Sex, Universe, And Rock N Roll escrita por Jonathan Bemol, Roli Cruz


Capítulo 19
When the Saints Go Marching In


Notas iniciais do capítulo

Bem, o título não tem quase nada a ver, mas tudo bem...
Enfim, espero que gostem deste, tem uma critica a... bem, será que conto? Enfim, tem uma critica a religião, pronto falei u.u kkkk
Ia dedicar esse cap, mas como ele fala de sujeira pegaria mal :/ ahushauhsaush fica pro próximo!
Boa leitura!



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Douglas e James demoraram um pouco para convencer Caroline a entrar na nave. Ela queria mesmo fazer as pessoas se rebelarem contra aquele político, mas não teve sucesso. Eles estavam muito ocupados em nascer e morrer.

                - Mas eles têm de parar de fazer isso! – dizia Caroline enquanto Douglas a empurrava pra dentro da nave.

                - Eles podem se virar sozinhos, agora precisamos ir!

                Já dentro da nave, James analisava aquele aspirador que iriam usar para limpar a sujeira.

                - Será que é muita sujeira que vamos limpar? – perguntou James, olhando para o aspirador.

                - Acho que não, deve ser apenas um pequeno estábulo. Procure alguma coisa no Guia! – disse Douglas, jogando o Guia do Mochileiro para James.

                James o pegou, e digitou “Estábulos e Augias”. Como sempre, uma animação simples passava e uma voz narrava:

                “Os estábulos de Augias são considerados uma das coisas mais sujas da galáxia. São grandes campos abertos cheios de cavalos e alguns bois que não fazem nada além de ‘produzir sujeira’ por assim dizer. Estes estábulos foram limpos apenas 2 vezes em toda a história, primeiro pelo grande Hércules, e depois por Percy Jackson. Depois desses heróis, nunca mais foram limpos.

                Mas os cavalos é claro, precisavam de mais e mais espaço para fazer as suas necessidades. Logo eles fizeram rebeliões, protestos, e conseguiram mais e mais espaço livre e limpo, que sujariam em apenas em alguns instantes. Num belo dia de sol, alguns políticos passaram perto daqueles estábulos, e viram toda aquela imundície. Eles indagaram-se:

                - Isto não pode ficar assim! Vejam quanto esterco! Vamos fazer alguma coisa!

                Logo, o presidente daquele planeta colocou todos os animais em uma nave, e transferiu-os para outro planeta, maior e mais limpo. Naquele planeta, os cavalos e bois desenvolveram uma grande civilização baseada em imundície. Essa civilização reina até hoje.

                Já, onde ficavam os antigos estábulos, os políticos aproveitaram que só tinha lixo e esterco lá, e construíram um novo Congresso Nacional do planeta.”

                - Douglas... o planeta pro qual estamos indo é muito grande? – perguntou James.

                - Sim, muito grande. Do tamanho de umas 400 ou 500 Terras!

                - É que o planeta inteiro é feito de sujeira!

                - Veremos! – disse Douglas.

                - E aqueles velhinhos ficaram lá nascendo e morrendo... – lamentava-se Caroline.

                A nave deixava a lua, e aproximava-se do grande planeta. Dava pra ver como ele era grande e sujo. Os professores já estavam tendo enjôos antes mesmo de chegarem lá.

                A nave pousou, e a porta se abriu. Os humanos sentiram um cheiro insuportável, que nem vale a pena ser descrito. Mas era absolutamente ruim.

                - Acho que tem algumas mascaras aqui na nave! Deixa eu ver... – disse Douglas, e foi procurar as mascaras. Quando encontrou, e colocaram-nas, foi um grande alivio.

                - Agora vamos! James pegue o aspirador! – disse Douglas.

                - Eu? Por quê? Pega você esse troço!

                - Por que você é quem estava mais curioso. Agora vamos!

                James foi obrigado a pegar o aspirador mesmo. Mas não reclamou muito, pois o objeto tinha rodinhas, e o professor ia apenas o puxando.

