À Procura Da Felicidade escrita por Effy


Capítulo 11
Capítulo 09


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpem a demora, não posso prometer que os capítulos não vão mais demorar porque não é verdade.
Estou super ocupada no momento, graças a Deus, finalmente estou no primeiro ano colegial ( uma verdadeira intrusa no ensino médio já que ainda tenho 13 anos ) e bem, tá muita correria, sempre tenho pilhas de dever de casa pra fazer e tenho que estudar com mais frequência a tarde, ai... complica de escrever.
Mas vou fazer meu máximo para não atrasar tanto assim, prometo.



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CAPÍTULO 09

Ela estava de costas para mim. Mas não tinha como eu não reconhecer aqueles cabelos vermelhos. Victoria conversava com alguém, um homem alto, e loiro, mas aquele tom de cabelo era familiar... Angie? Eram da mesma cor que os cabelos de Angeline. Mas minha maior preocupação não era com ele... Olhei novamente para Victoria, e a raiva invadiu cada célula do meu corpo, ela havia me abandonado, tinha me deixado com um bebê de seis meses para cuidar, tinha me feito sofrer. Eu queria agarrá-la pelos cabelos e gritar para toda a Nova York todas as coisas que ela tinha feito, queria que todos soubessem a vadia desprezível e mau-caráter que ela era. Olhei para o bebê em meu colo, Anthony estava distraído, brincando com um de seus carrinhos. Ela não podia vê-lo, eu não a deixaria nem mesmo ver a sombra de meu filho, ele era só meu. Victoria tinha perdido a chance de ser a mãe há anos atrás, e ela não teria essa chance novamente, eu não deixaria esta cobra chegar perto do meu bebê nunca mais. Deixei a raiva de lado e acelerei meus passos, quase correndo pela rua eu tinha que ser rápido, não poderia correr o risco de que ela nos visse. Foi somente após praticamente correr dois quarteirões que eu finalmente olhei para trás, ela não tinha nos seguido. Suspirei, aliviado, pelo menos já estávamos na rua da creche.

- Papa pelssa? (papai, pressa?) – perguntou Anthony, me olhando com curiosidade.

- Não... Não Anthony. Eu só queria que nós chegássemos logo, para vermos, Angeline, Bella, seus outros amigos... – menti, dando um sorriso forçado a ele. Coloquei-o no chão e peguei sua mão, levando-o para dentro da creche. Meu bebê estava tão feliz, ele tinha um sorriso enorme no rosto, mostrando seus poucos dentinhos brancos, e suas covinhas, que tanto me encantavam já que eram as mesmas covinhas que sempre estavam no sorriso de Emmett e de Alice. Anthony me fazia sentir uma imensa saudade de meus irmãos... Meus pais.

Flash Back On

(n/a: é um pov’s Edward, só que a linguagem vai está mais infantil porque eu quero descrever a relação que ele tinha com a família quando ele era criança, aqui, nesse flash back, ele tem de quatro para cinco anos, ou seja, Alice tem10, e Emmett têm 12).

- Está ouvindo, filho? Você já tem 12 anos, está na hora de criar responsabilidades, você não é mais uma criança pequena, Emmett – Papai estava falando coisas sérias para Emm, que estava sentado a sua frente, no sofá, com uma cara estranha, ele tinha a cara do papai.

Eu estava sentado no chão, brincando com alguns carrinhos velhos de Emmett, eu tinha meus próprios carrinhos bonitos, mas eu queria ser que nem o Emm, queria que o papai ficasse feliz comigo, como ficava com Emmett. Alice estava sentada ao meu lado, com um monte de boneca ao redor, ela ficava trocando as roupas delas, numa brincadeira chata de menina. Me levantei, levando comigo o carrinho vermelho do meu irmão, ele disse que era uma Ferrassi,ou algo assim, me sentei perto de Emmett no sofá, olhando pro papai com a mesma cara que Emmett olhava.

- Você sabe que terá que tomar conta de Edward não sabe? Ele precisa ter boas influências, ou vai acabar se tornando um desses moleques que engravidam as namoradas no colegial.

