Cantarella escrita por Esquecida


Capítulo 4
Tea and Marriage - Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Bom.... Esse capítulo ficou maior que todos os outros. Finalmente eu revelo o motivo do amor de Kaito ser proibido. Leiam e descubram. Até o fim da página!!! o/



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–Pois não, Miku. Sobre o que seria?



POV Kaito



Mie sui ta

"Eu não deixarei rastros"

Kotoba dato

"Talvez sejam invisíveis"

Kyun ha yudan shiteru

"Sútis palavras"

Yoku shitta

"Que fazem você"

Gekiyaku nara

"Não se defender"

Nomihose ru kiga shita

"Caindo em alguns buracos rasos..."



– Queria lhe perguntar... Você sabia que meu irmão voltou? E o seu também?

– Sabia sim, Miku. Gakupo acabou de me contar. - tomava meu chá tranquilamente, enquanto Miku parecia nervosa demais.

– Eu estive conversando com meu irmão e pedi a opinião dele sobre um assunto. Ele achou melhor que eu conversasse com você sobre isso. - Miku olhava para todos os lados, menos pra mim.

– Sim, Miku. Me diga, o que está te incomodando?

– Etto.... Eu estou noiva, Kaito. Meus pais planejaram um casamento arranjado para mim quando eu era pequena. - ela continuava desviando o olhar.

– Por que está me contando isso? - estava me segurando para não fugir e me esconder no enorme labirinto de arbustos que tinha no jardim.

– Porque você disse que invejava a pessoa com quem eu iria me casar. Eu perguntei ao meu irmão e ele achou melhor que conversássemos sobre isso. Só agora descobri quem é o meu noivo. - Miku pousou a xícara, que até então estava em suas mãos, na mesa tentando esconder que tremia.

– E quem é o sortudo? - a raiva começou a me consumir, não conseguia evitar.

Miku olhou no fundo dos meus olhos e disse com um fundo de tristeza em sua voz.

– Kaito, o meu noivo é o Len.



*Flashback ON*



Mais uma vez eu estava andando pela casa. Mais uma vez eu tentava convencer a minha mente em pensar em qualquer outra coisa menos nela. Já faziam cinco anos desde aquele incidente horrível. Eu estava com meus dezessete anos. Miku estava com apenas doze. E eu ainda a amava.

Passeando pelos corredores furtivamente, é possível descobrir de tudo. Eu estava indo em direção ao quarto de Miku quando ouço passos. Imediatamente, me escondo atrás de uma pilastra. As sombras da noite ajudavam a me esconder.

– Então ele já sabe de tudo? - perguntou minha mãe.

– Sabe. O senhor e a senhora Kagamine acharam melhor contar logo. Mais cedo ou mais tarde ele teria que saber. - respondeu a mãe de Miku.

– Ele reagiu bem? Você pretende contar para ela também?

– Ele achou isso tudo um pouco confuso, mas com o tempo ele entenderá. A Miku só saberá disso daqui uns anos. Você tem certeza que nada vai atrapalhar o casamento desses dois?

– Tenho. Eu cuidei de Kaito assim que vocês planejaram o casamento. Ele estava claramente interessado na Miku. Talvez nem ele soubesse o motivo de olhá-la assim, então foi tudo mais fácil.

– O Kaito entenderá. É para o bem da família Shion, da família Hatsune e da família Kagamine.

Elas se foram e eu fiquei pensando no que elas disseram. Finalmente eu entendi o motivo da minha proibição. Kagamine Len se casaria com Hatsune Miku. Com duas famílias ricas se juntando, o dinheiro aumentaria consideravelmente. Como a minha família vive junto com a família Hatsune, seria um bem para nós também. Como nossos pais puderam ser tão egoístas? Eu ainda estava perplexo com tudo isso quando alguém me descobre.

– Ouvindo conversa alheia, Kaito? - a pessoa me puxa pela orelha até eu responder.

– Você sabia sobre esse casamento, Mikuo?

– Sabia. Por sermos mais velhos que você, Akaito e eu ficamos sabendo do casamento. - Mikuo e Akaito eram quatro anos mais velhos que eu.

