Can we whisper? escrita por Meggs B Haloway


Capítulo 10
Capítulo 09 — No outro dia, tudo parece melhor.


Notas iniciais do capítulo

Escutem a música se quiserem. Eu, pelo menos, estava me inspirando nela quando escrevi esse cap. Enfim, espero que gostem, mesmo, eu meio que... não sei como narrar isso. Espero que gostem! E esse é o primeiro cap dedicado ♥ ♥ ♥ dedico esse cap à Jéssica A e a Laura por serem... demais! Esse cap é dedicado a vocês! ♥



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• Love song — Adele •

O quarto de Edward estava escuro e ele não acendeu a luz quando passou pela mesma, apenas fechou a porta apressado enquanto segurava-me em seus braços, e em seguida depositava-me calmamente em sua cama, cobrindo de novo seus lábios com os meus. Foi mais fácil dessa vez o puxar para beijá-lo. Ele estava perto, mais perto do que um dia houvera estado.

Suas mãos passavam por dentro de minha camisola, apertando minha coxa, enquanto levantava-me mais uma vez, dessa vez para tirar aquele pano que estava nos atrapalhando. Meu rosto estava quente, corado ao extremo enquanto ele fitava meu corpo coberto apenas com a roupa de baixo.

Seus olhos se voltaram para os meus, e Edward me fitou por alguns logos segundos. Perguntei-me o que ele está vendo em meu rosto — será que eram os sentimentos os quais eu não escondia? Ou seria meu olhar transbordando desejo e paixão? Espero que ele só esteja vendo o desejo, não queria parecer uma garotinha apaixonada prestes a consumar seu amor.

— Bella, você é tão linda, sabia? — Sussurrou em meu ouvido, movendo suas mãos por minha cintura de modo carinhoso. — É a garota mais bonita com quem um dia estive.

Tive vontade de brincar e dizer que ele não estivera com tantas garotas assim, e se esteve estas mesmas eram feias. No entanto tudo que fiz foi sorrir enquanto acariciava seu cabelo com meus dedos. Apesar de estar somente com o sutiã e a calcinha, eu não estava com frio, ou me tremendo. Estava com calor, na verdade.

Passei meus dedos por seu rosto, decorando e confiando a minha memória cada traço seu. Ele fechou os olhos, e também o fiz, encostando meus lábios aos seus da maneira mais delicada que eu consegui. Minhas mãos vagavam por seus ombros, costas, nuca para então se enterrar em seus cabelos.

Eu arfei e me inclinei para frente.

— Você não imagina… — Comecei, sussurrando. — O quanto eu quis isso.

Edward riu.

— Aposto que imagino sim.

— Não tanto.

Edward sorriu torto para mim mais uma vez antes de pegar meu rosto entre as mãos, beijando-me de maneira doce. Suas mãos me fizeram estremecer quando deslizaram por minhas costas, fazendo círculos invisíveis. Quando coloquei minha mão em seu ombro, percebi que ele estava quente assim como eu. Tão quente que podíamos parecer febris.

Quando o ar me faltou, eu não separei meus lábios dos seus, mas o mesmo parecia ter acontecido com Edward, forçando-o a desgrudar sua boca da minha. Um quase gemido exasperado saiu de mim, porém forcei-me a não parecer tão desesperada quanto estava parecendo naquele momento.

Desespero. Talvez essa palavra fosse a que me definisse com mais afinidade. Eu o queria, meu corpo estava ansiando por ele e eu mal podia controlar minha respiração irregular. Mais uma vez seus olhos se moveram para os meus, demorando-os lá, e então ele sorriu, lendo algo que eu não tinha idéia do que era.

Eu estava quase com raiva do quanto estava submissa. Isso logo passava, assim que Edward acariciava minhas coxas ou minhas costas. Eu arfei, fechando meus olhos enquanto ele me provocava, somente roçando seus lábios nos meus, e os deslizando por meu ombro, alternando de vez em quando mordidas breves. Quase não podia controlar-me quando ele fazia aquilo.

Ainda tinha muitas roupas, Edward ainda estava com sua calça enquanto eu estava quase seminua em sua frente, com as bochechas coradas. Eu nunca tinha pensando como seria esse momento, na verdade, eu mal sabia o que fazer, no entanto ele parecia reagir bem aos meus toques.

