Os Jogos Dos Semideuses escrita por Ana Paula Costa


Capítulo 89
Capítulo 89-Richmont


Notas iniciais do capítulo

To sem ideias kkkkkk
Espero que gostem



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Annabeth:

Estava tão ansiosa que acordei muito antes do despertador tocar.

Minha animação para buscar meu carro era tanta que eu precisava compartilhar com alguém.

Peguei meu celular e recoloquei a bateria,eu ia mandar um SMS para qualquer um que eu pudesse contar.E eu sabia quem seria a pessoa perfeita para isso.

Digitei apressada uma longa mensagem para Percy.

*Bom dia!!!! Já está acordado?Tenho uma novidade para lhe cotar!Estou tão feliz por isso!Nike esteve aqui ontem,ela disse um montão de coisas,mas depois eu te conto...ela deixou um mapa,mas eu vou te deixar curioso.

Ele demorou uns dez minutos para responder.Achei que pela demora deveria ser uma resposta bem grande e curiosa.

Percy: Hm.

*Não está curioso?

Percy:Annie... São sete horas da manhã :x

-Insensível.

Guardei meu celular sob o travesseiro e tentei dormir um pouco.Ele estava certo,eu tinha que deixar ele descansar já que viajaríamos por horas,nós principalmente ele deveríamos estar descansados.

Apesar do nervosismo consegui dormir.Acordei apenas com o barulho do despertador.

Levantei da cama num pulo e corri para onde eu havia separado as roupas.As vesti e penteei os cabelos,escovei os dentes e calcei os sapatos.

Passei em frente ao frigobar,então me lembrei do mapa deixado por Nike.

Eu tinha me esquecido que tínhamos que passar pelo Kentucky.Eu não sabia como falar com o senhor Jean MeggRyan sobre a morte de uma de suas filhas,tão pouco como explicar o desaparecimento de suas filhas.

Observei o mapa,nele indicava a capital do Kentucky,um estado vizinho á Virginia.Haviam várias ruas e cruzamentos,monumentos e lojas de conveniência,hotéis postos de gasolina etc.Circulado com uma canela vermelha indicava o nome de uma rua,a localização da casa dos Jean MeggRyan.

Meu celular tocou mas não atendi.O nome no visor indicava que já era nove horas da manhã.

Tranquei o quarto e corri pelo corredor.Por sorte,não encontrei ninguém que pudesse me impedir de passar ou perguntar por que tanta correria,então me lembrei do motivo.Estavam todos em aula.

-Droga- murmurei.Depois eu teria que me explicar por que faltei á aula.

Então me lembrei que a única que me viu foi a garota estranha que perguntou sobre meus irmãos.Se ela não abrisse a boca,estaria tudo bem.

Corri para as escadas e abri a grande porta do colégio,desci os últimos lances de escada até achegar na calçada.

Um belo Freemont branco me esperava em frente ao colégio interno onde eu estudava.

As portas do carro destravaram e a janela do motorista se abaixou.

-Nove horas.Pontual como sempre.- Percy sorriu de bom humor.

Abri a porta do passageiro e entrei

-Desculpe pela mensagem,devo ter te acordado.

-Tudo bem,serviu para me deixar esperto.Mas o que foi que Nike disse que te deixou tão animada?

Ele deu partida no carro e começamos a andar.

-Ela só explicou a forma que nos ajudava,mas o que me deixou realmente feliz foi o telefonema que recebi em seguida.

-Telefonema?

-Meu pai ligou para avisar que meu carro está ocupando lugar na garagem dele.

-Seu carro?acho que não vou mais precisar te dar carona.Faz muito tempo que está lá?

-Acho que não,ele teria dito que ligou antes.

-E esse mapa...

-Ah!- Abri a mochila e peguei o mapa do Kentucky- É um mapa da cidade de Sofy.Me esqueci que ficamos de visitar seu pai.

Percy pegou o mapa e o colocou sobre o volante enquanto esperava o sinal abrir.

-Rua Sidney Alfred Doctor número 296.

-Não sei como dar a noticia.

-Sobre Victoria?Talvez ele entenda mais fácil do que você pensa...

-Acho que não.Se fosse comigo eu ficaria arrasada.

-Pense Annie,para uma pessoa que viveu três anos sem as filhas,é de se imaginar que ele já tenha pensado no pior.

-Você tem razão,mas a certeza é bem pior que a imaginação.

-Vamos pensar nisso só quando chegar a hora,tudo bem?

