Safe And Sound escrita por chasseresse b


Capítulo 4
Segredos.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas como foi postado em meu perfil, estava sem internet. Também peço desculpas pela qualidade do capítulo, mas depois de uma semana sem escrever, perdi um pouco da inspiração, e consegui pegar o jeito no fim do capítulo. O mais rápido possível postarei o próximo cap. Boa leitura.



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Judith estava sentada no sofá, junto com Charlotte e Jared.

Tia Judith tinha apenas quarenta anos, mas seu olhar e sua aparência indicavam, pelo menos, cinquenta.

- São apenas perguntas de praxe – comecei, olhando para a ficha semi-incompleta. –, e não farei muitas, pois a maior parte delas já sei a resposta.

Vi que Charlotte estava sempre olhando para os lados, e de vez em quando sorria, como se tivesse alguém ali.

- Quando fora a primeira crise? – Perguntei.

- Foi em 2007. – Falou tia Judith, fechando um pouco o casaco de linho azul que ela usava. – Mellione acordou de um pesadelo, aos prantos, e gritando.

- Ficamos preocupados, mas não achamos que fosse nada. – Tio Jared completou.

- Tem como vocês me darem os detalhes? Como as reações e tudo o mais... – Pedi, anotando na ficha a data da primeira crise.

- Ela gritava que tinha alguém a segurando no colchão. Não conseguimos levantá-la. Ela só conseguia gritar. – Charlotte olhou para sua mãe com uma ponta de interrogação em seu rosto.

- Como assim, mamãe? – Ela perguntou.

- Esta não é uma conversa de crianças. – Tio Jared interrompeu. – Por que não vai na cozinha, anjinho?

- Não. Eu quero ouvir. – Ela disse, levantando do sofá e parando do meu lado. – Posso ficar aqui?

Assenti, olhando para a garotinha.

•••

Conversei com eles por cerca de duas horas. Naquele curto espaço de tempo, ouvi estalos vindos do segundo andar. Barulho de coisas se quebrando, e gritos que pareciam que jamais cessavam. Charlotte, sempre que eu ouvia os barulhos, olhava para o pé da escada e tremia um pouco.

Depois de um tempo, comecei a me sentir como se fosse observada, e Charlotte começou a pedir para que eu fosse embora, que ela estava cansada. Aceitei a sugestão da criança, e praticamente corri até a calçada.

Minha visita aos Parks estava encerrada. Agora, eu deveria rever Mellione.

•••

Peguei um táxi assim que cheguei ao centro da cidade. O hospital psiquiátrico ficava um pouco afastado da área urbana, mas nenhum taxista se negava a fazer a corrida.

- Para onde? – O taxista perguntou.

- Hospital psiquiátrico. – Respondi, tirando minha bolsa do meu ombro.

A viagem de meia hora foi feita em vinte minutos. Saí do táxi, paguei ao taxista, e andei calmamente até a porta do hospital.

Uma enfermeira – que já era minha conhecida – foi me cumprimentar assim que me viu chegando.

- Olá, Mellione, por que você está aqui? – Ela perguntou.

Entreguei a ficha a ela, e a expressão sorridente se fechou.

- Ela estava fora da lista aprovada pelo diretor. – Ela falou, me observando. – Você quer mesmo pegar esse caso?

Assenti, e pedi para que ela me levasse até o quarto de Melli.

Percorremos alguns corredores escuros. Algumas portas estavam trancadas, mas outras estavam completamente escancaradas.

- Mellione Clark está na ala mais isolada do hospital. – A enfermeira disse. Embora a conhecesse, nunca me preocupei em saber seu nome.

- Por que? – Perguntei.

- As crises dela são realmente intensas, e ela costuma assustar aos desavisados. – Ela parou em um cruzamento entre três corredores. – No fim do corredor, está o quarto da Srta. Clark. Fale com o médico. Não vou além daqui.

Comecei a andar pelo corredor que ela me apontou, estranhando a superstição da enfermeira. “Tudo bem”, eu pensei. “Há pessoas que acreditam nos mais falsos boatos que podem haver”.

No final do corredor, havia apenas a luz artificial da janela de vidro de um quarto. Um homem estava sentado numa cadeira, com um pano em sua testa.

- Com licença, eu sou Mellione Park, e esta paciente foi-me denominada... – Comecei a falar, mas o homem me interrompeu.

- A garota do curso de psiquiatria?

- Sim. – Respondi.

- Se você quiser conhecer sua paciente, eu sugiro que entre agora no quarto.

Comecei a me dirigir ao quarto, mas assim que toquei na maçaneta, me veio uma pergunta na cabeça.

- O senhor machucou a cabeça?

- Fui machucado. – O médico respondeu.

- Pelo que? – Perguntei, já curiosa.

- Por quem. Mellione Clark. Cuidado garota, ela é mais perigosa do que costumam apresentar em seus laudos médicos.


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Notas finais do capítulo

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