POV. Elisa

Saímos da escola mais cedo porque um professor faltou. 

-Venha, vou te levar a um lugar. –ele falou segurando minha mão e me puxando pra dentro da floresta.

-Onde estamos indo? –perguntei deixando que ele me carregasse por entre as arvores.

Andamos pelo que pareciam minutos quando chegamos a uma grande clareira onde a luz do Sol batia inteira nela.

Jake me puxou para o centro da clareira e se sentou no chão fazendo com que eu me sentasse ao seu lado.

   -Você conhece as lendas quileutes? –ele perguntou olhando em direção a floresta.

-Não, mais o que isso tem haver com o que você vai contar? –perguntei olhando pra ele.

-Tudo. Tem uma lenda que vem acontecendo com todos os meninos da reserva.

-Qual?

-Liss você acredita em lobisomens e vampiros? –ele perguntou isso como se fosse à coisa mais comum do mundo.

-Não, mais se existisse eu queria ver um. –eu falei suspirando, vi ele rir.

-Cuidado com o que deseja porque pode ter um lobisomem do seu lado! –ele falou brincalhão, sorri também e depois paralisei. O que ele quis dizer com isso?

-Quer me dizer alguma coisa com isso? –perguntei me sentando ereta.

-A lenda diz que sempre que chegam novos vampiros na região nós garotos na puberdade se transformam, começa com uma febre bem alta que parece que faz nosso corpo ferver, quando nos transformamos sempre que ficamos irritados começamos a tremer como se entrássemos em convulsão! –depois que ele falou isso me lembrei de como ele estava tremendo na sala de aula quando o Zack falou comigo e de como a pele dele é quente.

-Está me dizendo que você é um lobisomem? –perguntei esbugalhando os olhos.

-Na verdade um transformo.

-Sinto muito Jake mais isso é aquele tipo de coisa que “só acredito vendo”! – falei.

   Ele suspirou e se levantou andando um pouco e parando na minha frente.

-O que foi? –perguntei quando vi começar a tirar a camisa, ofeguei quando vi o peito malhado dele. Então ele começou a tirar a bermuda ficando só de boxer.

-Jake, o que está fazendo? –eu disse nervosa e olhando para todos os lados menos na direção dele que agora estava tirando a cueca.

   Escutei a risada dele e depois escutei como algo explodindo. Virei-me e fiquei em choque quando vi um lobo enorme e castanho arruivado que estava me olhando meio triste.

Levantei-me e olhei pra ele.

-Quer dizer que você ficou pelado na minha frente pra me mostrar que é um lobo!! Não podia simplesmente ir pra floresta e se transformar!? –gritei com ele, ok eu estava louca gritando com um lobo.

O lobo abaixou a cabeça, mais suspirei e me aproximei dele colocando a mão em seu pelo.

-Desculpa, não queria gritar com você, é só que a gente não vê isso todo dia. Peraí foi isso que o Paul queria dizer com guardas da floresta? E é por isso que vocês comem que nem loucos? –ele assentiu com a cabeça. –Dá pra, por favor, se transformar de volta, é estranho falar com um lobo, e vá pra floresta!

Escutei a risada canina dele, e ele pegou a roupa com a boca e correu pra floresta.

   Deitei-me na grama e fechei os olhos. Quem diria o garoto que eu amo ser um lobisomem!  Senti um corpo quente em cima de mim e abri os olhos sorrindo, o corpo dele estava sobre o meu e ele estava com o rosto um pouco preocupado. Ele saiu de cima de mim e se deitou ao meu lado.

-O que está achando dessa loucura toda? –ele perguntou acariciando meu rosto.

-É estranho, mais quando se ama alguém não existe diferenças. –eu disse dando um selinho nele.

-Tem outra coisa pra eu te contar. –ele falou se sentando e me puxando pro colo dele.

-O que? –falei beijando sua bochecha.

-Sabe o que é imprinting? –ele falou um pouco temeroso.

-Não, o que é?

-É uma coisa de lobisomem, é quando achamos nossa alma gêmea, nossa cara metade a tampa da nossa panela, o sangue das nossas veias...

-Ok chega, acho que já entendi! – ele riu. –Quer dizer que eu sou sua alma gêmea? –perguntei sorrindo.

-Tive isso com você quando te vi na praia. O que você acha disso? –ele perguntou.

-Own! Que fofo! Eu acho lindo! –falei me levantando e pondo a mão na altura do coração.

Ele se levantou e me puxou para um beijo.

-Elisa Oliveira, você aceita namorar comigo? –ele perguntou fazendo uma carinha de cachorro que caiu da mudança.

Sorri e falei.

-É claro! –ele me levantou e me beijou acho que esse é o melhor dia da minha vida.