Assenti.

Contei a ele sobre minha conversa com Nike,sobre o modo que ela julgava ser ajuda e sobre o telefonema com meu pai,sobre ele dizer que gostava dele e sobre eu não ser mais uma garotinha.

-Também gosto do seu pai,ele sempre foi muito simpático comigo.

-Não há o que dizer sobre você desde que me salvou do Monte Santa Helena.É o que ele diz.

-Foi ele que nos salvou,eu não fiz nada demais.

-Você segurou o céu por mim.

-É o mínimo que eu podia fazer.

Continuamos conversando,depois de alguns sacos de biscoitos e latas de refrigerantes,mal percebemos quando entramos na Virginia.

Passamos pelas cidades pequenas e grudadas umas nas outras,quando as ruas começaram a ficar semelhantes há um dejavu,me veio um gosto amargo na boca.Um sentimento ruim de culpa me atingiu como uma facada.

-O que foi?- perguntou Percy,notando meu estado de desagrado ao passarmos pela placa de Richmont.

-Já andei por essa estrada uma vez,a muito tempo atrás... eu estava deixando Richmont e minha casa.É a primeira vez que volto á Richmont depois que...você sabe.

Ele assentiu,bondoso.

-Posso estar sendo egoísta mas foi melhor assim,afinal,você foi parar em Nova Iorque,certo?E foi assim que chegou no acampamento e depois de cinco anos,nos conhecemos.Vendo por este lado,ter saído da Virginia foi bom,não foi?

-Por este lado?Falando assim me faz me sentir melhor,mas o sentimento de culpa...

-Esqueça isso.Me fale das coisas boas da sua cidade.

Era difícil disser as coisas boas de Richmont.Apesar de ser uma cidade grande com muitos arranhásseis e uma bela arquitetura,eu era muito pequena desde que estive aqui pela última vez.

-A biblioteca publica é linda.Muitos livros de autores e países diferentes...

-além da biblioteca...-ele apontou pela janela- aquela é a prefeitura?

-Sim,mas a fachada deve ter mudado desde que me mudei para Nova Iorque.

-Há algum parque por aqui?

-Existe um Zoo,mas não me lembro de como é,já faz muito tempo.

-Perfeito.

Percy abordou um velho senhor na causada,ele vendia jornais e era muito simpático.O senhor indicou o caminho para o zoológico de Richmont.

-Você não está pensando em visitar o zoológico,está?

-Por que não?Não viajamos todos os dias a Virginia,e você não se lembra da própria cidade,essa é sem duvidas uma ótima oportunidade para ambos.

-A viagem é de cinco horas e ainda nem passamos pelo Kentucky!Vamos chegar tarde na Califórnia!

-A Califórnia não vai sair do lugar,Annabeth.

Chegamos ao zoológico,ele estacionou na entrada numa bela sombra.

Ele era do jeito que deveria ser na época que morei na Virginia.Coberto por arvores e muito verde,crianças brincando e comprando balões e sorvetes.

O parque era aperto ao publico,então não precisávamos pagar para entrar.Ao atravessar o grande arco coberto por folhas,me lembrei de quando meu pai me levava para alimentar os bichos de manhã.Éramos apenas eu e ele.

Andamos de mãos dadas pelo jardim da entrada do zoológico,onde as criança brincavam e os vendedores de sorvete lucravam.Logo as jaulas dos animais se aproximou,foi divertido visitar o zoológico da minha cidade depois de tanto tempo,ver os animais que eu costumava ver quando pequena,alimenta-los e imitar o seus sons para chamar a atenção deles.

-Que papagaio pequeno- Percy tentava acariciar uma pequeno passarinho verde

-Não é um papagaio,é uma maritaca.

-Nunca vi um desse em Nova Iorque.

-Estamos na Virginia,se lembra?

Deixamos a ala dos pássaros e procuramos pelos felinos,lá nos não ficaríamos confusos por causa das espécies.

Apontei para um velho leão dormindo dentro de sua toca no cercado -É o mesmo leão que eu costumava ver quando era criança.Só que ele era bem mais robusto.

-Você não esperava que ele continuasse novo,não é?

-Claro que não,cabeça de algas.

O próximo era diferente,uma onça latino americana cochilava sobre um tronco de arvore.

-Onça.

-Isso.Esta é nova.Na minha época não tínhamos espécies como esta.

-E esse aqui é um jaguar.

Percy me puxou para um segundo cercado.

