À Procura Da Felicidade escrita por Effy


Capítulo 18
You, My Everything


Notas iniciais do capítulo

O título desse capítulo é o nome da minha música preferida: You, My Everything - Ellie Goulding, que quer dizer Você, Meu Tudo.



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CAPÍTULO 16

Jogou seus longos cabelos ruivos para trás, que se espalharam pelo seu divã preto, dançando com o vento manso que entrava pela janela.

Seu cabelo é engraçado, sabia? Eles parecem chamas.

A voz dele ecoou em sua mente, o que a fez dar um leve sorriso.

E o cheiro... Eles tem um cheiro gostoso Ele pegou uma pequena mecha ondulada entre seus dedos e cheirou, seus lábios vermelhos levantando-se em um sorriso.

Aquela boca. Ela gostava tanto de morder aquela boca... Fora um choque revê-lo em Nova York, parecia tão maduro agora, os cabelos comportados, ah ela gostava de bagunçá-los também, as roupas mais sérias. Edward não era mais aquele menino que se fascinava tanto com seu cabelo.

Você é tão bobo, Edward – riu ela, enquanto bagunçava-lhe o cabelo. Ele estava ao seu lado, deitados em sua cama, cobertos apenas por um lençol. Edward riu, fazendo um biquinho – Você é tão meu, Cullen... Não vou deixá-lo com nenhuma outra... Você é o meu menino.

E agora seu menino estava com outra. Suas mãos apertaram o couro negro do divã. Havia outra mulher com ele. Ela a odiava com todas as suas forças. Ninguém mais podia tocar nele. Ele era dela.

Você é meu, Cullen – disse, enquanto agarrava-se ao braço másculo do garoto.

Dela. Dela. O bebê fora um erro, ela sabia disso.

– Isso é sério, amor? Eu vou ser papai? – falou ele, maravilhado. O sorriso mais bonito que ela já tinha visto estampava o rosto dele. Edward se parecia tanto com o David de Michelangelo, místico, forte, bonito, angelical... E tão surpreendentemente atraente que assustava. Como ele poderia ser real?

Não poderia ficar ali com eles. Tinha sido tão idiota... Deveria tê-lo colocado para fora antes que aquilo se tornasse mais problemático, mas então o garoto, Anthony... Era esse o nome que ele queria. E ela faria tudo por ele... Até porque, não se importava com o bebê. Edward ia se casar com ela, era isso que importava.

Você é meu tudo, Edward. Deus, eu poderia fazer loucuras por você, sabia?

Mas então Anthony se tornou o foco da vida dele. Pelo menos, o bebê se parecia com Edward, tinha seus olhos, seus lindos olhos... E ela se viu presa. Edward a tinha prendido. Não poderia ficar ali, com ele. É claro que ela o amava, mas ela amava ainda mais sua liberdade e então, ah...

Edward,

Essa não é a vida que eu queria para mim, e você sabe, eu não queria ter um filho, e até pensei em levar o bebê comigo, mais ele ficara melhor com você, você é um bom pai. Cuide dele.

Ela teria levado o bebê com ela, apenas para poder lembrar-se de Edward e ver aquele rosto... Mas não tinha tempo para cuidar de uma distração, um imprevisto maldito do destino. Não... Edward poderia ficar com ele... Seria uma lembrança dela para ele, certo? Para o Cullen não se esquecer da garota do cabelo cor de chamas...

Eu olho para ele e me lembro de você, amor... – murmurou Edward, no ouvido dela.

Porém... Ah, seu garoto com outra? Não. Victoria não toleraria isso. Seu. Seu. Ele seria para sempre seu... Não da outra... Como ela o nome dela mesmo?

Não chegue perto dos meus filhos ou de Isabella ou eu vou fazer coisa muito pior que apenas falar com você – tinha dito ele quando o havia encontrado no shopping.

Victoria sentiu ainda mais raiva daquela mulher. Ela tinha envenenado seu Edward, o fazendo odiá-la... Era culpa dela. Mas, Vic já tinha um plano. Edward Cullen seria de novo dela. E ela faria qualquer coisa para isso.

Seu. Seu. Seu. Se ele não fosse dela, Victoria iria se assegurar de que ele não seria de mais ninguém.

Edward

Perdi a respiração novamente. E eu sabia o que viria depois. A tosse. Meu corpo se convulsionou, arqueando-se por vontade própria. Aquilo era agonizante. Com um baque surdo meu corpo caiu de volta no colchão, eu sabia que por hora tinha passado.

Meu pai me lançou um olhar preocupado.

Eu estava com uma virose séria, dissera ele, seu medo era que não fosse apenas uma virose e sim algo pior, talvez tuberculose ou pneumonia.

Meus filho, Nate e Annie estavam por ora na casa de Alice. Era arriscado deixá-los perto de mim. Eu poderia deixá-los doente.

Por mais triste que fosse ficar sem vê-los, eu não queria que eles ficassem doente também. Outra perda de respiração. Tosse. Meu corpo levantou e caiu de novo no colchão. Minha cabeça explodia.

