Conhecendo a pequena e doce Lana.

Eu olhei bem pro bebê no meu colo. Era muito linda, e bem parecida com Percy. Não dá pra negar que eles são parentes de alguma forma, e o mais provável é ser o pai dela.

Mas, quem será a mãe dela?

-Lana?- Ouvi a voz de Percy, saindo da cozinha e voltando pra sala. Eu ainda estava parada na porta. – Já conheceu Annie então...- Ele veio sorrindo.

-O nome dela é Lana mesmo? Ou é apelido?- Perguntei, não contendo minha curiosidade.

-Também não acho um nome muito legal...- E deu risada.

-Não, é um nome diferente. Como Percy. – Falei, contornando a situação. O nome dela é bonito, só é diferente.

-E Annabeth. – Ele completou.

-É. Meu nome foi uma junção do nome das minhas avós, Anna e Elizabeth. – Ficamos em silencio, apenas observando a pequena garotinha, mexendo nos meus colares e cabelo. Ela era um doce. – Quanto tempo ela tem?

-Me pegou agora...- Ele fez cara de confuso, e coçou a cabeça, tentando lembrar. Que tipo de cara não sabe a idade da própria filha?- Ah sim, um ano e dois meses.

-Ela é muito linda. – Depois disso ela começou a olhar diretamente nos meus olhos.

-Ela é parecida comigo, né?- Assenti com a cabeça, a única diferença é que ela tem o cabelo mais claro. – Minha mãe também acha. Nem da pra acreditar né... Uma mulher com quarenta e dois anos, tendo um bebê...

O que? Ele disse uma mulher de quarenta e dois anos? Ou ele fala da mãe, ou da mãe do bebê. Espera... Eu geralmente não sou tão tapada assim, mas então o bebê não é filha dele?

-Espera, o bebê não é seu?- Perguntei, surpresa, não contendo minha curiosidade.

-O que? Não, ela é minha irmãzinha caçula. Porque, pensou que eu tivesse um filho? – Ele perguntou, segurando a risada.

Pra falar a verdade, sim, eu pensei, mas ele não precisa saber disso.

-Ah, vocês são muito parecidos. Quem ver pode pensar que ela é sua filha. – Ele riu pelo nariz.

-Minha mãe teve que ir a editora, e não pode levar ela. Como eu folgo de sexta, ela me pediu esse favor, mas eu não estou indo muito bem. Acabei de perder um prato. –E riu novamente. Ri junto, mas logo sua expressão ficou seria. – Espera um momentinho? Não sai daqui.- E foi pra dentro do apartamento.

Nesse momento, Lana estava com a cabecinha apoiada em meu ombro, esquerdo, de uma forma que pudesse ver o interior do apartamento. Logo Percy surgiu com uma câmera na mão.

-Posso tirar uma foto? – Perguntou, e arregalei os olhos.

-Quem me garante que você não vai fazer uma montagem minha e espalhar na internet?- Falei, brincando. Click. Ele já tinha tirado uma foto.

-Não confia em mim?- Perguntou, sorrindo.

-Talvez. Ainda não me decidi. – E demos risada. E ele bateu outra foto.

-Vocês ficam lindas juntas.- Ele falou, de forma despretensiosa, mas aquilo me deixou encabulada. – Acho que já abusei demais da sua fotogenia. – Colocou a câmera no aparador, e veio pegar Lana, que já estava com os olhos fechados.

Ele tentou pega-la mas, ela segurou firme, e não me soltou. Dei risada. Ela era mesmo um doce.

-Sabe, pelo jeito ela gostou mesmo de você, e não vai te largar. Fiquei chateado porque ela nunca fez isso comigo, mas relevo. – Ele fez cara de piedade, e conseguiu me convencer, mas não deixem ele saber.- Eu estava fazendo almoço...

-Você cozinha?- Perguntei com falso espanto, e ele deu risada.

-Por mais que pareça surreal, sim, eu cozinho. Quer almoçar aqui? – Perguntou.