Os Jogos Dos Semideuses escrita por Ana Paula Costa


Capítulo 92
Capítulo 92- O incêndio


Notas iniciais do capítulo

FINALMENTE TIVE UMA IDEIA DESCENTE!
Depois de longos dias agoniantes achando que eu terminaria minha história de um modo muito chato,voltei a ativa.
Espero que gostem.
E perdão mais uma vez pelo total fracasso do capítulo anterior kkkk



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Annabeth:

-Ainda bem que esse negócio do jogos acabou- Amanda tentou sorrir,mas os jogos eram de tirar a felicidade de qualquer um.

-Não haverão mais edições,assim eu espero-disse eu- Fizemos um acordo com os deuses e elas pareceram aceitar.

-Eles não tinham outra alternativa- concluiu Percy

-Por que nunca ouvimos falar desse tal jogo e dessa ilha?-perguntou Bruna,curiosa- Se os olimpianos faziam com frequência,era muito provável de sermos avisados no acampamento.

-Senhor D. e Quíron estavam cientes de toda essa confusão -respondi- Mas quem é que se atreve a parar Zeus e a rainha do olimpo?Dionísio até gostava de ver o sumiço dos campistas,mas Quíron estava de mãos atadas.

-Mas agora as coisas mudaram,certo?

-Provavelmente as técnicas de sobrevivência na ilha serão adotadas no acampamento- respondeu Percy

Não percebemos,mas estava escurecendo e nem havíamos chegado em São Francisco.O sol se escondia por trás das casas da cidade de Fresno,e nós tínhamos que ir embora.

Me levantei,depois de chegar mais de duas vezes o horário em meu relógio.O bebê em meu colo começou a chorar.

-Ela está com fome,suponho.-comentou Amanda olhando fixamente para sua irmã.

-Não posso ajudar nisso- exclamei.

-Vou chamar minha mãe- Amanda se levantou e correu até a cozinha.

O bebê continuava a chorar.

-Faça ela ficar quieta,Annabeth- reclamou Bruna me olhando feio

Pensei em minha madrasta na época que meus irmãos eram pequenos.Todas as vezes que um deles começava a chorar,o outro o acompanhava.Por tanto,ela tinha que fazer um par de Gêmeos ficar em silêncio.

Normalmente ela os embalava,mas quando não funcionava ela tentava entreter os bebês.

Balancei o bebê como se estivesse tentando fazê-la dormir,o choro diminuiu mas ainda continuava a chorar.

-Você não tem nada ai para distraí-la?-perguntei

Bruna me jogou um ursinho colorido.Apertei sua barriga e ele começou a cantar.

-Meus irmãos tinham um desse- comentei- Ele também dança.- Apertei os pés do urso e ele começou a rebolar em minhas mãos.Seus bracinhos subiam e desciam frenéticos.

A garotinha parou de chorar,hipnotizada pelo urso dançarino.

Então ela começou a rir,um riso tão gostoso que me fez abrir um sorriso de ponta a ponta do rosto.

-Está vendo?Ele dança feito um bobão!-disse eu para a garota- Vamos ver o que mais ele faz?

Tentei me lembrar das coisas que ele fazia quando meus irmãos eram pequenos.Me lembro das cambalhotas que o urso dava numa superfície plana.

Coloquei-o sobre a mesa de centro,onde depois de apertar sua mão esquerda o urso começou a dar cambalhotas para frente e para trás.

A garota acabou-se de rir.

Estávamos todos contagiados pelo riso do bebê que nem percebemos a presença da senhora Willtesburg.

-Está tão entretida que até se esqueceu da fome -disse ela,observando as gargalhadas da filha mais nova.- Você leva jeito,Annabeth.

Corei.Meu rosto estava quente,quase febril.

-Ela é uma graça!-disse eu,sem saber o que fazer.

A senhora Willtesburg estendeu os braços para que eu entregasse o bebê.

-Todos são.-disse ela- Você vai ver quando tiver os seus.

-ãh...é.

Agradeci pelo bem vindo toque de meu celular,ele me salvara de um momento constrangedor.

Era meu pai,provavelmente preocupado pela demora.

-Com licença- disse eu,me afastando para atender o celular.

Me afastei da sala,onde todos contemplavam a linda garotinha risonha.

Abri a porta e corri até o jardim,lá eu poderia conversar em paz com meu pai.

-Alô?- atendi

-Annabeth!Está tudo bem?Aconteceu alguma coisa?Algum monstro...

-Não!Está tudo bem,parei para visitar a irmã caçula de Amanda,mas já estou indo para São Francisco.

-Pensei que tivesse acontecido algo...você conhece a Califórnia.

-Tenho a garantia de que nada vai acontecer nesta viajem,pai.A própria deusa da sorte me abençoou.

