você — Murmurei asperamente.

— Não, na verdade… foi boa. — Ele sorriu torto.

Eu bufei de raiva.

— Dá pra parar com isso? — Explodi, sussurrando. — Eu sei muito bem o que você está fazendo, e eu te digo logo que não vai funcionar dessa vez comigo, Edward. Pelo amor de Deus, eu não tenho mais dezesseis anos para… para… acreditar nesse sorrisinho cínico.

Ele riu.

— Calma, Bella. Receio que esteja imaginando coisas.

— Ah… e você quer me passar algum remédio para isso, Doutor? — Perguntei sarcasticamente, bufando.

O sorriso malicioso em seu rosto deixava claro que ele tinha entendido besteira da minha pergunta totalmente inocente e raivosa. Edward continuava com o cabelo cor de bronze, entretanto este mesmo estava cortado de modo mínimo, deixando-o com a aparência séria até seu sorriso torto ou malicioso aparecer.

— Se quer saber, a última memória que eu tenho de você é aquela que estamos na casa de Esme e você está com raiva. — Murmurei.

— As boas são a maioria e você não lembra como se… eu tivesse ficado… daquele jeito mais de uma vez. — Ele disse de repente sério, fitando-me com os olhos quase baixos. E então quando eu não declarei nada, Edward continuou: — Como você está… Bella?

— Bem.

Baixei meus olhos para as minhas mãos e me parei quando vi que estava descascando o esmalte prateado que estava nas minhas unhas a menos de três dias. Eu podia sentir o olhar de Edward me dissecando, percebendo todos os pequenos detalhes os quais eu não queria que ninguém percebesse.

Durante a faculdade eu passava muito tempo com as pessoas, obviamente. Mas nenhuma das pessoas tinha uma percepção tão grande quanto Edward tinha.

— Seus dedos estão melhores. — Ele observou, sorrindo.

— Pensei que eles estivessem completamente melhores depois de um tempo, talvez um ano. Mas não ficaram. — Murmurei os olhando de uma forma desaprovadora. — Não pensei que fosse demorar tanto. É feio.

— Pessoas normais não percebem isso. — Informou.

— Que bom então.

Pelo canto superior do olho, pude o ver sorrindo sem todo aquele cinismo que ele assumira no começo.

— Como anda Renée?

— Está mesmo perguntando por ela? Você não… gostava dela.

— Eu sei, eu sei. É só que… faz tempo que eu não a vejo.

— Ela anda bem. Charlie e Sue também. Todos estão bem, afinal de contas… e você e… Amber?

Ele riu por algo que eu não sabia sobre o que se tratava e logo em seguida suspirou, olhando-me quando eu finalmente olhei para cima, deixando de ser covarde e tão frágil — como sempre me diziam.

— Eu estou bem, só cansado. E Amber… bom, eu não sei onde é que ela está hoje, agora. Acabamos há dois anos.

— Ah, que pena. Sinto muito. — Na verdade, eu não sentia. Não porque meus sentimentos por Edward ainda fossem presentes, eles não eram, era somente porque eu a odiava por ter falado tantas mentiras e ter causado o que causou no final.

Edward não prestou atenção em meu tom irônico. Seu olhar estava em meu pescoço, mais precisamente em um colar que estava pendurado em um cordão junto com a chave que eu sempre carregava comigo.

— Isso é velho. — Ele disse, estendendo a mão cautelosamente para tocar o pingente que estava pendurado em um cordão de prata e derrubando-a quando percebeu meu olhar cauteloso em cima da mesma. — Esse castelo… ele é velho.

Eu assenti sem falar nada e envergonhada.

— Você gostou tanto assim dele? — Ele ergueu os olhos para mim.

— Gostei. — E pela primeira vez em que falava com Edward, me esforcei para não ser áspera e o dar patadas como eu estava fazendo anteriormente.

Minha fome se esvaíra e eu deixara metade do hambúrguer por estar cheia demais. Edward estava largando, por isso me chamou para sair, ir para qualquer lugar, ou até mesmo um lugar que ele conhecesse. Eu recusei educadamente, dizendo que tinha que estudar para uma prova, mas que na próxima vez que ele me chamasse, eu iria.

Eu estava sendo legal apenas porque eu estava sendo uma idiota antes, sem nem saber se era aquilo mesmo. Eu odiaria que alguém me tratasse daquela forma, então não faria com as outras pessoas. Não era de meu feitio ser tão abominável como agi naquela tarde com Edward.

Assim que cheguei ao meu apartamento, Alice estava lá, assistindo qualquer coisa na tevê e pintando suas unhas de lilás, fazendo caretas enquanto, eu presumia, tentava ter êxito no que fazia. Ela sorriu assim que me viu, mostrando as unhas como se tivesse orgulho das mesmas. Eu entendia isso, ela conseguira ficar sem roê-las por mais de um mês. Isso sim era uma novidade.

— Advinha quem está morando aqui, nessa cidade? Edward! — Ela exclamou, mas seus olhos eram cautelosos. — E advinha por que ele veio? Pra cumprir o que eu havia dito sobre você ficar com alguém imperfeito!

— Ficar…? Edward? — Perguntei, franzindo meu cenho, incrédula. — Alice, acorde, eu não vou ficar com Edward, não vou me apaixonar por Edward de novo. A primeira vez foi burrice de minha parte, não vai haver uma segunda.

— Se você diz. — Ela deu de ombros, desviando os olhos para sua unha. — Mas ainda aposto que você vai ceder.

Bufei, cruzando meus braços.

— Vou sair com Jasper essa noite! — Ela disse quando eu marchei para o meu quarto, sem paciência para escutar mais alguma coisa sobre Edward. — Tente não trazer ninguém para dentro desse apartamento.

Franzi meu cenho.

— Quem eu traria? — Perguntei sobre o ombro e não esperei resposta depois de fechar a porta de meu quarto. 


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Notas finais do capítulo

Psé, psé, psé. Será que a Bella dará uma chance para o Edward? Bom, isso não importa de verdade, pois, todas nós sabemos que quando o Edward quer alguma coisa ele vai até o fim para conseguir. É isso, ai gente... não consigo parar de martirizar pelo Riley ]: Não consigo, srsly. Enfim, pessoas, obrigada mesmo por comentarem, e as que não comentam: nunca é tarde demaias! Mas, de qualquer jeito, obrigada por ler algo meu. No geral: comentem, digam o que estão achando, por favor. Boa noite, xoxo. Leiam minha nova fanfic: https://www.fanfiction.com.br/historia/245569/Entre_Cacadores_E_Presas