Projeto Genoma escrita por SevenMonkey


Capítulo 8
(Lyrian) Capitulo 7- Não ficarei para trás


Notas iniciais do capítulo

Bem galera a "segunda" parte da luta do Om, agora estamos na parte so porrada da historia xD
boa leitura



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Estava testemunhando pela primeira vez como era perigoso e terrível o mundo fora dos muros, mas isso não me faria parar, sairia da cidade a qualquer custo e conheceria o mundo e mais, faria tudo isso ao lado de Om. Ele estava disparado na minha frente muitas vezes o perdi de vista, mas o reencontrava toda vez que ele era obrigado a parar e lutar com algum monstro.

            Para qualquer lado que eu olhava era ou monstros devorando e esquartejando humanos, ou humanos matando monstros. A areia sob nossos pés rapidamente estava sendo tingida de vermelho com tamanha brutalidade, porém eu passava despercebida, uma ou outra vez foi atacada, mas consegui me livrar quando a atenção deles era desviada por um disparo perdido que os atingia.

            Houve uma hora que me perdi de Om, não o encontrava de jeito nenhum, mas tive a impressão de que ele continuara a seguir em frente, então não desviei da rota, continuei correndo até que me deparo com ele lutando de igual para igual com um lobisomem. Eles desferiam golpes um no outro sem piedade, pensei em ajuda-lo de novo, mas fiquei sem reação, não conseguia fazer nada além de encarar aquela cena, até que finalmente Om decapita o lobisomem e volta a correr.

            Após recuperar os sentidos volto a correr atrás dele, sinto que Om estava perdendo velocidade, pois agora conseguia acompanha-lo mais fácil, algumas vezes o percebo se incomodar com alguma coisa, mas logo ele se recupera e continua correr. Logo o alcançaria, porém algo me parou. Ao olhar de relance para minha direita vi algo que não acreditei a uns poucos passos de distância vi Hojyn, um amigo meu, parceiro de roubo até resolver se alistar para o exercito. Ele era apenas um ano mais velho do que eu, sempre fora desajeitado e agora o via arriscando o seu pescoço no meio desses monstros.

            Ele estava seriamente em desvantagem, dois vampiros o haviam cercado, ele parecia desesperado, tentava se defender o melhor possível, mas os vampiros eram mais rápidos do que ele podia acompanhar. Corri até ele, apontei para um dos vampiros e disparei, mas o acertei de raspão, ele me encarou, soltou uma espécie de urro e pulou para cima de mim, mas agora estava preparada com um movimento rápido, pulo para o lado me esquivando dele.

            Hojyn olha perplexo para mim enquanto me aproximo dele, colo minhas costas a dele assim protegendo um a retaguarda do outro.

            -O que você está fazendo aqui Lyrian? – Disse ele em desaprovação e nervoso comigo.           - Esse lugar não é brincadeira!

            - Poderia ao menos agradecer! Mas se quer saber não vim para esse pesadelo por quer quis ou a mando do exercito. Estou aqui por causa de um acordo.

            -Acordo? Que acordo?

            Nesse exato momento os dois vampiros pulam, um de cada lado, em nossa direção. Hojyn com um giro de sua espada corta de forma superficial um deles, o fazendo recuar e ficar pronto para um próximo ataque.

             Eu disparo um virote na direção do outro,  acerto onde presumo ser o seu estômago. Ele cai de lado, mas logo fica de pé. Percebo que esse ataque o afetou bastante, ele tenta retirar o virote, mas não consegue. Às pontas de uma flecha ou virotes são projetados de forma que a parte posterior de suas pontas tenha a forma de ganchos para que fique presa na carne e dificulte a sua retirada (você só pode retira-lo de duas formas ou faz atravessar por completo ou corta a carne em volta do local a onde atingiu.) ele então quebra o cabo para que não dificulte seus movimentos.

            -Sabe essa não é uma boa hora para isso! –Falo guardando a besta e retirando as duas adagas, a besta não seria muito útil nesse combate. - Se não percebeu estamos no meio de uma luta!

            -Como nos velhos tempos.

