No dia seguinte, sentei novamente do lado de Stan, Ana antrás de mim, Kenny á minha esquerda, Cartman atrás de Kenny e Kyle á esquerda de Stan.   

Wendy Testaburger não foi hoje para a escola. Ela está de castigo. Mas eu devo muito á ela.   

Nas aulas, eu, Ana e os meninos combinamos de ir para a sala de informatica no intervalo, para pesquisar no facebook quem que era Julie Lefebre e Alex Lefebvre. Eu sei que no facebook, a chance de achar meus pais são mínimas, mas eu precisava tentar.   

Quado o sinal bateu, corremos praticalmente para a  sala de informática.   

Entramos no facebook do Kenny. Encontramos várias pessoas com o sobrenome Lefebvre, mas com certeza, é por causa de um integrante da banda do Simple Plan.   

Vai ver que eu sou parente desse Sebastien Lefebvre.   

- Aqui, aqui... achei! - disse Cartman.   

- Achou? - perguntamos juntos nos aproximando da tela.   

- É, finalmente achei minha avó no facebook. Tava escondidinha, né vovó?   

- Não é a sua vó que estamos procurando, seu bundão! - gritou Kyle.   

- Estou vendo que há alguém com areia na vagina hoje.    

- EU NAO ESTOU COM AR...   

- Não grite, Kyle! - berramos todos, menos Cartman e Kyle.   

Como o Stan que estava pesquisando, eu ficava atrás dele.   

- Hey, Addie. Eu Achei um cara velho aqui, com o sobrenome Lefebvre. - disse Stan.   

Todos nos aproximamos da tela.    

- É ele mesmo... Ele é casado com... Julie Lefevbre e são igualzinhos á Addie. - disse Kyle.   

- Onde ele mora? - perguntou Ana.   

- Em Nova York. - respondeu Stan.   

- Quais são os interesses dele? - perguntou Ana.   

- Procurar ela... estranho.   

- Adicione e deixe uma mensagem assim: "Eu posso ajudar no que você procura". - disse Ana.   

- Gente, fazer essa busca no facebook é uma coisa estranha, não é? - perguntou Cartman.   

- Cartman, precisamos descubrir quem é ela e quem são os verdadeiros pais dela. - disse Ana.   

- Eu sei, eu sei... Não seria melhor se contratássemos um detetive?   

- Hum... Até que é uma boa idéia. - disse Kyle. - Passamos os dados dessa conta ao detetive, e então ele procura os Lefebvre.   

- Não, gente! - exclamei, atraindo a atenção de todos. - Vocês tem que ter paciência! Eu também amo os Miller, apesar de tudo o que eles fizeram comigo até hoje, eu fui forte e superei cada uma desses obstáculos com o carinho deles! Por favor gente! Vão mais devagar! Por favor!   

- Addie! Ainda nem começamos a investigar. - disse Ana colocando os braços no meu ombro. - Vai dar tudo certo. Confie em mim.   

- Só me prometam uma coisa... Quando descobrirmos tudo, vamos ficar BEM quietinhos e  deixar EU me rebelar, ok? - pedi.   

Todos acenaram a cabeça como um "Sim" e me abraçaram.   

- Vamos comer agora, pessoal? - perguntou Stan.   

- Vamos, vamos! Kenny, desliga o PC? - pedi.   

Kenny foi lá e desligou enquanto nós estavamos indo comer.   

Depois do intervalo, ficamos na sala, sem professor. A diretora preferiu deixar os alunos na sala enquanto ela conversava com os professores.   

E essa conversa durou duas aulas, e a última, que era de inglês, a professora deixou essa aula livre.   

Quando saí da escola, fui para o lago Starks.   

Mas a tristeza que eu sentia, era tão forte, tão forte, que nem ele conseguia acabar com essa tristeza.   

- Oi Addie! - disse Stan se sentando perto de mim com uma bacia.           - Oi Stan. - disse.   

- Eu trouxe um pedaço de torta de amora pra você. Come aí!    

Eu peguei o pedaço da torta, dei a primeira mordida e aprovei:   

- Quem fez a torta? Ela é muito boa!   

- Eu fiz.    

- Sério?!   

