À Procura Da Felicidade escrita por Effy


Capítulo 22
Stubborn love


Notas iniciais do capítulo

Capítulo fresquinho e enorme (:

Stubborn love: amor teimoso. Que é uma música de The Lumineers, banda pela qual eu sou simplesmente apaixonada.



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CAPÍTULO 18

Meus olhos se abriram para encontrar seus grandes olhos azuis.

Eles eram a coisa mais linda de meu mundo e tinham um brilho de felicidade especial. Meu coração se aqueceu, uma sensação gostosa que se espalhou por todo meu corpo. Bella estava ali. Ela estava comigo.

– Bom dia, amor – ela sussurrou, sua voz estava leve, cheia de alívio.

– Eu te deixei esperando por muito tempo? – perguntei, dando um sorriso de lado. Bella soltou uma risadinha. Ela estava sentada na cama, ao meu lado, sua mão sobre a minha.

Não há palavra suficientemente grandiosa para descrever quão magnífica ela estava. Seus cabelos estavam soltos, caindo por seus ombros em cachos perfeitos, ela usava um vestido azul marinho de renda e cetim, que envolvia seu corpo delicado e um sobretudo cor de ostra por cima.

– Você está um pouquinho atrasado sim, Sr. Cullen – resmungou ela, mordendo seu lábio.

– Desculpe-me Srta. Swan – murmurei um traço de dor em minha voz. Ela chegou ainda mais perto e apertou minhas mãos.

– Agora você está aqui comigo. E é isso que importa – Bella se aproximou, juntando nossos lábios.O beijo começou calmo, casto, línguas explorando bocas novamente. Ah, quanta saudade eu tive desse beijo... Minhas mãos passearam para sua cintura, puxando a para mim com força, seu corpo leve caiu em cima do meu, fazendo meus pulmões protestarem, mas eu ignorei, suas mãos estavam em meu cabelo, puxando-os, eu gemi e pude sentir um sorriso em seus lábios. Puxei-a ainda mais para mim, acabando com qualquer centímetro que nos separava, minhas mãos estavam embaixo de seu sobretudo, alisando o tecido fino de seu vestido.

– Você poderia usar uma blusa da próxima vez. É mais fácil – sussurrei sobre seus lábios.

– Vou me lembrar disso. Da próxima vez; Agora, cale a boca e me beije – disse ela, mordendo meu lábio.

Havia um fogo ardente de paixão por todos os lados e tudo que eu queria era tê-la ali e agora. Bella parecia concorda comigo, pois pude ouvir seu gemido fraquinho. Mas quando estávamos quase aprofundando – ainda mais – o beijo, nós ouvimos risos de criança vindo do corredor.

– Droga. Tony e Angie – resmungou Bella, tentando soltar-se do meu aperto, eu ri, mas deixei-a ir, ela se jogou na poltrona ao lado da cama, ajeitando seu vestido. A porta foi aberta e meu pai entrou, ele parecia feliz e tinha meus filhos, um em cada braço, no colo.

– Vejam queridos, papai acordou – meu pai falou, sorrindo para mim, Anthony se remexeu em seu colo e papai o colocou no chão. Meu garoto correu pelo quarto, até está à beira da cama, ao lado de Bella, que o ajudou e ele se jogou encima de mim. Passei meus braços protetoramente ao seu redor, apertando-o a mim.

– Ah, Anthony... Eu senti tanto a sua falta – sussurrei, beijando seu cabelo.

– Papai, tá doente? – perguntou ele, levantando a cabeça para me olhar.

– Sim, bebê, mas eu vou ficar bem, ok?

– Tony vai cuidar do papai – prometeu ele, seus olhos azul-esverdeados com um brilho sério.

– Angie ajuda, Tony – Angeline falou, seu sorriso mostrava seus poucos dentinhos de leite.

– É – concordou Anthony e então ele começou a distribuir beijos pelo meu rosto.

