"Eu amo você ainda mais pelo fato de que acredito que você tenha gostado de mim só por mim mesmo e por nada mais." - John Keats

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(...)

- Então faremos assim – Mad se meteu, a encaramos e esperamos que ela continuasse.

- Você não precisa sair com ele, fica aqui em casa, assiste um filme. – assenti, seria uma boa idéia, mas acho que Justin não gostou.

- E eu? – ele perguntou, o encarei e ri fraco.

- Ela saiu com você sozinha, como amigos, então você vai ter que confiar na sua cunhadinha, que esta te prometendo que não vai deixar o tal Joe tentar nada – Mad sorriu e me abraçou pelo ombro.

- Não gostei muito da idéia não. Mas ou é isso, ou nada. Então ta... – ri fraco, ele tava com ciume, que fofo.

- Mas... – sabia que ia ter um mas – Você vai ter que me prometer que vai usar uma calça bem larga.

- JUSTIN – o repreendi e dei um tapa em seu ombro. Ele riu e me abraçou.

É impressionante como o dia passa rápido quando você ta com quem gosta. Agente se divertiu tanto durante a tarde, com o DJ, a Mad e até mesmo a mamãe, que quando fomos olhar o relógio, já era hora do jantar.

Mamãe convidou Justin pra jantar com agente mais ele não pôde. Então jantamos apenas as garotas e o DJ, que tentou subir na mesa. Muito engraçado.

Depois do jantar eu subi pra dormir, o dia tinha sido agitado e feliz e eu me sentia maravilhosamente bem.

Não demorei no banho e tentei afastar todos os pensamentos da minha mente.

Meu computador tava em cima da cama, bem ao lado da minha bolinha de pêlos, que descansava a cabeça nas patinhas.

Assim que ele me viu saindo do closet se levantou e latiu pra mim. Pulei na cama o agarrando e fazendo carinho.

Olhei meu celular, Kidrauhl.

Eu havia me esquecido totalmente dele, eu estava tendo algo com o Justin, mesmo sendo algo que eu não sei definir, ou dar nome, eu estava mais envolvida agora com ele.

Eu teria que parar de falar com Kidrauhl, era minha escolha, eu escolhi Justin.

“Oi, bom antes de mais nada me desculpa, eu fui desonesta com você diante dos meus sentimentos. Eu gosto de você, demais, eu acho até estranho as vezes eu senti minhas pernas fracas ou meu coração acelerado com uma mensagem sua. Mas agora é diferente, eu encontrei alguém que me faz sentir as mesmas coisas, e até mais. Uma pessoa, relativamente real, relativamente por que eu ainda to achando que é um sonho. Então, eu só to te escrevendo, essa que parece ser a ultima mensagem, pra dizer que eu escolhi ele. Não posso mais manter o mesmo contato com você, seria desleal, tanto com ele quanto contigo. Espero que um dia eu possa te conhecer, mesmo que seja apenas como amigo. Bom, então, já que essa será minha ultima mensagem pra você, vou te revelar uma coisa... xoxo, Demetria Devonne, ou como você conhece, Venita”

E bom, depois disso mais nada, eu passei o resto da noite olhando meu celular e esperando uma mensagem dele. Mas eu sabia que ele não responderia, eu havia acabado de cortar meus laços com ele.

Eu não sei, eu posso me arrepender depois, mas por agora, eu estou fazendo o certo, o que deveria ser feito. Estou aliviada com isso, sem mentiras, sem segredos. Agora apenas eu e Justin.

Hoje era o exato dia em que eu não estava afim de sair da cama, mais eu sabia que teria de levantar, eu não podia simplesmente ficar deitada aqui o dia todo, por mais que essa fosse minha vontade.

Então, tomei força e levantei da cama, meu corpo tava fraco, resultado da dieta, mas eu podia lidar com isso. Tomei um banho gelado, acordando os músculos e evitando de molhar o cabelo. Aquela água fria nas minhas costas, de inicio me assustou, mas depois eu simplesmente não queria mais sair de la.

Mais os latinos de DJ me fizeram sair do chuveiro, o pobre cão estava dentro do quarto, e bom, ele é um cachorro, não sabe abrir portas. Ainda enrolada na toalha abri a porta por onde ele passou correndo e desceu as escadas, o pobre devia estar sufocado dentro do quarto.

Terminei de me trocar, não me preocupando muito com o tipo de roupa.

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Simplesmente me maquiei como de costume, mas a preguiça foi tanta que eu nem sei se estava realmente bom.

Isso não importa.

Desci as escadas devagar, eu sentia uma leve tontura, e meu estomago roncava, droga.

Comi uma enorme fatia de bolo e bom depois eu fiquei com um leve peso na consciência, mas ele logo passou depois que eu me desfiz daquilo.

[...]

- Demetria, tem visita pra você – ouvi minha mãe gritar do andar de baixo. Levantei preguiçosamente da cama, onde eu encarava o teto e amarrei o cabelo. Devia estar um belo ninho de pássaros, mas to nem ai.

Bom, meu cabelo começou a importar a partir do momento que eu vi quem estava na sala, sentado no sofá. Justin.

Não deu tempo de eu correr pra arrumar o cabelo, assim que eu coloquei o pé no ultimo degrau ele se virou pra mim e sorriu. O sorriso que fez, enfim, meu dia começar.

- Bom dia Demi – me aproximei dele, depositando um beijo em seu rosto.

- Bom dia Jus – mas ele foi mais, digamos que pidão, colando nossos lábios e pedindo passagem pra lingua em seguida. Um beijo calmo, mas especial, assim como todos os beijos dele eram.

