Kanto - A Jornada escrita por warick


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Um capitulo um pouco maior que o normal



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Capitulo 4 – Pewter, batalha de ginásio.

- E agora você irá me mostrar o caminho mais rápido para Pewter não? – perguntou ela com uma cara de “não me contrarie”.

- Claro – respondi totalmente assustado.

Mulheres sabem ser intimidadoras.

Sair de Palet foi rápido, as pessoas ainda me olhavam curiosas, mas isso não me incomodava tanto quanto antes.

- Onde fica esse atalho? – perguntou ela curiosa.

- Você tem certeza que quer pegar o atalho? Geralmente os treinadores ficam algum tempo na Floresta de Viridian treinando os seus pokémons, aprendendo novas técnicas e conhecendo eles.

Ela ficou um pouco quieta, pensando.

- Isso é verdade..., mas  eu prefiro estar na frente deles de qualquer maneira, então me mostra o atalho logo.

Eu sorri, essa garota não tinha jeito mesmo, ela era competitiva demais.

- Vamos então, o atalho geralmente fica perto de Viridian.

- Geralmente? – perguntou ela confusa.

- Você vai entender quando chegarmos.

Passamos pela route 1 com tranquilidade, achamos alguns pokémons selvagens, a maioria deles fugiu quando nos viu, alguns tentaram proteger seu território nos atacando, deixei que a Eloise cuidar deles, mas não era fácil ver uma batalha tão chata, era ataque, depois esquiva, ataque de novo e um ultimo golpe para desmaiar o inimigo, era sempre assim.

Geralmente quando eu passava por ali todos os pokémons se escondiam pois sabiam a força do meu Growlithe, para ajudar a minha parceira eu retornei ele e o Pidgey para as pokebolas.

 Um ratata entrou na nossa frente rosnando para nós, isso já estava chato demais.

- Vence logo ele, que senão só chegaremos em Viridian de noite.

- Certo. Vai Squirtle, use investida.

A tartaruga jogou o corpo contra o rato, mas ele desviou rapidamente e contra atacou com uma mordida no braço do Squirtle.

- Use pistola de agua.

Um pequeno, mas poderoso, jato da agua saiu da boca do Squirtle e acertou bem entre os olhos do Ratata, soltando o roedor do braço e mandando ele para longe.

- Esse dali é bem resistente. – comentei quando vi o Ratata se levantando.

Quando conseguiu se levantar ele usou o ataque rápido, como a Eloise não tinha muita experiência de batalha ela não conseguiu comandar o pokémon dela para qualquer reação, o ataque acertou em cheio e mandou o Squirtle um pouco para trás e deixou  ele desorientado.

Ratata vinha em mais um ataque rápido, mas dessa vez ouve alguma tentativa de defesa.

- Squirtle se esconda.

Por causa do ultimo ataque a tartaruga estava confusa, mas por sorte ou por ter ouvido a treinadora, recolheu a cabeça e os membros para dentro da casca, mesmo assim ela sentiu o golpe, mas não ficou desorientada de novo.

O Ratata era forte e resistente, mas não tinha um senso de estratégia muito bom, pois usou mais uma vez o ataque rápido, dessa vez a Eloise usou uma das melhores estratégias de defesa, o ataque.

- Receba ele com um giro rápido.

Ratata ficou surpreso com a nova ordem, eu acho que ele tinha pensado que se funcionou 2 vezes a terceira também iria funcionar, com a velocidade que ele estava juntando com a do giro rápido o Ratata ficou fora de combate.

- Será que eu devo capturar? – perguntou Eloise.

- Não sou eu que devo decidir isso. – respondi. – Mas na minha opinião deve, porque esse ai parece ser muito mais forte do que a maioria.

Ela pegou uma pokebola dentro da mochila e jogou no Ratata, a bola nem balançou na captura.

- Minha primeira captura! – gritou e ficou pulando e comemorando, o pokémon dela se juntou a festa.

Balancei a cabeça, isso realmente era constrangedor, e recomecei a andar, só depois de algum tempo ela percebeu que eu não estava por perto e começou a correr atrás de mim.

- Espera ai! – quando me alcançou, ela se apoiou nos joelhos e ofegou por algum tempo. – Você tem que me esperar enquanto eu comemoro. – falou com raiva.

- Sedentária, maluca e bipolar, uma bela companheira de viagem que eu arranjei. – resmunguei.

- O que foi que você disse? – perguntou com um olhar assassino.

