-...  Uma pequena ajudinha.

                   Morfeu está me perseguindo com aquela maldita pistola, a pistola da JPP, quando eu o matar... Juro que pego de volta.

                   Um tiro passa de raspão pelo meu rosto... Outro pela minha coxa.

                   Minha vez: pego uma granada mão e puxo o pino e é claro... Jogo a granada nele e a explosão forma um maravilhoso cogumelo de fogo de uns 5 metros. Tomara que a granada tenha cumprido o seu propósito, me pouparia um bocado de trabalho.

                   - O que é dessa vez, Mel? – Pergunta Solomon.

                   - Resumindo: preciso de uma porta aberta para o QG agora! – Peço eu.

                   - Ok – Ouço o barulho do teclado lá no fundo. – A mais próxima é a... Um alçapão no telhado de uma velha construção do século 17, mas aperte o botão vermelho.

                - Pode deixar – Falei. – Te vejo daqui a pouco, Solomon.

                - Até lá então, Mel – Diz ele.

                 Encerro a ligação.

                Eu sei que estamos nos U.S. A, mas também usamos armas estrangeiras...

                Olho par trás e vejo que a granada só fez metade do que eu mandei, Vejo que Morfeu está cheio de ferimentos graves pelo corpo, mas isso não impede que ele corra tão rápido quanto antes.

                 Estou correndo cada vez mais rápido e minhas pernas estão doendo.

                 Mas graças aos deuses, eu logo vejo e velha construção com cheiro de vinho, estou correndo a toda velocidade e para despistar a OSF ainda tenho que ficar dando voltas para confundi-los. Achei o alçapão e com um pouco de esforço, eu o abro e adentro a escuridão, fechando-o com um leve baque atrás de mim. Ouvi vozes indignadas e tiros sendo disparados em todas as direções...

                  Usei o escorregador para chegar até a primeira porta.

                - Codinome – Pediu a voz eletrônica.

                - Melanie – Falei

                - Codinome aceito – Disse a voz eletrônica. – Seja bem vinda Carter Dale. (N/A: sim, Carter é nome feminino tanto quanto masculino, ok?).

                 Uma enorme porta se levantou e eu passei por ela, encontrando uma pequena parte de nosso QG.

                 Logo avisto Solomon em seu mega computador, ele se vira para mim.

                 - Oi Carter – Cumprimentou-me Solomon.

                 - Oi Solomon – Disse eu. – Tudo bem por aqui?

                 - Não - Disse ele taciturnamente. A OSF achou uma entrada para a JPP em L.A.

                - E...? – Perguntei

                - E a diretora mandou Megan para impedi-los – Disse Solomon.

                 - Ok – Disse eu. – Te vejo mais tarde, tchau.

                 - Até mais, Carter – Disse Solomon.

                 Solomon é o nosso especialista em computação e essas aparelhagens com nomes que eu nunca lembro... Ele tem 15 anos e está conosco desde os 11 anos. Ele é tipo um gênio geek, não gosta muito de sair para a ativa, gosta mais de ficar aqui, controlando os sistemas... Os bastidores, ao contrário do que você deve estar pensando Solomon não é um daqueles geek que passam gel no cabelo e usam calças sociais, com óculos fundo-de-garrafa e tem sempre um livro embaixo do braço... Muito pelo contrário... Não exatamente... Ele chegou aqui assim e nós o transformamos... Ou melhor... Eu o transformei, o ajudei com sua personalidade e estilo de roupas...

                  Tenho que voltar a identidade secreta, meus pais não sabem que eu sou agente secreta, eles acham que eu sou só Carter Dale, a garota que vai para o colégio e gostar de ouvir músicas e conversar com as amigas... Como eles estão e não sabem como é difícil tirar boas notas quando se tem uma vida dupla como a minha...

              Bom... Vou para casa e rezar para não ser encontrada, afinal... Amanhã é meu aniversário e eu tenho a sensação que este não vai ser tão normal assim...

               Vou até a minha sala e me troco no banheiro, minha roupa normal: calça jeans, camisa com alguma estampa e um agasalho de alguma banda e é claro, All-star roxo.

               Vou até a parede atrás de minha cadeira e abro a passagem secreta, dá direto em uma rua que fica perto de minha casa, eu fecho a passagem e ando até minha casa, uma construção de três andares. Subo pela árvore que tem ao lado da janela de meu quarto, abro a janela e entro.

                 Ainda bem que só tem eu aqui, se não...

                Ai... Droga...

                A luz se liga... Do nada e então muitas coisas aconteceram ao mesmo tempo: uma sirene vermelha apareceu do meu abajur e um som estridente de alarme começou a tocar muito alto, grades apareceram nas minhas janelas, na porta do meu armário e na minha porta “da frente”, as paredes começaram a pegar fogo...

               Burra, burra, burra... Esqueci-me de desligar o alarme caso entrem:

               1 – OSF

                2 – Desconhecidos

                3 – Meu irmão mais novo.

               Mas para desligar o alarme é bem mais difícil do que ativa-lo: tive que tirar o carpete que tem ao lado de minha cama e abrir uma “portinha”, então eu tive que deitar no chão, pois não alcançava a alavanca que desligaria tudo isso. Fiz um esforço enorme para alcançá-la e tirei meus pés do chão quando a temperatura neles aumentou de repente.

                  Eu já estava pingando de tanto suar, quando alcancei a alavanca e a mudei de direção, fechei a portinha e recoloquei o carpete no lugar, as armadilhas foram desligando-se aos poucos... Exceto uma...

                   Já que eu sou muito bem preparada para todas as ocasiões (N/A: não notem o quando Carter é metida), também fiz armadilhar para caso conseguissem desativar a primeira rodada... Uma enorme foice que ficaria balançando de um lado para o outro, lança-chamas por todo o quarto, esse era um pouquinho mais difícil de desativar que o outro... Tinha um botão na foice... Eu calculei o momento certo e apertei o botão... Sem me queimar o ter meu braço decepado...

              Roupas chamuscadas direto para o lixo e olha que eu adorava esse conjunto que eu estava usando, banho tomado, cabelo escovado e secado, pijama colocado e chinelos deixados ao lado da cama, cobertas sob mim estão.

               *CLAP CLAP*

                E com as duas palmas as luzes se apagam, eu coloco minha mão em torno da adaga debaixo do meu travesseiro e ao sono eu sucumbi...