Mas ela estava lá, pelo menos. Segurando minha mão. Minha Isabella estava comigo.

– Eu estou pensando seriamente em internar você, Edward – papai me disse. Ele estava sentando na poltrona de meu quarto, com um olha sério em seu rosto – Está cada vez pior.

– Eu não quero. Não gosto de hospitais – resmunguei, minha voz soou mais rouca que o normal.

– Deixe esse medo bobo de lado, garoto – Emmett disse, não tinha percebido que ele estava ali. Eu não conseguia me mexer para localizá-lo – Você está realmente horrível.

– Emmett... Não. Eu vou ficar bem... É só uma virose boba. Agora, eu quero dormir – murmurei, Isabella apertou minha mão. Ela andava tão quieta esses dias. Estava preocupada comigo... Eu sorri para ela e fechei os olhos.


Quando acordei estava escuro. E frio também. Muito frio. Percebi que eu tremia.

– Bella? – chamei. Abri os olhos. O quarto estava vazio – Bella? – E então a tosse. Arqueei o corpo. Tentei respirar, mas estava mais difícil, como se algo prendesse meus pulmões.

A porta do quarto se abriu e eu vi minha mãe entrar correndo. Senti sua mão em minha testa.

– Ah meu querido... – murmurou ela para mim – Carlisle! – gritou por sobre o ombro. Alguns segundos depois papai apareceu no meu quarto.

– Mamãe... Eu quero um cobertor – sussurrei, minha garganta estava seca. Foi a vez de meu pai colocar a mão sobre minha testa.

– Você está queimando em febre, Edward – falou ele, sua voz parecia angustiada. Minha cabeça martelou e meus dentes bateram.

– Não, eu vou ficar bem... Eu vou fic... – E meu corpo debateu-se de novo, como se eu fosse uma marionete e meu dono fosse uma pessoa má que gostava de sacudir-me. A tosse veio mais intensa dessa vez. E algo quente saiu de minha boca, melando meus lençóis e minha camiseta branca de vermelho.

Alguma coisa pesou em minha mente.

– Edward? – chamou minha mãe alarmada. Foi a última coisa que eu ouvi antes de cair em completa escuridão.


Eu estava á deriva, meu corpo parecia flutuar... Eu gostava disso. Estava voando, mais alto e mais alto. Eu podia ver o sol acima de mim, ele parecia me chamar... Eu era Ícaro com suas asas de cera... Flutuei para cima, cada vez mais alto, para cima, para cima... Minhas asas de cera estavam se dilacerando... Mas, eu era Ícaro e o sol parecia tão atraente... Eu não queria cair. O sol... A luz... Tão chamativo... Eu era Ícaro com suas asas... Ícaro com suas asas... Eu era Ícaro e o sol não era o sol... O sol era Isabella. Ela era meu sol. Ela me seduzia... Ela me chamava de volta... Alguma coisa me puxava para baixo também... Mas o sol... Isabella... Eu podia... Eu era Ícaro e tinha asas de cera, elas me aguentariam tempo suficiente até chegar a ela... Ícaro com suas asas... Ícaro com suas...



Eu ouvi sons a minha volta. Eu não conseguia me mover. Ainda era Ícaro, e o peso das asas e da coisa que me puxava para o chão ainda estava sobre mim.

– Ele vai ficar bem, Esme... Só precisa de um tempo. Ele está fraco – eu ouvi meu pai dizer, e um choro agudo. Era minha mãe. Eu queria confortá-la, queria me mexer e dizer-lhe que ia ficar tudo bem. Mas então as asas se tornaram mais pesadas, me puxando para o escuro.

Depois de algum tempo, não sei, a escuridão me deixa ouvir mais uma vez. Dessa vez eu desejo que ela não tenha me proporcionado isto, porque o que ouso é demais para mim. Anthony está lá. E ele está chorando.

– Papai não acorda, mamãe? – pergunta ele, soluçando. Sinto sua mãozinha em minha bochecha. Oh meu bebê...

– Seu pai está doente, Anthony – diz Bella em um tom rouco – ele precisa dormir um pouco.

– Eu quelo ele mamãe... Acolda papai... Eu quelo que o papai acolde... – choraminga ele.

Eu estou aqui, Anthony... – quero dizer, porém eu apago novamente.


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Notas finais do capítulo

Ah, eu sei que o capítulo pode ter saído desconexo, principalmente porque eu repito muito algumas coisas, mas, entendam, eu abordei uma mente perturbada, porque é isso que Victoria é. Como vocês perceberam, ela ainda é louca pelo Edward, porque ela o amou. Amou do jeito dela, mas amou.
E Edward também a amou, como vocês viram.

E o POV's Edward, bem... Eu não queria deixá-lo doente, porém a ideia veio na minha mente depois que li 50 tons de liberdade ( é, me julguem eu já li a trilogia 50 tons e não é vazio como todo mundo acha, é fascinante).

Então, eu transformei Victoria em uma junção de Leila, Elena e Jack e Edward em um mix de Ana e Christian.