                A primeira palavra que os humanos disseram quando viram como era aquele mundo foi: “sujeira”. Era igual a uma cidade Greco-Romana, com templos brancos e estradas que estavam vazias. Aliás, os templos eram originalmente brancos, pois agora estavam extremamente de cor marrom por conta da sujeira. Tudo era sujo, e tinha “lixo” espalhado por todas as partes. Apesar de tudo aquilo, eles conseguiam ouvir jazz como música de fundo. Não sabiam de onde vinha aquela música, mas era baixinha e não parava.

                - Isto é... Louis Armstrong? – perguntou James

                - Acho que sim... – disse Caroline, tentando ouvir melhor a música – a música é Mack The Knife...

                - Não importa o que está tocando! – disse Douglas - O que importa é como vamos limpar tudo isso daqui!?

                - Provavelmente vamos levar milênios para limpar tudo – disse Caroline.

                - Milênios? – Douglas riu – Bilhões e bilhões de milênios!

                - Abaixem-se! – disse James, fazendo todos ficarem atrás de uma pedra.

                - O que foi James? – perguntou Douglas.

                - Olhe! – o professor apontou para o meio da estrada. Tinha uma pequena tropa de 10 cavalos passando. Eles trotavam como se fossem policiais, e olhavam de um lado para o outro. De repente viram a nave de Douglas.

                - Keepin’ Out Of Mischief Now – disse Caroline baixinho.

                - O que?

                - É a música que está tocando no fundo – James ficou olhando para ela, e em seguida perguntou para Douglas:

                - O que é que vamos fazer?

                - Deixa que eu falo com eles! – disse Douglas levantando-se. Ele se aproximou dos cavalos, que olharam para ele e fizeram uma cara de fúria.

                - Saudações amiguinhos! Nós viemos de muito longe para...

                - Cale a boca! – gritou um dos cavalos. Ele logo viu James e Caroline escondidos atrás da pedra também, e disse – vamos levar esses humanos para executá-los!

                Eles tentaram fugir, mas sem saber como, os cavalos conseguiram amarrá-los em suas garupas.

***

                Os cavalos iam carregando-os pela cidade. Os humanos viam como tudo era sujo e emporcalhado. As plantas estavam todas mortas e secas. E conforme iam conhecendo a cidade, mais cavalos apareciam. Eles eram todos marrons com os olhos vermelhos. E não importava por onde eles andassem, sempre tocava um jazz como música de fundo. Uma hora, Caroline disse:

                - “When the Saints Go Marching In” é a música. Essa é legal…

                - Eu não sabia que você gostava de Louis Armstrong! – disse James.

                - Calem a boca! – gritou um dos cavalos.

                Chegaram a um prédio grande de aspecto romano. Tinha uma placa dourada na frente onde estava escrito “Oráculo, Senado & Tribunal” e haviam pequenas placas de madeira improvisadas pregadas na maior dourada. Nelas estava escrito “Templo, Ágora, Congresso, Assembléia Nacional, Parlamento”.

                Eles adentraram no edifício, e passaram por várias salas. Dentro era tão sujo quanto fora, havia lixo por todos os cantos. Até que chegaram a uma enorme sala circular, igual a um tribunal. Havia um juiz, testemunhas, guardas e tudo mais. Só que todos eram cavalos sujos é claro. Os três humanos foram deixados no meio da sala, e o juiz cavalo começou a falar:

                - Abrimos agora a sessão de... – mas ele foi interrompido por Caroline, que apontou para cima da cabeça dele e disse:

                - Vocês louvam armas?!

                James então percebeu, que estava pendurado na parede atrás do juiz uma metralhadora. E em outros lugares também tinham pregados outras armas como revolveres, facas, espadas, e até cadeiras elétricas.

                - É, sim, é por meio delas que vamos alcançar a Grande Salvação Divina – disse o juiz – E daqui a pouco vamos devorar o nosso deus.

                - Louvar armas, instrumentos de tortura, devorar deus, aonde já se viu... – resmungou James, e Douglas logo disse:

                - James, isso é feito direto na Terra! Como você nunca viu? – disse Douglas, mas James não entendeu direito.

                - Ordem! – disse o juiz – Danem-se os costumes, eu só quero saber o que vocês estão fazendo aqui!?