- Papai, mas o senhor disse que bebês eram legais! – reclamei, meu pai me olhou feio.

- Escute bem, Edward, eu sei que sua mãe não quer que eu fale coisas assim para você, ela diz que você ainda é um bebê, mas nunca esqueça do que eu vou lhe dizer agora. Bebês são bênçãos de Deus, são coisas que chegam para alegras os pais dele, desde que eles estejam casados, isso só traria alegria a família, mas, se você tem um bebê na escola, sendo um moleque ainda, sem responsabilidade, que mal cuida de si mesmo, como você sustentaria seu filho?! Você faria essa criança sofrer?! Como meu pai me disse, a maior infâmia, o maior pecado, o pior erro, e o pior desgosto que você pode dar a sua família é desonrá-la, manchar seu nome por causa de um erro que poderia ser evitado se você tiver o mínimo de consciência. Não há erro no mundo pior que esse, garoto. A família, depois de Deus, é a coisa mais importante na vida de um homem. 

Flash Back Off

E foi desse jeito que fui criado. Eu não queria criar meu filho desse jeito, não queria moldá-lo nesses padrões, como se ele fosse um molde a ser preenchido. Meu filho foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Ele não cresceria pensando que foi um erro. Por que ele foi meu melhor presente de Deus. Quando finalmente entramos na creche, Isabella e Angie já estavam lá. Bella sorriu para mim e por um segundo eu esqueci todas as minhas preocupações, meu anjo estava sorrindo para mim.

- Olá Sr. Cullen – ela falou, em um tom divertido, vindo me dar um abraço. A sensação de abraçá-la faziam correntes elétricas descerem por meu corpo.

Ficamos conversando por mais algum tempo, até que finalmente reparei na hora. Eu precisar sair logo ou então iria me atrasar para o trabalho.

- Oh droga – resmunguei. Eu não queria ter que voltar para meu prédio agora e correr o risco de me esbarrar com ela.

- O que foi? – perguntou Bella, curiosa.

- Meu carro está sem gasolina, e eu estou atrasado pro trabalho – menti rapidamente. Não queria contar a Bella sobre Victoria ainda.

- Tudo bem, pega o meu – Isabella sorriu, me estendendo a chave – Eu ligo para Ang vim me buscar.

- Sério? Obrigada, Bella. – disse, sorrindo para ela. Me despedi dos bebês e dela e corri para seu carro. Comecei a dirigir numa velocidade regular, eu não aguentaria esconder aquele segredo de mais ninguém. Peguei meu telefone discando enquanto estava num sinal vermelho, discando o número familiar rapidamente, eu sabia que ainda era algo em volta de uma ou duas da manhã em Forks, mas mesmo assim Emmett atendeu o telefone no terceiro toque. Eu estava precisando de conselhos do meu irmão mais velho.

- Alô? O que aconteceu Edward? São uma e meia da manhã! – Emm bufou, com a voz sonolenta.

- A Rosalie está ai? – perguntei, não queria que ninguém mais soubesse da minha conversa com ele.

- Não, cara, ela tá na casa da mãe dela, parece que o irmão dela quebrou o braço, não sei.

- Ela está aqui, Emmett. Eu vi Victoria em Nova York – falei, com a voz grave e cheia do ódio que eu sentia por aquela cretina ordinária.

- O QUÊ? O quê essa vadia está fazendo ai?! Ela veio falar com você? Ela viu o Anthony?! – Emmett gritou, dizendo alguns palavrões depois.

- Estava de costas para mim, eu estava com Anthony no colo, não nos viu. Eu não deixaria que aquela... Olhasse para o meu filho, Victoria não é a mãe dele, ela é um monstro sem coração.

- E você vai contar para a mamãe e o papai? Para a Alice? – perguntou ele, um pouco mais calmo.