            Ele parte para cima do vampiro que o atacara, eu o imito, enfrentando o outro, mesmo ferido ele não parecia ter dificuldade de desviar dos meus golpes. Isso me incomodava sempre me considerei e foi considerada pelos bandidos da cidade como a melhor em combates, seja a distancia, ou corpo a corpo, mas para aquele vampiro talvez eu não passasse de uma criança. Girava e desferia vários golpes contra seu rosto e peito, mas ele sempre desviava. Até que ao movimentar meu braço da esquerda para direita contra sua cabeça, esperava corta-lo como Om cortara outro que me atacara antes, mas ele desviou se abaixando, então tomando impulso ele se projeta para cima de mim me agarrando nos ombros e me derrubando no chão.

            Bati a cabeça no chão, antes de qualquer reação o vampiro aproxima do meu rosto e grita, fazendo respingar em meu rosto sangue e baba. Logo ele cravaria aquelas presas em minha carne, tinha que fazer algo e rápido.

            Pensa Lyrian, deve ter um jeito de se livrar desse demônio, então me lembrei da ferida que causei em seu estomago, quando ele ergue a cabeça fazendo o movimento para me abocanhar, rapidamente levantei a perna dando uma joelhada em seu estomago, exatamente no ponto que o atingi com o virote. Ele da um urro de dor e acaba me soltando, agora era minha chance, giro a minha adaga e com o movimento rápido a cravo seu pescoço, agora ele não conseguia gritar, mas se engasgava enquanto tentava emitir algum som.

            Não ia arriscar, usei a outra adaga para cravá-la em sua testa, ele para de se movimentar, estava morto.

            Retiro as adagas e jogo o corpo para o lado, me ponho de pé a tempo para ver Hojyn fazendo um movimento de corte de cima para baixo enterrando sua espada no crânio do outro vampiro, porém ele teve mais azar do que eu seu braço esquerdo estava sagrando. Corro até ele preocupada, se aquilo fosse uma mordida... nem quero pensar nisso. Quando me aproximo ele guarda a espada e tampa a ferida com a outra mão

            -Você esta bem? –Pergunta ele quando me aproximo, forçava um sorriso, o suor escorria pelo seu rosto, só agora percebi, que nesse tempo todo que não o via, desde que se alistou, ele ganhara muitas cicatrizes.

            -Eu? É você que está com problemas aqui! Ele te...

            -Foi só um arranhão. Vamos vou te levar de volta antes que acabe virando janta.

            Quando ele falou isso acabei me lembrando do Om e do verdadeiro motivo de eu estar nessa loucura toda.

            -Não! Eu não posso ir agora, estou com um amigo eu devo me juntar a ele.

            -E para onde ele foi?

            Agora estava na duvida, olho em volta, mas não o encontro. Procuro um ponto de referencia, mas era muita confusão estourando a minha volta, então observei a cidade a certa distancia, sendo assim dei um giro ate a cidade ficar a minhas costas, era um palpite, mas tinha certeza de que Om permaneceu em linha reta.

            -Para lá naquela direção!

            -Tem certeza?

            Bem certeza e uma palavra muito forte, mas minha intuição me dizia que eu o acharia se seguisse em linha reta naquela direção.

            -sim tenho.

            -Então vamos, não vou deixa-la andar sozinho no meio de todos esses monstros!

            Corri sempre me mantendo nessa direção, Hojyn me acompanhava. Não consegui parar de me preocupar com seu braço, se aquilo fosse uma mordida ele estaria perdido. Algumas vezes aparecia um mostro bloqueando o nosso caminho, mas eu e Hojyn conseguíamos nos livrar deles, corremos por alguns minutos até que saímos do meio de toda aquela confusão. Agora a preocupação apertava mais ainda meu peito, será que Om pegou outro caminho, será que ele foi pego desprevenido por algum monstro? Já estava pronta para me enfiar no meio daquele derramamento de sangue novamente quando Hojyn fala.

            -O que é aquilo?

