POV Hermione

O dia seguinte veio.

E o outro.

E o outro.

Os dias pareciam passar devagar demais. Ora pelo fato de estarmos esperando as outras escolas a participar do Torneio (Beauxbatons e Durmstrang), ora por estarmos eu, Harry e Rony as aulas com o professor Moody.

O fato é que eu nunca pude agradecer a Malfoy o que ele fizera. Eu estava evitando trocar olhares ou palavras com ele.

Me decidi a agradecê-lo após a aula do professor Snape.

Na quarta feira, após o sinal tocar após a aula de Poções, esperei todos irem pra falar com Malfoy.

–Malfoy! -eu chamei-o.

–Granger? -disse ele, virando-se.

–Ah, eu... Queria, sabe... Agradecer pelo que fez... Naquele... Naquele outro dia...

–Ah, sim...

–Então... Obrigada, Malfoy.

–Não tem de quê... Granger.

POV Draco

–Então... Obrigada, Malfoy.

–Não há de quê... Granger.

Eu não sei por que, mas minhas entranhas festejaram ao ouvir "Obrigada, Draco". Do jeito que ela falava ela estava arrumando coragem para falar comigo.

Ela se importava comigo.

"Não, Draco. Não quer dizer isso. Granger é educada e ponto. Só isso.". Quer sim, consciência.

Mas por que eu estou comemorando?

E não me importo com a Hermione? Importo?

Não era possível eu estar gostando da Hermione. Não era.

–Senhor Malfoy, você tem aintenção de algum dia sair desta sala?

Mal eu tinha percebido que paralisara em frente a porta após Hermione ir.

–Sim, senhor... -eu disse ao Snape, saindo da sala.

Era como se ela tivesse me hipnotizado.

(...)

No dia seguinte, tivemos a aula tão esperada com o Olho-Tonto.

Ele ensinou Maldições Imperdoáveis.

Primeiramente, controlou uma aranah com a maldição Imperius, torturou-a com Cruciatus e matou-a com Avada Kedavra.

Obviamente eu já sabia daquilo tudo.

O Weasley quase morreu de medo quando a aranha subiu na cabeça dele. Já sei o que eu vou dar pra ele de presente.

O Longbottom estava quase pra ter um ataque de nervos quando o professor realizou a maldição Cruiatus. Fresco. Uma cena pra guardar pro resto da vida.

Mas quando o Olho-Tonto realizou a maldição da morte não foi tão engraçado. Pelo contrário.

Hermione ficou aterrozida.

Senti muita pena dela. Queria ajudá-la e... O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM VOCÊ, DRACO?

"Você está apaixonado, Draco."

E talvez eu estivesse. Hermione era tão inteligente.Tão simpática. Tão linda...

Aí que eu percebi: Eu estava apaixonado por Hermione Granger. A Grifinória. A nascida-trouxa.

(...)

POV Hermione

O dia finalmente chegara. As escolas chegaram.

Dubledore apresentou primeiramente Beauxbatons.

Muitas garotas de blusas e saias de cetim azul claro vieram saltitando como gafanhotos loucos.

Rony babava.

Harry arregalava os olhos.

Todos os meninos, com apenas algumas exceções (Malfoy, Neville e Cedrico Diggory) se resumiam a este estado de transe.

E no fim do cortejo de Beauxbatons vinha uma mulher muito alta, até mais que Hagrid.

Após Beuaxbatons, vinha Durmstrang.

Garotos com vestes muito grossas e pesadas vinham correndo, rodando bastões de fogo fazendo um grande espetáculo. (N/A:Eu to inventando, eu sei.)

Todas as meninas (e Rony) comentavam e apontavam: "É ele!" "Ele é Vítor Krum!"

E Dumbledore mostrou-nos o Cálice de Fogo, onde se colocariam os nomes dos que queriam participar, com uma linha etária em volta. Os nomes poderiam ser colocados até aquela hora do dia seguinte.

Quando voltamos ao Salão Comunal Rony só falava do Torneio, e quanto seria legal, e etc, com Harry escutando-o por apenas educação,porque Harry não queria mais fama. Com certeza.

POV Draco

Não achei as tais alunas de Beauxbatons tão lindas.

Elas eram muito artificiais.

Nunca se comparariam a Hermione.

Aqueles cabelos castanhos crespos e brilhantes que voavam no vento, os olhos cor-de-mel que hipnotizavam a qualquer um que os encarasse, a pele bonita e clara...

Fui andando distraído pensando nisso que quase derrubei uma armadura.

Entrei no Salão Comunal pensando em Hermione.

Deitei pensando em Hermione.

Dormi pensando em Hermione.

Sonhei com Hermione.

Por mais brega que seja, a minha vida estava se resumindo a Hermione.