- Nada não, a minha boca está fechada que nem um tumulo. – respondi rapidamente.

- Acho bom.

O resto do caminho foi fácil, sem nenhum pokémon atacando e não encontramos nenhum treinador, quando avistamos a cidade de Viridian entrei na floresta.

- O que foi? A cidade é logo ali. – falou Eloise confusa.

- Eu disse que ficava perto de Viridian e não dentro.

Andei três ou quatro minutos, com a Eloise me xingando, até chegar em uma clareira, coloquei dois dedos na boca e assoviei alto.

- Para que isso?

- Estou chamando ele. – falei soltando o Pidgey.

- Ele?

Um barulho de asas batendo surgiu, olhamos para cima e um enorme pássaro estava pousando descendo em nossa direção, ele tinha uma linda plumagem colorida na cabeça, asas de pelo menos dois metros e temíveis garras.

A Eloise olhava espantada para o gigante pokémon, Pidgey não fez cerimonia, foi logo para perto do pai, parecia que ele estava contando o que aconteceu até agora.

- Eloise, quero te apresentar o “atalho”, mais conhecido como Pidgeot. – falei me aproximando do pássaro. – Pode nos levar até Pewter? – perguntei para o pokémon.

- Pidgeot! Pidgeot. – falou assentindo.

- Vamos? – perguntei para a minha amiga.

Ela ainda olhava espantada, quase sem fala, depois de algum tempo ela conseguiu se recuperar para dizer:

- Vamos nele?

- Claro, bem mais rápido do que ir andando, você não acha? – perguntei rindo.

Ela concordou balançando a cabeça, ela ainda estava atordoada por ver um pokémon tão forte e tão perto.

- Só não tenta capturar ele, ele é muito forte para o seu Squirtle.

Eu realmente não devia ter falado isso, pois os olhos dela, antes que estavam arregalados de surpresa, estavam em fúria, ela só não fez nada pois o Pidgeot fez um barulho alto que assustou ela.

- Vamos? – perguntei de novo.

- Não é perigoso?

- Faço isso desde os meus sete anos, claro que não é perigoso.

Essa foi a frase chave para que ela aceitasse ir, se eu podia fazer, porque ela não?

- Eu vou primeiro e depois eu te ajudo a subir.

- Por que eu não posso ir primeiro?

- Porque quem sobe primeiro vai na frente. – falei rolando os olhos.

- E porque eu não posso ir na frente? – perguntou nervosa.

- Pense garota, se você for na frente eu vou ir atrás de você, você gostaria que eu ficasse colado atrás de você e com os meus braços na tua cintura? – perguntei virando os olhos.

Ela corou, ficou mais vermelha que pimentão, pelo jeito ela não tinha pensado nisso.

- Esquece, não vou mais. – falou em tom decidido.

- Não era você que queria passar dos outros? – perguntei incrédulo – Você está com medo de voar?

Ela ficou mais vermelha ainda e estava com aquele olhar demoníaco.

- Calma, era só brincadeira. – tentei amansar a fera.

Ela respirou profundamente e se acalmou, devia ter pensado que se me matasse ela não iria ter carona.

- Vamos logo então. – bufou ela.

- Desculpa por isso, amigão. – falei dando uns tapinhas amigáveis nas costas do pássaro.

Subi no pescoço dele e depois ajudei a Eloise a subir atrás de mim, ela ainda estava bufando muito.

- Pronta?

- Não.

- Então segure bem firme em mim e tente prender as pernas bem forte em torno do pescoço, não se preocupe que ele não sente essas coisas. – informei.  – Pronta agora?

- Acho que sim.

- Voe, Pidgeot.

Com um bater de asas ele decolou, subiu pelo menos uns 4 metros. Por causa da subida brusca, a Eloise quase caiu do meio de transporte, só não caiu pois se segurou com muita força em mim, quase me matando asfixiado.

- Eu quase caí!!! – gritou a passageira me apertando mais ainda.

- Não se preocupe, só precisa ter cuidado na subida e na decida o resto é fácil. Fica calma e aproveite a viagem.

Aos poucos ela foi se soltando e apreciando a paisagem, nós passamos pela cidade de Viridian rapidamente e começamos a passar pela floresta.