* *

Dr. John Sullivan apareceu alguns momentos depois para me “dopar”, ele tinha me dado cinco remédios diferentes e tinha feito uma verdadeira palestra explicando todas as etapas do meu tratamento de seis meses, que não deveria ser interrompido de maneira alguma. Minha mãe – que tinha aparecido algum tempo depois – passou um longo tempo discutindo com ele todos os cuidados e detalhes sobre meu tratamento. Anthony e Angeline tinha ido embora com Emmett – que tinha os subornado com sorvete – e agora éramos apenas eu, Bella, Dr. Sullivan e mamãe no quarto. Isabella estava deitada ao meu lado, nossos pés se tocando, meu cobertor azul cobrindo a nós dois, suas mão enlaçadas com a minha enquanto minha mãe e o doutor falavam sem parar.

– Sabe Edward... Talvez, depois que tudo isso acabar, você sabe, quando você estiver melhor dessa doença, nós possamos, quem sabe, fazer uma faculdade... O que você acha? – perguntou ela, me fitando em dúvida. Eu nunca tinha acabado minha faculdade de administração; as coisas com Victoria e então a chegada de Anthony... Seria uma coisa boa finalmente pensar no meu futuro.

– É uma ótima ideia – concordei, sorrindo para ela. Ela sorriu de volta, parecia aliviada.

– Nós poderíamos fazer a faculdade de Washington... Ou então voltarmos para Nova York, mas eu não me importo de ficar aqui.

– Amor... Nós temos todo o tempo do mundo para discutir isso – toquei seu nariz com uma das mãos - o que você acha de tirarmos uma soneca? – perguntei, observando as olheiras embaixo de seus olhos – você parece cansada.

– É uma boa ideia – concordou ela, encostando a cabeça em meu ombro.

Fechei os olhos, apertando sua mão junto a minha. Ela estava ao meu lado e era isso que importava.

**

Joanne Parker apressou seus passos.

Os saltos brancos da enfermeira bateram contra o linóleo do chão do corredor, seus cabelos pretos presos em um coque elegante, ela parecia cansada e devia está na casa dos trinta e poucos anos, a lista de pacientes em sua mão indicava que havia apenas mais dois pacientes para checar, ela olhou para o fim da lista e leu rapidamente.

THOMPSON, Ariane Rose – quarto 49 C, quarto andar.

CULLEN, Edward Anthony – quarto 50 C, quarto andar.

Sorriu aliviada, apenas mais dois e ela iria para casa e para seu filho pequeno de 5 anos, Alex.

Antes mesmo de chegar ao quarto de Ariane Thompson, ela pode ouvir vozes vindas de lá.

– Ari, por favor, você tem que descansar – implorou uma voz masculina.

– Você vai ficar aqui comigo, Louis? – a voz feminina, Ariane, disse, soando bastante divertida.

– Esse é o seu quarto, você sabe que eu não posso ficar enquanto você está acordada – replicou Louis, ele parecia cansado da discussão.

Joanne soltou uma risadinha e bateu na porta.

– Pode entrar – Louis disse. Ela abriu a porta e apressou-se para dentro.

O garoto, Louis, estava sentado na poltrona azul do quarto de Ariane. Ele era bonito, seus cabelos castanhos estavam arrumados em um topete mal feito e seus olhos verdes brilhavam com a frustração, tinha uma barba rala no rosto, o que o dava um ar de maturidade, mesmo ele não passando de seus 18 anos.

Ariane encontrava-se encima do armário de ferro fundido do hospital, como ela tinha chegado ali, Joanne não tinha a mínima ideia, e pelo olhar de Louis, ele também não sabia, mas Ariane parecia confortável lá encima, ela estava com as pernas cruzadas e usava a bata do hospital e pantufas em forma de castor, seus cabelos castanho-claros, quase loiros estavam presos em uma trança malfeita de lado, seus olhos eram de azul-claro, da cor do céu em um dia de verão.

– Olá, eu sou a sua enfermeira, Joanne – apresentou-se, mas foi interrompida pela voz animada da menina encima do armário.

– Ótimo. Jo você poderia por favor autorizar o resmungão do meu namorado – ela apontou para Louis – a dormir aqui, comigo? Eu não quero ficar sozinha.

– Joanne, você poderia dizer a ela – Louis apontou para Ariane – para sair de cima desse armário? Não parece uma coisa muito boa para sua pneumonia.

A enfermeira riu pelo nariz da situação cômica.

– Muito bem, vamos resolver isso – falou, virando-se para a menina – Ariane, Louis tem razão, é melhor você descer daí – a garota fez uma careta, mais colocou seu pé no batente da janela e pulou habilmente para o chão – E Louis, eu não vejo nada contra você dormir com ela.

