Safe And Sound escrita por chasseresse b
Notas iniciais do capítulo
Desculpem a demora, mas como foi postado em meu perfil, estava sem internet. Também peço desculpas pela qualidade do capítulo, mas depois de uma semana sem escrever, perdi um pouco da inspiração, e consegui pegar o jeito no fim do capítulo. O mais rápido possível postarei o próximo cap. Boa leitura.
Judith estava sentada no sofá, junto com Charlotte e Jared.
Tia Judith tinha apenas quarenta anos, mas seu olhar e sua aparência indicavam, pelo menos, cinquenta.
- São apenas perguntas de praxe – comecei, olhando para a ficha semi-incompleta. –, e não farei muitas, pois a maior parte delas já sei a resposta.
Vi que Charlotte estava sempre olhando para os lados, e de vez em quando sorria, como se tivesse alguém ali.
- Quando fora a primeira crise? – Perguntei.
- Foi em 2007. – Falou tia Judith, fechando um pouco o casaco de linho azul que ela usava. – Mellione acordou de um pesadelo, aos prantos, e gritando.
- Ficamos preocupados, mas não achamos que fosse nada. – Tio Jared completou.
- Tem como vocês me darem os detalhes? Como as reações e tudo o mais... – Pedi, anotando na ficha a data da primeira crise.
- Ela gritava que tinha alguém a segurando no colchão. Não conseguimos levantá-la. Ela só conseguia gritar. – Charlotte olhou para sua mãe com uma ponta de interrogação em seu rosto.
- Como assim, mamãe? – Ela perguntou.
- Esta não é uma conversa de crianças. – Tio Jared interrompeu. – Por que não vai na cozinha, anjinho?
- Não. Eu quero ouvir. – Ela disse, levantando do sofá e parando do meu lado. – Posso ficar aqui?
Assenti, olhando para a garotinha.
•••
Conversei com eles por cerca de duas horas. Naquele curto espaço de tempo, ouvi estalos vindos do segundo andar. Barulho de coisas se quebrando, e gritos que pareciam que jamais cessavam. Charlotte, sempre que eu ouvia os barulhos, olhava para o pé da escada e tremia um pouco.
Depois de um tempo, comecei a me sentir como se fosse observada, e Charlotte começou a pedir para que eu fosse embora, que ela estava cansada. Aceitei a sugestão da criança, e praticamente corri até a calçada.
Minha visita aos Parks estava encerrada. Agora, eu deveria rever Mellione.
•••
Peguei um táxi assim que cheguei ao centro da cidade. O hospital psiquiátrico ficava um pouco afastado da área urbana, mas nenhum taxista se negava a fazer a corrida.
- Para onde? – O taxista perguntou.
- Hospital psiquiátrico. – Respondi, tirando minha bolsa do meu ombro.
A viagem de meia hora foi feita em vinte minutos. Saí do táxi, paguei ao taxista, e andei calmamente até a porta do hospital.
Uma enfermeira – que já era minha conhecida – foi me cumprimentar assim que me viu chegando.
- Olá, Mellione, por que você está aqui? – Ela perguntou.
Entreguei a ficha a ela, e a expressão sorridente se fechou.
- Ela estava fora da lista aprovada pelo diretor. – Ela falou, me observando. – Você quer mesmo pegar esse caso?
Assenti, e pedi para que ela me levasse até o quarto de Melli.
Percorremos alguns corredores escuros. Algumas portas estavam trancadas, mas outras estavam completamente escancaradas.
- Mellione Clark está na ala mais isolada do hospital. – A enfermeira disse. Embora a conhecesse, nunca me preocupei em saber seu nome.
- Por que? – Perguntei.
- As crises dela são realmente intensas, e ela costuma assustar aos desavisados. – Ela parou em um cruzamento entre três corredores. – No fim do corredor, está o quarto da Srta. Clark. Fale com o médico. Não vou além daqui.
Comecei a andar pelo corredor que ela me apontou, estranhando a superstição da enfermeira. “Tudo bem”, eu pensei. “Há pessoas que acreditam nos mais falsos boatos que podem haver”.
No final do corredor, havia apenas a luz artificial da janela de vidro de um quarto. Um homem estava sentado numa cadeira, com um pano em sua testa.
- Com licença, eu sou Mellione Park, e esta paciente foi-me denominada... – Comecei a falar, mas o homem me interrompeu.
- A garota do curso de psiquiatria?
- Sim. – Respondi.
- Se você quiser conhecer sua paciente, eu sugiro que entre agora no quarto.
Comecei a me dirigir ao quarto, mas assim que toquei na maçaneta, me veio uma pergunta na cabeça.
- O senhor machucou a cabeça?
- Fui machucado. – O médico respondeu.
- Pelo que? – Perguntei, já curiosa.
- Por quem. Mellione Clark. Cuidado garota, ela é mais perigosa do que costumam apresentar em seus laudos médicos.
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