Já fazia 5 anos que Sora havia saído do Japão em direção à América para trabalhar no grande circo Kaleido Stage. Nesses anos que se passaram a jovem fez amizades, e começou sua caminhada em realização de seus sonhos.

Era manhã na cidade de Cape Mary, na Califórnia. Todos estavam acordando, e algumas meninas já estavam no refeitório do prédio, animadas para mais uma rotina de treinos que começaria em poucas horas. Conversavam animadamente enquanto terminavam o café da manhã, quando viram Ken se aproximar da mesa onde estavam.

- Bom dia Meninas! – o rapaz loiro cumprimentou-as.

- Bom dia! – a resposta foi unânime.

- Sente-se aqui conosco, Ken. – Sora falou indicando um lugar vago ao seu lado.

- Não, não. Obrigado! Mas eu vim aqui apenas para dizer que o Carlos quer falar com você, Sora. – Ken adiantou-se logo a responder.

- Comigo? O que será que foi dessa vez?

- Não sei, ele apenas mandou eu lhe chamar. Ele está te esperando na sala dele. – o jovem completou.

A jovem de madeixas rosadas despediu-se das amigas, e rumou em direção à sala do chefe. Devia ir logo, porque ela sabia melhor do ninguém que Carlos não gostava de ficar esperando. O chefe sempre foi de gostar das coisas na hora em que ele pede, não tolerava atrasos desnecessários. A jovem ia pensando sobre o que o dono gostaria de lhe falar, imaginava que podia ser sobre alguma próxima peça que iriam fazer, mas logo descartou essa possibilidade, pois se fosse realmente isso Mia já teria lhe dito.

Um tempinho depois, a jovem estava em frente à sala de Carlos, abriu a porta sem bater, como já era de costume dela. Adentrou na sala, e viu que ali também se encontrava Rosetta. O que será que ele queria com ela, e o que a menina de cabelos vermelhos estava fazendo ali? Mas o chefe tirou-a de seus pensamentos, ao começar a falar o porquê de ter chamado-a ali.

- Você deve está se perguntando, porque eu lhe chamei aqui! É simples. – começou Carlos, que estava sentado em sua cadeira atrás de uma grande mesa e indicava uma cadeira próxima a Rosetta para ela se sentar. – Sente-se.

Sora encaminhou-se próximo a mesa onde se encontrava a cadeira que ele havia lhe indicado. Sorriu para Rosetta que retribuiu o gesto de afeto e sentou-se.

- E qual seria o motivo para pedir que me chamassem? – a menina perguntou ao chefe tentando esconder ao máximo a ansiedade que tinha em saber o que era.

- Bom... Rosetta veio conversar comigo hoje, sobre ela ir visitar a mãe na França. – Carlos começou a explicar os fatos que antecederam a chamada dela ali. – E, me pediu que você fosse junto com ela nessa viagem. Por isso lhe chamei aqui.

Assim, que Carlos terminou de falar, Rosetta olhou para Sora com os olhinhos brilhando, de forma que não teria como a garota recusar aquele pedido.

- Vem comigo, Sora! Por favor! Não quero ir sozinha. – a garota de cabelos avermelhados pediu com os olhinhos brilhando. – E eu já conversei com Carlos sobre ele lhe dá essa viagem como férias, assim não haverá de atrapalhar em nada.

- É sim! Durante esse tempo, o Kaleido não fará peça alguma. Além do mais, que a Mia ainda está trabalhando em um roteiro e pelo que já conversamos, ela demorará por volta de um mês e meio para finalizá-lo. Então, se for da sua vontade, poderá acompanhar Rosetta nessa visita.

A jovem de madeixas rosadas olhou novamente para a garota ao seu lado. Ela estava precisando mesmo de uma folga para relaxar. Deveria admitir que aquela oferta, era bem tentadora. Poderia descansar como estava em mente, e ainda visitar um grande amigo que estava morando por lá.

- Eu vou!

A reunião terminou, e as duas garotas saíram animadas da sala de Carlos conversando sobre tudo que as esperava nessa viagem que fariam e no merecido descanso. Foram conversando até chegarem ao primeiro ginásio do prédio, onde se encontrava Anna, Mia e May que estavam fazendo seus treinos de rotina. Sora cumprimentou as meninas e foi logo contando sobre a viagem que iria fazer junto com Rosetta. Depois se despediu delas e rumou para o terceiro ginásio, onde ela havia marcado com Leon para treinarem.

