Percy:

Ninguém fez menção em dizer alguma coisa,mas já era de se imaginar -claro-depois de tudo o que passamos em tão pouco tempo ninguém teria ânimo em começar uma conversa.

Eu estava abalado com os acontecimentos atuais,primeiro o ataque de Arges em Annabeth, surto  de Thalia e depois o Kraken e com isso a morte de todo o bando dos unicórnios mágicos.E eu nem tive chance de agradecer.

Se não fosse por Alana,eu teria ficado ali de frente para o lago,fitando o nada por horas,só pensando em como e onde ir depois...

Pensei em puxar assunto com o grupo, mas tudo o que recebi foram risinhos e sorrisinhos forçados.

“Sabe....acho melhor vocês não aparecerem nem pintados de ouro para o resto do bando na cornucópia”

-Já sei.

Alana fungou – “Não sei quem será a sucessora,por que,realmente nunca tivemos que substituir Greta,já que quando morremos renascemos das cinzas assim como as fênix...Mas dessa vez não houveram cinzas...”

“Nunca me dei bem com elas,sempre quis ser livre e viver aventuras” continuou ela “Quero conhecer pessoas novas e aprender coisas novas!”

Era engraçado ouvir ‘conhecer pessoas novas’ vindo de um animal,o certo seria conhecer animais de sua mesma espécime Mas vá entender...

Então pensei em algo que realmente seria um ato de gratidão e seria muito bem vindo.- Alana,você disse que gostaria de conhecer outros lugares,pessoas novas e aprender mais,gostaria que você aceitasse meu convite.Quer se juntar ao Acampamento Meio-Sangue?

Alana desacelerou seus galopes e se virou para ficar frente a frente comigo.- “Mas como?”

-Desculpe- interrompeu Annabeth- O que está acontecendo?

-Convidei Alana para viver  no Acampamento

-Como ela iria com a gente?-Perguntou Nico- Voando?Temos barreiras nos céus,ela não pode simplesmente...

-Ela vai ter que se juntar a nós.

Olhamos todos para Clarisse.

-Se ela virá mesmo conosco ela terá que nos acompanhar até chegarmos ao fim dos jogos.

Me virei para Alana- Assim será,se você quiser.

Alana examinou seus cascos,olhou a paisagem por toda a volta enquanto flocos de neve caiam em seu pelo branco brilhante.

“Não sei se posso,fui criada para permanecer nos jogos,tenho medo do que os deuses possam fazer”

-Não ligue pra eles,tenho certeza que não se zangaram com isso.

-Ela já respondeu?-perguntou Clarisse

-Não.

-Então diga que não faremos essa pergunta novamente.

Alana inquietou-se e relinchou,então disse:- “Tudo bem,irei com vocês”

Me virei para o resto do grupo e tentei sorrir,por fim disse:

-Agora somos um grupo de seis.

A neve ficou mais densa,as arvores que despencaram no chão estavam ficando cobertas por uma camada branca espessa de neve,o vento também não ajudava e eu tinha a leve impressão de que Alana não sabia direito por onde estava nos levando.

-Você sabe onde é que está nos levando?- perguntei

“Exatamente” –respondeu Alana cheia de confiança

Eu tremia,mas não era o único.Meus músculos ficaram rígidos,meus dentes batiam frenéticos uns nos outros,meus passos eram curtos e vagarosos.Quase congelados.

-N-não estou aguentando ma-mais- gaguejou Thalia.

Thalia tinha os braços entrelaçados aos de Annabeth,que disse:

-Já não tenho forças nem para piscar.

“Estamos chegando”

-Alana disse que esta-tamos chegando.

Entramos em uma parte da floresta com muitos espaços entre as arvores e com isso a neve tom ou o lugar,a pouca iluminação refletia na neve branca e iluminava as relvas.

-Com Frio queridos?