Eu amava voar, era a melhor sensação do mundo, você poder desafiar as leis da gravidade, poder subir e descer rapidamente fazer loops (que não fizemos dessa vez por causa da passageira), o vento no rosto, só não gostava muito quando o Pidgeot queria se mostrar e entrava na velocidade supersônica, ele combinava os ataques agilidade, ataque rapido e velocidade extrema, com isso ele ficava rápido o suficiente para quebrar a barreira do som e ficar assim por alguns segundos.

Sobrevoando a floresta vimos muitos pokémons, a maioria insetos, alguns treinadores aqui e ali, era engraçado ver o Pidgey voando do lado de seu pai, o tamanho era muito diferente, ele parecia uma miniatura.

A viagem de Pallet para Viridian demorava uma ou duas horas, dependendo da velocidade da pessoa, a de Viridian para Pewter demorava de um dia e meio a três, dependendo se o treinador queria treinar os seus pokémons ou não.

Por causa do Pidgeot a viagem que demoraria no mínimo um dia e meio, demorou uma hora.

Pidgeot pousou em uma clareira a menos de cinco minutos da entrada da cidade.

- Obrigado amigão. – falei fazendo carinho embaixo do queixo dele.

- Pidgeot! - falou se despedindo, ele bateu as asas e saiu voando.

- Essa viagem foi legal. – disse Eloise. – Mas estou toda dolorida.

Ela tinha que reclamar.

- Olha pelo lado bom, você já está perto de conseguir a sua primeira insígnia.

Ela concordou com a cabeça, parecia que ela estava pensando em algo.

- Vou entrar na floresta e treinar o meu Squirtle para a batalha de ginásio. – disse indo para dentro da floresta. – Nos encontramos de noite no centro pokémon! – gritou.

Como eu não iria batalhar contra o líder de ginásio fui dar uma volta na cidade, liberei Growlithe para ir comigo, como Pidgey estava um pouco cansado por seu pai forçar um pouco o ritmo na vinda retornei ele para a pokebola.

Eu sempre me impressionava em como todas as atividades econômicas daqui eram tão dependentes de pokémons, perfumes feito de pokémons, energia elétrica vinda de pokémons, construtores sendo pokémons,... Os maiores entretenimentos eram batalhas oficias e apresentações de coordenadores.

Fazia tempo que eu não vinha para Pewter, eu dependia do Pidgeot para vir e para voltar, era sempre muito bom vir para cá, eu tinha alguns amigos, mas que agora já tinham saído para a jornada deles, era estranho a maioria dos meus amigos terem saído nas jornadas, geralmente as crianças na idade certa ainda dependem muito dos pais e não saem tão cedo para a jornada, elas vão para a escola, depois de algum tempo na escola elas se acostumam e não saem mais para a jornada ou algumas crianças saem para a jornada e voltam alguns dias depois por ser muito difícil se acostumar com isso.

Eu realmente achava que a maioria das garotas iria ser do tipo de ir para a jornada e voltar alguns dias depois, mas depois de observar melhor os treinadores que passava por perto do orfanato eu vi que os garotos eram os mais despreparados para a viagem, eles eram os que mais desistiam, as garotas quando decidiam sair para a viagem já arrumavam tudo, se preparavam melhor psicologicamente e principalmente elas eram mais maduras para saber se conseguiriam aguentar a jornada ou iriam desistir se tentassem.

Quando o céu escureceu fui direto para o centro pokémon, por sorte encontrei Eloise na porta, a roupa dela estava um pouco estragada e molhada em algumas partes, ela parecia satisfeita.

- O treino foi bom? – perguntei.

Ela se assustou, parecia que não tinha notado minha presença ali.

- Foi ótimo, que tal pegarmos um quarto? Eu estou realmente morta de cansaço.

Entregamos as nossas pokeagendas para a atendente para nos registrar ali, nos centros pokémons precisava-se pagar para passar uma noite, a não ser que você fosse um treinador, a estadia do treinador era paga pelo governo que arrecadava 10% dos lucros dos torneios de treinadores, torneios de top coordenadores,..., para bancar as estadias dos jovens treinadores que não podiam pagar um lugar melhor, mas para ter o direito a isso, o treinador teria que participar de pelo menos três torneios ou lutar com três diferentes Líderes de ginásio.

Esse era um bom incentivo para os novos treinadores continuarem suas jornadas e com regras o suficientes para que quase nenhum desocupado use um titulo de treinador para poder dormir sem pagar.

Os quartos do centro pokémons eram sempre divididos entre dois ou mais treinadores, você podia ter a sorte, como nós tivemos agora, de conseguir um quarto que caiba todos os seus companheiros de viagem ou que caia com uma pessoa legal em outro quarto.

