E Por Que Não? escrita por Hermiarry Potter


Capítulo 5
What Can I Do To Change This?


Notas iniciais do capítulo

N/A: Um capítulo bem longo pra mostrar que eu amo vocês demais. Tenham uma boa leitura. ♥



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POV Hermione


MAS O QUE FORA AQUILO?

Eu estava começando a ser amiga de Draco Malfoy? Era. Mas o que me parecera impossível um dia estava acontecendo. Malf... Draco estava sendo gentil pela primeira vez na vida. Isso me interessava um tantinho. Eu estava começando a gostar desse novo Draco. Ele não atrapalhava a minha vida. Eu não precisava mais me preocupar com o Malfoy. Digo, Draco.

Mas ninguém podia saber de tal amizade. Os Grifinórios me estrangulariam se eu estivesse amiga de um Sonserino, ainda mais se fosse o Draco. Mas como eu diria isso a ele sem magoar?

Voltei ao Salão Comunal às oito horas, e Gina, Rony, Harry e todos os outros ficaram me perguntando por que eu demorei tanto, sendo que a minha aula acabara cinco horas.

Tive que usar a desculpa pelo que eu fora para a biblioteca (e não fiz). Fazer os meus deveres, que já estavam demasiado grandes para a primeira semana.

Harry e Rony ficaram me pedindo ajuda com o dever, ou simplesmente os meus cadernos, mas eu recusei e tive que corrigir todo o trabalho de Rony.

–Harry, você já recebeu a resposta de Sirius?

–Já, sim. Ele disse para ficar perto dos amigos, porque esse torneio está cheio de perigos e gente inescrupulosa. E disse que queria me ver hoje! Viu, Hermione? Eu disse que se eu mandasse a carta Sirius viria para cá!

–Talvez ele use outro modo de comunicação, Harry. Tente ser lógico...

–Como, Hermione, Como? É impossível nos vermos sendo que ele não está aqui! –disse ela, bufando e indo para o dormitório.

Fui dormir logo às nove. Com certeza fora um dia longo e... Interessante?

Só sabia que eu queria ver mais aquele Draco.

Porque aquele Draco era bom. Muito bom.


POV Draco


Acordei muito cedo pelo fato de eu ter adormecido cedo demais. Arrumei-me logo e dirigi-me ao Salão Principal.

Estava vazio, a não ser pelo fato de ter Hermione sentada na mesa da Grifinória. Fui me sentar lá.

–Oi, Mione.

–Ah, olá Draco. –disse ela, fechando o seu exemplar de Mil Ervas e Fungos Mágicos. –Tudo bem?

–Ótimo. Olhe, Mione, eu queria dizer uma coisa... Não que eu não goste que você seja minha amiga, pelo contrário... Mas...

–... Ninguém pode saber que somos amigos.

–Basicamente.

–Eu sei. Matariam-nos sem dó nem piedade.

–Então, isso é um segredo.

–Completo.

–Estou ouvindo passos! Licença, Hermione. –eu disse, correndo para a minha mesa.

Pansy Parkinson. A nojentinha.

–Draquinho! O que você está fazendo aqui tão cedo?


POV Hermione

–Draquinho! O que você está fazendo aqui tão cedo? –disse Pansy Parkinson correndo para abraçar Draco. Eu não sei por que, mas as minhas entranhas se encheram de fogo. “Hermione, você está com ciúmes.” Não, consciência. Não estou não. Só porque a Pansy é uma vadia e o Draco é meu amigo. E eu sei que ele a acha insuportável e eu estou com pena do Draco. Só isso.

–Eu só acordei cedo, Pansy. Me larga. –disse ele, se desvencilhando dos braços de Pansy, o que me fez abrir um sorriso ao ver a cara da vaca.

Aos poucos o salão comunal foi enchendo de alunos e logo já era a hora de irmos às aulas.

Duas aulas de poções com Sonserina, uma de Aritmancia, outra de Transfiguração, e duas de Herbologia.

