Diário De Uma Retardada escrita por Simjangeum


Capítulo 4
Luz, câmera, ação


Notas iniciais do capítulo

Oi minhas queridas batatas fritas! Não joguem pedra em mim porque eu deixei de postar terça e domingo. Simplesmente não deu, por pura falta de tempo. Eu tinha muitos trabalhos para fazer na escola e agora estou produzindo duas novas fanfics, então já viram. Mas claro que eu não ia deixar de postar aqui na DDR.

Bem, como vou postar hoje, deixo para postar o próximo no domingo, ok? ~le todos confirmam.

Espero que gostem desse! E muito obrigada pela recomendação da batata frita mais que fofa: cah_salvatore! Muito obrigada, querida.

E é isso ai, boa leitura!



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26/11 - Terça-Feira

Eu queria muito ter escrito ontem, mas não tive força de vontade... sem contar que estava super ocupada.

Já falei da surpresa que eu tive? Não? O.k, lá vai...

Ontem a tarde eu fui dar uma olhada nos cadernos da escola, eu sempre faço isso pra não me atrasar com as matérias (principalmente quando você não consegue nem ser melhor que o mais acéfalo de San Francisco).

Dei uma olhada e vi que estava cheia de lição de casa pra fazer, e como ia valer bastante nota eu que não ia perder aquela oportunidade de me recuperar.

Decidi ligar pra Nina avisando que eu ia fazer a minha lição com ela (é porque eu sou tão burra que a Nina ia com certeza fazer toda minha lição), até a Val já estava lá (vai ver eu não era a única que tinha problemas com a minha lição).

Fui até a casa da Nina, fizemos a lição, Val queimou a cortina (como sempre. Olhe, se por acaso quem está lendo é algum amigo da Val, sugiro que tenha cuidado com ela, o seu esporte favorito é queimar as cortinas dos outros), e como sempre, quando estamos juntas nós temos que dar aquela volta pela rua.

Fomos ao Shopping My Lord, no centro da cidade, nosso lazer de sábados a tarde, fazer aquelas compras básicas. E pra onde a gente foi primeiro? Sim, sim, as maquiagens, que são os meus itens preferidos.

Mas alguma forma divina lá em cima, uma forma divina como um espírito agourento que foi de penetra no céu, entendeu mal quando eu disse que queria maquiagens.

Então, estava eu, lá, bem feliz escolhendo uma base que combinasse com meu tom de pele, quando senti um tapa no meu ombro.

Quando me virei, vi que havia uma mulher bem arrumada, com um conjunto formal rosa choque e cabelos loiros platinados.

─ Sim? ─ indaguei, largando os produtos que eu havia experimentado.

─ Será que você podia ir para o outro lado da loja? Eu irei gravar uma matéria exatamente aqui, ao vivo, e não queremos, você sabe... Então? ─ indagou.

Ela conseguirá me irritar mesmo sendo simpática. Aquela fora a forma mais fofa de "sai daqui" que eu já ouvira.

─ Tudo bem ─ murmurei em resposta, largando os produtos ali e indo em direção a Val e Nina, que estavam lendo um papel e rindo baixinho.

Cheguei mais perto.

─ O que houve? ─ indaguei, encarando-as confusa.

─ É que nesse papel diz que não podemos comprar Glitter Marshak e usar junto com a base By My Lord Express, porque as duas tem uma química diferente. ─ respondeu Nina, enxugando algumas lágrimas que escorriam pelo seu rosto.

─ E...? ─ indaguei novamente, ainda não entendo porque as duas estavam quase se matando de rir.

O rosto de Val se iluminou, e ela lançou um olhar de esguelha para Nina. As duas estavam conversando mentalmente. Então, quase no mesmo momento, ambas se viraram em minha direção.

─ O que vocês...? ─ tentei falar.

─ O que você acha de ir lá, experimentar isso para a gente? ─ indagou Val, oferecendo para mim um pote de glitter Marshak.

Eu sei que eu sempre disse que não, mas minha mãe estava certa em uma coisa. Eu adorava atrair problemas, e na maioria das vezes, eu queria ser o problema.

