Os Jogos Dos Semideuses escrita por Ana Paula Costa


Capítulo 47
Capítulo 47-Frutas venenosas.


Notas iniciais do capítulo

A história vai seguir pela narração do Percy até eles encontratem Dominic,o que falta pouco.
depois de encontrarem com ele,terá capítulos do Ponto de vista da Annabeth,Thalia e se der o de Clarisse e Nico.
Mas não vou fugir do foco da história,que é a narração do Percy e da Annabeth.
Espero que essa história os ajudem na sobrevivencia,caso um dia venha a calhar.
Beijos,boa leitura.



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Percy:

Era difícil procurar por comida com Annabeth ao meu lado –e ainda de mãos dadas- por que por mais que você tente se concentrar era difícil ter alguma coisa que lhe tirasse tanta a atenção.Mesmo com o TDH,me esforcei para continuar em busca de alimento.

Me senti como um índio buscando comida para a tribo.Ri com esse pensamento.

-O que é tão engraçado,cabeça de alga?-perguntou Annabeth olhando por toda a volta procurando frutas ou algum animal que pudéssemos matar.

-Só estou pensando.

-No que, exatamente?-perguntou,virando-se par me fitar.

-É engraçado,sabe.Nunca fiquei tão desesperado para encher o estômago.

Annabeth riu em silencio,um riso não muito longo.

Ela balançou a cabeça com descrença.

-Olha,encontrei alguma coisa.-abaixei-me sobre um arbusto com pequenas folhas e frutinhas vermelhas com pequenos pontos pretos no centro.Pareciam comestíveis,mas não que curassem a fome de uma vez,mas pelo menos dava para cessar.E o arbusto as tinha em abundância.

-Ah Percy... estas são Teixos.-Annabeth tirou uma dos galinhos, a jogou no chão e pisou em cima.-São letais.Elas causam dificuldade respiratória, tremores musculares, convulsões, colapso e, finalmente, parada cardíaca. Em casos de intoxicação grave, a morte pode ser tão rápida que os outros sintomas não são sentidos.

-ah...e esta aqui?-perguntei,puxando-a para ver um arbusto maior,cujo as folhas eram maiores do que a do arbusto anterior,seus ramos mais altos e as frutas pareciam mais suculentas.Eram bem escuras,um preto bem forte e brilhante que cresciam em cachos.

-Continuam sendo venenosas.- Annabeth pegou uma na mão e examinou,rodando-a nos dedos.-São Beladonas.Elas causam delírios e alucinações, perda da voz, boca seca, dores de cabeça, dificuldade respiratória e convulsões.

-Onde você aprende tudo isso,sabidinha?

-Uma vez li num livro que se chamava “Curiosidades e segredos das plantas”.

Assenti.Eu não ia perguntar por que ela lia livros sobre plantas,acho que ler qualquer tipo de livro deve estar relacionado aos filhos de Atena.Embora eu saiba que ela já lera livros melhores,fiquei feliz em saber que não íamos comer alguma coisa que nos matasse, por que,alguém com um pouco de inteligência,lera algo sobre isso antes.

-São limões não são?-apontei para uma arvore alta,que suportava um grande número de frutas verdes e redondas.Sua casca e formato me lembrou muito há limões.Certo,limão não é minha primeira opção,mas é bem melhor do que passar fome.

-Muitas pessoas cometem o erro de achar que são limões.Tem o mesmo gosto.Mas seu interior e amarelo e verde,o que não ocorre com os limões.-Annabeth subiu na arvore e puxou dos galhos a fruta que ia me mostrar.-Veja- ela pegou sua espada e a cortou ao meio- essa fruta se chama Nuz-Vômica.Olhe como as cores se misturam mais não perdem seu padrão.-Ela apontou e correu os dedos sobre as manchas amarelas e verdes da Nuz-Vômica sem encostar.-Elas causam uma morte dolorosa de convulsões violentas devido à estimulação simultânea de gânglios sensoriais da coluna vertebral.

-Acho que tem gente tentando nos matar-disse eu,pegando a Nuz-Vômica e a arremessando para longe.-Mas eles não contavam com você.

-Pensando bem,este lugar está cheio delas...olha -Annabeth apontou para um outro arbusto.-Mamonas.Elas são doces,mas te matam dez vezes pior do que as outras.-Ela continuou a andar de um lado para o outro me apontando frutas mortais.Pude notar seu ar de diversão.Era bom vê-la assim.

-E essas?-perguntei.Eu não estava nem um pouco interessado em saber sobre elas,contanto que não tivesse que come-las.Queria apenas que ela continuasse falando e me explicando o que causavam,ela parecia se divertir e se distrair,esquecendo da fome e do frio.

Ela puxou a pequena frutinha vermelha com a ponta preta e a colocou na palma de minha mão.

-Garanto que já viu muitas dessas- disse ela- são usadas como miçangas.Mas sabia que muitas pessoas morrem só na sua colheita?

-Jura?

-é sim,muitas juram os dedos em seus espinhos,e ao encostar na fruta a pessoa é intoxicada.Essa fruta se chama Jiquiriti ou ervilha do rosário.Seu veneno é setenta e cinco vezes mais letal do que o normal.

-E o que causam?-perguntei risonho.

-elas causam.... pode parar Percy.

-O que fiz dessa vez?

-Você não quer saber de verdade o que causam essas frutas todas....

-Só achei que você ficaria contente em me contar.

