Rebirth escrita por S Kivilaakso


Capítulo 4
A Lonely Heart




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            Dois dias depois, fevereiro de 1974

 

        O sol já tinha nascido e Adèle se vestia para a sua primeira aula do dia, colocou sua saia pregueada do uniforme, a blusa e o suéter cinza com o brasão da Corvinal. Penteou rapidamente seus cabelos negros, que batiam nos ombros, e sentou-se em sua cama para esperar sua amiga Jennifer sair do banheiro. Teriam aula de Poções agora, uma matéria fácil para Adèle, ela que no ano anterior fora a melhor aluna de sua série. Suas notas sempre eram as maiores _exceto em História de Magia. A aula de poções era dada pelo professor Slughorn, ela o considerava um pouco Excêntrico, mas era seu professor favorito, sempre disponibilizava os laboratórios quando ela e Jennifer precisavam estudar.

 

        _ BOM DIA!_ Jennifer saíra do banheiro, já vestida com seu uniforme, porém com uma toalha rosa enrolada na cabeça, ela às vezes poderia ser muito expansiva, mas essa era a característica mais divertida de sua personalidade.

 

        _ Bom dia, Jenny! _ ela deu abraço forte na amiga.

 

        _ Espere só eu ajeitar o meu cabelo e nós vamos para a aula sim?

 

        _ Tudo bem, nós sempre nos atrasamos mesmo, não vai fazer muita diferença! _ elas sorriram, agora eram mais do que irmãs.

 

        _ Adèle, eu não quero parecer interesseira, mas quando você vai pedir para o seu amiguinho para me apresentar ao Sírius e ao James?

 

        _ Eu sinceramente não entendo o que você enxerga nesses garotos... São tão...tão...grifinórios.

 

        _ E você, falando exatamente como o Lúcio!_ ela fez uma careta estranha ao mencionar o nome dele._ E o que aconteceu a você para estar assim tão feliz? Você está sorrindo mais do que o normal hoje.

 

        _ Nada demais, Jenny_ deu um sorriso misterioso e caminhou em direção à porta do dormitório_ Já está na hora, vamos andando?

 

        _ Tudo bem, mas depois você vai me contar essa história aí direitinho.

 

                                                    oOoOooOoOoOOoOoOOoOoOoOoO

 

 

        Após o término da aula, ela estava sentada sozinha num dos bancos de pedra postos no pátio, era um de seus lugares preferidos para ficar sozinha.Lia um grosso livro de capas velhas e gastas, quando percebeu que alguém sentara ao seu lado. Quando ela levanta os olhos de seu livro para poder constatar quem era, ela o vê, as vestes negras com detalhes verdes da sonserina, o cabelo negro que se emoldurava ao seu rosto e os seus olhos incrivelmente escuros e profundos.

 

 

        _ Preciso falar com você. _ a voz dele soou rude e gutural fazendo-a estremecer ao ouvi-la.

 

        _ Pode dizer, Sev..._ ela olhou nos olhos dele.

 

        _ O que eu queria dizer é que..._ele desviou o olhar_ não foi certo o que fizemos ontem... nós somos primos... somos criados como irmãos... eu não quero mais nenhuma complicação na minha vida... não espere palavras de amor vindas de mim... será melhor que isso nunca mais se repita.

 

        Ele tentara ser o mais afável que se egotismo permitira, mesmo que suas feições demonstrassem a indiferença.Ele sabia que ela era importante para ele.

 

        _ Tudo bem_ a voz dela soara fraca, ficara muito abalada com a reação dele, "então isso significava que nunca poderia ser feliz com ele?", ela pensou.

 

        _ Eu acho melhor nos afastarmos a partir de agora.

 

        _ Entendo _ ela não conseguia esboçar nenhuma reação, não conseguia chorar, ou mesmo sair correndo dali, a única coisa que sentia era o peito apertado, não conseguindo distinguir mais as batidas de seu coração.

 

        Ele voltou a olhá-la, mas a tristeza dela era tangível. Ele retirou-se dali por não conseguir vê-la sofrer mais por sua causa. Deixou-a sozinha com seus pensamentos e suas angústias.

 

        Ela fazia parte de uma família problemática, e como todos, ela também era cheia de problemas, porém nunca gostou de desabafar suas frustrações, julgada muitas vezes por menina retraída, ela era apenas mal-compreendida.

 

        Permaneceu naquele lugar por algum tempo, poderiam ter se passado horas talvez, ela não ousou contar. Ela fez um grande esforço para não chorar, mas as lágrimas fugiam de seus olhos às vezes."Não devo chorar", dizia para si mesma, "Não posso chorar, as pessoas não podem me ver chorando".

 

        Sentiu alguém se aproximar por trás dela, "Será que ele voltou?" Não podia deixar de pensar, ela secou o rosto com as mangas do suéter, mas quando virou o rosto para se certificar, teve uma surpresa, não era seu primo ali e sim Remo, o garoto com quem fizera amizade na sua primeira semana em Hogwarts.

 

        _ Estava observando você _ blandíloquo, sentou-se ao lado dela.

 

        _ Mesmo? Por que estaria fazendo isso? _ ela achou graça da afirmação dele.

 

        _ Não sei dizer... Você me parece triste, aconteceu algo? Você está sempre tão alegre.

 

        _ Não, não aconteceu nada de mais_ ela fez um grande esforço para sorrir._ Eu posso abraçar você?

 

        _ Precisa pedir? É claro que pode baixinha.

 

        Eles permaneceram abraçados por um tempo, Adèle continuava a pensar nos acontecimentos recentes e Remo tentava entender seus sentimentos pela garota de cabelos negros, a qual o julgava como melhor amigo. Eles se entendiam extremamente bem, para Adèle Remo era uma pessoa extremamente bondosa e daria sua vida por ele. Remo era uma caixa de segredos, mas ela gostava da companhia dele, era alguém que poderia sempre conversar, e estaria sempre presente para confortá-la até mais que Jenny ou Severo.

 

        _ Remo, garanhão! Você não deixa passar uma, hein? _ eles escutaram Sírius Black dizer.

 

        _ Meu amigo aqui fala muito de você senhorita._ele se dirigira a ela dessa vez, sorrindo marotamente.

 

        _ Me desculpe, mas quem é você mesmo? _ ela fingiu não saber com quem dialogava, desvencilhando-se do abraço.

 

        _ Remo, Remo, não falou de mim para sua namoradinha? Sou Sírius Black _ ele beijou a mão dela_ e é um grande prazer conhecê-la.

 

        _ Pena que não posso dizer o mesmo _ e dirigiu-se a Remo _ Sinto muito, mas tenho que me retirar agora, até mais _ ela colocou a mochila num ombro e despediu-se dele. Lançou um olhar indiferente a Sírius e a James, que não se pronunciara, e partiu em direção ao castelo.

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo originalmente deveria ser maior, mas por conter mais de 2000 palavras eu achei melhor dividí-lo para ficar mais fácil para postar.
Beijos a todos.



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