Beberiquei todo meu chocolate quente enquanto tentava decifrar o que katherine disse. Desde sempre somos melhores amigas, mais no que isso importa se demoro pelo menos 1h para entender suas xaradas. A pergunta é, porque ela vive de xaradas? e porque eu ainda as tento decifrar?

Balancei minha cabeça tirando esses pensamentos insignificativos. Estava de férias afinal. O que faria? aliás, tenho até o que fazer. Trabalhar. Isso mesmo, só teria folga da starbucks daqui à uma semana. O que poderia ser bom já que num dia chuvoso ou lê-se, ou toca-se violão, ou passa o dia implantada no computador vendo séries. Teria ainda 2 horas e meia até ter que realmente levantar.

Folheei alguma revista antiga que tinha sobre os meninos. Logo que saíram do x-factor. Sorri fraco lembrando que algum dia eles não eram tão conhecidos assim. Eu os preferia só pra mim, que mal tenho eu em ser um pouco egoísta?

Alguns minutos depois de encarar a bela revista, percebi estar em minha hora.

Num movimento rápido me levantei em direção ao banheiro. Tempo frio. Aquecedor. -pensei-.

Entrei no chuveiro quente procurando relaxar ao máximo. Vesti-me ali mesmo, ou teria problemas com o frio que meu quarto fizera.

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Olhei-me no espelho rapidamente, escovei meus dentes, passei um pouco de maquiagem e corri para a garagem. Possuia uma pequena lambreta que me levava aonde eu precisava. Por enquanto conseguia quebrar o galho até que eu entrasse pra faculdade e comprasse meu próprio carro. Meu local de trabalho ficava à 15 minutos de casa, quando o trânsito ajudava, claro. Cheguei lá e avistei o John, senhor dono da starbucks de chesire.

- bom dia brooke adams. - dirigiu-se a mim.

- bom dia senhor John. Desculpe-me qualquer coisa, o trânsito está caótico. - menti.

- sem problemas b. - disse ele. Sim, o John é super meu amigo e só me trata como Brooke Adams quando estamos na frente no estabelecimento. Segundo ele tem que se manter postura de profissional. Na verdade ele fora um grande professor meu de filosofia durante a high school. Hoje com seus 40 anos, ele aposentou-se das salas. Agora vive do café. Deu-me este emprego desde que entrei para o junior year. (equivalente à segundo ano médio).

Trabalhar com ele sempre fora divertido e ainda me ajudava à pagar o curso e despesas a mais que eu pudera ter.

Entrei no banheiro, teria ainda 30 minutos antes do meu expediente começar. Vesti-me adequadamente e fui conversar com o pessoal.

Lilian Potter e Peter Delrei, eram um dos meus grandes colegas de starbucks. Lilian entrara depois de mim, e Peter era veterano desde sempre. É sobrinho de John. Falando em Lilian, sua mãe era fã dos livros de harry potter desde cedo, e por isso colocou seu nome de Lilian já que carregava consigo o sobrenome Potter. Eu amava na verdade.

Lilly, como eu a chamava era ruiva, carregava sardas em suas maçãs da face, um sorriso amarelado, tímido e uma pele extremamente branca. Diríamos que ela é a cópia da personagem Lilian da saga. Por sua vez, Peter era branco, carregava olhos azuis como o céu, nariz afilado e cabelos pretos, lisos. Seu físico faziam clientes babarem por ele. Chegava a ser engraçado se não fosse por Lilly estar enteressada nele. Esses dois, precisam se resolver. Após 30 minutos jogando conversa fora estava na hora de trabalhar.

O expediente todo foi cheio. Era a única cafeteria starbucks em toda chesire. Tire por essa informação a quantidade de clientes que ganhávamos.

- graças a Deus, só mais 1 hora e vou embora. - falei impaciente.

- você nunca reclama, o que aconteceu? - perguntou lilly.

- férias lilly, só mais uma semana na cafeteria para eu ter férias merecidas, do tipo não sair de casa o dia todo. - sorri.

- entendi. - disse ela. Ela nunca tinha férias, já entrara pra faculdade à 2 anos. Tinha 20 anos. E Peter a mesma idade.

Não demorou muito para que a melhor notícia do dia acontecesse. Era ele. Harry. Seus cachos cobriam um pouco seu olho que parecia desesperado, na verdade tenho até que confessar, aqueles gritos vindos de várias direções deixam qualquer um assustado. Não que ele não gostasse, mais aparentava estar cansado. Longas horas de viajem lhe rendiam uma boa sentada numa cafeteria. Buscou o lugar mais calmo, se é que havia e sentou-se. Olhou em direção ao lugar e nossos olhos se encontraram. Não achei que fosse surtar ao vê-lo. Eu não o amo, nem o odeio. Eu o adoro.