-Mesmo assim,fique de olhos abertos.

-Como sempre,tenho tudo sobre controle.

-Já está ficando tarde...você virá buscar o carro de noite e...

-Não se preocupe,vamos voltar na mesma noite.

Meu pai demorou para responder.Talvez estivesse formulando uma possível pergunta que não queira fazer de prontidão.

-Que tipo de pai deixa sua filha pegar a estrada de noite?E depois de um dia inteiro sem dormir?De jeito nenhum,você fica.Se quiser ir embora no dia seguinte,sem problemas...mas de noite você não vai.

-Não é apenas eu,pai.

Ele demorou para responder,mais uma vez.Só que dessa vez mais do que o normal.

-Faça o que quiser,Annabeth.

-Mas o senhor disse que...

-Se quiserem ficar,tudo bem.-o conhecido barulho de coisas se quebrando do outro lado da linha fez meu pai se interromper- Eu disse para pararem de correr!-exclamou o professor Chase- Veja só toda essa bagunça!...Annabeth,tenho que desligar,depois nos falamos,certo?

-Estarei ai em breve.

-Então Adeus.

Meu pai desligou o telefone,provavelmente Bobby e Mattew tenham quebrado alguma coisa em casa.Eles iam levar uma bronca.

Voltei para dentro,todos me esperavam na sala.

-Está tudo bem?-perguntou a senhora Willtesburg.

-Sim sim,meu pai só está preocupado com nossa demora...a senhora sabe,a Califórnia.

-É por isso que mandei Amanda para Nova Iorque.Muito mais seguro.

Percy se levantou,entendendo a deixa- Parabéns pelo bebê,senhora Willtesburg,ela é linda.Mas temos que ir.

-Voltem sempre que quiserem- Bruna,Amanda e sua mãe nos levaram até a porta.

Elas nos abraçaram e se despediram,e assim,voltamos para o carro.

Continuamos o caminho até São Francisco.Do caminho para cá já conhecíamos.A estrada até a cidade onde meu pai vivia passava por Los Angeles,a terra dos monstros.

Mesmo tendo a garantia de que as coisas ficariam boas,não pude deixar de me sentir mal quando vi a placa da autoestrada.

Estávamos e silêncio desde a casa da Amanda,não tínhamos muito o que conversar...até por que os assuntos eram todos sobre bebês,e com isso,eram muitos os incentivos.

Corei ao lembrar dos elogios da senhora Willtesburg.

Percy tinha os pensamentos avulsos,ele observava o céu com preocupação.

-O que foi?-perguntei

Ele manteve os olhos pregados no céu

-Está tarde.

-Eu sei...isso é normal,não é?

-teremos que voltar de noite...Vamos passar a madrugada na estrada.

-Meu pai disse que podemos ficar se quisermos.

Percy se concentrou na estrada,onde muitos carros voltavam para suas casas no maior horário de pico da Califórnia.

Ele demorou para responder.

-Passar a noite lá?-perguntou ele,confuso e envergonhado.

-Voltaremos logo pela manhã,se não for problema.

-Bom,isso é......novidade.

-Então nós vamos ficar?

-Acho que sim.

Ficamos em silêncio.O clima era meio vergonhoso,ao pensar que ficar na casa do sogro era tentador em negar,me fez pensar que nunca passei por essa situação.

Conheço Sally desde os doze anos,quando eu e Percy nos conhecemos.Por tanto,quando começamos a namorar- aos dezesseis- já éramos muito familiarizadas.

Mas Percy e meu pai só se viram uma única vez,quando nós tínhamos catorze ou quinze anos.E essa foi a única vez que ambos se viram.Quando meu pai voltou a ouvir de Percy,foi quando ficou sabendo que estávamos namorando.

Era natural que eles se sentissem desconcertados,não é fácil você chegar e dizer “Estou namorando sua filha,e agora vou pegar sua casa emprestada também”.Mas eles tinham que aprender  a conviver um com o outro se manter uma boa relação.Era uma ótima oportunidade para se conhecerem melhor.

A noite começou a cair,já não era possível ver as nuvens no céu.Os postes de iluminação acenderam-se e o fluxo de carro diminuiu.

Cortamos caminho passando por uma estrada contornada por imensos gramados.Estávamos evitando a cidade de Los Angeles,onde era dez vezes mais perigoso do que toda a Califórnia.Contornamos a estrada e pegamos uma rodovia rápida,onde ligava uma pequena cidade do interior com a grande São Francisco.

-Daqui será mais fácil- disse Percy,de repente- Evitaremos o engarrafamento de Los Angeles e chegaremos mais rápido em São Francisco.

-Isso é ótimo,estou morrendo de fome.