- Não... Se eu contasse isso para mamãe, ela surtaria e convenceria papai a me mandar de volta para Forks, e eu ainda quero minha liberdade, Emmett, eu quero cuidar eu mesmo do meu filho. Quero mostrar para ele que eu não sou mais um moleque irresponsável. E quanto a Alice... Ela está grávida! Não quero que ela fique estressada e acabe prejudicando a saúde dela e do bebê. E além do mais eu sei cuidar do meu Anthony sozinho – falei, minha voz soou ríspida, agressiva. O que meu pai pensaria disso? Diria que eu era uma criança, me faria voltar para casa.

“Você ainda é um moleque, Edward, um adolescente irresponsável. Volte para casa agora e esqueça esse sonho estúpido, pense na segurança do seu filho. Ele não ficará seguro estando ai com você, você é imaturo demais para lidar com essa situação” – Era exatamente o que ele diria quando soubesse que Victoria estava aqui. Apertei o volante, os nós de minha mão ficando brancos com a força que eu colocava enquanto mais uma maré de raiva me invadia. Soltei um grunhido, me esforçando para me manter calmo e resistir ao impulso de socar alguma coisa.

- Calma Edward – Emmett disse – Não adianta se irritar, isso não vai resolver sua inimizade com o papai e nem seu problema com ela.

- Ok ok. Emmett, tenho que desligar. Cara, por favor, não conta nada pra ninguém, ok? Nem mesmo para a Rosalie – murmurei minha voz quase inaudível agora.

- Não conto nada para ninguém, prometo. Não esquece de me ligar se tiver qualquer novidade sobre isso – Emm bocejou – Agora me deixa voltar a dormir, eu estava num ótimo sonho com a Megan Fox.

- Espera só eu contar isso para Rose – falei, brincalhão.

- Nem se atreva – resmungou ele e desligou.

Agora eu tinha acabado de estacionar o carro de Bella no pequeno estacionamento do escritório em que eu trabalhava.  Meredith, minha grande amiga aeromoça (n/a quem não lembra dela, ela aparece no cap. 01) havia me arrumado esse emprego, ela havia me ligado após a primeira semana de entrevistas de emprego sem sucesso, eu lhe expliquei a situação e Meredith me arrumara uma vaga no mesmo escritório que seu marido, e bem, aqui estou eu. Sai do carro, tinha que agradecer a Isabella depois pelo empréstimo, ainda estava decidindo se contaria a ela sobre Victoria e sobre o estranho homem com ela, eu ainda via uma estranha semelhança entre ele e Angie, ou talvez fosse apenas coisa da minha cabeça. Segui meu trajeto de sempre, saindo do estacionamento e seguindo para o pequeno prédio administrativo.

- Bom dia, Edward – Carmen, a secretária do meu patrão, Dr. Bankers, já estava sentada atrás de sua mesa de mogno, ela era bonita, devia ter uma idade entre 40 e 50, era meio gordinha, tinha cabelos castanhos escuros presos elegantemente em um coque, olhos cor de café com um brilho maternal, sua pele era da mesma cor que seus olhos, cor de café, um lindo tom.

- Olá Carmen – sorri para ela e me sentei em uma ponta livre de sua mesa.

- Chegou em um carro diferente hoje. Por causo não está procurando uma nova mamãe para Anthony, não é? – Seu tom era divertido. Carmen era uma ótima amiga e como todas as pessoas que eu conhecia, adorava Tony.

- É claro que não, é o carro da Isabella, minha amiga, lembra?

- Ah, sua amiga bonita pela qual você baba como um bobo.

- O quê? Eu não babo pela Bella! – bufei, passando a mão pelo meu cabelo.

- Você é igualzinho ao meu filho Mark – Carmen rolou os olhos – vocês dois não vem as coisas que estão bem debaixo dos seus olhos. Você gosta dela, Edward, e ela gosta de você. Escute o que eu digo, tenho idade para ser sua mãe. Agora anda, tira essa bunda branca da minha mesa, garoto folgado! – Ela me deu um tapa com uma das suas pastas e riu.

- Sim senhora! – respondi, também rindo e fiz uma continência enquanto andava até as escadas.