            Olho para onde ele estava apontando e vejo reflexo vindo por entre duas formações rochosas não muito longe de onde estávamos. Será que ele estava ali? Não custava nada ir lá olhar. Com passos velozes vou me aproximando, com Hojyn ao meu lado quando nós dois escutamos um grito de raiva. “     AGORA CHEGA” com certeza esse era o Om, definitivamente era ele, quando me viro para falar com Hojyn me apavoro. Um Verme vem rastejando rapidamente em nossa direção, Hojyn percebe minha expressão de terror, saca sua espada e vira bem a tempo de desfirir um golpe certeiro na cabeça do bicho que o desorienta.

            -Vai eu seguro ele!

            -Mas...

            -ANDA! VAI LOGO.

            Detenho-me por um momento enquanto vejo Hojyn enfrentar o verme que se enrola como uma cobra pronto para abocanha-lo. Fecho os olhos e viro em direção as rochas, corro com toda força e não me permito olhar para traz só continuo correndo até onde Om está.

            Quando me aproximo me deparo com Om pulando em direção a um bicho que eu nunca vi antes. Om faz um movimento com a espada pronto para corta a cabeça do monstro que parecia atordoado, mas ele parece se recuperar, agachando-se para desviar do golpe de Om. Num contra ataque ele chuta a barriga de Om que se afasta, mas não cai no chão. O monstro pula e faz o mesmo movimento contra Om que desvia se movimentando para trás, logo ele recebe outro ataque só que dessa vez são garras em vez de lamina, Om não consegue desviar a tempo desse golpe, e acaba tendo o rosto rasgado por quatro garras abaixo do olho.

            -Por que você luta ao lado desses humanos. –fala o monstro irritado e ofegante. –Eles nunca vão aceita-lo quando descobrirem o que você realmente é!

            -Não fale como se soubesse o que eu realmente sou! –Fala Om, sua voz parecia tranquila, mas podia notar a raiva nela. –Sou muito para seu pequeno cérebro entender!

            -O que importa é que você não é humano, e eles vão lhe desprezar assim como fizeram comigo! –Opa que historia e essa? Não me lembro de uma aberração dessas andando pelas ruas. - Junte-se a mim e vamos matar esses desperdícios de carne.

            Agora estava preocupada, já percebi que Om não era humano, mas ele não era um monstro, mas será que eu poderia esta enganada? Ele poderia estar só precisando de uma desculpa para nos atacar, afinal presenciei varias vezes nesse dia que ele detestava a companhia humana, mas logo meus temores se mostraram errados.

            -O bicho feio, tô pouco interessado no que eles fizeram para você. Não tenho interesse em fazer uma campanha contra humanos, na verdade a existência deles me facilita na hora de arranjar algumas coisas. Mas você está me arranjando problema antes mesmo de nos conhecer, você acha mesmo que vou trabalhar com você?

            Om se prepara para desferir outro golpe, mas o monstro enfia a mão no bolso e retira um objeto, parecia um cano pequeno e branco. Ele o leva ate a boca e antes de assopra-lo ele fala “você não me deixa escolha.”

            Quando ele assopra esperava ouvir alguma coisa, qualquer coisa, mas não escuto nada, porém Om ouvia. Na verdade aquilo parecia lhe ferir, ele larga a espada e novamente leva a mão aos ouvidos, se ajoelha e se contorce enquanto grita de dor. Agora eu entendia o que estava acontecendo, o tal som que ele falara antes via dessa flauta e por algum motivo, nós não podíamos ouvir, mas Om sim e isso o machucava. Não, não permitiria isso continuar. Saco novamente a besta e aponto para flauta, aperto o gatilho. O virote voa em direção acertando o alvo ferindo de raspão o rosto do bicho, que grita de dor, largando a flauta que com o impacto voa. Om se recupera e olha atordoado para todas as direções, mas ao observa o monstros gritar de dor enquanto esfrega o rosto e depois me observa próxima às rochas onde eles estavam lutando. Ele compreende a situação.

            Após dar um sorriso para mim, ele pula na direção do monstro, mas não o ataca, vai em direção à flauta que estava quase alcançando o chão.


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Notas finais do capítulo

por favor não me mate so por que eu terminei desse jeito xD
prometo q no proximo isso vai ser concluido, e você veram uma coisa sobre o Ômega que eu pessoalmente adoro no heroi de uma historia.



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