À Procura Da Felicidade escrita por Effy


Capítulo 28
Savin' me


Notas iniciais do capítulo

Savin' me: me salvar ( nome da minha música favorita da incrível banda, nickelback)

Esse é o último capítulo da nossa fic, gente. Obrigada a todos que acompanharam e me fizeram acabar essa história. quando eu mesma não tinha fé em levá-la adiante. Obrigada a todos os comentários, e por estarem sempre aqui.

Então, é isso (:
Postarei o epílogo o mais breve possível.

Effy.



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Savin' Me

Quando as sirenes foram ouvidas, Victoria sabia que o fim havia chegado.

Seus capangas tinham fugido, mas ela tinha de olhá-lo mais um pouco, tocá-lo pela última vez. Aquele era o amor da sua vida e ela o tinha entregado para a morte. Ele parecia tão... mal. Sua pele estava pálida, sua respiração falhava e ele murmurava coisas desconexas, sua pele estava tão quente que a estava assustando, era como se estivesse pegando fogo. Victoria soltou um soluço, um ganido agoniado de animal ferido, enquanto passava a mão pelos cabelos bagunçados e sedosos dele, por seu nariz, suas pálpebras, suas bochechas, sua boca...

A porta foi arrombada com um barulho alto, ensurdecedor.

Mas ela continuava ao seu lado, sentindo-o, cheirando-o... Seu menino, seu amante... Seu garoto, seu Cullen. Seu amor, sua vida...

– Mãos para cima, é a policia! – alguém gritou. Porém ela continuava até que sentiu alguém agarrando seus braços por trás com brutalidade. Ela não resistiu, enquanto era arrastada para longe dele. Viu quando o irmão dele o pegou no colo, como se fosse um bebê, levando-o para fora da casa. Viu Esme, viu Rosalie,. As duas chorando aliviadas enquanto Edward era retirado dos braços de Emmett e posto numa maca.

Mas ela não ligava para nenhum deles, estavam vivendo seu próprio inferno interno.

Ela fora a razão de tudo, ela o tinha adoecido... Ela tinha feito a coisa mais importante de seu mundo sofrer. E agora ela sabia que receberia sua punição.

– - -

And all i see is you

E tudo o que eu vejo é voce

These city walls ain't got no love for me

Esses muros da cidade não tem nenhum amor por mim

I'm on the ledge of the eighteenth story

Estou a beira da 18º historia

And oh i scream for you

E, oh eu grito por você

Come please i'm callin'

Venha, por favor, estou chamando

And all i need from you

E tudo que eu preciso de voce

Hurry i'm fallin'

Apresse-se, estou caindo

Havia uma garota de cabelos vermelhos que tinha todos os garotos na palma de suas mão

Havia um garoto, o capitão do time de futebol americano, que era fascinado por ela, seu cachorrinho particular

Havia fogo, havia desejo, era tudo tão carnal e sem razão, como se eles estivessem queimando juntos... A má chama da atração

Havia um bebezinho , um pai jovem, e uma mãe fugitiva

Havia uma cidade cheia de oportunidades

Havia uma menininha e um anjo,

Havia o amor, a doçura, a ternura e a delicadeza...

E havia um homem morrendo.

Esse homem era eu, essa era a minha história. Também havia dor, e essa dor me consumia por inteiro.

Meu anjo precisava de mim, era quase como se eu pudesse ouvi-la chamando...

Ela estaca gritando meu nome, todos estavam gritando meu nome.

– Edward...

– Edward você está me ouvindo?

– Edward. Edward responda.

Mas eu não podia responder, não conseguir achar meu corpo, minha fala... Eu estava com Ícaro novamente e dessa vez o mar me puxou.

– - -

Isabella segurou a mão pálida e grande dele, estava fria. Olhou para cima, para o garoto deitado naquela enorme cama de hospital. Ele estava ainda mais magro, as suas bochechas, antes coradas agora começavam a se encovar, seus ossos se tornaram ainda mais salientes, toda aquela saúde, todo aquele vigor e disposição do Edward que ela conhecera tinha ido embora. A roupa de hospital era grande demais para seu corpo magro, o bip bip bip das máquinas que o mantinham vivo, que o ajudavam a respirar porque seus pulmões estavam tão fragilizados que não conseguiam fazer aquela atividade tão natural sozinhos era o único som que podia ser ouvido naquele quarto de UTI.

Ainda assim, Bella estava aliviada. Ele estava ali. Com ela. Com sua família. Todo aquele tormento de semanas finalmente tinha acabado.

– - -

Algumas semanas depois...