- Desculpe a demora, jovem Leon. – a menina foi logo se desculpando, sabia que ele também não gostava de atrasos. – O Carlos mandou me chamar na sala dele.

- Tudo bem! – o jovem disse, enquanto se soltava do trapézio e caía sobre a rede de segurança, e depois descendo ao chão. – E o que Carlos queria?

- Ah! É que a Rosetta quer visitar a mãe, e ele me pediu que a acompanhasse. Ela não quer ir sozinha. – respondeu com um sorriso, como era de costume. - Mas, você está zangado comigo por ter me atrasado? - De repente, a moça percebe que o jovem já estava à sua frente, como ele conseguia ser tão rápido ela não fazia idéia, pensava que devia ser pelos treinos que requeriam agilidade e assim ele adotou isso até nas coisas normais em que fazia. Sentiu a face se aquecer ao sentir, ele se aproximar mais de si.

- Não se preocupe você já se explicou. Diante disso, como poderia ficar zangado. – ele respondeu-lhe com a voz suave, e porque não dizer diferente da de costume. Sentiu a face se aquecer mais, ao ouvir o que ele acabara de dizer, ainda não estava acostumada com a mudança repentina de atitude com que ele tinha para com ela. Muitas vezes achava que ele poderia ter mudado com todos, mas percebeu que isso era uma coisa que não havia acontecido do mesmo jeito que com si havia. Estava certo que já havia um ano que ele começara a mudar daquele jeito, mas isso ainda não era motivo para ela se acostumar tão rápido.

- Ah! Vamos começar a treinar. – a jovem disse se afastando do rapaz. Estava completamente sem graça com toda aquela aproximação dele, não podia negar que aquela mudança dele a afetara demais, mais do que ela gostaria que afetasse. O rapaz de longas madeixas prateadas sentiu-se um tanto decepcionado com a atitude dela. Será que ele estava sendo precipitado demais? Será que ela não estava sentindo o mesmo que há algum tempo, ele vinha sentindo? Essas perguntas infelizmente ficavam sem resposta e ele tentava encontrá-las em algum gesto dela para com ele.

Rendido a ela, eles começaram a treinar. Ele não podia insistir demais, ele poderia acabar assustando-a e fazendo com que se afastasse, iria sofrer demais se algo desse sentido viesse a acontecer e ele fosse o maior culpado. E ali, naquele ginásio, ficaram longas horas treinando até a hora do almoço.

Assim que terminaram de treinar, Sora se despediu de Leon e foi até seu dormitório tomar uma merecida ducha, precisava relaxar um pouco. Desde quando ela se sentia tão estranha na presença dele como se sentiu nas horas que se passaram. Como podia aquele que fora tão arrogante com ela e com todos, agora estar lhe causando tamanho efeito. Balançou a cabeça freneticamente para os lados, tinha que parar de ficar pensando nisso se não ia acabar se atrapalhando em tudo que tinha que fazer, e isso realmente não seria nada muito agradável. Assim que chegou a seu dormitório, jogou-se na cama antes de ir para o banheiro.

- Vejo que treinou muito hoje, Sora! – o espírito do palco apareceu ao lado de Sora.

- É sim. Treinar com o jovem Leon nunca é moleza. – a menina declarou. Realmente aquilo tinha que se tornar uma verdade universal. Leon não dava descanso e nem pegava leve quando o assunto era treino, daí vinha toda aquela forma que ele mantinha.

O espírito do palco começou a fazer uns movimentos com as mãos e entre elas fez surgir um globo azulado, onde ele começou a analisar com o semblante sério.

- A flecha de Sagitário está sendo duramente retesada, mas seu destino é incerto. Escorpião está completamente inquieto, enquanto Peixe aumenta seu brilho a cada hora que passa, e Leão diante disso terá seu brilho ofuscado.

- E o que isso significa? – a garota de madeixas rosadas estava confusa diante daquela declaração de Fool, não entendia nada quando ele falava daquela maneira. Será que ele não podia ser um pouco mais explicativo e chegar logo ao ponto? Com certeza não.

- Algo está para acontecer em sua vida, e isso irá mudar muito tudo à sua volta. E só depende de você contornar a situação. – Fool termina de explicar, percebe que a jovem não entendeu muito, mas com o tempo ela entenderá. – Sora, você está exausta. Tome um banho!