Senti Percy se enrijecer ao meu lado.Talvez o fato de que além de ter que passar a noite em casa,ele teria que jantar em companhia dos Chase.

-Não se preocupe,vai ser tão fácil que você não vai nem notar.

Tentei tranquiliza-lo,mas ele continuava tenso.

-Você já matou a meduza,o minotauro,uma hidra, górgonas,fúrias e também já derrotou Ares na esgrima.Você já fez tantas coisas,já matou tantos monstros...E agora está com medo do professor Chase?

-Não estou com medo!-exclamou ele –Mas você nunca teve que passar por isso!

Um barulho forte sobre o teto externo do carro fez com que interrompêssemos a conversa.

-O que foi isso?-perguntei quase num sussurro.

-Fique em silêncio- disse ele,igualmente baixo- Tem alguma coisa no teto

Apuramos os ouvidos e ficamos atentos ao barulho de passos sobre nossas cabeças.

A criatura pulou sobre o capô com o carro ainda em movimento.Ela urrou alto e bateu suas grandes unhas sobre o vidro,deixando uma grande fenda e riscos.

-Deuses!-exclamei

O susto que levamos fez o carro sair da faixa que estávamos.Conseguimos recoloca-lo no lugar certo,antes de acertamos um poste de iluminação.

-De onde saiu essa fúria?!

Ela urrou novamente e fechou suas mãos em punho.Ela esmurrou o vidro até a fenda estourar e partir o vidro em pedaços.

-Quer que morremos?-berrei- Pare o carro,cabeça de algas.

Ele brecou violentamente,e esse foi o tempo para saltarmos do carro enquanto a fúria invadia seu interior e rasgasse o estofamento.

O carro parou no meio da pista,que estava quase vazia.Os carros de trás bateram em sua traseira,fazendo o pisca alerta em pedaços,além de destruir o porta malas.

-Oh deuses...- exclamei para mim mesma.

As chamas do fogo que incendiava o carro cortaram o céu.Logo os bombeiros estariam aqui e pediriam explicações sobre o incêndio.

Eu estava de joelhos no gramado fora da estrada,Percy estava do outro lado se recuperando do susto.Levei minhas mãos até a cintura,procurando por minha adaga.

-Droga- murmurei.Eu havia a deixado em minha mochila dentro do carro.

Olhei para as chamas na parte de trás do carro.Se eu fosse rápida,podia salvar alguns pertences da parte da frente antes do fogo chegar.

Corri até o automóvel em chamas,a fúria saltou para fora e pousou no meio da pista.

Me joguei para dentro agarrei minha mochila,a chave e os documentos do carro.Consegui salvá-los antes de braços me puxarem para fora.

Agarrei minha adaga e a empunhei,pronta para golpear a fúria.

Me virei para cortar qualquer se seja a parte mais próxima de seu corpo,por sorte,Percy parou minha mão no ar.

-Já não acha que eu sou muito azarado?-perguntou ele,irônico.

Ele me puxou para fora do carro em chamar e me levou até o gramado fora da estrada.

A fúria já não estava mais no centro da confusão;ela levantara voo e partira.

-A deuses!O seu carro!Como é que vamos voltar?!O que faremos agora?!-Exclamei desesperada.Toda aquela confusão me deixou completamente perdida.

Percy não parecia triste por seu carro ter pego fogo.Na verdade,ele estava tranquilo.

-Se fosse com o meu carro,eu estaria desesperada- disse eu,fitando-o com incompreensão.

Ele sorriu- Poseidon me disse que ele se reconstrói.Sempre quis ver como é que ele faz isso.

As pessoas ao redor tinham seus telefones no ouvido e uma profunda cara de pânico.Muitos vieram ver se eu e Percy estávamos bem e se precisávamos de alguma coisa.

Um homem gordo e de avental saiu as presas de uma loja de conveniência e se juntou a confusão na estrada.

-Vocês estão bem?-perguntou ele para nós dois,enquanto empurrava as pessoas curiosas ao redor.

-Conseguimos sair antes de pegar fogo- respondeu Percy

-Já chamaram o corpo de bombeiros,não se preocupem.

-Muito obrigado,senhor- agradeci.

-Venham se abrigar em meu estabelecimento enquanto comem alguma coisa.

O senhor levou até sua lojinha de beira de estrada.

O lugar era arrumado como uma lanchonete dos anos sessenta meio cafona,com pôsteres do Elvis Presley e outros cantores da época.

-Acabei de fechar,o acidente me fez parar a louça suja no balcão da cozinha.Vou trazer alguns sanduiches e bebidas para vocês.

O senhor nos deixou em confortáveis sofás de couro vermelho e correu até a cozinha.

-Só espero que meu carro não seja guinchado.Se não,vamos ter um sério problema.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?Espero que sim



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