– Papai! Papai! – Angeline gritou, contente. Entrando no quarto onde eu estava e correndo ao meu encontro. Meu Deus, ela tinha crescido muito nesses últimos meses. Seus cabelos estava ligeiramente maior, formando grandes cachos loiros nas pontas, seu rosto deixara de ser tão redondo e passava a tomar ligeiramente a forma de um coração. Ela se agarrou a minha perna, apertando-a em um abraço.

Eu tinha passado dois meses no hospital após o sequestro.

A primeira parte do primeiro mês tinha sido basicamente apenas dormindo, os remédios dados a mim em grandes doses faziam com que eu passasse grande parte do tempo vagando no mundo da inconsciência. Tinha recuperado boa parte do meu peso, não estava como antes, mas já era bem melhor do que aquela caveira ambulante em que eu tinha me transformado.

Isabella não saiu do meu lado nenhum único dia do tempo em que passei na UTI, isso só me fez admirá-la cada vez, adorá-la como minha deusa particular.

Hoje era o dia de meu casamento com ela.

Seria uma cerimônia simples, apenas com nossos amigos próximos e familiares, em La Push. Os pais dela e Angela tinham vindo de Nova York para a ocasião. Nós voltaríamos para lá logo após a lua de mel, aquela cidade tinha se tornado nosso lar e onde nós criamos nossos – agora três – filhos.

Acabei de fazer o nó da minha gravata e sorri para minha filha, ainda agarrada a minha perna. Ela usava um vestido branco e rodado, algo leve, cheio de detalhes em rendas e com um laço na cintura, Angie seria nossa porta-alianças, enquanto Anthony e Anne Sophie entrariam como noivinhos.

Abaixei-me e peguei minha garotinha nos braços, ela estava começando a ficar grande demais para isso mas eu não me importava, continuava sendo a minha bebezinha.

Isabella estava arrumando-se na casa de Alice, enquanto eu e todos os homens e crianças tínhamos ficado na casa de meus pais.

Sai com Angie do quarto e encontrei todos os outros na sala de estar. Jasper estava perdendo uma batalha contra Nathan ao tentar colocar seu pequeno smoking, o garotinho fazia bico e continuava com os braços cruzados, sentado no sofá apenas em fraldas. Anthony e Sophie estavam sentados, já arrumados, no tapete da sala com os olhos vidrados na televisão, enquanto a abertura de Peppa Pig começava a encher o ambiente.

– Você podia ao menos ter penteado os cabelos, Edward. É o dia do seu casamento, você não pode ficar com essa moita – Emmett falou, revirando os olhos para mim, ele estava completamente vestido e arrumado, os cabelos penteados para trás com gel em um topete.

– Meu cabelo não colabora com isso. Acredite, eu tentei. – sorri e baguncei ainda mais o cabelo – a convivência com Rose está fazendo mal a você – provoquei, rindo.

– Cale a boca, Edward – resmungou ele e riu.

– - -

A brisa marítima balançava seus cabelos, e a deixava cada vez mais linda, seus olhos sorriam para mim e me mostravam que ela também estava nervosa como eu. O vestido que ela usava era curto e rodado e também ondulava com o vento. Bella estava perfeita. E eu sabia, a partir do momento em que ela deu o primeiro passo em minha direção, que a partir daquele momento ela seria totalmente minha. Só minha.

Fim.

ESPECIAL: TREZE ANOS DEPOIS

ANTHONY CULLEN

Passei a mão pelo cabelo numa falha tentativa de deixá-lo apresentável, eu tinha que aceitar que meu cabelo sempre estaria parecendo um ninho de rato.

Estávamos em Forks, a pequena cidade em que eu havia nascido e morado quando pequeno. Era um lugar pacato, onde todo mundo se conhecia, bem diferente de Nova York onde nós moramos, bem, morávamos. Papai e mamãe achavam que estava na hora de uma mudança de ares para mim, Angeline e Icarus. Bem, nós já estávamos acostumados aquele lugar depois de todas as férias de verão que vínhamos passar aqui, junto com todos os feriados uteis, mas eu não quis falar aquilo para o meu pai, ele estava animado demais com a ideia.

E aqui estava eu, no banheiro do meu novo quarto cheio de caixas, na minha nova casa cheia de caixas ao lado das casas – cheias de gente – dos meus avós e tios.

O reflexo no espelho do banheiro – o único lugar que minha coragem tinha me deixado arrumar – mostrava um garoto de cabelos absurdamente bagunçados, olhos azuis-esverdeados ( ou eram verde-azulados? Eu nunca soube dizer ) iguais aos do meu pai e irmão, um pouco alto demais para seus dezesseis anos, usando apena uma calça jeans e all star.