Meu dia no trabalho passou rapidamente, era um trabalho exigente, eu organizava as pastas do Sr. Bankers, levava documentos até outros escritórios, ouvia suas sugestões para seus casos no júri, e até apresentava minhas sugestões. Eu havia feito os primeiros dois anos da faculdade de direito, mas havia largado a faculdade quando Anthony nasceu. É claro, pretendia acabá-la, ganhar meu diploma, seguir minha própria carreira de advocacia, mais ainda era cedo, e eu ainda tinha um bebê para criar.

Sai do trabalho uma hora mais cedo que o normal, tínhamos pouco trabalho para fazer então acabei eu mesmo indo buscar Tony na creche. Quando cheguei, Bella já estava lá com os dois, ela sorriu ao me ver, sinceramente, estava linda esta tarde, seus cabelos castanhos estavam soltos, caindo por suas costas de forma delicada, ela usava uma calça jeans um pouco justa, botas e uma camiseta amarelo fraco com um casaco por cima.

- Papa! – Gritou Tony assim que me viu, soltando-se da mão de Bella e correndo em minha direção, me ajoelhei e abri os braços para ele. Já estava com saudade de seu cheirinho de bebê.

- Oi garotão, estava com saudade de mim? – perguntei, bagunçando seu cabelo.

- Montãooo – meu filho abriu os braços, mostrando-me o tamanho. Eu ri e o coloquei no colo, indo para perto de Bella.

- E a princesa não me dá nenhum beijinho? – perguntei para Angeline, no colo de Bella, ela riu e se inclinou para me dar um beijo estalado na bochecha.

- O que vocês acham de um passeio? Que tal irmos ao shopping? – perguntei, estava precisando me distrair e já fazia algum tempo desde que tínhamos levado as crianças a um passeio.

- Seria ótimo – Isabella concordou, sorrindo lindamente para mim. Nós nos despedimos de alguns conhecidos nossos por ali e levamos as crianças para o carro, acomodando-as na cadeirinha. Deixei Bella dirigir, as crianças estavam animadas e conversavam animadamente sobre alguma coisa desconexa. Não demoramos muito ao chegar em um shopping popular perto dali. Eram quase seis horas e o local estava cheio de pessoas de todo o tipo. Coloquei Angeline no colo enquanto Bella pegara Anthony, passamos por todas as vitrines, observando coisas e rindo dos comentários das crianças, entramos em uma loja de brinquedos e deixamos as crianças escolherem o que quisessem. Tony gargalhava ao apertava bolinhas que faziam um barulhinho engraçado quando ele as apertava com as mãozinhas gordas, já Angie olhava para as bonecas, concentrada, enquanto tentava escolher uma. Anthony acabou escolhendo uma bola de basquete do tamanho de sua mão, que quicava alto quando ele a jogava para o alto. E Angeline uma boneca que dizia frases e palavras curtas, como ‘ mamãe’ ou ‘papai’. Foi um fim de tarde e tanto, quando finalmente as crianças se cansaram e começaram a bocejar nós resolvemos e comer alguma coisa antes de ir para casa. Fomos até a praça de alimentação e pedimos dois McLanches Felizes para as crianças.

- Isso não é nada saudável Edward, dar fast food para crianças de dois anos – reclamou Bella quando estávamos indo nos sentar, ela segurava as crianças pela mão enquanto eu levavam nossos lanches.

- E quem te disse que são para elas? – perguntei, num tom divertido.

- Você não vai comer McLanche Feliz, vai?!

- Você pode ter esquecido, mas nós ainda somos adolescentes e eu prometo que vou dividir com elas, deixo os bebês ficarem com os brinquedos e a fruta de sobremesa, é um bom acordo – falei e pisquei para ela.

- Meu Deus, Eddie, você é um completo... – Bella ia retrucar mas foi interrompida.

- Edward? – e minha felicidade foi sugada de repente. Ela estava ali. 


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Notas finais do capítulo

Okay, sei que sou má u.u'