  Fomos para o quarto, que consistia em uma cama beliche, um pequeno armário e um pequeno banheiro, até que era um quarto bom.

Eloise foi tomar o banho primeiro, enquanto isso eu analisava o que eu tinha que comprar no dia seguinte. Precisava de: mantimentos, um saco de dormir, comida para os pokémons, duas ou tres pokebolas, dois antídotos, duas poções de cura e um mapa da Mt. Moon.

- O que você está pensando? – perguntou Eloise com roupas de dormir.

- No que eu vou ter que comprar amanha.

- Você vai me assistir batalhar?

- Claro, como eu iria perder uma derrota humilhante como essa? – perguntei brincando.

- Idiota. – falou se deitando no primeiro andar do beliche.

E eu fui tomar banho e depois dormir.

Acordamos bem cedo, nos ajeitamos e fomos para o ginásio, era uma construção muito grande e totalmente quadrada, ele ficava em um grande terreno, que nos fundos tinha alguns campos de batalhas para entre treinadores, por questão de educação, segundo Eloise, coloquei meus pokémons dentro da pokebola.

Dentro do ginásio tinha alguns campos de batalhas modificados, alguns tinham rochas espalhadas por ele, outros tinham algumas arvores, e tinha um com um pequeno lago no meio.

Logo que entramos um garoto mais ou menos da nossa idade veio nos atender.

- Desafiantes? – perguntou o garoto.

- Sim – respondeu Eloise.

- Me acompanhem. – disse indo em direção a um campo cheio de rochas espalhadas. – O líder Brock já vai recebê-los. – falou indo na direção de uma porta e saindo por ela.

- Acha que consegue ganhar de um líder de ginásio? – perguntei.

- Sim, na verdade eles não lutam para valer contra iniciantes. – falou, mesmo falando isso ela estava claramente nervosa.

Brock saiu da mesma porta em que o garoto entrou, ele tinha cabelos arrepiados, olhos quase fechados, um casaco verde, blusa marrom e uma calça cinza.

- Então vocês são os desafiantes? – a Eloise assentiu com a cabeça, eu acho que ela não conseguiu falar por causa do nervosismo. – Que tal ir você primeiro. – disse apontando para mim. – Como a sua amiga está meio nervosa esse é um bom ato da cavalheirismo.

- Eu só estou aqui acompanhando ela. – falei, mas vendo as palavras verdadeiras do líder. – Vamos lutar então, como eu realmente preciso lutar contra lideres para cumprir a cota desse ano isso vai me ajudar muito.

- Certo, então. Senhorita, poderia se sentar ali no banquinho? – perguntou apontando para um banquinho que estava do lado do juiz, os dois não estavam ali antes do Brock chegar, como...?

- Ele tem um pokémon psíquico com teleporte. – respondeu Brock lendo meus pensamentos. – e por isso gosta de aparecer. Você tem quantos pokémons?

- Dois.

- Então vamos um 2x2?

- Pode ser.

Olhei para o banquinho, a Eloise estava quieta lá, isso era realmente estranho, eu achei que ela iria surtar por o Brock me colocar para lutar primeiro.

- Luta dois contra dois, entre o Líder Brock e o desafiante Ken Hadou, só o desafiante pode trocar os pokémons, podem começar.

Eu e o Brock pegamos uma pokebola e jogamos ao mesmo tempo, um geodude saiu da pokeboa dele e um growlithe apareceu no meu lado.

- Vamos lá garoto. – falei com empolgação, eu gostava muito de lutar ao lado de um dos meus pokémons, seja em uma batalha emocionante ou seja em uma batalha normal, me sentir um com os meus parceiros era uma das melhores sensações que alguém pode ter.

- Pode começar. – falou o líder.

- Comece com brasas.

Growlithe lançou algumas bolas de em direção ao monstro de pedra.

- Evasiva, Geodude, tente se aproximar.

Rapidamente Geodude desviava de cada ataque de fogo e ia mais para perto, quando achei que a distancia já era boa comandei.

- Agora! Use o lança-chamas.

Diferente de antes que eram só algumas bolas de fogo, o ataque saiu continuo, por causa da mudança súbita de ataque Geodude não conseguiu desviar, como um ataque de fogo não tem muito efeito contra um pokémon de rocha, ele não recebeu muito dano.

- Uma boa estratégia, o que você vai fazer agora? Meu pokémon já está perto do seu.