Ari abriu um largo sorriso e saltitou pelo quarto se jogando na cama e batendo no espaço vazio ao seu lado. Louis revirou os olhos, mas também sorriu e largou os sapatos ao lado da cama, deitando-se ao lado dela.

– Ah, Jo – chamou Ariane – eu tirei isso aqui sem querer. Você pode colocar de volta? – Ariane pegou os fios de seu soro, de onde eles jaziam no chão.

Após Joanne ter colocado o soro de volta no braço de Ariane e deixado os dois praticamente adormecidos no quarto, ela se dirigiu para o quarto seguinte, que parecia silencioso. A cena que viu parecia típica de filmes de amor, haviam dos adolescentes deitados, de mãos dadas na cama, eles pareciam ser uns dois anos mais velhos que Ariane e Louis, no outro quarto. A garota tinha cabelos castanhos cumpridos que caiam por cima do ombro do garoto onde ela estava aninhada. Ela usava o que parecia ser um vestido azul de renda e um sobretudo cinza fofo. O menino ao seu lado, Edward, tinha cabelos castanho-cobre arrepiados que caiam sobre sua testa, ele parecia mais magro que o normal, mas não deixava de ser lindo. O quarto estava cheio de desenhos diferentes, feitos em folhas colorida com tinta, alguns não tinham ordem ou sentido, apenas uma mistura de tintas coloridas. Havia que ela quase reconheceu, a criança que o fez deveria ter a idade de seu filho Alex, porque ela podia ver vários bonecos de palito de diferentes tamanhos ali e o nome ‘ Annie’ rabiscado embaixo com caneta colorida, a mesinha de cabeceira tinha um livro de mitologia e um retrato de quatro crianças, entre elas um bebê que deveria ter no máximo seis meses sentado em um andador, ele era fofo, com cabelos loiros e olhos azuis, um menino que deveria ter três anos segurava sua mãozinha, era bochechudo, com olho verdes... Ou eram azuis? E cabelos castanhos bem penteados, duas menininhas loiros, uma que deveria ter quatro ou cinco anos e outra da mesma idade do menino moreno completava a foto, seus olhares pareciam focar em outra coisa, talvez na pessoa que tinha tirado a foto e elas riam.

Joanne saiu logo do quarto, com medo de interromper o cenário de filme do quarto e acordar o casal. Quando já estava quente em seu vestido florido e seu sobretudo e dando tchau a Clarisse, a mulher da recepção, seus olhos se fixaram em uma mulher com longos ruivos presos elegantemente em um coque no alto da cabeça, ela usava um vestido preto apertado, que marcava suas curvas perfeitas, um casaco cinza que deveria ser da última coleção da Gucci e saltos altos vermelhos.

– Médica do plantão da noite? – perguntou Joanne a Clarisse, apontando com o queixo para a ruiva elegante que agora esperava o elevador.

– Acho que sim... É esquisito, Jo, eu acho que já a vi em algum lugar – Clarisse balançou a cabeça – Ou é já estou ficando cansada e velha.

– Eu não sei você, Clar, mas eu daria tudo por aquele casaco – Joanne disse – Bem, eu já vou indo, certo?

– Claro, até amanhã Jo. Boa noite – E Clarisse voltou para seu trabalho, esquecendo-se da sensação de reconhecimento.

* *

Talvez, esse tenha sido o maior erro da vida de Clarisse, mas ela só viria a descobrir isso no outro dia.

Agora, Victoria estava no quarto de Edward, tentando não matar Isabella com apenas um soco. Aquele lugar ao lado dele deveria ser dela. Porém ela se controlou, Edward estaria a sós com ela em poucos minutos. Ela esperou dentro do quarto 50 C por seus “ajudantes”, que logo chegaram. Eles eram três, todos grandes e musculosos, Ian, Joe e Jeremy respectivamente., os últimos dois eram gêmeos idênticos.

– O que nós faremos com a mulher, Victoria? – perguntou Ian, apontando para Isabella.

– Só apague-a, pode deixá-la ai mesmo – a mulher disse, fazendo um gesto de desprezo. Ian aproximou-se dela e tirou uma seringa de sua maleta preta de couro, delicadamente, ele a injetou no braço da garota, que não protestou.