Eu estava indo a Seattle visitar minha mãe, não a mãe que eu considerava minha mãe, mas a mãe que tinha me posto no mundo.

Ok, isso soou confuso.

A história era mais ou menos essa: Victoria Evans me deu a luz quando ela e meu pai eram adolescentes, ela deixou meu pai sem dizer nem se quer um tchau, meu pai passou algum tempo na casa de meus avos e então se mudou comigo – ainda bebê – para Nova York, onde conheceu Isabella Swan ( a mulher que eu considero minha mãe ) e minha irmã, Angeline veio como pacote adicional , na verdade eles tinham se conhecido graças a Angie e eu, mas nós tentávamos não nos gabar por isso. Victoria nos encontrou quando eu tinha três anos e sequestrou meu pai ( que na época estava com tuberculose ) e bem, ela acabou numa clínica psiquiátrica diagnosticada com transtorno obsessivo por meu pai, enquanto papai e Isabella se casavam e tiveram Icarus como o ‘fruto do amor perfeito entre Edward e Bella’. É, acho que isso resume tudo.

E agora eu, tive a louca ideia de ir visitar Victoria na clinica psiquiátrica em Seattle em que ela estava, e o pior de tudo ( ou melhor de tudo) é que Isabella tinha concordado com isso e brigado com papai para que ele me deixasse ir.

Quando sai do banheiro, o Sr. Edward Cullen estava sentado na minha cama, me esperando. Meu pai tinha 33 anos e era bonito demais para o próprio bem dele, tinha cabelos castanho-avermelhados parecendo um ninho de rato ( está a pessoa de quem herdei meu cabelo ) e um olhar distraído;

– Oi, pai – cumprimentei, enquanto ia até meu closet procurar alguma camiseta descente. Será que eu tinha alguma camisa para-parecer-apreséntavel-quando-for- ir-visitar-sua-mãe-psicopata-e-obssessiva-numa-clinica? Acho que não, mas alguma tinha de servir.

– Oi, Tony – ele desviou seu olhar de seja lá o que for que estava olhando e sorriu pra mim - Então você vai mesmo a Seattle?

– Sim, eu já me decidi, pai. – disse e depois me virei para ele – qual das duas? – falei me referindo as camisetas, uma xadrez e outra branca com botões.

– A de botões. Só tome cuidado, ok? Não quero você perto daquela mulher. Eu sei que... Bem, ela é sua mãe, e eu não posso mudar isso. Mas, tome cuidado.

– Eu sei – suspirei, enquanto acabava de abotoar a camisa e pegava minha jaqueta – essa visita não vai mudar nada na minha vida, pai.

Ele suspirou aliviado.

– Você está bonito. Tem certeza que não está nos enganando pra ir em alguma festa? – papai estreitou os olhos, com diversão estampada em seu rosto.

– Se eu estiver, você nunca saberá. Afinal o que os olhos não veem o seu coração de ancião provavelmente não sentirá – falei, rindo.

– Eu ainda faço as garotas suspirarem, Anthony – disse, num to convencido.

– Mamãe ficará muito feliz em ouvir isso – provoquei, com um sorriso malicioso.

– Ela também ficará muito feliz em saber que você arrumou uma namorada e não apresentou a ela.

– Zoey não é minha namorada! – protestei – é minha amiga.

– Vou fingir que acredito nisso, garoto – falou e depois me acompanhou até a garagem. Eu havia acabado de tirar minha carteira e meu pai tinha me dado um volvo prata de presente. Aquele era o carro dos meus sonhos.

Entrei no carro e liguei o rádio, deixando que uma música preenchesse o silêncio. Mandei um SMS para Angeline, ela estava na escola, junto com Nate e Icarus, eu havia ‘matado aula’ para ir a Seattle.

Indo ver a minha ‘mãe’, me deseje boa sorte. O que você está fazendo?

Ela respondeu dois minutos depois.

Estou na aula de filosofia – você teve sorte de poder faltar, isso está horrível. Zoey mandou um ‘oi’. Ah, boa sorte.

Sorri e respondi rápido, precisava sair logo antes que ficasse tarde, ou eu me desse conta do que eu estava fazendo.

Eu sou um cara de sorte. Mande outro ‘oi’ pra ela. Volto pra buscar você, Ic e Nate.

E então eu liguei o carro, sorriso quando o motor ganhou vida.

É, está na hora de resolver alguns problemas, Anthony.

CONTINUA...


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