- O que?! – Harry gritou, assim que eu disse a ele sobre o Brit. Já com a roupa trocada, saí do banheiro e olhei para ele, revirando os olhos. – Você não vai ao Brit com o Bieber. Brit + Bieber = dane-se, mas Brit + Bieber + Aria = acidente terrível em que Bieber cai do palco e morre.

- Harry! – eu disse, dando um tapa no braço dele e rindo. – O Scooter disse que eu só vou cantar com ele, não fique assim, eu vou entrar com você, sentar do seu lado e te beijar no tapete vermelho.

Eu disse, colocando as mãos envolta do pescoço dele e mexendo em seus cachinhos. Ele sorriu e passou as mãos pela minha cintura indo me beijar.

- NO, Jimmy protested! – Louis disse, jogando uma almofada na minha cabeça, fazendo com nós nos separássemos. Comecei a rir junto com os garotos e Harry olhou para Louis com um olhar mortal. – O que essa louca fez com você, Curly? Eu sou sua mulher, venha até aqui agora!

Ele disse, fingindo chorar, nesse momento nenhum de nós resistiu e todos começamos a rir.

Assim que entramos no carro para voltar para casa, Harry me puxou e sussurrou no meu ouvido.

- Quando você for escolher a roupa pode me ligar. – ele disse, mordendo minha orelha. Me afastei dele corada e olhei para ele com raiva, todos no carro riram.

[..........]

Não faço a mínima ideia de que dia é hoje, mas sei que são 8:45hrs e eu estou em uma loja idiota de vestidos com Danielle e Eleanor.

- Podemos ir para casa? – perguntei pela milésima vez do dia.

- Não até alguém escolher uma roupa para a premiação. – Eleanor disse, como se fosse minha mãe, colocando as mãos na cintura. Tentei me sentar no sofá da loja e abrir meus olhos para ela, colocando as mãos para apoiar a cabeça, de um jeito ou de outro, parecia como se eu tivesse tomado um porre ontem.

- Eu vou de moletom, ta ótimo. – disse, dando de ombros e me levantando para ir embora.

- Não mesmo, você vai cantar com Justin Bieber e entrar com Harry Styles e quer ir de moletom pro Brit? – Dani perguntou (gritou) para mim. – Anda, só se levante e finja que concorda com o que nós dissemos e prove os vestidos que nós te dermos.

Elas já tinham escolhido suas roupas e agora só faltava eu, depois de provar muitos vestidos, encontrei um lindo dourado longo, não achei que fosse gostar por ser muito brilhoso, mas acabei adorando.

- É esse! – elas disseram juntas, sorri para elas e fomos pagar tudo para, finalmente, ir para casa. Voltei as minhas roupas normais, já que os dias londrinos iam ficando piores. Puxei minha jaqueta pelos braços sentindo o quão frio estava do lado de fora. Alguns paparazzi tiraram fotos minhas e das meninas, nós três nos despedimos enquanto elas foram para a casa dos garotos, como habitual e eu resolvi voltar para casa para deixar as roupas lá (comer).

- Olha, olha, quem é vivo sempre aparece não é mesmo? – perguntou Josh cinicamente encostado na porta de entrada da minha casa. Olhei para ele sem mesmo me preocupar em tirar os olhos. Não estava assustada em ver seu rosto, afinal de contas, era um garoto bonito e eu estava acostumada a ver seu rosto na televisão.

- Eu que o diga não é, Hutcherson? – perguntei, enquanto afastava ele para chegar até a porta. – Parece que alguém ainda não entendeu que distancia deve ser respeitada, não?

Ele somente riu sem humor e colocou as mãos no bolso, logo depois olhando para mim sério.

- A coisa é que, eu preciso falar com você. – ele disse, olhando para mim, arqueei as sobrancelhas, como assim ele vem até minha casa e me aborda na rua para me obrigar a falar com ele. – Agora, não vou te sequestrar, muito menos agora que você é... a famosa Sra. Styles.

- Então era só isso desde o início? – perguntei rindo secamente. Ele continuou seguindo cada um dos meus movimentos com os olhos, para qualquer outra fã, talvez ele fosse normal, mas para mim, que sabia do que ele era capaz, Josh era só mais um doente. – Será que não pode me deixar em paz? Segui com minha vida em frente, Josh, e sugiro que você faça o mesmo, afinal já fazem seis anos! – falei, dando ênfase e puxando meu braço com força, voltando a caminhas em direção a porta, quando Josh puxou meu braço e me puxou até seu carro, me jogando lá dentro e fechando a porta. – Ai!

- Tentei ser calmo, mas alguém está ficando cada vez mais abusada, não é mesmo? – ele perguntou, passando os dedos pelo meu rosto. Afastei os mesmo com pressa e nojo.

- Não me toque, Josh ou...

- Ou o que? Eu tenho você nas mãos, não sabe disso? É só eu começar a falar e você fica quietinha e faz o que eu mando. Mas vamos dizer que hoje estou num bom dia e prefiro esperar mais um pouco para que a recompensa seja mais... – ele disse, pegando uma mecha solta do meu cabelo. - ... valiosa.

- Sinto nojo de você e de tudo o que está fazendo. – eu disse, num sussurro fraco e inútil. Josh só deu de ombros como se não se importasse e revirou os olhos.