- Eu vou sim. – quando escutou a jovem dizer tais palavras seus olhos brilharam, para depois se ofuscarem ao sentir-se preso por uma corda e guardado dentro de uma gaveta trancada com chave.

- Que vida cruel! – o espírito do palco resmungou dentro da gaveta. – Você é muito má!

A garota ignorou completamente o que Fool dizia, e foi em direção ao banheiro tomar seu merecido banho. Logo após terminá-lo e se vestir, saiu de seu dormitório e foi em direção ao de Rosetta pretendendo encontrá-la lá. Por sorte, ao se aproximar, viu a mesma já saindo.

- Rosetta! Rosetta! – a jovem chamou, tentando atrair a atenção.

- Ah sim! – virou-se automaticamente para onde vinha a voz que lhe chamava, ao deparar-se com a amiga japonesa. – Ah! Oi Sora, quer falar comigo?

Aproximou-se da menina, com um largo sorriso estampado na face. Realmente estava feliz em ter encontrado ela ali, isso a poupava de ter que procurá-la por todo o estabelecimento.

- Sim, é que eu havia se esquecido de uma coisa. – as duas começaram a andar pelo corredor enquanto conversavam. – Quando e que horas nós partimos para Paris?

- Ah sim, é nesta quinta-feira. Aproximadamente dois dias, e pegaremos o avião às 13 horas.

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Paris...

Já havia um bom tempo que estava enfurnado naquela sala, mas não pretendia sair dali. Não antes de terminar de pintar aquele quadro. A exposição de suas obras aconteceria no próximo sábado, e, portanto ele teria exatos quatro dias para finalizar todas as peças que seriam expostas. Tentou continuar a pintar, mas o cansaço de sua mente pedia um bom e merecido descanso. Estava naquele ritmo fazia 5 dias, cinco longos dias em que não via a movimentação da cidade, a não ser pelo noticiário da TV. Largou o pincel que usava e foi direto ao banheiro tomar uma ducha, tentar desanuviar um pouco a mente.

Ficou parado em baixo do chuveiro, deixando que a água caísse sobre si, como se assim ela dispersasse seus pensamentos. Pensamentos que estavam tirando seu sono. - O que será que ela está fazendo? Como eu queria poder vê-la, pelo menos mais uma vez. - Desde o dia que ele decidira voltar para a França, não conseguia tirá-la dos pensamentos, a visão daquele anjo pequeno e frágil atormentava-lhe e deixava-o inquieto.

- Sora...

Ao terminar seu banho, enrolou a toalha em sua cintura e foi para seu quarto com o intuito de se trocar, quando escutou o celular tocar. Foi até a escrivaninha onde o aparelho estava, pegou-o e olhou para a tela para saber quem lhe ligava naquele momento. Estancou-se ao ver o nome daquela que vagava em seus pensamentos tirando-lhe o sono, não conseguia acreditar naquilo que via. Atendeu o celular rapidamente, a ansiedade de escutar aquela voz naquela hora, era mais do que se podia imaginar.

- Alô! – ele disse, esperando que ela pudesse se pronunciar.

- Jovem Yuri? – a garota do outro lado perguntou. Tinha certeza que o celular era dele, mas se sentia tentada a perguntar só por garantia.

- Sim? – sentiu o coração disparar quando reconheceu aquela melodiosa voz, era ela mesmo. Não tinha como ser outra, somente ela lhe chamava de Jovem Yuri.

- Espero não estar ligando numa má hora! – ela começou, só agora imaginando que ele podia estar fazendo algo e aquela ligação o atrapalharia.

- Você não me atrapalha, Sora! – ao dizer o nome dela, sentiu um choque passar por seu corpo. Ainda não acreditava que estava falando com a dona de seus pensamentos. – Ah que se deve essa ligação?

- Ah sim! Eu liguei para saber como você está já faz tempo que não nos falamos. – a moça começou, não sabia ao certo como abordar o assunto que iria comentar com ele. Não podia ser tão direta e dizer que estava indo pra França na sexta. Mas às vezes a vida nos faz ser cara-de-pau.

- Eu estou muito bem. – se estivesse sendo avaliado nessa hora, tiraria um grande 10 no quesito mentira. Mas não podia simplesmente dizer a ela que estava louco para vê-la. E que essa distância entre os dois estava matando-o.

- E... Tem mais uma coisa. – ela continuou a falar. Tinha que dizer a ele. Havia ligado para lhe dar a notícia da visita, e não podia desligar o telefone sem contar para ele. – Estarei indo para França, quinta-feira.