E logo apareceu um aviso nos quadros de todos os Salões: a próxima visita a Hogsmeade seria logo após a primeira tarefa do Torneio. No sábado. Dia 24.

Sábado passou. E domingo. A semana passou rápido demais com todos os deveres. Eu sempre acordava cedo para dar uma palavrinha com Draco, mas Gina quase sempre vinha comigo e eu só podia dar-lhe um olhar de “Pois é, né? Não vai dar.”

Mas numa quarta, depois da aula de Poções com a Sonserina, Draco chamou-me:

–Hermione!

–Sim, Draco?

–Você gostaria de se encontrar comigo em Hogsmeade?

–Mas... Em Hogsmeade? Onde todos podem ver?

–Você pode fingir que não está lá.

–Como...?

–A capa de invisibilidade que Potter tem. Pegue-a e eu estarei andando sozinho em Hogsmeade. –era um bom plano.

–Então está bem. Até sábado, Draco.


POV Draco


–Então está bem. Até sábado, Draco.

–Até.

Dentro de mim parecia haver uma chuva de fogos de artifício. Hermione realmente aceitara.

Era um encontro. “Não, Draco. Não é um encontro. Ela vai estar invisível. Você vai estar como sozinho.” Mas era como se fosse, consciência. Será que você não consegue ficar um minuto sem falar nada?

Os dias passaram, e chegou sexta. Todas as aulas foram canceladas em relação ao Torneio. Todos os alunos foram às arquibancadas pra a assistir a tarefa (leia-se fomos obrigados). Fleur Delacour foi uma desgraça com o dragão dela. Quase queimou a saia. Cedrico Diggory até que foi bom, mas demorado. Vítor Krum foi um tantinho ruim, mas conseguiu. Já Potter... Realmente dói, mas ele saiu excelentemente bem, se achando com a Firebolt que ele ganhou do padrinho fugitivo.

Foi uma pena aquele dragão não tenha feito churrasquinho de Potter.

O pior que Hermione estava preocupada com o Potter.

As minhas entranhas queimavam de raiva e ciúmes. A morena não podia se preocupar com uma perda de tempo como o Potter. A minha morena.

“Draco, ela não é sua.” Ainda não, consciência. Ainda não.

(...)

Eu estava me arrumando para ir a Hogsmeade. Eu estava tentando ficar o melhor possível para Hermione.

Levou um bom tempo, mas eu consegui. Tive que me esquivar da Pansy, que toda hora ficava ”Draquinho! Onde você assim tão lindo?”.

(...)

Eu estava andando por Hogsmeade sozinho, e ouvi uma voz chamar baixinho.

–Draco!

Virei-me para todos os lados mas não vi o autor da voz.

–Draco! Ah, Draco!

E recebi um bolada de neve na cabeça.

–Hermione, onde você está.

–Aqui. –disse a morena, despindo a cabeça da capa.

–Podia ter feito isso antes.

–Não, eu não podia não. –disse ela com um sorriso vitorioso que mostrava os dentes brilhantes que contrastavam com a neve branca.

–Onde poderíamos ir sem que você esteja assim? –eu disse apontando ao corpo invisível de Hermione.

–Madame Pudfoot?

–Nunca! Aquele lugar é muito cheio de gente, Hermione!

–E o Cabeça de Javali. Nunca tem ninguém lá. Apenas uns estranhos mas nada demais

–Pode ser.

Eu e Hermione fomos ao Cabeça de Javali devagarinho, pois Hermione ainda deixava pegadas na neve.

Quando chegamos, Hermione despiu a capa e pude ver que estava ainda mais esplêndida, empacotada com vários casacos. Conversamos sobre vários assuntos, dos mais variados como quadribol a coisas do Profeta que saíram naquela semana.

Era muito bom conversar com Hermione, falar com Hermione, estar com Hermione. Ela simplesmente me atraía como um imã. Comecei a me lembrar de como isso começou, quando comecei a perceber o quão maravilhosa era a castanha quando corria, quando sorria, quando pensava. Como era engraçada, inteligente, surpreendente, linda. Fui percebendo o quão burro eu fui para chegar neste ponto de só poder conviver assim com Hermione às escondidas.