– Isso não é justo! Eu deveria ter conhecimento sobre o casamento também! - a raiva que me consumia não era por não saber. Era porque a Miku se casaria com alguém, e esse alguém não era eu.

– Não te contaram por isso. Você ficaria assim se soubesse. Escuta, você ainda gosta da minha irmã?

– Como soube?

– Minha mãe, lembra? Quando houve o ocorrido, ela me disse pra ficar de olho em você. Por isso o Akaito é tão mal com você. Ele também tem que te manter na linha. - Mikuo falava com toda a calma do mundo. Sua voz não continha ironia ou sarcasmo. Era apenas, solidária.

– Sim, ainda amo a sua irmã. Agora, se me dá licença, eu vou dormir. - me virei para ir embora mas Mikuo segurou meu braço.

– Quer um conselho, Shion? Não conte a ninguém que você sabe sobre o casamento. Não fale com a Miku sobre isso. E também, não deixe seus sentimentos por ela claros. Eles são capaz de separá-los, e dessa vez pode ser pra sempre. - Mikuo me soltou e foi embora.

Eu segui o conselho dele por muito tempo. Foi isso que me ajudou a permanecer em casa. Foi isso que me ajudou a não surtar de vez.



*Flashback OFF*



Sabi tsuku kusari kara

"Se você tivesse conhecido"

Nogare ru atemo nai

"Esse poderoso remédio"

Hibiku byoushin ni aragau hodo

"Que só eu pude resistir"



Eu ainda estava olhando para o labirinto, me perguntando qual seria a saída do labirinto do meu coração quando ouço alguém me chamar, no fundo da minha mente.

– Kaito? Kaito-kun? Kaito-kun, você tá bem? - Miku me chamava preocupada.

– Etto.... Eu estou bem, Miku-chan. Tem algo mais que você queira conversar comigo?

– Bem, eu queria te perguntar.... Você vai no baile de máscaras? É daqui três dias.

– Não sei se vou, Miku-chan. Se era isso que você queria conversar, com sua licença, eu vou dar uma volta.

– Claro, Kaito-kun. Pode ir. - Miku parecia um pouco desapontada.

– Até qualquer hora, Miku-chan. E parabéns pelo noivado. - me retirei e fui até o labirinto.

O labirinto nada mais era do que grandes arbustos, cercas-vivas, formando um labirinto. Era um pouquinho complicado entrar e sair de lá, por isso ele geralmente era deserto. Assim que cheguei na entrada do mesmo, as lágrimas começaram a descer pelo meu rosto. Então, finalmente tinha chego a hora certa? Finalmente ela soube a verdade?

Eu comecei a correr pelo labirinto, tentando achar seu meio. Imaginei meu próprio coração como um labirinto. Eu estava preso no meio do meu emaranhado de sentimentos e não conseguia achar a saída, não conseguia achar um jeito de contornar tudo isso.

Finalmente chegando ao centro, me larguei no chão, cansado tanto emocionalmente quanto fisicamente. No meio do labirinto havia um banco de madeira, uma fonte para pássaros, duas cadeiras e uma mesa com um jogo de xadrez, além da enorme cerejeira. O modo que as cercas-vivas foram cortadas davam a impressão de que o centro do labirinto era um enorme círculo.

Fiquei deitado no chão por horas e acabei cochilando. Acordei com um chute em minhas costas e uma risada, um tanto quanto familiar.

– Dormindo no chão, Kaito? - me perguntou a voz.

– Akaito. Por que veio atrás de mim? - me virei de frente para o ser que estava em pé, do meu lado.

– Porque todos estavam preocupados com o seu sumiço e me pediram para te procurar. - mais risadas.

– Mentira. Você jamais viria me procurar apenas por preocupação alheia. Qual seu verdadeiro motivo para estar atrás de mim? - me sentei no chão e Akaito se agachou, me olhando nos olhos.

– Tem algo que precisamos conversar, Kaito. Eu tenho a solução para o seu problema.


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Notas finais do capítulo

Etto... Espero que tenham gostado. Não esqueçam de reviewar [?]
Sem reviews, sem história u-u *desvia de um mouse voador*
Até brevee~~