Ele gostou de quando eu beijei seu pescoço, fechando minha mão no mesmo, gostou de minhas unhas em sua nuca, escorregando por suas costas, o arrepiando. E eu certamente devo ter gostado de perceber que eu podia de alguma forma, retribuir aos carinhos que Edward me proporcionava a altura. Ele estremecia — esperava que isso fosse um bom sinal.

Quando eu me arrastei para frente, nós dois gememos pelo atrito de nossos sexos. Eu corei, no entanto apertei mais ainda minhas mãos no cabelo de Edward, puxando seu rosto levemente para trás e facilitando que meus beijos fossem distribuídos de maneira mais fácil por seu pescoço. Ele apertou suas mãos em minha cintura, e em um movimento rápido e que me deixou sem fôlego, deitou-me na cama, ficando por cima de mim, e olhando-me de novo por mais alguns longos segundos.

Eu estava tão, tão constrangida e insegura sobre o que deveria fazer e tinha vergonha de lhe olhar nos olhos por isso. Tentava não demonstrar isso para ele, fazer o máximo para que ele não percebesse minha hesitação. Não queria que desconfiasse que eu talvez estivesse insegura sobre o que estava fazendo. Não, não era nada disso.

Ainda bem Edward não perguntou se eu tinha certeza sobre o que eu estava prestes a fazer. Ele sabia que eu ansiava por ele e que já estava na hora, pois em uma tradução muito fácil eu confiava nele o bastante para me entregar de maneira voluptuosa. E eu não imaginava ninguém que eu quisesse o bastante para estar em seu lugar.

Era ele. Somente.

— Eu tenho medo de apenas com um toque te machucar. — Admitiu enterrando seu rosto em meu pescoço, dando uma enorme fungada nele. — E você é tão cheirosa… algo semelhante a flores.

— Você não vai me machucar. — O garanti, sem voz.

Pelo movimento de sua boca eu poderia dizer que ele estava sorrindo torto. Meu sorriso. Ele se levantou para tirar sua calça, mas se enrolou com os botões fáceis de abrir. Eu tentei evitar o riso de sair de meus lábios, e não tive sucesso com isso.

— Você está com excitação demais ou está reagindo a minha presença para estar tão desajeitado desse jeito? — Indaguei, levantando-me até onde ele estava posicionando-me em meus joelhos para deixar meu rosto no mesmo nível do seu.

Edward sorriu de lado, pela primeira vez em que eu havia presenciado tímido.

— Os dois. — Respondeu.

Eu desabotoei sua calça sem problemas algum, a não ser por sempre estremecer e arfar quando acidentalmente eu batia sem querer no volume que tinha em sua cueca boxer. Eu estava com vergonha o bastante quando ele jogou a calça longe, puxando minha cintura e me colando ao seu corpo, cobrindo seus lábios com os meus.

Agora tudo que nos interrompia era as roupas de baixo que eu já estava com vontade de arrancá-las do meu e do corpo de Edward. Não tinha como definir a sensação de sentir que ele estava me querendo tanto. Não no sentindo corporal, apesar de isso já ser bom o bastante. Era em outro sentido. Ele me queria de verdade, queria-me como ninguém quis.

Um gemido baixo saiu de meus lábios quando ele me deitou de novo, após ter desabotoado meu sutiã. Rapidamente suas duas mãos cobriram meus seios e de modo delicado os apertou, fazendo um espasmo de prazer varrer todo meu corpo enquanto eu mordia meus lábios, policiando-me a não parecer tão desesperada.

Tinha um sorriso torto nos lábios de Edward quando eu abri meus olhos. Ele observava meus lábios, minhas sobrancelhas franzidas e tudo que indicava que eu estava tendo muito, muito prazer. E então muito deliberadamente seus lábios foram para o meu pescoço — não antes de ter mordido de leve meu queixo — o beijando várias vezes.

O nariz dele acariciou de leve meu maxilar quando, de repente, logo em seguida, seus lábios tomaram conta de meu seio esquerdo. Eu arfei, apertando minha mão em seu braço que estava mais próximo de mim, tomando cuidado para não cravar minhas unhas nele, para não machucá-lo com toda minha necessidade.

Era… vergonhoso que eu estivesse tão submissa.

Eu gemi baixo o bastante para que parecesse um sussurro ou uma arfada nervosa, quando Edward acariciou meu seio esquerdo, passando o dedo polegar em meu mamilo quase tão leve como se estivesse com medo de me machucar por apenas aquele simples ato.

