Só acordei no dia seguinte, 9h da manhã, com uma mensagem da minha mãe dizendo ‘’Filha mais tarde me ligue para avisar como está a viagem! Beijos, te amo’’, bom... Mais tarde né, porque em 1h eu tinha que estar na lanchonete. Lavei meu rosto, dei um jeito no meu cabelo e coloquei um shorts branco, uma blusa preta dos Beatles e um all star vermelho. É, acho que tava bom. Quando olhei no relógio já eram 10min pras 10h, então era melhor eu sai já porque não lembrava direito onde era a lanchonete. Depois de um tempo andando, cheguei à lanchonete 20min atrasada. Quando entrei, logo vi Louis no mesmo banco que o vi pela primeira vez, ele estava conversando com o garçom. Estava vestindo uma calça bege dobrada na ponta, um sapato branco e uma camisa listrada branca e vermelha. Lindo, como sempre.

Assim que eu entrei, ele logo olhou pra mim e deu um sorriso, acho que fiquei vermelha na hora, porque eu me senti corar.

–Pensei que você não vinha mais, que bom que você apareceu, se não... – ele me deu um beijo na bochecha.

–Se não?

–Bom, você estaria ferrada. - Louis disse, querendo parecer sério.

–Ahhhh é mesmo? – eu disse fingindo que ia embora.

–Ta, chega disso. – ele me puxou e me deu um abraço, minha cabeça ficava exatamente em seu peito, isso era aconchegante.

–Mas então, ta tudo certo? –perguntei me sentando no banco do lado dele.

–Sim, mais que certo, eu diria.

–E como foi a entrevista ontem?-disse isso logo depois de pedir minha comida, a mesma do outro dia.

–Foi legal, as mesmas perguntas de sempre, depois de um tempo a gente vai decorando as respostas – quando falou isso, deu um sorrisinho.

–Ah, sim, essa vida de famoso... –eu parei de falar assim que vi a comida, notei que estava morrendo de fome. Comecei a comer assim que o garçom colocou o prato no balcão.

–E como foi sua saída com o Harry ontem?-seria aquilo ciúmes?

–Ah, foi boa, estava precisando conversar com alguém.- não sei se aquilo saiu grosso demais, ou se ele pensou que eu não podia conversar com ele...

–Que bom! Harry é uma boa pessoa para ouvir, a melhor que eu conheço até hoje.-ele começou a me observar comendo- você tava com fome mesmo né?

Quando ele disse isso, com certeza fiquei vermelha, pois quando olhei para o meu prato, já estava vazio.

–É... estava né?- constrangedor? Naaaaada! – ahhhhhh, e a festa de hoje?

–Verdade! Então, houve uma mudança e ela foi adiada para amanhã, eu te busco as 21h na sua casa e nós vamos pra lá umas 22h, tudo bem?

–Sim, ótimo, eu precisava de mais um dia para comprar uma roupa mesmo. Mas por que você vai me buscar as 21h se nós vamos as 22h?

–Ah, é melhor você vir para minha casa antes para sairmos sem pressa e tudo mais... – espera aí.

–Ah, claro, entendi. – tirei um chiclete do bolso e coloquei na boca. Ele ficou olhando.

Logo depois disso ele pegou minha mão e me guiou até a parte da lanchonete onde tinham os banheiros e uma porta, onde parecia ser um armário, acho que para os empregados. Ele me puxou para dentro daquela porta, me puxou pela cintura para mais perto dele e cochichou:

–Se você quiser que eu pare, pode falar.

E começou a me beijar. E não foi só um selinho. Coloquei minha mão na nuca dele e correspondi o beijo. Ele manteve a mão na minha cintura acariciando-a o tempo todo, enquanto continuava com a mão na nuca dele, as vezes passando para as costas. Nós dois queríamos aquilo, e aquele era o momento perfeito. Foda-se o lugar, estava tudo perfeito. Foi o melhor beijo de todos, sem duvida.

Quando paramos olhamos um para a cara do outro e rimos. Saímos de lá e fomos para a porta da lanchonete.

–Eu te ligo mais tarde, tenta não sentir tanto a minha falta – e me deu um selinho.

–Vai ser difícil, mas vou me esforçar.- eu disse rindo.