Isso era verdade, mesmo enquanto o lança-chamas fazia efeito o pokémon rocha se aproximava do meu.

- Pare com o lança-chamas e use agilidade para sair daí.

- Use o arremesso de rochas e tente acertar ele.

Growlithe saiu de perto do Geodude e conseguiu desviar com certa facilidade das rochas voadoras, pois ele estava com a agilidade ativada.

- Use rolamento. – comandou.

O pokémon pedra envolveu o corpo com os braços e começou a girar no chão, indo em direção ao Growlithe, era a primeira vez que eu via um ataque desses, então não sabia o que fazer.

- Se esconda atrás de uma dessas pedras que ele jogou.

Essa foi uma das piores ideias que eu poderia ter, as pedras que ele jogou eram grandes, mas ou menos do tamanho do meu pokémon e poderiam bem proteger de um ataque corporal, mas era um rolamento bem treinado, que conseguiu destruir a pedra e passar por cima do pokémon cachorro.

- Growlithe, você está bem? – perguntei, querendo ir lá e pegar meu amigo no colo.

Growlithe se levantou o mais rápido possível, ele era resistente e teimoso, como eu não sabia qual dessas qualidades estava deixando ele em pé eu fiquei preocupado.

- Consegue continuar?

Ele afirmou com a cabeça, o pokémon pedra ainda estava girando, ele estava fazendo a volta para atacar de novo.

- Se prepare e use o ataque rápido. – falei.

Todos ficaram surpresos pelo meu comando, a Eloise falou alguma coisa que eu não prestei atenção.

Os pokémons avançavam rapidamente, o momento do impacto estava chegando.

- Pule, Growlithe.

Como se estivesse esperando um comando parecido, Growlithe pulou com perfeição sobre o Geodude, passando facilmente por cima dele.

- Ele não pode manter esse ritmo por muito tempo. – analisei.

- Eu treinei esse geodude para conseguir usar rolamento por muito tempo, ele não vai cansar tão cedo. – falou Brock.

Geodude já tinha dado a volta e estava vindo para um novo ataque.

- Se prepare e ataque rápido. – falei, eu precisava arriscar, se não meu Growlithe iria se cansar muito.

Mais uma vez os dois pokémons estavam em rota de colisão, Brock olhava para mim com um sorriso triste, parecia que ele já tinha a partida ganha.

- Agora! Pule com tudo. – comandei.

- Pule também Geodude.

Geodude soltou as mãos do corpo e bateu fortemente no chão com elas, o que o fez pular em direção ao ar, pois o Growlithe continuava em terra com uma boca cheia de chamas.

Um lança chamas com força total acertou o Geodude, empurrando ele para cima, a direção do salto continuou a mesma, só a altura mudou de um metro para cinco ou seis. O pokémon caiu fora da arena e desacordado.

- Geodude fora de combate, o líder Brock tem que escolher um novo pokémon. – falou o juiz.

- Essa foi uma ótima estratégia. – falou Brock. – mas já entendi os teus comandos, quando você fala “agora”, o seu pokémon grava o próximo comando, as próximas vezes que você fala agora o pokémon tem que ignorar o próximo comando e fazer o que ele fez da primeira vez, estou certo?

- Sim, sempre é bom ter uma carta na manga contra um adversário forte que nem você.

- Então vamos ver o que você vai fazer agora. Vai Onix.

Uma enorme serpente de pedra saiu da pokebola dele, ela ocupava pelo menos 1/5 do campo de batalha adversário, essa iria ser uma batalha difícil.

- Não dava para apelar mais? – perguntei baixinho. – Growlithe use brasas e tente queimar essa minhoca superdesenvolvida.

Growlithe atacou com bolas de fogo que iam direto para o corpo da serpente, que era facilmente acertado, mas não tomava muito dano.

- Isso não vai funcionar. – falou Brock. – A defesa do Onix é muito forte para ataques assim fazerem efeito, use deslizamento Onix.

Varias pedras surgiram encima do Growlithe, que por conta própria parou de atacar e começou a esquivar das pedras, sendo acertado por duas de raspão.

- Use chamas mais uma vez.

As chamas não afetavam o Onix, mas o irritavam, geralmente pokémons grandes são orgulhosos, principalmente contra pokémons muito menores.

Brock estava vendo que eu estava irritando o pokémon dele, mas pude ver uma duvida no olhar dele, ele não sabia o porque de eu estar fazendo isso.