Talvez eu parecesse frágil demais aos seus olhos, sendo que eu não era. Pelo menos eu não me achava tanto quando Edward dava a impressão que entendia. E eu tinha certeza que se eu não fosse tão baixinha e ele tão alto essa idéia sairia de sua cabeça em apenas alguns segundos quando ele observasse direito.

De novo, arfei mordendo meus lábios com força. Como se não estivesse encontrando uma posição confortável, ele me pegou em seus braços, colocando-me novamente em seu colo. Eu gemi — dessa vez mais alto uma oitava — ao sentir sua ereção pressionada contra meu centro. Mas essa era sua intenção, me provocar.

— Olhe para mim, Bella. — Ele sussurrou, tocando meu rosto.

Só então percebi que meus olhos estavam fechados, o que completava minha expressão de prazer. Eu somente esperava que estivesse suficientemente escuro para que ele não percebesse o quanto minhas bochechas estavam coradas. Abri meus olhos devagar, e assim que meus olhos se encontraram com os seus, toquei-lhe o rosto de leve, com os dedos trêmulos por algo que eu não sabia o que era. Talvez timidez, talvez desejo.

Seus olhos me fitaram por alguns segundos, lendo-me agora que eu era um livro aberto e não tentava esconder tudo que eu estava sentindo no momento. Os sentimentos, eu tentava, mas eu tinha quase certeza que ele podia vê-los com muita facilidade. E se não pudesse, o meu coração acelerado entregava-me.

Seus lábios afixaram-se aos meus da maneira mais calma que Edward conseguiu, com suas mãos acariciando as laterais de minha cintura, oscilando na direção de meus seios. É tudo outra vez suave, como se eu fosse um dos mais quebradiços vidros. Meus gemidos se tonaram sussurrante pelo fato de sua boca estar na minha.

Não parecer desesperada! Não parecer desesperada, Isabella! Ordenei a mim mesma, policiando-me.

— Edward. — Sussurrei.

Ele se curvou e me deitou. Porém eu não quis esperar que ele me olhasse daquele modo de novo — agoniava-me por uma parte —, e logo puxei sua nuca para que sua boca estivesse selada na minha. Contudo, isso não era suficiente para me satisfazer e eu queria mais, obviamente. Eu o queria.

Pela primeira vez, Edward pousou seus dedos em minha calcinha, ainda com os lábios nos meus, fazendo-me tremer de antecipação. Ele inicialmente só contornou o pano pequeno que se prendia ao redor de minha cintura. Se eu me lembrava de bem do mesmo, a calcinha era preta, não tão provocativa. Era normal e só cobria o necessário.

Ele olhou para mim como se estivesse pedindo permissão para tirá-la e eu não falei nada, somente movi minha mão que estava em seu cabelo, em uma leve caricia que confirmava tudo. Sim, eu queria que ele tirasse logo aquilo e me fizesse sua. Logo. Eu não agüentava mais esperar.

Eu queria retribuir tudo, queria que ele sentisse tudo o que eu estava sentindo, mas quando eu tentei, Edward me deitou de novo na cama, voltando seu olhar para o meu.

— Não, Bella. Hoje é somente seu. Seu prazer. — Sua voz estava entrecortada, mais rouca que o normal, mais sensual do que um dia eu poderia agüentar.

Eu não pude argumentar sobre isso — como era minha vontade — quando senti os dedos de Edward passando por cima de minha calcinha vergonhosamente molhada em sua parte central, onde ele pressionou seus dedos de leve sobre a mesma. Arfei, perdendo o ar que já me era escasso, e quando não pude conter, gemi baixinho hesitante.

Não sei como nem por que, mas Edward rasgou facilmente minha calcinha. Não dei tanta importância para isso quando ele passou a me tocar sem aquele pano.

Torturada. Era assim que eu me sentia quando estava quase a explodir em uma coisa que eu não sabia, apenas sabia que queria e que precisava, mas Edward parava. Ele não me deixava sequer…

Qual era o problema afinal? Eu, pelo menos, não via nenhum. E eu sabia que ele também não via nenhum, apenas queria me torturar e expor a mim mesma que eu estava submissa até quando ele quisesse.

Novamente sem saber como — eu devo ter perdido o movimento apreciando somente o ombro largo dele, descendo por seu peitoral esculpido restritamente, e detendo-me ali porque Edward chamara minha atenção — ele já estava posicionado em cima de mim antes que eu sequer tivesse tempo de vê-lo e observá-lo completamente despido. Seus braços se posicionaram ao meu lado e seus olhos verdes voltaram para os meus castanhos.