Havia um a garota em meio a neve olhando fixamente para nós,seus cabelos caiam em ondas em seus ombros,seu vestido era tão branco que se fundia com sua pele branca e igualmente á neve.Seus olhos eram claros e ferozes.

-Meu nome é Quione.A deusa da neve.

Quione deu uma baforada no ar e dele caíram floquinhos de neve.

-Agora sabem o motivo de todo esse frio?

Thalia rosnou

-Tive ordens para mata-los.Os Olimpianos perceberam que se colocassem monstros para fazer o serviço,vocês dariam um jeito...Mas as forças das naturezas são incontroláveis.-Quine riu como se tivesse se lembrado de uma ótima piada.

-Eles não queriam mandar mais monstros mas mandaram você?Que estranho...

Quione fechou as mãos em punhos –Você é muito ousada,filha de Zeus.Mas nós temos quase as mesmas forças.Meu pai é Bóreas o deus dos ventos.

-Sou caçadora além de tudo,tenho mais conhecimentos em brigas do que você –Thalia acusou,mas o beliscão de Annabeth a fez parar antes de entrar numa fria -literalmente-Você escapou da morte algumas vezes querida Thalia,e essa é nossa diferença.Sou imortal.

Quione esperou que nós respondêssemos.

-E essa vai ser a tarefa de vocês.Se me destruírem a neve dera lugar a um lindo dia de sol abençoado por Apolo.Mas caso contrário vocês enfrentaram a pior nevasca que a humanidade já viveu....e com isso,a morte.

-Você fala de mais.

-Thalia!-Advertiu Annabeth

-Foi por isso que Ártemis cortou sua língua!

-Chega.Isso foi a muito tempo - Quione pousou suas mãos brancas/transparentes estendidas ao lado de seu corpo,as palmas viradas para cima e num movimento rápido dois lutadores de gelo surgiram ao seu lado,cada um empunhando um machado.fiquei imaginando se fora eu quem lhe dera esse ideia.

-Muito Original- disse eu.

-Você tem ótimas ideias,Perseu.

Dei de ombros.

Quione fez um trono de neve e se sentou para observar a luta.

-Muito Original- repeti

Quione deu um sorrisinho forçado.

-Foi uma pena você ter sobrevivido- Quione deu um sorriso orgulhoso e maléfico para Thalia-Seu pai puniu Ceix e Alcíone injustamente,só por terem um senso de humor melhor que o dele,e vejo que isso é de família.

Thalia puxou sua espada e apontou-a para Quione.-Você,realmente,fala demais.

Os homens de gelo avançaram,Thalia abaixou-se para desviar de uma machadada na cabeça enquanto Nico desembainhava sua espada negra  e atacava o outro homem de gelo.

Puxei Clarisse e Annabeth pelo braço para saírem do caminho.Esperei até que Quione se distraísse e puxei as duas garotas para trás de uma arvore.

-O que é que você quer,Percy? –perguntou Clarisse olhando feio para mim.

Sustentei seu olhar .

-Muito bem,precisamos ser rápidos.Planos?

Annabeth coçou o queixo, ela examinou o lugar com sua velha e amável expressão de pensamento em andamento.

Ela olhou o chão e disse:

-Mesmo com neve, que tecnicamente é água em baixa temperatura,você não poderia levantar nenhum terremoto.

Eu e Clarisse a olhávamos como dois poker faces.

-Espera!Precisamos de calor!É isso!

Annabeth saiu correndo para a companhia de Nico e Thalia que ainda cruzavam espadas com os homens de gelo e puxou Alana que encontravas-se  hipnotizada por Quione.

“Ela é muito bela”

Alana falava sozinha.

-Alana,precisamos de sua ajuda.

Eu e Clarisse atravessamos apressados e nos juntamos há Annabeth e Alana.

-Percy,traduza por favor.

Assenti.

Annabeth limpou a garganta- Você consegue fazer o que os outros um unicórnios faziam?Soltar faíscas por debaixo das assas?