- Onix use cabeçada.

Com uma velocidade que o monstro não aparentava ter ele se aproximou, mas eu já esperava por um movimento parecido, só não esperava que o Líder comandasse, eu já tinha enfrentado valentões como o Onix aparentava ser, que por serem maiores se achavam no direito de bater nos menores, e tinham um orgulho facilmente ferido, por esse orgulho eles eram facilmente manipuláveis.

- Pule e use a calda de ferro na cabeça dele.

Growlithe, que estava a menos de 3 metros da cabeça de pedra da serpente pulou, e deu um mortal, a minhoca conseguiu levantar a cabeça, mas não o suficiente para acertar o cachorro.

O rabo do Growlithe brilhou e quando a cobra estava exatamente embaixo dele o mortal terminou com uma caldada de ferro na cabeça do Onix, que bateu no chão.

Growlithe pousou encima do corpo da serpente e logo saiu pulando dali, para não receber ataques, Onix estava atordoado, mas conseguiu mover o corpo e atacar o Growlithe com a cauda, mandando ele para longe.

O meu amigo caiu perto de mim, ele tentou se levantar, mas caiu de novo, agora eu tinha certeza que ele estava sendo teimoso.

- Volte Growlithe. – retornei ele para a pokebola. – Você já fez demais, vai Pidgey.

Lancei minha outra pokebola, dela saiu um pequeno pássaro que podia ser engolido pela serpente de pedra com qualquer bocada.

- Um pidgey? É a primeira vez que enfrentam meu Onix com um pidgey. – falou Brock.

- É o único pokémon que eu tenho. – falei me desculpando.

Pidgey soltou um pio indignado e decolou.

- É brincadeira, não se irrite. – respondi.

- Pelo jeito você não é um treinador novato, as suas técnicas, mesmo um pouco novatas, são bem treinadas.

- Eu sou um treinador desde ontem, mas eu treino esses dois desde meus dez anos.

- Entendi. Dessa vez eu começo, Onix use deslizamento.

Eu tinha entendido como esse ataque funcionava da outra vez, com o Pidgey eu tinha um contra-ataque muito eficiente.

- Pidgey use o tornado com força total e lance contra o Onix.

Pedras surgiram encima do Pidgey, mas ele rapidamente fez um pequeno tornado, que puxou as pedras para dentro dele. Depois de todas as pedras não estarem mais ameaçando o Pidgey ele mandou o tornado para o Onix, que recebeu os danos do ataque aéreo e do próprio ataque.

Agora a serpente de pedra estava realmente furiosa, algo tão pequeno como o Pidgey não poderia ter causado tanto dano quanto ele sofreu, sem o comando do seu treinador ele tentou dar uma cabeçada no Pidgey que desviou com facilidade.

- Confuso, um momento para atacar, espere, deixe ele. – falei.

Ninguém além do Pidgey entendeu meu comando.

Pidgey usou time duplo e começou a rodar em volta da cabeça do Onix, que ficou olhando de um pidgey para o outro.

Por causa da cauda de ferro na cabeça, de alguns pedregulhos do deslizamento que acertaram a cabeça e por estar tentando prestar atenção em todos os pidgeys ao mesmo tempo o Onix foi ficando confuso.

- Use ventania agora.

Pidgey bateu as asas com força e criou uma ventania que derrubou o Onix, que não levantou.

- Onix fora de combate, o vencedor é Ken Hadou de Viridian. – disse o juiz.

Brock retornou seu Onix para a pokebola e veio para minha área de treinador.

- Boa estratégia, usar o orgulho do pokemom contra ele mesmo, depois do seu tornado eu não conseguiria controlar ele mesmo se tentasse, você realmente tem varias cartas na manga, nunca vi um pidgey fazer um tornado tão forte.

- Eu treino ele desde que ele era pequeno, consegui fazer com que as asas dele criassem tornados e ventanias dignas de um pidgeotto, mas você não lutou com os melhores pokémons que você tinha, não é?

- Não, esses eu venho treinando para testar os treinadores novatos mesmo, os melhores eu guardo para disputas com treinadores experientes, você tem futuro garoto, aqui está a insignea da pedra. – disse apertando a minha mão e dando a insignea. – Agora porque você não chama a sua amiga para batalhar comigo?

Fui na direção do banco onde Eloise estava sentada.

- Sua vez, boa sorte. – falei sorrindo.

- Obrigado. – respondeu nervosamente.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado



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