O coração de Yuri não se conteve. Ao a ouvirela dizer que viria para o país onde se encontrava fez com que um choque passasse por todo seu corpo, chegando ao coração. Não conseguia acreditar que aquilo que mais desejava fosse acontecer tudo aquilo só podia ser um sonho e que logo ele acordaria e veria que tudo foi apenas um sonho.

Sora percebeu que a linha ficou muda, sentiu-se inquieta com aquele silêncio. Realmente aquela não fora uma boa hora para ligar e nem uma boa notícia para dar. O que fazia pensar que ele poderia ficar feliz em vê-la? Sentia-se triste por ter ligado. Mas de repente escutou o jovem se pronunciar do outro lado da linha, e seu coração se encheu novamente de esperança ao ouvir ele.

- Isso é maravilhoso! Sábado acontece à exposição de minhas obras na galeria “Belas Artes”, eu ficaria honrado se você pudesse me acompanhar nesse evento tão relevante para mim.

- Eu ficaria honrada em lhe acompanhar.

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Cape Mary...

Desligou o telefone ao terminar de falar com ele, não sabia ao certo porque, mas sentia uma felicidade interior extrema. Ele estava feliz com a ida dela para lá, e até já a havia convidado para acompanhá-lo na exposição das obras dele. Sentia-se extasiada com o convite. Levantou-se da cama onde estava deitada, abriu o guarda-roupa. Tinha que começar a arrumar as malas, e escolher o melhor vestido para usar na noite de sábado.

Enquanto pensava em quais roupas levaria, ouviu alguém bater à porta.

- Já vou! – foi em direção à porta. Assim que ela abriu, May entrou e já foi logo se sentando na beirada da cama da acrobata.

- Quer dizer que você vai viajar e não pretendia me contar? – questionou-a, estava indignada de saber que Sora iria viajar e ela tivera que saber por terceiros. Tudo bem que elas não eram grandes amigas, mas pelo menos estavam tendo um relacionamento de amizade estável.

- Eu vou sim! Mas eu pretendia contar, mas é que ainda não associei a idéia. – a menina se desculpou, não queria que May ficasse sentida com ela por ainda não ter lhe contado.

- Hum, tudo bem! Só não repita mais isso. – a acrobata de madeixas escuras repreendeu Sora. – Mas então? O que pretende levar para a viagem?

- Ainda não sei! Mas preciso levar algo para sair. O Jovem Yuri me convidou para acompanhá-lo em sua exposição de quadros. – falava inocentemente para a moça ao seu lado, quando de repente se vê sozinha no quarto. May havia saído logo depois que ela falara que iria acompanhar Yuri.

- Quem a entende... – deu um suspiro e voltou a pensar no que levar para a viagem.

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Logo após escutar Sora dizer que iria acompanhar Yuri, May sai em disparada para o quarto de Sarah. Se Sora ia a uma exposição, tinha que estar belíssima. Chegando a frente ao dormitório da cantora, May bate na porta e se afasta um pouco, pois sempre é recebida na porta de uma forma estranha por Sarah.

Assim que a cantora abriu a porta, May quase caiu no chão ao ver ela vestida de vaquinha. Não conseguia entender como ela poderia ser daquele jeito, mas certas coisas não têm explicação.

- Olá May!Muu... A que devo sua visita? Muu... – abriu um largo sorriso para a moça a sua porta. May ao ouvir o “muu” que ela pronunciou surgiu uma gota em sua cabeça.

- Eu vim aqui, porque preciso de uma ajuda! – ela começou, tinha que ajudar Sora a ir belíssima para aquela exposição e arrasar todas lá. Aliás, ela era a estrela do Kaleido Star e tinha que mostrar seu brilho. – A Sora vai acompanhar o Yuri numa exposição em Paris, e queria uma ajuda para deixá-la belíssima.

- É pra já! – Sarah falou com uma animação muito típica dela. – Entre May. Só vou procurar aonde eu guardei aquele vestido.

May adentrou no dormitório de Sarah, e foi em direção a uma mesinha que tinha e se sentou em uma cadeira, esperando a cantora achar o vestido que estava procurando.

Alguns minutos depois, a acrobata escuta um grito vindo do local que Sarah havia entrado e conclui que ela havia achado e vai até lá. Mas quando chega onde ela está se depara com uma Sarah abraçando uma vaquinha de pelúcia. Não conseguia entender como ela conseguia ser tão excêntrica.