E antes que eu pudesse me empolgar, ouvi alguém pigarrear, separei meus lábios dos dele sorridente e percebi que minha mãe tentava disfarçar o olhar.

Eu ri e segurei a mão de Justin, o guiando pro meu quarto.

Assim que entramos, meu protetor veio junto, latindo no pé do Jusitn assim que ele se sentou na minha cama.

- Ei parceiro, eu cheguei primeiro – Justin falou olhando pro cachorro que latia pra ele, como se estivesse protestando o fato dele estar sentado em seu lado da cama.

- Ele quer que você saia do lado dele da cama – conclui rindo brincalhona. Justin levantou as mãos como forma de rendição, e assim que ele pulou pro outro lado da cama, DJ subiu na mesma se acomodando.

- Esse cachorro já ta folgado demais pro meu gosto – Justin comentou brincando e levantando. Eu estava apenas parada observando a cena de Justin tentando chegar perto de DJ. O pequeno filhote rosnava, era engraçado. Mas piorou quando Justin me abraçou, DJ pulou da cama rapidamente vindo pra perto da gente e começou a latir.

- Cara, eu pensei que agente fosse amigo – Justin resmungou assim que eu peguei o pequeno cão nos braços.

- Ei DJ... ele é seu papai esqueceu – fiz uma voz manhosa e peguei as patinhas do cachorro, imitando um carinho em Justin.

Passamos o resto da manhã rindo, e brincando com DJ, que por acaso ainda não se acostumou com meus beijos e de Justin, ele sempre late quando agente se beija.

[...]

- JUSTIN – o repreendi quando ele esticou a mão dando um pedaço de carne ao DJ – Pelo amor de Deus né... não se atreva a dar essa comida pro meu cachorro. – o encarei brava e fiz sinal pra que DJ saísse da sala de jantar, onde nós almoçávamos.

- Caramba mais era só um pedacinho – resmungou e comeu o pedaço que segurava.

- Nem um pedacinho, ele é um cachorro, e o único cachorro que come comida aqui é você – todos riram, menos Justin que fez um biquinho. Lhe dei um selinho rápido e ele logo abriu um sorriso.

E assim se passou a tarde, já eram cinco da tarde quando eu tentava expulsar Justin da minha casa.

- Ei amigão, cuida dela ok? – Justin falava com o cachorro que estava no meu colo.

- Fica de olho nela – completou fazendo DJ latir, não é possível, será que ele ta concordando?

- É isso ai amigão... – Justin sorriu e fez um carinho em DJ. Sorri e encarei aqueles lindos olhos cor de mel.

- Ei, relaxa – tentei passar segurança. Ele sorriu e colou nossos lábios, dessa vez DJ não latiu, coloquei o pequeno cão no chão e o mesmo saiu andando pra parte de cima da casa, como se estivesse dando privacidade a nós dois.

- Sério, as vezes eu acho os cachorros animais extremamente inteligentes – Justin comentou e me abraçou pela cintura.

- Eu também – rimos juntos e colamos nossos lábios de novo. Eu já falei que nunca canso de beijar ele? Pois é, nunca mesmo.

- Eu venho te buscar amanhã ok? Pra irmos pra escola. – falou assim que separamos nossos lábios.

- Tudo bem – sorri e recebi um selinho rápido – Boa noite e até amanha – ele sorriu e me abraçou. Esperei até que seu carro virasse a esquina pra entrar. E assim que entrei subi pro meu quarto, pra me “arrumar”

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Joe chegou exatamente as seis e cinquenta e cinco, eu havia preparado a pipoca, fui abrir a porta e DJ veio junto, meu cão de guarda, ótimo.

- Oi Joe – sorri sem graça, ele estava todo arrumado, estava lindo por acaso.

- Er... oi demi – ele parecia sem graça, deve ser pelo fato de eu estar totalmente desarrumada pra um encontro – Entra – completei dando passagem pra que ele entrasse, assim ele fez. Eu fechei a porta e respirei fundo, eu tinha que falar.

- Bom Joe, eu sei que parece meio chato, mas você não se importaria se agente ficasse em casa, não é? – ele parecia ter desanimado, eu podia ver em seu rosto.

- Tudo bem – abracei sua cintura e senti suas mãos em meus cabelos, um carinho de irmão. Era o que eu queria que ele fosse pra mim agora, um irmão, apenas um melhor amigo.

[...]

A conversa foi fácil, não precisava ser nenhum gênio pra adivinhar o que tava rolando, e Joe era esperto o suficiente pra saber o por que de eu decidir não sair. Eu contei toda a verdade, e fui sincera desejando que ele fosse meu amigo, apesar de tudo. E bom, o resto da noite foi ótima. DJ parece ter gostado de Joe, mas eu fiquei completamente constrangida quando ele perguntou o por que do nome DJ.

Eu não soube explicar, mas minutos depois, quando o assunto já tinha sido esquecido, ele me deu um susto, dizendo que já sabia o por que.

Ele realmente fico todo esse tempo pensando.

Assistimos uma comédia, Se beber não case, e eu brinquei com ele dizendo que eu seria o tipo de amiga que esqueceria onde o havia deixado. Rimos muito, uma noite realmente agradável.

Madison apareceu poucas vezes, acho que apenas umas duas, ela percebeu que nada aconteceria e foi se deitar.

Joe saiu la de casa já era tarde, pra um domingo meia-noite é bem tarde.

Assim que o carro dele fez a curva entrei em casa, peguei DJ no colo e subi pro quarto. Tomei um banho rápido e deixei a porta do quarto aberta, afinal o pobre cachorro não merecia ficar preso dentro do quarto.