E se eu nunca tivesse a chamado de sangue-ruim? Se eu nunca tivesse implicado com ela e tivesse formado a amizade que temos a poucos dias bem antes, no primeiro ano? As coisas poderiam ser diferentes. Não precisaríamos nos esconder de todos. Não precisaríamos fingir que nos odiávamos quando era realmente o contrário que eu sentia.

Eu amava Hermione. Mas se algo que eu fiz no passado não tivesse sido feito, podia ser diferente. Talvez podia haver uma remota possibilidade de Hermione também me amar. Talvez pudéssemos estar na Madame Pudfoot como um casal.

Mas eram só hipóteses da minha imaginação. Eu não podia mudar o passado. Eu teria que me contentar com esta Hermione apenas. Uma amiga. Apenas uma amiga. E era assim que ela me via, com certeza. Como eu desejava mudar isso.

Mas e se eu pudesse? Se eu pudesse arrumar um jeito de mudar tudo e virar o jogo a meu favor? Esse Torneio poderia ser a minha chance. Snape havia falado de um tal de Baile de Inverno. Eu só precisava chama-la para ir comigo. Eu poderia dizer o que eu sentia para ela e tudo ficaria bem.

Ou não. E se ela não sentisse o mesmo por mim? E se ela se recusasse ir ao Baile comigo? Isso poderia estragar de vez o que eu consegui criar entre nós. Esse vínculo de amizade que parecia uma benção de Merlim. Não. Eu tinha que esperar mais. Eu tinha que ter certeza que Hermione não me via apenas como um amigo.

Mas eu podia convidá-la para o Baile agora. Isso eu podia tirar uma vantagem para ver se ela gostava de mim. Mas onde estava a coragem para tanto? Eu tinha que chama-la antes que o Weasley, o Potter ou qualquer outro o faça antes de mim. Mas eu estava inseguro. A coragem me abandonara e a covardia me rodeava. Eu tinha que fazê-lo.

Mas como começar? Como falar isso sem assustá-la, tropeçar na língua? E se eu quebrar a cara quando ela disser não? Esperei mais um pouco para chama-la. Mal eu sabia que essa covardia me custaria tanto.

Já era hora de voltar a Hogwarts. O tempo passou muito rápido no Cabeça de Javali. Hermione vestiu novamente a capa da invisibilidade. Ela tinha de voltar antes de todas as meninas à Hogwarts para comprovar que ela ficara na escola estudando.

Era difícil andar em Hogsmeade naquela hora. Era hora do rush. Muitos bruxos andando que fazia o caminho ser muito difícil como um campo minado, que a qualquer tropeço faria a capa de Hermione cair, revelando que ela mentira em tudo.

–Vá logo, Hermione. -eu disse já no portão junto a Hermione. –Antes que descubram que você não está na escola.

–E você, não vem?

–Não, eu tenho que ir como eu vim, com Crabbe, Goygle, Zabini e Pansy. –Pronunciei o nome de Pansy com desgosto e zombaria, para Hermione perceber que eu realmente a odiava.

–Então está bem. Adeus, Draco. –disse a morena, dando-me um beijo na bochecha que fez o meu estômago girar, contorcer e pular de felicidade.

Mas no momento seguinte que Hermione me beijou, ouvimos uma exclamação fina e assustada e após passos. Apenas vimos cabelos ruivos voarem e os passos de alguém que corria.

Aquele ruivo de cabelos era inconfundível.

Um Weasley sabia. Sabia que Hermione e eu éramos amigos.

Que Hermione mentira.



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Notas finais do capítulo

N/A: Olha aí o Draquinho filosofando ♥ Que lindo.
Se vocês me derem reviews eu juro que vocês vão ver a imagem inédita de mim sendo perseguida por uma alpaca (ou não).