Edição 74 De Jogos Vorazes Pela Clove escrita por Sadie


Capítulo 41
Encontro meu padrinho


Notas iniciais do capítulo

To com medo de voces chamarem o Brutus de pedófilo HUAHAUAHAUAH ele não é!



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Sinto um puxão no meu umbigo e abro os olhos. Estou deitada no chão, com palmeira a cima de mim, tapando a luz do sol. Um homem chega do meu lado e fala.

–Ela acordou! É um milagre!

Reconheço o homem depois de um tempo. Brutus.

–Porque você me salvou? –pergunto.

–Bem, porque eu quis. –ele responde. –Enobaria estava junto... mas Felix a encontrou e a matou. –ele falava com dor.

–Cara, isso aqui são os Jogos Vorazes. Ninguém salva o outro sem nenhum motivo. –digo ainda deitada, mas com a cabeça apoiada na mochila. Ainda estou fraca demais para me sentar.

–Tudo bem, eu digo. Mas ninguém pode ouvir. –ele senta do meu lado e sussurra no meu ouvido.

“Te salvei porque há muito tempo, quando você nasceu, seu pai me pediu para ser seu padrinho. Nos conhecemos há muito tempo, desde a escola. Sinto que é meu dever cuidar de você, mesmo que isso significa morrer. Nunca tive filhos, minha esposa morreu cedo demais... Você é a única conexão que eu tenho com crianças, para falar a verdade.”

Eu tenho um padrinho, e não sei disso?!

–Porque eu nunca soube?

Ele agora já tinha se afastado de mim.

–Porque eu estava ocupado demais sendo mentor. Ano passado eu só não fui seu mentor porque eu estava muito doente naquela época.

Então, eu tenho um padrinho, que é amigo do meu pai desde a escola, que é viúvo, não tem filhos, e a única conexão que ele tem com crianças é eu. Ele venceu os Jogos, não foi meu mentor ano passado, e agora quer me proteger, mesmo que isso signifique morrer. Uau.

–Como você conseguiu estocar o sangue? –pergunto.

–Sou macumbeiro. Mentira! Remédios da Capital. –ele pega um tubo dentro da bolsa, coloca um pouco na mão e passa no meu ferimento.

–Ta loco?! –exclamo. A dor ainda não passou. Ele me fuzila com o olhar e para de passar a pomada. Ele se levanta e vai lavar a mão no mar. Puxo minha bolsa para perto de mim e abro. Comida. Pego uma maçã e como ela toda.

E é aí que caiu a ficha. Eu não morri. NÃO ME DIGA?!

Eu ainda não morri. Brutus me salvou. Cato estava errado no sonho. Sorrio. Ainda tenho esperanças que eu veja minha família denovo. De que eu ainda veja Cato denovo. Eu ainda poderei sentir seus braços em volta de mim.

–Dormi por muito tempo?

–Dois dias e meio. –ele responde.

–Quem já morreu?

–Enobaria, e o resto não sei. Só restam 6 tributos. –Brutus franze a testa.

–Só?! Só quatro para matar? –pergunto, quase não acreditando

–Só? Com Felix, conta como dois tributos, e daqueles bem difíceis de matar. E, se você não está lembrada, só um sai vivo daqui. E eu não sairei. Agora durma.

–Mas eu já dormir demais! WHY???? –digo irritada.

–Então dorme mais! Vou procurar outros tributos.

–E vai me deixar aqui sozinha? Você é um padrinho muito bom hein! –digo em tom de sarcasmo.

–Já olhou para cima? Fiz um esconderijo com folhas. Ninguém vai nos achar. Agora dorme!

Obedientemente fecho os olhos e percebo o quanto estou cansada. Ouço os passos de Brutus saindo do esconderijo e durmo.



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