– Tem certeza que nós não podemos levá-la? Ela é bonita, seria uma ótima distração – Ian falou, acariciando o cabelo castanho de Bella.

– Não – Victoria o cortou – Só ele.

Ian suspirou. Victoria deixou um bilhete encima do criado mudo, ao lado da fotografia de Annie, Tony, Angie e Nate.

Ele é meu, Isabella.

V.

– Até mais então, princesa – ele disse e se virou para Edward, aplicando a mesma seringa no braço dele – agora é com vocês, Joe, Jeremy.

Os dois rapazes loiros assentiram. Eles pegaram Edward no braço rapidamente, colocando-o na maca prepara do lado de fora e o cobrindo completamente com um lençol.

– Cuidado – guinchou Victoria. Ela tirou um jaleco de dentro de sua bolsa preta e colocou-o por cima do vestido. Ela tinha roubado-o de uma médica qualquer no vestiário.

– Deixem comigo. Esperem no carro. – Os três assentiram e ela empurrou a maca até a parte de trás do hospital, perto da saída de emergência: o necrotério.

Ela só precisou ficar lá alguns minutos e dizer que Edward tinha morrido de ataque cardíaco e a família viria retirar o corpo na manhã seguinte. Os médicos responsáveis acreditaram e a deixaram sozinha 10 minutos mais tarde, a partir daí, ela só teve que empurrar a maca pelo estacionamento quase deserto até o carro. Joe e Jeremy colocaram Edward no porta-malas, e logo Ian deu a partida, dirigindo em alta velocidade pelo trânsito calmo da noite.

**
Quando Bella despertou de manhã, sua cabeça doía. Ela procurou no espaço ao seu lado por ele, mas tudo que suas mãos encontraram foram os lençóis frios.

– Edward? – ela chamou, levantando-se da cama. Não houve resposta. Seu coração doeu, havia alguma coisa errada. Ela alcançou o banheiro, mas Edward também não estava lá.

**

No quarto ao lado, Ariane tinha acabado de colocar uma roupa de verdade. Ela tinha conseguido autorização médica para tirar aquela ridícula bata e colocar suas próprias roupas, seu cabelo estava solto e ainda para pentear, ela usava calça de moletom cinza, uma camiseta preta dos Ramones e seu converse vermelho.

– O que acha, Louie? – ela deu uma volta, como se estivesse mostrando a ele um vestido caro. Louis riu, ele estava sentado na cama de pernas cruzadas, seus cabelos ainda pingando de seu recém tomado banho, usava uma camiseta branca e um casaco xadrez por cima, a calça jeans folgada e tênis iguais ao de Ariane.

– Acho que você precisa ajeitar esse cabelo – ele apalpou os espaço vazio a sua frente – Venha cá, Srta. Thompson.

Ari saltitou até ele, se jogando na cama, as pernas em posição de índio.

Quando Louis tinha acabado de pentear o longo cabelo dela, eles ouviram um grito vindo do quarto ao lado, era um grito obviamente feminino e a voz parecia realmente desesperada.

– O que será que houve? – perguntou Louis, franzindo o cenho.

– Vamos ver.

Os dois levantaram-se da cama e invadiram o quarto 50 C.

Havia uma menina de joelhos no chão, ela usava um vestido azul e seus cabelos castanhos estavam bagunçados, chorava descontroladamente, seus olhos da mesma cor do vestido estavam vermelhos.

Ari correu para ela e se jogou de joelhos ao lado da menina desconhecida, ela não parecia ser mais que 2 anos mais velha que Ariane.

– O que aconteceu? – perguntou Ari a mulher, usando um tom tranquilizador. A menina agarrou-se a Ariane, sem nem mesmo conhecê-la – Qual seu nome?

– Isa-Isabella... meu namorado... O paciente deste quarto... Quando eu acordei ele tinha sumido. E só sobrou isso – ela apontou para o papel amassado em suas mãos. Ariane olhou para Louis pedindo ajuda.

– Eu vou chamar o segurança... E uma enfermeira. Você não parece nada bem – disse Louis, deixando o quarto.


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Notas finais do capítulo

O que acharam de Ariane e Louis? Espero que tenham gostado, porque eles aparecem muito por aqui.

Tema beward na fanfic: just breathe - pearl jam.