                - Vossa santidade – disse Douglas, mas logo percebeu que tinha falado errado – quer dizer, vossa alteza? Ah sim, meritíssimo, nós viemos aqui para limpar todo este planeta! Nós fomos mandados pelos deuses do Olimpo para destruir e acabar com a sujeira! E tem mais... – mas ele não conseguiu continuar.

                O teto do lugar onde eles estavam estourou. Uma coisa grande o havia quebrado por fora. O lugar se encheu de poeira, e viram que era a nave de Douglas que havia entrado no recinto. O lugar era grande mesmo, e a nave pousou em um canto.

                - O que é isso?! – gritou o juiz.

                A porta da nave se abriu, e lá estava Marvin.

                - Vamos logo? Apareceram uns cavalos, e eles estavam me importunando.

                Douglas e Caroline não pensaram duas vezes, correram para dentro da nave. Mas James lembrou que se fugissem, não cumpriram a tarefa de acabar com a sujeira. Tinham de limpar tudo.

                - Douglas! Temos de cumprir a tarefa! – gritou James, em meio a cavalos que corriam pra lá e pra cá.

                - Não tem como!

                Então James lembrou de quando estavam lutando com Gerion, para salvar a internet.

                “- Sim! Eu irei... cof cof! – ele estava mesmo rouco e tossindo muito – Eu irei destruir todo esse computador e o planeta em que ele está! Esta... cof cof! Esta bomba aqui – ele tirou de trás de uma asa uma bomba do tamanho de um sapato – vai destruir todo esse computador e o planeta, se a Internet... cof! Se a Internet não cooperar.”

                A bomba que Douglas pegou de Gerion, e agora carregava em sua bolsa era capaz de destruir um planeta inteiro. E a missão era acabarem com a sujeira. Se explodissem tudo, não ia restar nada, nem sujeira. James começou a gritar para Douglas dar a bomba à ele. Depois de um tempo ele se convenceu e deu a bomba para James.

                O professor a pegou, clicou em um monte de botões que ele não sabia pra que serviam. Então apareceu no espaço do cronometro alguns números que James não conseguia identificar. Ele se tocou que a bomba já estava armada, deixou-a por ali mesmo, e correu para dentro da nave, que decolou logo depois.

***

                Os quatro homens comiam suas sopas. Estavam ruins, mas só tinha aquilo mesmo. A uns instantes, uma mulher loira e muito bela havia falado com eles. Veio com um papo de revolução, que eles não podiam aceitar o governo daquele político, e que deviam se rebelar.

                - Aquela mulher era louca mesmo – disse um deles.

                - Com certeza. Não precisamos de nada além de comida e de diversão não é?

                - É verdade. Mas um plano de saúde cairia bem!

                - E uma câmera de vídeo.

                Eles fizeram silencio e ficaram olhando para as sopas.

                - Mas... nós temos direito à plano de saúde! Pelo menos eu acho...

                - É, e eu bem que queria uma câmera de vídeo.

                - Vamos pedir para o presidente!

                - Não! Sempre que alguém pede algo pra ele, um guarda vem e espanca o individuo.

                - Mas vamos nos unir! Vamos fazer uma grande revolução para conseguirmos planos de saúde e câmeras de vídeo! Fale com a outra mesa!

                O velho falou com os outros velhos da outra mesa, que falaram com outros que falaram com outros.

                Logo, ao redor da cama do político Retornulum Louviquom, haviam milhares de velhos gritando que queriam planos de saúde e câmeras de vídeo. Os policias não tinham conseguido dar conta de espancar todos.

                Mas assim que eles haviam feito uma placa em que estaria escrito “Saúde e Câmeras já!” toda aquela lua em que estavam explodiu, junto com o planeta fedorento que ela rodava.


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Notas finais do capítulo

Bom? Gostaram?
Será que nossos queridos humanos conseguiram fugir a tempo? :O
Será que explodir o planeta era a solução correta?
Será que os deuses vão aceitar isso?
Será que... enfim, acho que acabaram os mistérios kkkkk
Reviews?
Até o próximo!