- Aham.   

- Parabéns! Está perfeita!   

- Obrigada.   

Dei outra grande mordida na torta.

Senti que com Stan eu fiquei muito melhor, sem substituir o meu querido Lago Starks.

- Sabe, Addie, eu tava me perguntando se você quer ir comigo assistir um filme no shopping.   

- Bom, eu tô de castigo. - disse antes de dar minha penultima mordida na torta.   

- Sacanagem... Eu queria de verdade que você fosse.   

Eu tinha que ir nesse shopping com ele, nem que seja a última coisa que eu faça nesse castigo.   

- Vamos lá em casa. - convidei dando a última mordida.   

Nos levantamos e fomos para lá.   

Quando entramos, meus pais estavam prontos para sair.   

- Filha, nós vamos ficar longe por alguns dias. - disse meu pai. - Eu contratei uma babá para ficar de olho em você. Aqui estão quinhentos dólares, use em caso de emergência.   

- Para onde vocês vão?   

- Nós vamos para o Brasil, á pedido da empresa que seu pai trabalha. - disse minha mãe.   

- Por quanto tempo?   

- No máximo, uma semana. - respondeu meu pai.   

Primeira coisa que eu pensei: chamar um detetive.   

- Ok, ok, eu vou lá estudar com o Stan. - disse. 

 - Ok, filha tchau. Desculpe por não te dar um abraço, mas já estamos atrasadissimos para o vôo. - disse minha mãe.   

Logo eles fecharam a porta.   

- Vamos Stan! Vamos contratar um detetive! - disse pegando a mão dele e saindo pela porta dos fundos.   

Corremos até chegar no centro da cidade, mas a delegacia ainda estava muito longe dali, e um taxi vazio estava do lado da calçada.   

- Com licença, senhor, poderia ir até a delegacia, correndo? - pedi.   

- Claro, claro... - respondeu ele.   

E então, fomos.   

Ao chegar, paguei cinquenta dólares para o taxista e começei a ligar para Ana, Kyle, Kenny e Cartman.   

- Hey! Crianças! O que vocês estão fazendo aqui? - perguntou o delegado.   

- Precisamos de um detetive.   

- Ok, o que vocês perderam? seus computadores é?    

Todos os policiais presentes ali riram.   

- Não. É algo relacionado com identidade. - respondi.   

- Tá bom... perdeu seu RG é? - continuou o delegado.   

- Vamos Addie, não vamos perder tempo com esse babaca! Vamos na casa da Ana! -disse Stan.   

E então, fomos. A casa da Ana era perto dali.   

- Ana... precisamos ir ao Brasil. - disse.   

- Por que?    

- Meus pais estão indo para lá.   

- Mas Addie... e a sua babá? - perguntou Stan.   

- A é... - disse. - Então eu fico, vocês vão. Qualquer descoberta, vocês me ligam e eu ligo para vocês.   

- Tá, acho melhor você voltar para casa. - disse Stan. - Ana, vamos reunir a galera, vamos pro Brasil.   

Começei a correr para casa. Apesar de estar muito distante, continuava a correr.   

Dei algumas paradas no caminho, mas continuei a correr.  

Quando cheguei, a babá estava na porta.   

- Desculpe, fui entregar um caderno a um amigo. - abri a porta e a fiz entrar.   

A baba apenas deu um sorriso como demonstração de "desculpas aceitas".   

- Vou fazer algo para você comer. - disse. - Do que você gosta?   

- Hum... que tal um bolo de chocolate?    

- Ok...   

E então, subi as escadas até chegar no porão.   

Lá encontrei apenas uma caixa,  que estava escrito "Não mexer".   

Me aproximei da caixa, lá havia meus documentos.    

Na minha certidão de nascimento antiga, estava escrito Addie Lefebvre, e que eu havia nascido em Houston. Meus pais eram Alex e Julie Lefebvre. Em uma outra certidão de nascimento mais recente, estava escrito Addie Miller, nascida em South Park e que meus pais eram Natalie e John Miller.   

Meus pais falsificaram meus documentos... Fui sequestrada com meus documentos...   

Então eu sou uma... Lefebvre?   

Mas o que aconteceu para eles me raptarem?