 Mais um tempinho depois, a cantora acha o famoso vestido. Ele era um vestido longo de cetim rosa com um cinto de fivela em formato de estrela, direcionado no canto logo abaixo do seio esquerdo, bordado de strass. Era estilo “tomara que caia” e bem justo, de forma a contornar levemente a silhueta. Era um vestido digno de uma miss.

As duas, depois de examinarem e aprovarem o vestido vão em direção ao dormitório de Sora. Precisavam ajudá-la com as roupas que iria levar. Chegaram lá, abriram a porta e depararam com um quarto de “pernas pro ar”. Tinha roupas jogadas de um lado, roupas jogadas de outro e uma Sora perdida no meio delas. Foram adentrando no quarto, não sabiam como uma única garota conseguia fazer tamanha bagunça.

Encontraram Sora, que estava deitada na cama com as mãos no rosto. Estavam numa situação no mínimo engraçada e embaraçosa, era um a zero para as roupas.

- Oi meninas, não se assustem com a bagunça! – exclamou a acrobata que ainda estava deitada na cama.

- Ah! Quanto a isso não se preocupe. – a cantora foi logo respondendo. Ela já estava acostumada com certas bagunças assim, principalmente quando era ela a ter que fazer as malas.

- Sora, trouxemos uma coisa que você vai adorar! – a acrobata de cabelos escuros falou animadamente. Ela estava mais feliz do que a própria amiga que estava para viajar.

A garota de cabelos rosados levantou da cama e olhou fixamente para as duas a sua frente. Elas estavam com algo que ela iria adorar. Não sabia por que, mas elas falarem isso dava em Sora um frio na barriga. Talvez porque podia esperar qualquer coisa de uma dessas.

- E... O que seria? – se atreveu em perguntar. Mas tinha medo da resposta que viria a seguir.

- Um vestido! – assim que terminou de falar, a cantora retirou o vestido da caixa onde ele estava e mostrou para a acrobata.

- Uau! Não tenho palavras pra descrever tamanha beleza. – a jovem estava vidrada naquele vestido, nunca tinha visto algo tão belo. Ele era muito delicado e bem trabalhado.

- É sim, ele é magnífico. – Sarah olhou para o vestido e deu um sorriso de orgulho. – E você o usará.

- Eu? – a jovem estancou. Não podia acreditar no que a cantora estava dizendo, ela só podia estar delirando. Ela usaria aonde?

- Sim! Você usará na exposição de quadros da galeria “Belas Artes”.

A jovem ficou maravilhada. Realmente estava precisando de algo para vestir, pois não tinha nada que pudesse usar numa exposição como aquela seria. Ficou toda feliz e foi logo provar o vestido e que por sinal ficou perfeito, e se adequou perfeitamente as curvas delicadas do corpo de Sora.

Depois de admirarem o vestido, juntas começaram a escolher quais seriam as roupas que a menina levaria para lá. Ela tinha que está bem vestida, estaria em contato com pessoas muitos ricas e muitas ali talentosas e agora ela fazia parte desse mundo. O mundo das estrelas.

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Era uma quinta-feira de despedidas, triste. A estrela do Kaleido estava indo em uma viagem com Rosetta. Teria um merecido de descanso, apesar de que treinar era o que ela mais gostava de fazer. Estavam todos os seus amigos ali. Anna, Mia, May, Marion, Yonathan, Sarah e Ken. Eles sabiam que durante aquele mês e meio, ela faria falta. Muita falta.

- Está com tudo aí né? Não esqueceu nada? – novamente May a alertava.

- Está tudo aqui! Não se preocupe May, eu ficarei bem. – a jovem falava com a voz suave e cautelosa.

- Vamos sentir sua falta nesse tempo. Vê se volta logo hein... – dessa vez foi Mia. A escritora do circo estava segurando o choro. Tinha que se mostrar forte, não queria deixar a amiga triste. Ela teria que ir lá e se divertir muito.

- Também sentirei a falta de vocês! Mas pode deixar que eu ligo.

Todos se despediram da acrobata. Logo depois a última chamada para o vôo que ela e Rosetta iriam foi dada e lá foram elas. Deixando os amigos nos Estados Unidos e rumando para a França. E elas não imaginavam que muitas coisas iriam mudar depois daquela viagem.

CONTINUA...