“Consigo,mas é muito pouco “

-Ela disse que também consegue,mas não é o suficiente.

-Mas dá pra fazer fogo?

“Com esse frio é impossível”

-Ela disse que com esse frio é impossível.

-Ela tem razão –Annabeth coçou a cabeça- Mas temos que tentar.Se ao menos...

Uma coisa a atingiu na cabeça e fez com que Annabeth cambaleasse para frente.Ela se segurou em Alana para não cair.

-Mas o que foi que...

-Já vimos isso.Muitas vezes.

Clarisse tinham nas mãos uma banana muito amarela e com manchas artificiais.Era a banana controle.Ela a abriu e nela tinha as mesmas codificações.

-O que esses macacos...Vejam!-Annabeth apontou para uma arvore alta atrás de nós.Nela haviam cinco macaquinhos –micos para ser mais exato- cada um segurando uma mochila,as nossas mochilas.

-Desgraçados!-Clarisse rosnou,desembainhou sua espada e correu em direção aos macacos.Eles ajeitaram as mochilas e saíram pulando de galho em galho.

Agarrei o pulso de Annabeth e corremos para ajudar Clarisse.Na mochila há ferramentas necessárias para fazer fogo e disso eu tinha certeza.

Annabeth não perguntou,ela acelerou seus passos mesmo com os tênis molhados por causa da neve.

-Pelas arvores

-Que?

-Pelas arvores,Percy.Temos que encurralá-los!

-Você já fez isso antes?

Annabeth me deu uma cotovelada.

-Vamos,me ajuda a subir.

Paramos em frente há uma arvore baixa mais com muitos galhos,agachei-me e coloquei as mãos em “manchete” e impulsionei os pés de Annabeth para cima de modo que ela ficasse pendurada na arvore.Empurrei suas pernas para cima e ela subiu ligeira.

- Os alcance.Estarei logo atrás.

 Assenti.

Saí em disparada em direção a Clarisse que estava logo atrás dos macacos,mas ainda havia diferença entre eles.Clarisse no chão,desviando e tropeçando em coisas no chão e os macacos rápidos nas arvores.

-Clarisse!- gritei- tente derruba-los!

Clarisse não escutou,continuou correndo e gritando insultos aos macacos.

A risada de Quione encheu o ar.

-Derrube-os!-gritei- Faça os cair da arvore

Clarisse bateu com sua espadas nos macacos e um deles soltou uma mochila.Ela a pegou e a abriu.

Clarisse xingou.

Corri o mais depressa possível,minha respiração ofegava ,comecei a me sentir tonto e fraco.Minhas mãos estavam geladas e minhas unhas roxas quase azuis,mas mesmo assim sentia o sangue me meu corpo quente .

Cambaleei para o lado e bati em uma arvore.

-Você não parece nada bem.

Annabeth estava em cima da arvore me olhando preocupada.

-O.K pare de correr.

-Não.Preciso alcançá-los.Nosso...nosso plano.

-Esqueça.Se continuar vai desmaiar.

Tentei dar alguns passos,mas minha cabeça voltou a rodar.

Clarisse voltou ofegante.

Annabeth havia decido da arvore e estava me aparando quando Clarisse nos encontrou.

-Consegui uma.

Clarisse jogou a mochila para Annabeth.

-Tem poucas coisas mas já ajuda.

Annabeth fez que sim com a cabeça.

-Vamos ver o que podemos fazer com isso aqui.

-O que houve?- perguntou Clarisse apontando com o rosto para mim

-Comecei a me sentir tonto de repente.

-É o que acontece quando está frio e de uma hora para outra seu corpo fica quente. Sua pressão cai.

Aceleramos nossos passos evitando o máximo a vontade de correr.Quando nos encontramos com Nico,Thalia e Alana novamente as situações não eram muito boas.

Nico estava desmaiado em um canto encostado em uma arvore e Alana o protegendo dos ataques do homem de gelo.