-Como o carro.E por falar em carro,acho melhor irmos andando.Não quero chegar tarde na casa dos Jean Meggryan.

-Você tem certeza?Não sabemos quando voltaremos para a Virginia.

-Quando voltarmos prometo ficar mais...mas agora temos que seguir viagem.

Ele assentiu e voltamos para o estacionamento do Zoo.

-Que horas são?- perguntei

-Meio dia.

-Já que estamos aqui e já perdemos bastante tempo,por que não paramos para almoçar?

-Se lembra de algum restaurante próximo?

-Não exatamente,mas me lembro de um no centro da cidade que serve comida italiana.

-Você quer dizer pizza?- Percy sorriu como se tivesse ganho na loteria.

-Sim cabeça de alga,pizza.

-Me diga onde.

Ensinei o caminho para o centro da cidade,ao passarmos pelos grandes arranhásseis do centro de Richmont,me lembrei das várias escolas que estudei.

Assim como Percy,fui expulsa de muitas escolas.Coisas estranhas aconteciam quando eu estava por perto.Uma delas foi um incêndio na sala de ciências.Coincidentemente eu voltara para pegar meu caderno quando o fogo se alastrou pela cortina.

-Então você colocou fogo na sala de ciências!Incrível!-exclamou Percy

-Você sabe que não.Não foi culpa minha!O fogo começou do nada!

-Me lembro de uma vez que visitamos o museu da história de guerras,eu encostei num antigo canhão e ele disparou no ônibus da escola.Claro,não foi culpa minha,mas fui expulso do mesmo jeito.

-Fui expulsa dessa escola também- apontei para uma grande escola no centro da cidade.Guetsrich albred middle School.

-Como conseguiu a expulsão?- perguntou Percy,curioso.

-Me acusaram de ter começado uma guerra no refeitório.Mas nunca descobriram a verdade.Uma garota muito pequena se sentou ao meu lado e começou a guerra.Quando foram ver as filmagens,dava a impressão que fora eu quem começara.

-Tive uma expulsão parecida,mas é claro,não foi eu quem começou.

-Está vendo aquela?-apontei para outra escola ao lado da prefeitura- Fui expulsa por briga.A garota me ofendeu me chamando de órfã,ela sabia que eu não tinha mãe.Ela voltou para casa sem três dentes.

Percy riu e eu acabei me juntando á ele.

-Essa foi merecida.

-Eu ter sido expulsa?

-Não,a garota ter levado uma boa surra.

-Não sei como você ainda não foi expulso da escola que estuda agora.

Paramos no semáforo e Percy me fulminou com o olhar- Paul está fazendo um bom trabalho- ele sorriu se redimindo do gelo- Não tenho me metido em tantos problemas,tenho sido um bom aluno.

-Finalmente!- exclamei debochada

-pra você é fácil.

O semáforo abriu e continuamos.Passamos por vários monumentos da cidade,inclusive a grande biblioteca publica de Richmont.

-Ali- indiquei o belo restaurante de comida italiana na esquina de uma movimentada rua.

Estacionamos de frente para o restaurante e entramos

-Hola Merci!- disse o garçom que nos atendeu- uma mesa para dois?

-Aquela está ótima- apontei para uma mesa ao lado da janela

O garçom pediu para que o seguíssemos.Ele puxou as cadeiras para que sentássemos.

-Obrigada- agradeci

O garçom nos deixou com  o cardápio e seguiu para atender outras mesas.

-espaguete é uma boa opção- disse enquanto folheava o cardápio

-Pizza.Isso sim é bom

-Então escolha qual vai ser enquanto eu chamo o garçom.

Chamei o mesmo garçom que nos atendeu da primeira vez,ele serviu a mesa que atendia e em seguida nossa mesa.

-Qual vai ser o pedido?

-Essa aqui- Percy apontou para o cardápio- a número cinco.

-Vão beber alguma coisa?

-Duas cocas Diets.

-Ok.

O garçom entregou o pedido ao cozinheiro e atendeu a próxima mesa.

-Matando as saudades da Virginia?-perguntou Percy contemplando a bela imagem da grande Richmont

-É bom ver o quanto a cidade cresceu.

-Não chegaremos tarde à Califórnia.Voltaremos a seguir viajem assim que almoçarmos.

-Tudo bem.

Eu não me preocupava em chegar tarde na Califórnia,afinal,como Percy disse ela continuaria no mesmo lugar.

O garçom chegou com nossa pizza e as bebibas.


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Notas finais do capítulo

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