-Não vou ficar enchendo seus ouvidos se você não quer saber.

-O que são essas?-perguntei,dando de ombros há Annabeth.

-São ervas de lobos.... vamos procurar algo que possamos comer ao invés do que não possamos.

Ela me puxou pelo braço,distanciando-nos dos arbustos de ervas de lobos.Os arbustos ficaram para trás, Annabeth corria os olhos por cada um dos outros arbustos que apareciam em nossa frente.Então ela parou em frente a um arbusto não muito alto e se agachou sobre os calcanhares.As frutas eram roxas escuras e quando as pegávamos nas mãos elas manchavam onde tocassem.

-O que são essas?-perguntei,sem ousar a toca-las.

Annabeth pegou várias e a jogou em sua boca.

-Amoras

 -ah...- enchi minhas mãos com as pequenas e frágeis frutinhas.Elas encheram minha boca com seu gosto doce.Sentei no chão coberto por folhas e terra.Annabeth me olhou e me imitou.

Ficamos lá até o arbusto estar quase vazio,então ela disse:

-Tem algo me preocupando.

-Então me conte.

-Será que Nico e Clarisse encontraram essas frutas que lhe mostrei?Será que comeram?

Era certeza que eles haviam as encontrado,por que,afinal,os arbustos com as pequenas frutinhas assassinas estavam por toda a parte neste região.Mas eu torcia para que não houvesse as comido.

-Espero que não,senão vamos ter que enterram algum deles.

-A Clarisse talvez não faça falta...

-Estou pensando em dar um limãozinho para ela...

-Que horror!Eu só estava brincando!-Annabeth me olhou com cara de azedo.

-Eu também estou!-respondi arregalando os olhos.

Annabeth limpou a boca com as costas das mãos.Seus lábios estavam mais arroxeados por conta das amoras,parecia que ela tinha emprestado o batom de alguma gótica.

-Elas me deram cede...Pode me levar até o rio?No caminho podemos procurar por Nico e Clarisse.

Assenti.Me levantei e ela também se levantou.

Olhei minhas mãos,elas estavam sujas e encardidas.As amores serviam como um bom corante e causador de raiva e loucuras nas mães.

Olhei para Annabeth e ela fazia o mesmo.Examinava suas mãos e fazia cara feia,mas ela não passou na roupa como eu,ela puxou uma folha grande da arvore ao nosso lado e limpou as mãos.Ela as examinou mais uma vez e pareceu mais tranquila.

-Vamos?-perguntou ela,seguindo em frente.-Eram pequenas essas amoras,mas me satisfizeram.

-Não sei você,mas acho que temos que levar um pouco para os outros...Thalia.

Thalia.A pobrezinha devia estar preocupadíssima e aborrecida naquele vento,acompanhada de sete unicórnios bufando pelas ventas.

-Oh deuses!Me esqueci de Thalia!-Annabeth se agachou sobre o arbusto e começou a encher a barra de sua blusa preta de amoras.

Juntei-me a ela,ajuntei o quanto pude em sua blusa.Ela se levantou com minha ajuda,embora não precisasse,então começou a andar de pressa.

-Você disse que não ia correr

-Não estou correndo- respondeu ela por cima do ombro.Então ela parou,se virou e disse- Você que é muito lerdo!Me acompanhe,Percy!

Dei passos largos e rápidos para chegar até onde ela estava.

-Prometo que não vou andar com tanta pressa.-prometeu Annabeth,sem me olhar.

-Pelo Estige?

-Jurar não está de bom tamanho?Vamos Percy.

Eu e Annabeth fizemos o caminho de volta,e não demorou muito até que voltássemos ao “X”.Lá encontravas-se Nico,encostado na mesma arvore de antes,em suas mãos dois cachos de bananas bem amarelas.

-Faz muito tempo que está aqui?-perguntei

-Acabei de chegar.

-Você não comeu nada estranho,não é Nico?-perguntou Annabeth,preocupada.

-A sopa de Victoria conta?

-Ai estão vocês- Clarisse vinha entrando em nosso campo de visão com dois javalis nos ombros.-Meu pai não iria gostar,mas foi a única coisa que encontrei.

Ela largou os animais mortos no chão e estendeu a mão para pegar as amoras da blusa de Annabeth.

-Ei!São para a Thalia!-Annabeth afastou a mão de Clarisse com um tapa.

-Só estou checando!

-Cheque minha mão na sua cara!

-Ei vocês duas!-exclamou Nico,interrompendo-as - Pelo jeito não estão com fome!-Nico estendeu as bananas para nós três.Moscas rodeavam as pencas,mas ele parecia não se importar.

Clarisse arrancou logo duas da penca.

-Deixe algumas para mim!-resmungou Nico para Clarisse.

-E para a Thalia também,seus egoístas.

-Já até tinha me esquecido dela.-disse Clarisse de boca cheia.

-Pois eu não,guarde logo umas três para ela,Nico.

Nico fez cara feia

-Só vou fazer por que são para a Thalinda... Thalia,Thalia.-corrigiu-se ele,sem graça.

-Não vão aceitar?-continuou Nico.

-Já comemos.-respondi- Obrigado.

-Já que estamos todos aqui,não poderia nos levar ao rio como prometido?-perguntou Annabeth para mim.

-Claro.Sigam-me


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Notas finais do capítulo

Esse foi só um complemtenento.A continuação da história começa agora.



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