À Procura Da Felicidade escrita por Effy


Capítulo 30
Epílogo - Parte 01


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu não consegui dar adeus a essa fic então decidi fazer um epílogo que vai ser dividido em duas partes, espero que gostem (:



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Angeline

Estávamos no parque, na quarta-feira depois da escola.

Tudo tinha fechado mais cedo hoje, já que amanhã era dia de Ação de Graças e até mesmo a pequena e pacata Forks estava em júbilo. Vovó tinha feito todos nós virmos para Port Angeles fazer compras para o grande almoço de Graças que íamos fazer amanhã. Então, como nem eu, nem papai e meus irmãos queríamos ficar presos em um hipermercado ouvindo vovó, mamãe e todo o resto discutindo sobre quais frutas estavam mais bonitas, quais pratos iriam fazer, nós demos uma escapulida para um parque próximo. Tony estava sentado ao meu lado na grama, ainda com seu casaco do time de futebol americano ( ele era quaterback, um talento que parecia ser de família já que papai fora o quaterback no seu tempo de ensino médio), uma camiseta branca amassada, seus jeans favoritos e o all star gasto de que ele parecia nunca querer se livrar, observando enquanto papai e meu irmãozinho jogavam futebol com uma bola barata que tinham comprado em uma lojinha.

– Você já percebeu quanta sorte Icarus tem? – murmurei, arrancando um pouco da grama, e amassando-a distraidamente entre meus dedos. Olhei para Anthony, sua sobrancelhas estavam franzidas e seus lábios faziam uma linha fina enquanto ele observava Ic chutar a bola e soltar uma gargalhada.

– Como assim?

– Quer dizer... Olhe para ele, Tony! Ele tem uma vida perfeita. A maior decepção que Ic já teve na vida foi descobrir que Hogwarts não era real, mesmo assim, ele ainda se veste de Ron todo o Halloween (n/a Icarus é ruivo, Ron é ruivo kkk ), ele faz parte disso tudo, dessa família. Ás vezes eu acho que sou uma intrusa aqui, não nasci aqui, não sou filha biológica do seu pai – fiz uma pausa, meus olhos começando a ficar marejados – meu pai é um criminoso, que abandonou a minha mãe e nunca quis saber de mim. Sou só uma intrusa, alguém que a sua avó chama de neta, mas que não é sua neta, nem sua irmã eu sou de verdade.

Eu já estava chorando a essa altura. Anthony foi rápido e passou seu braço ao meu redor, me puxando para mais perto. Coloquei minha casa em seu peito e me deixei afundar, manchando toda a camiseta dele.

– Vem cá, vamos dar um passeio para o papai não notar que você está chorando. – disse ele, levantando-se e me puxando junto com ele. Nós começamos a caminhar em silêncio, enquanto eu ainda chorava e Tony só me abraçava de lado, esperando que eu me acalmasse.

Anthony era um ótimo irmão mais velho, apesar de a diferença entre nós dois fosse de apenas um ano. Ele era meu melhor amigo, a pessoa com quem eu podia contar sempre, que tinha visto meus piores momentos, que faltava a aula quando eu estava doente para que eu não ficasse sozinha.

– Olha só, Angie, você sabe, que tipo, tá totalmente errada sobre tudo isso né? Você não é uma intrusa, até porque, se você é, eu também sou – levantei meus olhos para ele e percebi que seus olhos estavam fixos em mim – você não é a única pessoa que não se encaixa na “vida perfeita dos Cullen” – Tony fez aspas no ar enquanto falava – seu pai é um criminoso e a minha mãe é psicótica.

Ele soltou uma risada e depois continuou.

“ Mas nós temos que acreditar que nós somos parte disso tudo, somos a parte imperfeita da família perfeita, os nossos pais nos amam e eles tem muita sorte de terem filhos tão lindos e inteligentes como nós. Além do mais, a vida do Ic é perfeita demais. Veja só nós dois, ainda não tínhamos nem largado as fraldas ainda e já tínhamos presenciado um sequestro! Tipo, wow, nós já vivemos um filme de ação e não tínhamos nem quatro anos ainda.”

A essa altura eu já estava rindo. Essa é a especialidade de Tony; fazer as pessoas rirem no pior momento, tornar tudo menos difícil do que realmente era, sempre achar alguma coisa que fizesse alguém feliz, era algo tão sútil, mas ao mesmo tempo tão lindo e tão mágico. Tony era um herói.

– Ei, você está sorrindo? Ponto para mim senhoras e senhores! Angeline Swan Cullen está sorrindo de novo. Anda, vamos comer alguma coisa, eu pago.

Então ele soltou seu braço dos meus ombros e começou a correr, como um menininho pelo parque, seus cabelos balançando com um movimento. Balancei a cabeça, rindo do quão bobo meu irmão era, mas então comecei a correr atrás dele. Sem me preocupar com o que as pessoas iriam pensar de dois adolescentes crescidos brincando assim. Eu realmente não me importava.

Nós éramos duas crianças pequenas novamente, e o céu era o nosso limite.


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