Não precisamos de palavras, apenas de toques, por isso subi minha mão para o seu cabelo e então Edward adentrou-me. A dor não me foi tão excruciante, mas foi o suficiente para fazer-me morder os lábios para prender o gemido de agonia o qual queria escapar de minha boca. Doía, é claro que doía, mas eu já tinha passado por coisas piores.

— Está tudo bem. — Eu o garanti, quando a dor diminuiu um pouco, nunca parando.

Ele não pareceu convencido com isso, e não se moveu. Em vez disso, espalhou beijos por todo meu rosto, colo e ombros, evitando meus lábios. Quando ele finalmente encostou sua boca com a minha, entrelacei minha perna em sua cintura, gemendo baixinho por causa da dor que novamente me atingiu.

Ele não se mexeu de novo, esperando que eu me adaptasse.

— Preciso de você, Edward. — Gemi.

Meus gemidos eu reprimia com meus lábios presos entre os dentes, ou com até mesmo os lábios dele que na maioria das vezes estavam nos meus, beijando-me de leve. Edward sempre que podia me acariciava, desacelerando seus movimentos ao demorar sua mão em minha cintura, às vezes em meus cabelos e às vezes em meus próprios lábios enquanto disparava seus olhos para os meus.

Ele me olhava de um jeito diferente, tinha algo que eu não tinha idéia do que se tratava ou entedia. Era bom, era um olhar incrivelmente bom, como se… — eu me arrisco a dizer — eu fosse uma raridade. Sua raridade. Eu gostava daquilo. Amava, na verdade. Amava Edward, no entanto não era adequado dizer agora.

Talvez fosse a terceira vez que eu puxava-o para mim — ambos se puxavam, para ser sincera — e me encaixava de novo nele, querendo sucessivamente mais dele. E Edward sempre correspondia à altura de meu inacabável desejo. Por senti-lo mais perto do que nunca de mim.

Assim que nós nos demos por satisfeitos — por enquanto — ele me puxou para perto dele, fechando seus braços em minha cintura, em um abraço apertado. Meu abraço em resposta foi fraco, quase sonolento — assim como eu me encontrava. Era tão bom, que, pela segunda vez que eu estava com Edward, sentia-me como se pudesse passa a vida inteira daquele jeito com ele. Abraçados.

— Minha Bella. — Sussurrou ele.

Eu sorri, beijando o alto de seu ombro que era onde meus lábios alcançavam.

— Só e exclusivamente minha. — Disse ele, fungando em meus cabelos.

— Possessivo. — O acusei rindo. Meus olhos já começaram a tremular, tirando-me do momento perfeito em que eu estava.

Você não imagina o quanto. — Sussurrou passando o nariz por minha bochecha, fungando também o cheiro daquela parte. — Você continua cheirosa, sabia? É algo perto do meu, mas também do seu cheiro. É muito bom.

Não tive oportunidade de responder àquilo, pois seu nariz passou de novo por minha bochecha, beijando meu maxilar, fazendo um arrepio passar por meu corpo e eu me encolhi, com cócegas.

— Vamos tomar banho.

Eu assenti, e antes que pudesse me levantar da cama, Edward já havia me pegado em seus braços, carregando-me até a porta que tinha dentro do seu quarto. O banheiro, por mais que fosse improvável — era perfeitamente limpo, enorme e arrumado. Ele deve ter visto minha expressão porque de repente em seu rosto habitava um sorriso torto, com um ponto de malícia.

— O que esperava? Um banheiro completamente não higiênico? — Indagou e colocou-me no chão, já dentro do Box, embaixo do chuveiro.

— Na verdade… — Eu parei-me rindo e respondendo a sua pergunta.

Edward deu banho em mim, literalmente. Até lavou meus cabelos com um xampu que eu não reconheci como sendo meu. Apenas fiquei parada — quase caindo no sono — deixando-o fazer seu trabalho, já que ele queria tanto. Era mais divertido tomar banho — mesmo quase inconsciente — com Edward do que sozinha. Era lógico.

Ele me deitou na cama assim que me enxugou, sem vestir nenhuma roupa em mim, vestindo-se apenas com uma cueca igual a que estava antes, só que com uma cor diferente. No escuro não dava para definir direito a cor, por isso apenas me ajuntei mais a ele, abraçando-o e fechando meus olhos.

Seus lábios beijaram de modo suave a minha testa.