─ Ah, passa isso pra cá ─ falei pegando o Marshak ─ Já volto.

Quando me virei, analisei bem a loja para saber onde ficava a seção By My Lord Express. Era exatamente um pouco atrás de onde a moça da reportagem estava falando altivamente em seu microfone para a câmera.

Se eu tivesse bastante agilidade e fosse silenciosa, daria para mim pegar uma das bases e sair despercebida.

─ E assim, as chances dos cosméticos interferirem em nossas vidas é um pouco mais baixa que 0.02%, mas ainda sim perceptível. Com a palavra, nosso esteti... ─ tagarelava a mulher, enquanto eu passava por trás da banca de esmaltes.

Acho que eu deveria saber que eu não estava apta para aquilo. Quero dizer, eu era Aléxia Antonelle, quase que madrinha daquela frase "Se algo pode dar errado, com certeza dará".

Olhei para trás, e vi Val ameaçando jogar um pote de creme na minha direção. Não que ela quisesse me atacar (o que podia ser possível!), ela apenas estava com a intenção de me jogar o pote e depois me explicar o que fazer com ele.

Não ─ adverti em mímica labial, mas ela não entendeu, pois jogou o pote da mesma forma.

Era para ele ter parado seguro, em minhas mãos, mas aconteceu outra coisa. Ele parou alguns centímetros antes dos pés da jornalista que tagarelava em seu microfone.

De repente tudo parou. E a jornalista que tagarelava em seu microfone me lançou um olhar assassino, mantendo um sorriso falso no rosto.

─ Eu pego, só um minuto ─ eu falei isso quase gritando, enquanto ia em sua direção. A jornalista que tagarelava em seu microfone (se bem que agora parecia que ela não poderia voltar a tagarelar) arregalou os olhos e sacudiu a cabeça.

Mas, exatamente na hora em que me abaixei para pegar o pote, algo (eu não sei da onde veio aquilo!) pulou em cima de mim e me jogou de lado, derrubando a jornalista que tagarelava em seu microfone em cima da mesa dos produtos By My Lord Express.

E como não pudesse ficar pior do que levar um tombo em rede nacional, aconteceu. Minha mão, que segurava o Marshak, foi jogada (por outra força sobrenatural) em cima das bases da Lord não sei das quantas.

E então choveu uma coisa borbulhante sobre todas nós.

─ Funciona! Nina, funciona! ─ ouvi a voz de Val ao longe.

─ Droga, não acredito nisso! ─ gritou uma voz em cima de mim ─ Eu estava apenas querendo ajudar.

A tal pessoa saiu de cima de mim, e eu pude me levantar para vê-la. Era uma garota de cabelos louros, olhos azuis e estatura baixa. Parecia uma cópia da Bina, mas seu rosto parecia mais simpático do que o de Bianca.

─ Desculpe ai, garota, eu estava apenas tentando impedir um desastre ─ falou ela pra mim, mas com um tom de irritação.

─ Quem é você? ─ indaguei, mas logo em seguida fui cortada.

─ SAIAM DAQUI AGORA! AGORA! ─ gritou a jornalista que tagarelava em seu microfone (que estava mais para a jornalista que queria me matar com a machadinha).

Fui empurrada junto com Nina, Val e mais uns transeuntes que estavam ali para apreciar um bom barraco. Perdi a loura maluca de vista quando chegamos a calçada.

─ Nunca mais voltem aqui! ─ gritou a vendedora batendo a porta de vidro na nossa cara.

Lancei um olhar maligno a Val e Nina.

─ Juro que vocês vão morrer ─ murmurei, entre dentes.

─ Mas não foi nada! ─ exclamou Val, tentando se esconder atrás de Nina.

─ NÃO, CLARO QUE NÃO! SÓ CAÍ EM REDE NACIONAL ─ gritei, balançando as mãos ─ E VOU SER ZOADA ETERNAMENTE!

Nina trocou um olhar rápido com Val. As duas assentiram: Ela está tendo um chilique, é o que devem ter pensado.

E eu teria que estar preparada. Eu sabia que a morte da minha pequena reputação estava a caminho, e ela vinha com a Kombi mais potente de San Francisco.

Aléxia.



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