- Só vim aqui avisar que não desisti de você e que ainda estou de olho. – ele disse, estudando cada canto do meu corpo enquanto eu queria desesperadamente desaparecer. – E que nos veremos em breve no Brit.

- Até então. – eu disse, rancorosamente saindo do carro de Josh, que arrancou rapidamente depois de eu ter entrado em casa. Aquele desgraçado. Procurei na minha bolsa meu maço de cigarros e acendi tudo rapidamente. Amassei o cigarro no fim e olhei em volta. Joguei um vidro com um buque de flores no chão. – Desgraçado!

A questão era que, eu e Josh costumávamos sair a seis anos no colegial, só que ele nunca aprovou minha amizade com Ian e sempre foi muito ciumento. Acabamos terminando quando ele precisou se mudar, mas ele continuava me ameaçando, até que uns anos depois ele apareceu na minha casa com uma faca e ameaçou me matar se eu não fugisse com ele. Alguns dos vizinhos acabou chamando a polícia, mas por ele ser rico e famoso acabou se safando.

Andei até minha geladeira e procurei pela primeira garrafa de vinho que vi, peguei-a sem taças e um abre-rolhas qualquer na gaveta. Caminhei com a garrafa até enfrente a lareira e sentei ali no chão bebendo metade do líquido. De novo aquele doente desgraçado ia estragar meu relacionamento. Ele era o porque de eu nunca me aproximar de ninguém e continuar sempre me afastando.

Flashback on

- Quero que saiba – Josh disse, resistindo enquanto ia sendo levado para a viatura – Que eu sempre vou estar por perto. Mesmo quando você não me vir, eu vou estar lá, e que, não importa com quem você saia, você ainda pertence a mim, e uma hora ou outra eu vou voltar para buscá-la.

- Você é doente. – eu disse, abraçada a Ian, enquanto escondia meu rosto assustado no peito do meu professor. Josh deu uma risada seca e deu de ombros.

- Talvez eu seja, mas quem se importa? – os policiais o arrastaram para a viatura e ele sorriu sinistramente para mim. Apenas virei a cabeça e tentei ignorar a ameaça. Ele seria capaz de me seguir?

Flashback off

Me deitei no chão com as sete garrafas vazias de vinho que eu havia tirado de lugares misteriosos da minha casa. Minha cabeça havia começado a girar, com um cigarro aceso entre os dedos indicadores e médio, comecei a rir sozinha pelo efeito da bebida.

- Margaret, você está aí? – ouvi Justin perguntar, assim que ele caminhou um pouco mais e me viu, se surpreendeu e em um movimento rápido, se jogou no chão ao meu lado e tirou o cigarro dos meus dedos. – Meus Deus, o que aconteceu, Aria?

- Relaxa, Drew, parece que nunca bebeu na vida. – eu disse, fechando os olhos e fazendo um grande esforço para me manter acordada.

- Claro que já, mas o que você tem na cabeça?

- Nesse momento, muito vinho, cerveja, tequila e cigarro. – eu disse, rindo enquanto me contorcia sem motivos no chão.

- Ai Deus, vem, levanta. – ele disse, me fazendo ficar apoiada nos ombros dele. – Você precisa tomar um banho para acordar.

- Ui, você vai comigo? – perguntei já meio (muito) bêbada. Ele somente riu, e me arrastou até o banheiro, tentando catar uma toalha. Ele tirou minha jaqueta, meu coturno, meu anel e me colocou na banheira de blusa e jeans.

- Vou sair e deixar você tomar banho. – ele disse, quando notei, vi que não parecia eu ali, no meu corpo vivendo tudo isso, mas sim, uma pessoa de fora assistindo o que acontecia. E essa pessoa de fora disse coisas esquisitas que ela não deceria dizer.

- Ah, vem comigo. – eu disse, puxando Justin pela camisa fazendo-o cair sobre mim. Nós dois começamos e rir e ele se sentou no canto oposto a mim na banheira.

- Harold vai matar você, Margaret, e acho bem feito, me jogou dentro de uma banheira. – ele disse, espremendo o cabelo, fazendo um pouco da água escorrer. Ficamos conversando um pouco mais e ele saiu, me deixando terminar de tomar meu banho. Saí, me vesti e fui para meu quarto encontrando Justin sentado na minha cama olhando para mim e segurando duas aspirinas.

- Obrigada. – disse, tomando os remédios de sua mão. Ele olhou para mim e sorriu.

- Tudo bem. – ele disse, passando as mãos pelos cabelos. – Quero que saiba que pode contar comigo, não importa o que.

- Por que está dizendo isso? – perguntei franzindo o cenho, agora podia sentir a bebida saindo e o banho gelado fazendo efeito.

- Por que vi Josh Hutcherson puxando você até um carro. – ele disse, olhando para mim. – Não gostei da ideia dele te machucar, você é minha melhor amiga e só eu posso fazer isso.

Não consegui achar respostas para aquilo, só o fato de Justin ter se preocupado comigo, uma pessoa que ele não conhecia nem a dois meses, foi enorme para mim. Sentei em seu colo e o abracei com força, ele riu e me abraçou de volta, de repente, senti meus sentidos ficando meio conturbados.

- Aria, sério, qual é... – ouvir Justin dizer mas não conseguia abrir os olhos de tanto sono.