No outro dia eu me acordei com o barulho alto de chuva vindo de janela afora. Espreguicei-me enquanto minha mente reconhecia quase vagarosamente o quarto onde eu estava. Mas, afinal, o que acelerou meu processo de reconhecimento foi que as minhas roupas e as de Edward ainda estavam no chão de seu quarto.

Eu sorri de leve antes de levantar-me da cama e achar alguma coisa a qual eu pudesse me vestir. Vesti a camisa de Edward e saí do quarto, indo direito para o meu quarto para vestir uma calcinha e uma calça por causa do frio que estava fazendo, fazendo-me tremer por causa do vento que entrava por uma das janelas que estavam abertas.

— Hey. — Murmurei assim que entrei na cozinha e Edward estava lá, cozinhando algo que tinha muito sal para que pudesse ser comestível. — Quem está tentando matar? — Indaguei, rindo.

Ele se virou para mim, jogando a frigideira na pia, desistindo e estragando aquele bacon.

— Isso é horrível… não é tão fácil quanto parece fazer essa merda de bacon. — Murmurou.

Eu sorri para ele, estendendo meus braços e entrelaçando os mesmos em seu pescoço, ficando na ponta dos pés para colar meus lábios nos seus. Suas mãos pegaram de modo delicado meu rosto, o puxando para frente para que ele pudesse me beijar com facilidade. Mas sorrimos entre o beijo, o interrompendo.

— Gostei de sua camisa. — Ele observou.

— É… eu gosto desse preto liso.

Edward sorriu novamente para mim, beijando-me mais uma vez.

— Por que você não me deixa fazer o café-da-manhã?

— Não se importa?

— Não. Eu prefiro fazer a morrer com uma quantidade enorme de sal em meu estomago, sabe como é… você não leva muito jeito para fazer isso.

Ele riu.

— Eu sei. Esses dias eu só venho comendo pizza ou algo que só precise esquentar.

— Pode apostar que isso não é surpresa nenhuma para mim. — Murmurei, olhando-lhe por alguns segundos, jogando no lixo logo em seguida as duas tiras perdidas e estragadas de bacon. Lembrei-me de Charlie no momento em que lavava a frigideira. Ele de certo surtaria se visse isso.

Toda e qualquer comida era preciosa, segundo ele e ninguém era corajoso o suficiente para discordar dele. Apenas um olhar de meu pai e então você morreria fulminado. Não que um dia — que eu me lembrasse — ele tivesse usado esse olhar para comigo, afinal eu sempre fui uma filha… aceitável. Não perfeita, apenas aceitável.

Enquanto eu cuidadosamente colocava o sal nas três tiras finas de bacon, senti as mãos de Edward em minha cintura, abraçando-me por trás. Arfei, tentando o afastar com meus braços parecendo estar com gelatinas em vez de ossos. Só foi preciso que ele respirasse perto de minha orelha para que eu estremecesse, e fechasse os olhos, segurando de uma maneira restritiva sua mão que estava em minha cintura.

— Você foi maravilhosa ontem… hoje, tanto faz. Você sabe disso, não é? — Sua voz era um sussurro sensual que causava correntes elétricas em todo meu corpo. Eu era boba, era essa a desculpa que eu usava por ser tão entregue a Edward.

— Deixe-me cozinhar. — Mas minhas mãos não pararam de apertar as suas.

Um risinho cínico saiu de seus lábios enquanto ele pressionava mais ainda seu corpo no meu. Tinha a impressão que daqui a pouco nós iríamos nos fundir de tão forte que ele me apertava contra si mesmo.

— Você sabe disso? — Insistiu.

Eu neguei com o rosto.

— Está queimando, Edward. Pare de me provocar e me deixe cozinhar se não quer ficar sem tomar café-da-manhã. — Depois disso tudo era um milagre que eu conseguisse falar sem estar sussurrando ou com a voz falha. O esforço era grande, mas o que importava era que eu estava fingindo-me de não boba.

— Eu não me importo com isso…

— Bom, por incrível que pareça, eu me importo. — Sussurrei e me virei para ele, olhando em seus olhos com um sorriso malicioso nos lábios. — Depois.

Seu sorriso em resposta foi perfeito enquanto ele roubava-me um beijo rapidamente.



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Notas finais do capítulo

É isso. Comentem se quiserem o outro cap. E... lembrem-se que tudo que é bom dura pouco :) e... isso é tudo. Beijos.