Meu Querido Tutor escrita por Satine


Capítulo 7
Capitulo 7




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– Alô Di. – eu disse quando a ruiva me atendeu.

– EEEEV, quanto tempo meninaaa. – ela disse animada do outro lado da linha.

– Que saudade minha ruiva. – eu disse rindo.

– E ai como você está? Mel me disse que você ligou pra ela, fiquei com ciúmes. – disse Diana.

– É eu liguei sim, mas pretendo ligar pra todo mundo, agora me diga mocinha que história é essa de você e Frank? – perguntei curiosa.

– Melissa está chateada não é? Eu não posso fazer nada Ev, é sério, eu... Eu estou confusa, me tornei muito amiga do Fran e acho que estou gostando muito dele.

– Mais que droga Di. – eu sussurrei pensativa. – Não pode deixar sua amizade com a Mel acabar por causa de um garoto.

– Eu sei... Mais me diga como estão as coisas aí?

– Está legal, meu tutor... Bem... Ele é legal e eu gosto dele, mas ele não pode ouvir isso nem sonhando, senão bay bay qualquer chance de voltar a New Jersey.

– Então é isso ai garota, se faça de difícil, seu tutor é um chato. – nós duas rimos.

Conversamos mais um pouco e depois eu desliguei. Com o tempo Peter voltou a falar comigo e voltamos a nos tratar como irmãos, Davi e eu nos aproximamos ainda mais, fomos ao shopping e visitamos o irmão dele e também baterista da banda, John Hoult e fizemos mais varias coisas legais. Na escola, eu me distanciei de Thomas, fazendo com que todos os rumores acabassem, mas a inimizade com Katy continuava a mesma. Desse jeito dois meses se passaram e já estávamos em outubro.

Cheguei da escola, já estava acostumada com o ritmo, coloque a mochila no meu quarto e encontrei David no corredor.

– Enfim o que você tanto queria pequena. – disse David me dando um beijo na bochecha e me entregando um bilhete. – Você vai assistir o meu show, esta noite.

– Uow que demais! – eu disse animada.

– Vai ser às 23 horas, então eu espero que você consiga ficar acordada em duas horas direto de musica.

– Sem problemas. – eu disse descendo as escadas correndo e pulando nos ombros de Peter que me levou até a cozinha em suas costas.

– Você é pesada. – disse o loiro com uma careta.

– Que horror e eu nem sou gorda, não sou né? Não responda. – eu disse e ele começou a rir do meu chilique.

Almoçamos e durante o resto do dia eu saí com os amigos e fiz alguns trabalhos. Mais tarde me arrumei colocando algumas roupas novas que comprei quando fui ao shopping com Davi, sorri sozinha enquanto trocava de roupa me lembrando de que ele morria de raiva quando eu provava milhares de coisas e não levava nada.

Acabei escolhendo por uma blusinha tomara que caia preta com umas fitinhas na frente estilo espartilho, mas não apertava tanto, uma saia jeans, meia calça e all star cano longo, tudo preto, afinal eu estava indo para um show de rock, já tinha aprendido a cantar algumas musicas do Davi e estava muito animada para o show.

– Está pronta? – ele perguntou do lado de fora do quarto.

– Sim, pode entrar. – eu gritei e ele entrou. – Então?

– Você está... – ele disse me olhando de cima a baixo. – Linda.

– Obrigada. – eu sorri.

– Os caras já chegaram, vamos. – ele disse, eu reparei que ele estava novamente usando a maquiagem pesada nos olhos e sua pele parecia mais clara, ele estava lindo, eu sorri e assenti. Nós dois descemos juntos. Nós chamamos Peter para ir também, mas ele ia jogar videogame na casa de um amigo e Mary não gostava desse tipo de musica.

Eu fui junto com a banda e fiquei maravilhada ao ver o local grande e cheio de gente, nos separamos quando eles tiveram que ir para o camarim. Eu estava num lugar bom, dava para ver tudo no palco e eles não demoraram a entrar. Eu nunca tinha assistido a um show de rock e foi perfeito. Eu curti o show com algumas garotas da minha idade que eram loucas pela banda e depois de duas horas eu ainda estava super animada cantando o final da ultima musica.

We were the Kings and Queens of promise

We were the victims of ourselves

Maybe the Children of a Lesser God

Between Heaven and Hell

We are the Kings

We are the Queens

We are the Kings

We are the Queens

Ô, ô, ô... Ô, ô, ô

Quando o show acabou fui uma das ultimas a sair e fiquei esperando pelos outros que demoraram um pouco, dessa vez já cedendo ao cansaço. Nem notei que estava quase dormindo encostada em uma parede, até que alguém me balançou, era John.

– Acorda Ever Walker. – ele disse balançando meu ombro.

– Eu estou acordada. – eu disse piscando os olhos muitas vezes. David riu e nos guiou até o carro. John dirigia o carro, o outro membro da banda foi em seu carro. Parecia que o irmão do David ia para nossa casa naquela noite, então David e eu ficamos no banco de trás.

– Estou com muito sono. – eu disse colocando a cabeça em seu ombro.

– Gostou do show? – ele perguntou num tom de voz baixinho.

– Eu adorei. – eu disse com um sorriso. – Foi incrível.

– Não... Você é incrível. – ele disse me olhando, eu sorri e senti minhas bochechas queimarem. Ele sorriu. – E eu gosto muito de você.

– Certo David Hoult, você ganhou, eu também gosto muito de você. – confessei, não tinha mais como fingir não gostar dele, eu começava a achar que gostava e até mais do que devia.

– Eu sabia. – ele disse convencido e olhando fixamente para mim, ele sorriu. – Você fica linda corada.

– Para. – eu disse com vergonha deixando que meu cabelo cobrisse meu rosto e encostando a testa em seu ombro. Ele, porém se distanciou um pouco e segurou meu rosto com delicadeza, deslizou sua mão para minha nuca e aproximou mais nossos rostos, eu podia sentia sua respiração, assim como ele podia sentir a minha, meu coração começou a bater mais rápido e tal era a nossa proximidade que eu temia que ele pudesse ouvir e como eu queria aquele beijo, sentir os seus lábios nos meus, eu já tinha até fechado meus olhos esperando que seus lábios pressionassem os meus, mas ele se distanciou, me senti como se eu estivesse em um doce sonho e tivesse sido acordada na melhor parte. Prendi a respiração e abri os olhos, ele estava longe, desviei meu olhar para o outro lado e encostei-me à janela oposta, embora não tenha conseguido voltar a dormir direito naquela noite, apenas sonhando com um beijo que não chegou a acontecer.


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